quarta-feira, 12 de junho de 2019

CONVITE - FLIARAXÁ



No próximo dia 21/06/2019-sexta-feira às 19:00h, teremos a participação da nossa Academia no Festival Literário de Araxá-FLIARAXÁ.

O evento é de alcance nacional e precisamos representar bem Uberaba no que tange ao valor dos nossos escritores e dar visibilidade à ALTM.


Arahilda Gomes Alves, Paulo Fernando Silveira e Vera Dias foram convidados pela Curadoria do FLIARAXÁ como debatedores no citado evento.


Iremos de Van com saída às 12:00h em frente à Academia e voltaremos em torno das 21:00h.


Valor da passagem: R$40,00.


Obs: de 15, temos apenas 8 Vagas disponíveis.


Se positivo, fineza darem retorno incontinenti para fecharmos a lista de nomes.



Acesse essas informações no link: http://www.fliaraxa.com.br/



Cidade de Uberaba

terça-feira, 11 de junho de 2019

Vista aérea do Mercado Municipal de Uberaba

    Vista de Uberaba de 1950. Observa-se em 1º plano o Mercado Municipal (A) e a Cadeia Pública (B). Em 2º plano tem-se a torre da Igreja Nossa Senhora das Dores (C) com o edifício da Santa Casa de Misericórdia (D) ao fundo.

Fonte: Acervo do Arquivo Público de Uberaba.

Editor da foto: Marcellino Guimarães.



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Cidade de Uberaba




*CONVITE ESPECIAL - CONCERTO EM UBERABA:*



*UDI Cello Convida: Arnaldo Freitas, VagaMundo e Jack Will*



DIA: 13/ 06/ 19 (quinta-feira)

HORA: 19H30

LOCAL: Teatro SESI MINAS Uberaba

CLASSIFICAÇÃO: Livre


INGRESSOS: *Meia R$ 25,00 / Inteira R$ 50,00*
(meia entrada para crianças e idosos à partir de 60 anos de idade)


*VENDAS NO DIA DO CONCERTO - À PARTIR DAS 13H*


REALIZAÇÃO: Art Cello Produção Cultural
Apoio Cultural: Fundação Cultural de Uberba, UFTM, Sesi Minas
APOIO: Folia dos Reis, Marcio Spaolonse Fotografia


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Cidade de Uberaba


domingo, 9 de junho de 2019

Entroncamento Av. Leopoldino de Oliveira com Santos Dumont

Avenidas Leopoldino de Oliveira com Santos Dumont.  (Foto: Arquivo Público de Uberaba) década: 1970.
A avenida passou por grandes obras. Por quatro vezes foi estendida e hoje corta mais de dez bairros. O córrego foi engolido pelo asfalto e a obra de canalização foi realizada no fim da década de 30. O objetivo era ganhar mais espaço para o trânsito e, para isso, foram criadas mais duas faixas. O riacho, que corria a céu aberto, foi parar dentro de galerias.


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Cidade de Uberaba


“Toninho do Mundo da Borracha”.

Hoje é o Dia dele, meu Querido Pai Antonio Marzola, o “Toninho do Mundo da Borracha”. Falar de Pai, acredito ser muito fácil, então vamos lá !! Nascido em Conquista em 1.930, guarda com muito carinho e respeito o “casqueador de cavalos” que recebeu de herança do Querido Vovô que infelizmente não conheci e era carroceiro com muito orgulho. Homem que nasceu pobre, trabalhou muitos anos como balconista na “Marzola Veiculos e Peças”, esquina da Leopoldino de Oliveira com a Segismundo Mendes, sempre muito gentil com toda a Clientela, segundo muitos relatos que já ouvi. Jovem bonito e “pé de valsa” iniciou no Mundo da Borracha na Rua Arthur Machado próximo ao Bar da Viúva, e até hoje abre a Loja na Leopoldino de Oliveira bem cedinho e vai até às 18h00 , performando quase 60 horas por semana o que é admirável para os seus 89 aninhos completados hoje.

Antonio Marzola. Foto: Carlos E. Marzola.


Mundo da Borracha.  Foto: Antonio Carlos Prata. Av. Leopoldino de Oliveira, 3797 -
 Centro, Uberaba - MG, 38010-000 - (34) 3333-8609
Sempre acompanhado da querida Marisa Rodovalho, sua competente Gerente que o acompanha a 40 anos, uma Irmã Querida que Deus me presenteou. Na foto meu querido Pai continua a escrever mais um Sonho, que será se Deus quiser o seu Livro de Memórias. Pai Amado, paro por aqui, mas poderia escrever horas e horas sobre a Admiração e o Respeito que tenho pelo Senhor. Que Deus me ilumine e permita passar para os nossos três filhos um pouco do que aprendi com você até hoje. Parabéns hoje por seus 89 anos e que venham os 90 com Saúde e principalmente com a Paz que tanto merece !! Te Amo Muito.


“Cachoeira do Marzola.” Foto: Carlos Eduardo Marzola.

A Fazenda Marruá de meu Pai Toninho Marzola com 130 alqueires resistiu a cana de açúcar e margeia a cidade de Peiropolis com grandes reservas de mato e bonitas cachoeiras.


Imagem de turistas“Cachoeira do Marzola”-  Foto: Carlos Eduardo Marzola.

Uma delas foi batizada de “Cachoeira do Marzola” e por vontade do meu Pai fica aberta ao público. Acredito que Peirópolis tem um Potencial Turístico Extraordinário e precisa ser rapidamente explorado sim !!!


(Carlos Eduardo Marzola)


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Cidade de Uberaba


sábado, 8 de junho de 2019

Prefeito recebe doação do acervo do jornal A Flama Espírita ao Arquivo Público

Superintendência do Arquivo Público/Secretaria de Administração, recebeu nesta segunda-feira (1º) a doação do acervo do jornal A Flama Espírita, constituído por oito volumes datados de 1961 a 2003. A doação foi recebida oficialmente pelo prefeito Paulo Piau, acompanhado da superintendente de Arquivo Público, Marta Zednik, com a presença de representantes espíritas, da Academia de Letras do Triângulo Mineiro e historiadores do Arquivo Público. O repasse ao Município foi feita pela União da Mocidade Espírita de Uberaba, mantenedora do jornal, dirigida por Márcio Roberto Arduini.

Pedido. Segundo Piau, a doação marca dia histórico para Uberaba. Agradeceu a iniciativa da União da Mocidade Espírita, destacando a preservação da memória do Município que caminha para seu bicentenário. “Esta doação tem tudo a ver com uma das maiores premissas do espiritismo, que é a caridade, e são atos dessa natureza que valorizam a história de Uberaba”.

O prefeito apelou à população, para que doe ao Arquivo Público acervos que preservem a memória social e cultural da cidade. “Todos que tiverem alguma coisa para guardar a memória, sejam fotos, impressos ou outros arquivos, podem procurar o Arquivo Público. Ações como essa precisam ser incentivadas. Sabemos que muitas famílias podem possuir materiais riquíssimos, guardados em gavetas, e muitas coisas vão até para o lixo. Mas para a história de Uberaba tem um grande valor”, destacou Piau.

O presidente e diretor da União da Mocidade Espírita de Uberaba, Márcio Roberto Arduini, pontuou que a doação permitirá que todos os interessados possam ter acesso e pesquisar o material de forma técnica e segura, visto que as páginas do arquivo original já estão fragilizadas pelo tempo. Representando a Academia de Letras do Triângulo Mineiro, João Eurípedes Sabino e Guido Bilharinho destacaram a importância da preservação da memória, já que o acervo representa um patrimônio cultural e social de Uberaba.

Sobre - Ainda em circulação, o jornal A Flama Espírita foi fundado em 27 de setembro de 1925 por Arlindo Evangelista, José Humberto da Silva, Ruy Novaes e Hercílio Martins da Costa. As edições iniciais eram direcionadas à literatura, arte e questões sociais. Em 1º de setembro de 1930, o professor Alceu Novaes, Inácio Ferreira, José Thomaz de Oliveira e Emmanoel Martins Chaves assumiram a direção e mudaram o seu enfoque, dotando-o de orientação espírita. Nessa época, o jornal intitulava-se "Flamma". Sua circulação era semanal, tinha formato semelhante ao "Standard", pouco difundido na época, cujas dimensões aproximavam ao papel A2.

Censura. Marta Zednik, superintendente do Arquivo Público, destaca que em 1942 o jornal teve sua circulação proibida por tempo indeterminado pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão responsável pela censura e repressão durante o governo Vargas. Contudo, a Constituição Federativa do Brasil de 1946 revogou essa decisão autoritária, restabelecendo a divulgação pela comunidade kardecista de Uberaba. O jornal voltou a circular, desta vez sob a administração da "União da Mocidade Espírita Uberabense", fundada em 1940. Passou, em 1950, passou a se chamar A Flama Espírita.

O jornal editava noticiários e o pensamento do universo espírita, onde se destacavam a história e as realizações das associações espíritas da cidade, como Sanatório Espírita de Uberaba, Lar Espírita, Grupo Escola Espírita Professor Chaves, e informações sobre as principais atividades desenvolvidas na cidade, como palestras, eventos e conferências. O primeiro congresso espírita do Brasil também recebeu destaque jornalístico no dia 23 de janeiro de 1982, e suas informações podem se tornar objeto de pesquisas de estudantes e historiadores.

No acervo do jornal, entre outros assuntos de relevância, Marta Zednik pontua que é possível identificar as principais realizações espíritas da cidade. “Também podemos conhecer personagens de destaque, não só pelas práticas desenvolvidas nas instituições espíritas, como também pela participação na vida social e política de Uberaba, como Henrique Von Krüger, Fausto de Vito, Inácio Ferreira, Augusto César Vanucci, Odilon Fernandes, Divaldo Pereira Franco, Danival Roberto Alves, Carlos Bacelli, Antuza Martins, Jonas Dutra, Padre Sebastião Carmelita e Ivone Pereira, além do líder Chico Xavier”.


Jorn. Luiza Carvalho



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Cidade de Uberaba


Solenidade concederá ao Arquivo Público de Uberaba o nome do historiador Hildebrando Pontes

Reconhecendo e valorizando o legado de pesquisas metódicas e de livros publicados sobre a história de Uberaba, a Prefeitura de Uberaba vai homenagear o historiador Hildebrando Pontes nesta sexta-feira (7). O Arquivo Público receberá oficialmente o nome do historiador em uma solenidade às 14h30, com a presença de autoridades e de familiares do homenageado, em uma das ações comemorativas aos 200 anos de Uberaba. A Superintendência do Arquivo Público de Uberaba fica na Praça Dr. José Pereira Rebouças, 650 - Praça da Mogiana - Bairro Boa Vista.

Segundo a superintendente do Arquivo Público, Marta Zednik de Casanova, o livro “História de Uberaba e a Civilização do Brasil Central” de Hildebrando Pontes é o mais procurado por acadêmicos, alunos de mestrado e doutorado e pelas escolas, já que conta a história praticamente desde a fundação do município, com ricos detalhes e referências.

Hildebrando de Araújo Pontes -
Sobre - Hildebrando de Araújo Pontes nasceu em Jubaí, distrito de Conquista/MG, em 1879, mudando-se no mesmo ano para Uberaba e passando a residir na Rua Vigário Silva. Aprendeu as primeiras letras no Liceu Uberabense e, em 1896, passou a cursar o Instituto Zootécnico de Uberaba, graduando-se como engenheiro agrônomo em junho de 1898. Nesse Instituto fundou e editou, com alguns colegas, a Revista Agrícola. Iniciou a vida profissional procedendo ao trabalho de medição de terras na região do Triângulo Mineiro.

Foi, na juventude, filiado ao partido monarquista e conservador, posteriormente filiando-se ao Partido da Lavoura, fundado em Uberaba, em 02 de abril de 1899. Em 1912 foi eleito vereador na legislatura 1912/1915 e vice-presidente da Câmara nas presidências de Filipe Aché e Silvério José Bernardes e, finalmente, presidente e agente executivo (prefeito) de Uberaba.

Hildebrando integrou entidades culturais, filantrópicas, comunitárias e religiosas, muitas delas como sócio-fundador, estando, entre as primeiras, em Uberaba: Grêmio Agro-Científico dos Estudantes do Instituto Zootécnico de Uberaba (1896), Grêmio Recreativo Uberabense (1898), Sociedade de Instrução Mútua Cooperação de Ideias (1903), Grêmio Literário Bernardo Guimarães (1904), grupos esperantistas Suda Stelo (1908) e Uberaba Stelo (1910). Em Araxá pertenceu a mais de dez associações religiosas, profissionais e comunitárias, a exemplo, como um dos sócio-fundadores, da Sociedade Rural de Araxá, da Liga Progresso de Araxá e da já citada Sociedade de Geografia e História do Brasil Central.

É autor da publicação História de Uberaba e a Civilização no Brasil Central (terminada no início da década de 1930 e inédita por quase quarenta anos) e a História do Futebol em Uberaba (escrita em 1922 e só publicada meio século depois), ambas em 1970 e 1972, respectivamente. Em 1992 a Superintendência do Arquivo Público de Uberaba editou Vida, Casos e Perfis.

Entre outros trabalhos, publicados em livros ou não, salientaram-se A Imprensa em Uberaba (divulgado no Correio Católico em 1931), O Dialeto Capiau, Genealogia Mineira, Nobiliarquia do Triângulo Mineiro e ensaios sobre café, gado bovino, fauna, folclore, coreografia, constituição geológica e riquezas naturais do Triângulo, catedral de Uberaba, tipos populares, artes dramáticas e apontamentos para a História de Araxá e Patrocínio.

Elaborou mais de noventa biografias de uberabenses que, de uma ou outra forma, destacaram-se na cidade por suas atividades pessoais e participação na comunidade. Sua obra histórica e regional constitui um grande legado intelectual e cultural, que poucas cidades e regiões possuem e que merecem ser conhecidas e divulgadas pela sociedade uberabense e região. Hildebrando faleceu em Uberaba, em novembro de 1940.


Jornalista Luiza Carvalho


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Cidade de Uberaba


Hildebrando Pontes e a descendência familiar

Uberaba, realmente é uma cidade que prima pelos contrastes, pela incoerência e falta de conhecimento histórico. Seus verdadeiros historiadores e políticos , vão “ do céu ao fundo mar”. Homens e mulheres responsáveis pela guarda da nossa memória-história , cometem “gafes” que o mais leigo observador da nossa santa terrinha, duvida. Uberaba, homenageia, hoje, com intensidade histórica, embora atrasada no tempo, neto e bisneta de um dos maiores nomes da literatura e história da cidade, o imortal Hildebrando Pontes.

Hildebrando de Araújo Pontes - Foto: Arquivo Público de Uberaba.

Hildebrando Pontes Neto, escritor e advogado brilhante, herdou do meu saudoso e querido amigo, Alberto Pontes, nome respeitado no foro jurídico brasileiro, a verve oratória do pai e o talento de escritor do avô. Alessandra Pontes Roscoe, jornalista e escritora de méritos, filha dos saudosos amigos Sérgio Roscoe e Romilda Pontes, a garra e o talento dos pais, avós e bisavô. Há anos, figuras de projeção em Belo Horizonte e Brasilia, lançam, na terrinha, seus novos livros. Será sucesso tenho absoluta certeza. O sangue literário esta impregnado na inteligência de ambos. “O Velho Carrossel” e a “Arvore Voadora” se juntam a outras obras dos autores. Eles herdaram do eminente e saudoso Hildebrando Pontes, a veia literária familiar. Uberaba, muito se orgulha da hereditariedade e dinastia brilhantes.

Embora com tardia homenagem a um dos seus filhos mais importantes, a Prefeitura de Uberaba, vai dar o nome de “Hildebrando Pontes” ao seu arquivo publico. Justiça, reconhecimento e valor, o legado de livros publicados sobre a historia da terrinha .”História de Uberaba e a Civilização no Brasil Central “,” História do Futebol de Uberaba”,” Vida, Casos e Perfis”, são obras antológicas sobre a santa terrinha. Engenheiro agrônomo, editor da “Revista Agricola”, Vereador, Presidente e agente executivo, hoje, o cargo chama-se Prefeito, Hildebrando Pontes, não só escreveu, mas fez história.

A Ignorância histórica dos “historiadores” de Uberaba, se fez sentir em 1994 , quando num ato impensado, fora de propósito e com objetivos escusos, o então prefeito Luiz Guarita Neto, com a conivência da Câmara Municipal, presidida pelo vereador Ademir Vicente da Silveira, com a simples justificativa da funcionaria do APU, Aparecida , em obediência ao prefeito Luiz Neto, apresentou um relato duvidoso, sem citar os historiadores locais, Hildebrando Pontes, José Mendonça, Edelweis Teixeira e Guido Bilharinho, entre outros, apresentou projeto alterando o “registro de nascimento” da CIDADE de Uberaba, não citando em nenhum momento esses renomados historiadores, especialmente o grande Hildebrando Pontes.

Com o “parecer contrario” da douta Assessoria Jurídica da Câmara Municipal, os vereadores optaram pela simples “justificativa” da sra. Manzan, que não deve ter lido, pois, nem citou a obra de Hildebrando Pontes, que no livro “ História de Uberaba....”, à página 84, escreve sobre a “Freguesia de 2 de março de 1820” e à página 86, do mesmo livro, registra que “ Uberaba foi elevada a categoria de CIDADE, pela Lei no.759, e 2 de maio de 1856”. Teria sido ignorância histórica da sra. Manzan, ou má fé, ou coisa que o valha, do prefeito Luiz Guaritá Neto e votos favoráveis dos excelentíssimos senhores vereadores?

Por justiça e um preito de homenagem e gratidão àquele que, hoje, recebe o nome do nosso Arquivo Público, repositório da história de Uberaba e a civilização regional, é mais do que coerente, Uberaba retome o seu normal “ registro de nascimento” como CIDADE e apague, de vez, a conotação de Freguesia, que não representa a nossa realidade. Do seu sacratíssimo mausoléu, Hildebrando Pontes, ficaria eternamente grato.


Luiz Gonzaga de Oliveira



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Cidade de Uberaba

Vista aérea da Praça Rui Barbosa em Uberaba

Praça Rui Barbosa com Catedral ao fundo em 1967. Acervo: Arquivo Público de Uberaba - Foto: autoria desconhecida.
 
Foto do ano de 1933, quando colocaram a imagem do Sagrado Coração de Jesus, na torre da Catedral.



Praça Rui Barbosa, na década de 1970. Foto: Paulo Nogueira. 

"É o mais antigo logradouro público de Uberaba, pois, foi na sua parte inferior que se começou a edificação do primeiro prédio que Uberaba teve. Dele partem as seguintes ruas, a saber, canto inferior direito, a Coronel Manuel Borges; centro, a Artur Machado. Esquerda, a Vigário Silva, lado sul, ao meio, a rua de Santo Antônio. Canto superior direito, a rua Olegário Maciel e superior esquerdo, a rua Tristão de Castro; lado norte, no meio, a rua São Sebastião. É inteiramente calçada a paralelepípedos e com luxuoso jardim à frente da Catedral do Bispado. Nos alinhamentos em diferentes lugares ficam o Paço Municipal, hoje Prefeitura, o Teatro São Luís e custosos prédios particulares. Primitivamente chamava-se ‘Largo’, mais tarde ‘Largo da Matriz Nova’, ‘Largo da Matriz’, praça ‘Afonso Pena’ (1894-1916) e finalmente praça Rui Barbosa." (PONTES, 1970, p.287).


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Cidade de Uberaba.


Wilson Pinheiro


UM ASSOCIATIVISTA NATO


NÃO TINHA COMO ESCAPAR. UM SORRISO ABERTO ALIADO A UMA VOZ CATIVANTE DERRUBAVAM AS MURALHAS LEVANTADAS


Não tinha como escapar. Um sorriso aberto aliado a uma voz cativante derrubavam as muralhas levantadas pelos que o procuravam para ver, sem compromissos, um veículo. Sempre terminava em mais um negócio fechado. Mais um carro emplacado. Mais um amigo conquistado. 

Assim era a rotina de Wilson Pinheiro, das décadas de 1960 a 1980, enquanto diretor de vendas da empresa Distrive, maior concessionária de veículos desta região, sob a administração do grande empresário Joaquim dos Santos Martins.

Pragmático, Pinheiro criou o Consórcio Triângulo, que deu à empresa a condição de líder de vendas do setor de veículos e que o alçou, em 1979, à condição de presidente da Uniminas - Associação dos Revendedores de Volkswagen nas regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. 

Wilson Pinheiro. Foto: Acervo da família.

Nascido em 07/07/1941, em Uberaba, Pinheiro, que na juventude trabalhava na Brasil Companhia de Seguros, conseguiu, através de seus próprios méritos, galgar relevantes posições nas administrações pública e privada. 

Recebeu em 1966 o diploma de Bacharel em Direito através da Faculdade de Direito do Triângulo Mineiro, hoje Uniube, e 1974, o diploma de Economista, através da FCETM – Faculdade de Ciências Econômicas do Triângulo Mineiro. Segundo a viúva de Wilson, Bernadete Pinheiro, ele ainda cursou outras duas graduações, também pela FCETM: Contabilidade e Administração.

Em 1984, a convite do juiz federal Ari Rocha, Pinheiro assumiu o cargo de juiz classista dos empregadores/ empresas na Junta de Conciliação e Julgamento da Justiça do Trabalho de Uberaba, oportunidade que seu espírito conciliador e com o dom de conversar e resolver na paz, contribuiu para solução amigável de centenas de processos reclamatórios.

Era filho de Orlando e Maria de Souza Pinheiro e irmão de Pedro Júlio, ex-gerente do Banco do Brasil e comerciante em Suzano (SP), Célia, viúva de Juarez Fortes e Aparecida Maria Pinheiro, hoje viúva de Aráudio Pereira Melo, ex-vereador em Uberaba.

Wilson Pinheiro era casado com Bernadete de Lourdes Prata Rocha Pinheiro, com quem teve três filhos: Adriana Maria Rocha Pinheiro, atualmente administradora de empresa e publicitária, casada com Marcello Frossard Duarte, advogado, pais de Marcella; Andréa Maria Rocha Pinheiro, advogada e corretora de imóveis, casada com Antônio Carlos Guimarães Júnior, promotor de Justiça em Rio Claro (SP), pais do casal Maria Luiza e Mateus; Christiano Rocha Pinheiro, engenheiro, advogado e auditor da Receita Federal em Belo Horizonte, casado com Sandra Mara Adjafre Sindeux, advogada, pais de Camila e Arthur.

Wilson Pinheiro é um dos mais belos e ilustres exemplos do associativismo. Grande parte de sua vida foi dedicada aos interesses comunitários, sempre participando dos movimentos sociais, artísticos e culturais. Entre as entidades que contaram com sua participação ativa e afetiva, podem ser destacadas: a presidência do Rotary Club Uberaba – Sul, em 1978/1979 e sua participação na fundação do Rotary Uberaba – Norte; a presidência da Feti – Fundação de Ensino Técnico Intensivo -, em 1976, onde teve destacada atuação no governo Hugo Rodrigues da Cunha; a presidência da Associação dos Surdos e Mudos; a participação como primeiro secretário e presidente do Sindicato Rural de Uberaba.

Idealizou e cofundou o Sinhores – Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes e Similares de Uberaba -, do qual assumiu a presidência por três gestões. Em sua administração, se criou o fundo para aquisição da sede própria bem como o Seguro de Vida dos Associados e Funcionários das Empresas vinculadas; a vice-presidência da Facemg – Federação das Associações Comerciais de Minas Gerais -, em 1977.

Participou em diversas diretorias da Aciu, da qual assumiu a presidência nas gestões de 1976/1977; foi nesse período que Wilson Pinheiro e sua diretoria se destacaram pelas suas atividades, entre elas a realização do IV Encontro Regional da Indústria com repercussão nacional; a transferência da FCETM do prédio da Aciu para o Colégio Nossa Senhora das Dores; a ampliação do SPC - Serviço de Proteção ao Crédito - e reforma geral da sede da Aciu; a participação ativa em 1976 na campanha para ampliação do Colégio Eleitoral de Uberaba. 

Foi também em sua gestão que a Aciu, após muitas lutas de gestões anteriores, conseguiu ser reconhecida através da Lei Estadual 7045 de 01/08/1977, governo Aureliano Chaves, o título de “Entidade de Utilidade Pública”. 

Tivemos o prazer de conhecer o Wilson Pinheiro na década de 1960 e estar ao seu lado na Aciu como conselheiro fiscal em sua gestão e conselheiro consultivo nos anos subsequentes bem como seu parceiro na criação e direção do Sinhores.

Foi na área empresarial que Wilson Pinheiro se revelou como um grande administrador, revolucionando o conceito de serviços em restaurantes através da empresa Solar 17 implantada no bonito e imponente casarão da rua São Sebastião, onde permaneceu à frente da administração até o seu falecimento.

Por muitos anos, só se conseguia reserva de mesas com bastante antecipação pela grande demanda da sociedade. Em respeito à arte e à cultura, Pinheiro contratou a renomada pianista Nininha Rocha para abrilhantar com seu piano as animadas noites no American Bar do Solar 17.

Nas palavras de Bernadete Pinheiro, “Wilson Pinheiro foi o melhor parceiro, marido e pai. Trabalhava incansavelmente sempre querendo ajudar os outros. Pessoa extremamente querida e solicitada perante a categoria e sociedade, isso devido ao seu espírito de paz e harmonia”.

A história do empreendimento é também contada por Bernadete: “A ideia da criação do Solar 17 surgiu durante um bate-papo entre amigos, entre eles Luís Carlos Souza Campos, que viria a ser o decorador e primeiro sócio, ficou no futuro com o comando do Wilson, pois ele gostava de festas, reuniões, pessoas felizes e amigos, era como ele mesmo, sempre comunicativo e entusiasmado. Durante 35 anos trabalhou como proprietário do restaurante, buffet e American Bar Solar 17 onde, com carinho, realizava jantares, reuniões, festas de casamento, aniversário, bodas e formaturas. Foi um dos pontos de reunião e jantares das famílias uberabenses. 

Por todos os caminhos percorridos por Wilson, sempre encontramos seriedade, companheirismo, transparência e paz”.

Wilson Pinheiro faleceu em 09 de fevereiro de 2012. É hoje nome de rua localizada no conjunto habitacional Rio de Janeiro. É também saudade eterna junto a seus familiares, amigos e parceiros que estiveram a seu lado na luta pelo desenvolvimento de Uberaba. 


Fontes: Aciu, Bernadete e Adriana Pinheiro 

Gilberto Andrade Rezende.
(*) Membro da Academia de Letras – Ex-presidente e conselheiro da Aciu e do Cigra.



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Cidade de Uberaba

Morre o ex-vereador Itamar Ribeiro de Rezende

O ex-vereador de Uberaba Itamar Ribeiro, 67 anos, morreu na noite desta sexta-feira (07/06/2019), no Hospital São Domingos, onde estava internado. O falecimento foi em decorrência de complicações cardíacas. Itamar foi vereador por quatro mandatos e, atuante também no futebol amador como Presidente do Clube Atlético da Abadia. Recentemente, integrava o governo do Prefeito Paulo Piau como superintendente da Fundação Municipal de Esportes e Lazer; posteriormente, Itamar passou a ocupar também cargo na Secretaria de Saúde.

Itamar Ribeiro de Rezende ✪ 17/01/51- 07/06/2019 ✞

O corpo de Itamar está sendo velado na Câmara Municipal de Uberaba, na Praça Rui Barbosa, Centro. O sepultamento está marcado para as 14h30 no Cemitério São João Batista.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

RELEASE

Escritores lançam livros e são homenageados.

Alessandra Pontes Roscoe e Hildebrando Pontes Neto,escritores, lançam nesta sexta-feira em Uberaba os livros “A árvore voadora” e “O velho carrossel” para o público infanto-juvenil, às 19h30 no Centro Cultural Cecília Palmério. A Escola Estadual Hildebrando Pontes às 9:00h prestará homenagem aos dois escritores e familiares, uma vez que ele é neto e ela bisneta do nosso grande historiador e patrono Hildebrando Pontes (1878-1940).


A Acadêmica Arahilda Gomes Alves, autora do Hino da escola, regerá o Coral que irá interpreta-lo. 

Às 14:00h o Arquivo Público também recepcionará os dois visitantes com a presença do prefeito Paulo Piau e representantes do Poder Legislativo e outros convidados. No lançamento à noite, a Academia de Letras do Triângulo homenageará a ambos admitindo-os na condição de Associados Correspondentes. O ator Milo Sabino fará uma performance teatral enfocando as duas obras lançadas. 


Hildebrando Pontes é o patrono da cadeira número 2 da ALTM, fundada em 1962.


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Cidade de Uberaba


PERDA IRREPARÁVEL

Uberaba perde um dos seus mais ilustres filhos: DORIVAL LUIZ CICCI. Por quê Dorival merece esse honroso título? Posso dizer convicto que nenhum dos nossos conterrâneos amou mais Uberaba do que ele. 

Todas as suas gestões revestidas de grande desprendimento tinham sua querida terra como prioridade principal. Dorival não tinha arestas, não sabia dizer a palavra não e sempre estava disposto a servir . 
Esposo devotado, pai extremado, avô dedicado, irmão amoroso, parente afetivo, amigo de seus amigos; isso e muito mais era Dorival Cicci. Seu querido time Uberaba Sport Club perde um dos seus mais ardorosos torcedores.
Dorival Luiz Cicci
Silenciou o pesquisador dos patronos de ruas da cidade de Uberaba. Calou-se o uberabense que resgatou o busto de Juscelino Kubitshek, nosso maior estadista, num depósito da prefeitura de Uberaba e o colocou diante da nossa Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro. Cerrou os olhos o homem que levou ao Memorial JK em Brasília um grande quadro com fotos de JK em Uberaba. 
Descanse em paz meu querido amigo. Em meu coração haverá o lugar que sempre foi, é e será seu. Você fará muita falta sobretudo pelo seu exemplo de amor pela terra de Major Eustáquio. Uberaba fica lhe devendo a publicação do seu tão sonhado livro. 

João Eurípedes Sabino-Presidente da Academia de Letras do Triângulo Mineiro. Uberaba/MG/Brasil.


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sexta-feira, 24 de maio de 2019

Igreja de Santa Rita de Cássia Uberaba


Cândido Justiniano da Lira Gama, devoto de Santa Rita, e em cumprimento de uma promessa, em 1854 mandou construir a capela, que mais tarde, foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1939.  

Igreja de Santa Rita e Praça Manoel Terra. Foto: Década 1960 - Foto: Autoria desconhecida.

Nela está instalado o Museu de Arte Sacra (MAS), inaugurado em maio de 1987. O acervo, rico em peças barrocas dos séculos XVIII e XIX, conta a história da Igreja Católica na região. Muitas peças são provenientes de doações da Cúria Metropolitana, sobressaindo-se as seções de vestes sacras, estandartes de procissões, paramentos, alfaias, imagens e mobiliário. 

A Renovação Carismática Católica (RCC) da Arquidiocese de Uberaba inicia neste dia 24 de maio de 2019, a Novena de Pentecostes para a preparação desta importante Solenidade da Igreja, Pentecostes. A Novena será realizada até o dia 1º de junho, todos os dias, às 15h30, na Rádio Metropolitana. 

http://bit.ly/2QnJSIh ⬅ Participe da Novena de Pentecostes! (Arquidiocese de Uberaba) 






Cidade de Uberaba

Elite Clube Uberaba

O lastimável estado de abandono dos nossos tradicionais clubes sociais, é de corar o frade de pedra ! A situação é constrangedora ! Comentei o atual estado do Clube Sírio Libanês e o Clube- centro. Mato grassando, animais peçonhentos, água parada clamando pelo mosquito da dengue, drogados em seu interior; outro, servindo de “igrejas evangélicas” , salões vazios, fantasmas vagando pelo outrora grande salão de festas, placas de “aluga-se”, mostram o aspecto decrépito dessas duas sempre lembradas áreas de lazer e entretenimento.

A tradicional “família jockeana”, virou as costas para a sua “segunda casa”. Abandonou quem lhe deu eterna guarida. Sons, clarins e grandes festas, faleceram ao sabor do tempo. Pena ... O “Sirio”, orgulho de uma grande colônia, é, hoje, “ um filho sem pai e mãe”, como se tivesse cometido um crime inafiançável ! Foram em vão os sacrificios daqueles abnegados “ patrícios” que tanto lutaram para construir tão majestoso patrimônio ?Sei lá...

Hoje, com o coração sangrando, comento o fim do mais respeitado clube afrodescendente de Uberaba e um dos mais conceituados do Brasil: O Elite ! A negritude sadia de Uberaba, desde a década de 40 do século passado, dos cordões carnavalescos que animavam o nosso carnaval, do “Sindicato” da praça Santa Teresinha, ao “Grêmio Recreativo”, da rua Capitão Manoel Prata, “Submarino”, Olívio Nascimento, Osvaldo Leal, Geraldo “Miquete”, Jairo e Yone Santana, entre outros que a minha frágil memória, não divisa, já alegravam as ruas da terrinha, mostrando a arte, o gingado, a dança que fervilha no coração dos brasileiros.

Com esforço e sacrifício, juntaram ao mestre de obras, Oliveiro J. da Silva e ao mecânico, Elpenor Marquez (“Lico”)e o “Elite Clube”, ganhou sede e organização jurídica, à rua Tristão de Castro. A “ raça” se fortaleceu. Grandes festas eram realizadas. Bailes que marcaram época ! Eleição da “Miss de Cor” e “Bonequinha do Café”, ganharam manchetes nos jornais!

Ingentes esforços, sem verbas públicas, terreno doado atrás do Terminal Rodoviário e para alegria geral, o “Elite Clube”, inaugurava sua sonhada sede. Salão de festas, piscina, quadras de vôlei e basquete, peteca, sonho dourado dos associados. De repente, chega um tal de CENEG (Centro de Valorização da Raça Negra)e com ele, o deputado federal Nárcio Rodrigues, depois Secretário de Estado e preso, por falcatruas com o dinheiro público, até recentemente.

Convencendo os negros que o CENEG os levaria â redenção, o Elite deixou de existir e que viria muito dinheiro público à nova instituição. O projeto fez água. Não vingou. Contas fantasmas , apareceram. “Neguinhos ”compraram carros importados e desfilavam pela terrinha e outras diligências de praxe, foram aviadas. Mascaram-se os rombos ( ou roubos?) efetuados. Hoje, ninguém mais fala no CENEG. Uma fruta podre, contaminou toda a caixa.

Está difícil retornar o sonho de volta do Elite Clube. O sentimento de perda foi muito grande. Aquele criminoso, horrível, nefasto, abominável e despropositado preconceito racista que , felizmente, está no fim, manchou o desejo que o afrodescendente de brio e talento, mostra na sua capacidade de trabalho. Um projeto maravilhoso que não se concretizou pela política desonesta, safada, de um ex-deputado e seus asseclas uberabenses. Uma pena!

Luiz Gonzaga de Oliveira


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Cidade de Uberaba

quinta-feira, 23 de maio de 2019

LEMBRANDO AINDA...

Homenagear, figuras marcantes da vida social, classista e assistencial da nossa tão querida terrinha. Aqueles que despertaram com inefável amor, doar a Uberaba seu magnífico quinhão
Depois de lembrar empresas e instituições, não é justo deixar de registrar e comentar, além de de cidade culta, civilizada, ordeira e progressista. Não é saudosismo piegas, mas, sim, um preito de gratidão e reverência àqueles que enalteceram, com galhardia, a nossa terra. 

Mário Palmério e Fidélis Reis, figuram na “galeria de honra” pelo que representaram na política. Hildebrando Pontes e José Mendonça, cultores maiores da nossa história. Jose´Humberto e João Gilberto Rodrigues da Cunha, Henrique Kruger, Humberto Ferreira, Hélio Angotti e José Soares Bilharinho, na avançada medicina de Uberaba. Louvores à Pelegrino Esselin, Eliseu Batista, Hitler Pimenta, Edmundo R. Cunha Filho, expoentes máximos da nossa Odontologia. Junto a eles, Secundino Lóes e Ferreira Tuka.

Registre-se a têmpera empresarial de Pedro Salomão e Toniquinho Martins, precursores do nosso empreendedorismo na construção civil. Como não homenagear professores do gabarito de um George Calapodopulus, Pepão, Pepinho, José Geraldo Guimarães, no ensino médio. E lembrar de donas Hilda Martins, Esmeralda Bunazar, Adilia França e Gláucia, no ensino primário... Nas artes plásticas, não se pode olvidar de Antenógenes Magalhães e Ovidio Fernandes. Na música, as figuras exponenciais de Joubert de Carvalho e Antenógenes Silva.

Não dá para esquecer o talento de Augusto César Vanucci na TV brasileira . Na Assistência Social, rendemos homenagens à Aparecida Conceição Ferreira e Aspásia Cunha Campos. No futebol, a saga do médico e jogador da seleção brasileira de 38, Álvaro Lopes Cançado, o Nariz e Gilberto Perez, o único uberabense campeão sulamericano com a camisa da seleção “canarinho”. O mundo conheceu a mediunidade de Chico Xavier, mais de 400 livros escritos. Chico imortal !

Engenheiros do porte de Carlos Simoneck e Wilson Nassif, engrandeceram a profissão na santa terrinha. Na comunicação, jamais serão esquecidas as figuras maiúsculas de Ataliba Guaritá Neto (Netinho), pai e filho, Quintiliano e Raul Jardim, os irmãos Jorge e Farah Zaidan, os três Ruis famosos, Mesquita, Miranda e Novaes, Ramon Rodrigues, Joel Lóes, Toninho e o filho, Edinho Quirino, marcaram época.

No catolicismo, Juvenal Arduini, D.Alexandre Amaral e Padre Thomaz Prata, o Pratinha, são inesquecíveis, assim como, no espiritismo, dr. Inácio Ferreira, Celso Afonso, José Ribeiro, Antusa Martins e Maria Modesto. Uberaba, árvore frondosa que sempre produziu bons frutos. À sua sombra, abrigam figuras maravilhosas. Por mais que tentem prostituí-la, ela mantém-se altiva, impune às impurezas, aos ataques que lhes são dirigidos.

Uberaba, forte,altaneira, imbatível, resistente; não se abate por mais que insistam em derrubá-la. A era dos “ postiços”, está chegando ao fim. O tempo é inexorável...


Luiz Gonzaga de Oliveira


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Cidade de Uberaba

O QUE ACONTECEU ?

Começo, hoje, a comentar, aliás com enorme tristeza, o estado de abandono em que se encontram as sedes sociais dos nossos tradicionais clubes recreativos. Sei que não tenho dia para encerrar esse assunto. As reações dos meus prezados leitores, serão inevitáveis. Com razão. Uma cidade do porte de Uberaba, sempre se jactou em ser uma as mais alegres e hospitaleiras do Brasil, tinha nos seus clubes sociais, um belo cartão de visitas a todos quantos aportavam na santa terrinha.

Sempre tivemos incontido orgulho em levar ao Jockey Club, Uberaba Tênis clube, Sírio Libanês, Elite Clube , Uberaba Country, Associação Esportiva e Cultural e Atlética do Baco do Brasil, os nossos ilustres visitantes. Eles ficavam encantados não só com a delicadeza da recepção, mas, principalmente com a beleza das festas realizadas, a jovialidade dos associados, bem com o bom gosto da decoração dos nossos salões sociais. Tudo era muito requintado.

Por eles passaram, em espetáculos memoráveis, os maiores nomes da arte popular e erudita ; orquestras famosas, apresentações teatrais só vistas nos grandes centros. Uberaba, na região, sempre teve a primazia de apresentar ao público do interior, os grandes “shows”, privilégio que pertencia apenas, até então, às capitais. Éramos sempre pioneiros na empreitada.

Francisco Canaro, Miguel Caló, as maiores orquestras portenhas da época, aqui se apresentaram, sem falar na noite inesquecível da orquestra de Ray Conniff...Orquestras Tabajara, de Severino Araújo, Simonetti, Valdir Calmon, Erlon Chaves, entre outras famosas, brindaram os dançarinos uberabenses em noites que serão lembradas. Profissionais do teatro brasileiro, Paulo Autran, Chico Anysio,Os Jograis, Eval Wilma, Carlos Zara, Procópio e Bibi Ferreira, Rodolfo Mayer, ZÉ Vasconcelos, Cacilda Becker, Fernanda Montegro, Tônia Carrero, Plinio Marcos, emolduraram nossos palcos com apresentações maravilhosas !

Uberaba, irradiava e transpirava cultura. Canores (as) famosos(as), abrilhantaram essa lista. Nomes nacionais e internacionais como Bienvenido Grande, Oscar Martinez, Yedo Yanes, Chico Buarque, Elza Soares,Moacyr Franco, Inezita Barroso,Antônio Marcos,Nelson Ned, no auge de suas carreiras, receberam os aplausos da seleta platéia uberabense. Uberaba, liderava , comandava e divulgava a cultura regional.

O lendário e consagrado “Desfile Bangu”, irradiado para todo o Brasil, saiu do chique Copacabana Palace e fez morada nos luxuosos salões do Jockey Club de Uberaba ! As principais fantasias do “Teatro Municipal”, do Rio de Janeiro, desfilou nos salões jockeanos . Até a sempre lembrada “Banda do Canecão”, famosa no Brasil inteiro, fez vibrar o uberabense numa noite memorável ! Sem contar os desfiles de moda de Denner e Clodovil...

Uberaba, sempre foi uma cidade afinada com a cultura, progresso, alegria e modernidade . Os nossos clubes eram tão importantes que um deles, o Sírio Libanês, no calor das promoções, realizava a ‘ Noite Árabe”,com bailarinas vindas de São Paulo , música árabe autêntica, comida, idem. O mundo árabe vivia uma noite de sonhos de Bagdad...Era uma apoteose !

Amanhã, começo a perguntar o que foi feito do clube da rua Major Eustáquio; o Sírio Libanês de tantas tradições. A imprensa está calada. A “colônia”, muda . O que aconteceu ?



Luiz Gonzaga de Oliveira


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Cidade de Uberaba

O LENDÁRIO JOCKEY CLUBE DE UBERABA

O Jockey Clube, foi fundado por uma elite classe social, rica e abastada da cidade, pudesse conviver, ser relacionada e receber a”alta” da sociedade brasileira, incluindo outros fazendeiros e políticos. Desde o Presidente da República, Governadores de Estado e grandes empresários. O meio ruralista, atravessando bom momento, ergueu num pasto, fundos do parque de Exposições, uma área para corrida de cavalos e construiu uma arquibancada de madeira, que deu o nome de “ Prado”, onde as provas eram realizadas. A “febre” não durou muito. A morte, por envenenamento, de um cavalo vitorioso nas corridas, foi o estopim. 

Sede do Jockey Club de Uberaba - Praça Rui Barbosa. Foto: Acervo do Clube.

O auge da saga do zebu, tornou Uberaba conhecida nacionalmente. Movidos por interesses comuns, os ricos da terrinha, marcando presença, construíram, em pouco tempo, um majestoso prédio na praça Rui Barbosa e ali, edificou o Jockey Clube de Uberaba, hoje, quase centenário. Ao correr dos anos, o prédio sofreu modificações para melhor. Alí, aconteceram as grandes festas de Uberaba. Evidentemente para as classes financeiras majoritárias...

Lembro-me que, em 1962, ao lado da “rainha do clube”, Marina Marquez, transmiti pela falecida Rádio Difusora, com assistência do Paulo Nogueira, a reinauguração do clube então presidido pelo saudoso Giordano Bruno. Festa inesquecível. Aliás, as festas do Jockey, eram sempre noticias nas colunas de Netinho, no “Lavoura” e Joel Lóes, no “Correio Católico”. Ambos, “jockeanos de quatro costados”...

Uma firma paulista e arquiteto idem, deram o tom austero, chique,na reforma do clube. Cadeiras almofadadas ,novidade naquele tempo, lustres art-decó, móveis entalhados, mesa de bilhar, piano de cauda, estantes requintadas para a biblioteca, sala de jogos, consoles, restaurante, boate, compunham o mais elegante clube regional, que ensejou inclusive o colunista sempre lembrado Ataliba Guaritá Neto, o Netinho, a defini-lo como o “Palácio Encantado” da cidade.

A parte social sempre embelezou o Jockey. Festas inesquecíveis! Promoções mirabolantes ! A juventude fazia “ ponto” nas dependências do Jockey. Quantos namoros e casamentos, começaram lá dentro... No esporte, o Jockey também pontificava-se. Na piscina descoberta, a exibição do medalhista olímpico Tetsuo Okamoto; no basquete, o Jockey, campeão mineiro com o “ rolo compressor” (alô, Dorival Cicci...), no vôlei, campeão regional. Na quadra, ainda descoberta, a exibição do Palmeiras, campeão brasileiro e dos “Globetrotters’, continuam na lembrança dos antigos jockeanos... Ah ! saudade dos carnavais, que o Netinho chamava de “Municipal uberabense” ...E a banda do Rosseti ? E o bar do Paulo Botta? O caldo de galinha da Venturosa, de saudosa memória ?...

Infelizmente, o verdadeiro Jockey Club, da praça Rui Barbosa, de fama e gloriosas tradições, “agora é cinzas”...Móveis e utensílios, cortinas, cadeiras, aquele bonito piano de cauda, estão jogados num canto do Jockey Park, sendo corroídos pelo tempo, como traste, tomando lugar. Não servem para mais nada .A história está sendo contada pelos cupins, seus habitantes...

E assim caminha a nossa tradição, lembranças e costumes. O tempo é implacável, mormente quando ignorantes em história, desprezam aquilo que eles não construíram. O vetusto Jockey Club, outrora tão cioso na seleção dos seus associados, hoje, não passa de um prédio de aluguel.....Desta forma, vão destruindo e deteriorando a bonita história da nossa Uberaba !...


Luiz Gonzaga de Oliveira


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quarta-feira, 22 de maio de 2019

Clube Sírio Libanês de Uberaba

Uberaba, é uma cidade privilegiada. O volume de famílias estrangeiras que escolheram a santa terrinha para criar seus filhos, netos e descendentes, atraídos desde os primórdios da nossa civilização, pelos campos verdejantes, as riquezas minerais e vegetais, seu solo pródigo e dadivoso, clima ameno, hospitalidade e amizade do seu povo, aqui fincaram suas raízes e nos associaram a construir o vertiginoso progresso da nossa terra. Não quero, não posso, não devo, apesar da fragilidade da memória, cometer erros ou omissões.

Henrique Desgenetes, um francês de cepa, médico e biólogo, primeiro a descobrir e estudar os valores medicinais da flora da cidade e região, marcou sua presença entre nós. Em seguida, dominicanos, dominicanas e maristas, ergueram na santa terrinha, os primeiros colégios, a religião católica, berço da família, em plena época da “boca do sertão”. Com os franceses não se pode negar, vieram as valiosas contribuições de outras colônias à procura de novos rumos, desbravar terras desconhecidas e conquistar novos horizontes.

Destaco a saga dos sírios libaneses e as primeiras famílias de Pedro Salomão, Paulo Cauhy, Alexandre Jorge, Namem Skaff, Miziara, Frange, Amui, Hallal, Miguel, Cecilio, Hueb, Abdanur, Cecim, Nabut, Cussi, Abud, Árabe, Mauad, Curi, Fackuri, formavam uma plêiade de tradição, honradez, trabalho e progresso. Uberaba, é uma eterna devedora dessa colônia. Muito orgulha do seu crescimento , as famílias que aqui estabeleceram sua morada.               
                                                                 
Clube fundado em 1925 sofria autuações desde 2012 (Foto: Jairo Chagas /Jornal da Manhã)
A colônia ,desde o século passado, deu-se ao luxo de construir, na rua Major Eustáquio, um dos clubes sociais mais bonitos e suntuosos do Brasil ! Linhas arquitetônicas modernas, projeto arrojado, salão de festas com confortáveis camarotes, palco conversível, iluminação adequada a cada evento, um sub-solo construído com capricho e bom gosto e, nos fundos do terreno, uma excelente quadra esportiva, coberta, nos padrões oficias e de multiuso.

Em anexo, uma moderna sauna, orgulho dos associados, tendo ao lado, uma piscina semi –olímpica, com moderno trampolim para saltos ornamentais. Ao lado, até então, um bem cuidado campo, gramado, para a prática do “futebol-society”. Finais de semana, era aquela apoteose ! As dependências do clube, apinhada de alegres associados. Tudo era festa !

Abrahão Árabe, Bachur Hallal, Jayme Moisés, Nadim Aschcar, Nadim Daher, Salim Abud, Michel Abud, Mauro Abud, Fued Hueb, João Miguel Hueb, Aniz Abdala, Faker Azor Fackouri, Abadio Miguel Júnior, entre outros baluartes da colônia, promoviam “ festas de arromba”. Sucesso ! Democraticamente, os dirigentes abriram o clube para toda a sociedade uberabense, descendentes ou não, ampliando assim, o grande número de associados.

O clube, era uma festa permanente. Quem não tinha piscina, sauna, não morava em condomínio e não tinha campinho de futebol, o”Sírio”, era a extensão da sua casa. Festas, bailes, recepções, carnavais, “soarêes” dançantes, apresentação de cantores, peças teatrais, o espetáculo tinha endereço : Clube Sírio Libanês. As colunas sociais davam destaque a intensa movimentação social do clube.

De repente, tudo acabou. Toque de mágica. O associado, fugiu. As festas, sumiram. As portas, fecharam. A piscina, vazia. A sauna ,fechou. O campinho, desgramou. Bem que o “Babula”(Paulo de Tarso Mauad ) tentou ! Em vão ! Ficou só! Solitariamente só ! A colônia, virou as costas para o “seu” clube! Que “doença grave” teria acometido o clube? Porquê renegar tão valioso patrimônio? 

Hoje, é um amontoado de lixo e de drogados. Vão deixar morrer à míngua, sangrando, tão tradicional clube, representante de uma espetacular e laboriosa colônia ? Pergunta que, por ora, está sem resposta.


Luiz Gonzaga de Oliveira


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terça-feira, 21 de maio de 2019

Defesa Civil interdita ponte de ferro em Delta

Buraco na histórica ponte de ferro surgiu no domingo (19). Defesa Civil de Delta interditou o local para o tráfego de veículos na tarde desta terça-feira (21) Maio, 2019

Prefeitos de Delta e Igarapava avalia atual situação da ponte.
Uma equipe técnica vai ao local nesta semana para avaliar a ponte. Assim, poderá definir as medidas para solucionar o problema. 

Buraco fica bem na divisa da ponte e o asfalto também está cedendo.

Foto: Prefeitura Municipal de Delta
Já a concessionária Entrevias apenas forneceu alguns itens de sinalização para que a Prefeitura de Delta fizesse o bloqueio do tráfego na ponte até que o buraco existente na estrutura seja fechado. A empresa esclareceu que a travessia não está sob sua concessão.

Foto: reprodução

"A SP- 328 (Rodovia Alexandre Balbo) é administrada pela Entrevias até o quilômetro 475,740, e termina na cabeceira da ponte.
 A interdição não afetará o fluxo de veículos na rota sob concessão Entrevias, uma vez que há a opção de tráfego pela ponte localizada no km 450 da Rodovia Anhanguera (SP-330), que também faz a ligação dos dois Estados", diz trecho da nota da concessionária.

                                             
Ponte de ferro na divisa de Minas Gerais com São Paulo, sobre o Rio Grande - Foto: reprodução.

A ponte metálica sobre o Rio Grande foi construída originalmente para servir ao novo ramal da Companhia Mojiana de Estradas de Ferro (CMEF), que encurtava o trajeto passando por Igaravapa. Anteriormente, a linha seguia por Franca–Jaguara (Sacramento).                                                           

Ponte metálica de Delta - Foto: Acervo Publico de Uberaba. Década: 1960.

Com seis vãos, a ponte tinha grandes dimensões, se comparadas às outras pontes ferroviárias da época. Foi um empreendimento alemão, planejado em 1910 e que se encontrava adiantado em 1913, previsto para ser inaugurado no ano seguinte.
Na Revolução Constitucionalista de 1930, a ponte serviu de cenário para batalhas entre paulistas e mineiros.

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"A velha ponte da Cia Mogiana sobre o Rio Grande, ligando Delta a Igarapava, ainda em construção, na primeira metade dos anos 1910. Antes da abertura da variante de Igarapava da Mogiana, em 1915, os trens só chegavam a Uberaba pela ferrovia que vinha de Franca, por Jaguara, Conquista e Peirópolis, inaugurada em 1889. Os trens de ferro dividiram a ponte metálica com a rodovia até 1979: eu me lembro das cancelas que fechavam o tráfego de veículos para esperar o trem passar, e também da diversão infantil que era ficar lá no Country Clube esperando para ver ao longe a travessia dos trens. Em 79 foi aberta uma ferrovia nova, que cruza o rio ao lado do DI-3, e os trens sumiram para sempre. Carros, ônibus e caminhões continuaram passando pela velha ponte por mais duas décadas. Em maio de 2001 foi finalmente inaugurada a ponte dupla da Anhanguera/BR-050 e a velha ponte de metal entrou nessa semi-aposentadoria em que se encontra hoje, Há três curiosidades sobre essa ponte: 1) Ela tem quatro vãos maiores e um menor, o último do lado de Igarapava. Reza a lenda que esse vão menor não pode ser completado na época da inauguração porque a estrutura de aço viria da Alemanha (ou da Inglaterra, segundo outras fontes) e a entrega foi cancelada em virtude do início da 1ª Guerra Mundial. Na época, teria sido construído um vão improvisado em madeira, que foi anos mais tarde substituído por esse metálico que até hoje está lá, mas que tem uma estrutura ligeiramente diferente dos demais – o que é um fato. Nessa foto histórica, não se vê o quinto vão sendo erguido. 2) A ponte teria sido palco de violentos confrontos armados entre mineiros e paulistas em 1930 e 1932. A lenda – que ouvíamos no tempo de menino – dizia que ainda podiam ser vistas várias perfurações de bala na estrutura. Na época, nunca me deixaram ir lá comprovar: a ponte é estreita e nunca teve passagem para pedestres. Caminhar por ela era terrivelmente arriscado no tempo em que todo o tráfego da BR passava por ali. Recentemente, atravessei a ponte a pé, mas não encontrei as perfurações. E tenho sérias dúvidas se os tiros daqueles velhos fuzis usados na década de 30 teriam capacidade de furar as grossas chapas de aço da sua estrutura. 3) Nos início dos anos 1980, alguns paulistas metidos a besta que estudavam em Uberaba faziam uma provocação com os mineiros, chamando a ponte de “túnel do tempo”. O que era apenas um claro sinal de que eles não conheciam a “progressista” Igarapava. De qualquer modo, a bela “ponte do Delta” é parte da história da nossa cidade, e é uma pena que esteja em estado de semi-abandono. Como muitos caminhões e carretas pesadas desviam da BR por ela (talvez para fugir das balanças e da fiscalização na divisa) temo que em breve ela acabe cedendo ou desabando, o que seria uma pena. Torço para que, antes que isso ocorra, alguém tenha coragem de propor alguma manutenção preventiva. Ou para, pelo menos, proibir o tráfego de caminhões sobre ela. Uma coragem que – que se vê nessa foto – não faltava a seus valentes construtores." Historiador/André Borges Lopes.

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