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quinta-feira, 23 de maio de 2019

O QUE ACONTECEU ?

Começo, hoje, a comentar, aliás com enorme tristeza, o estado de abandono em que se encontram as sedes sociais dos nossos tradicionais clubes recreativos. Sei que não tenho dia para encerrar esse assunto. As reações dos meus prezados leitores, serão inevitáveis. Com razão. Uma cidade do porte de Uberaba, sempre se jactou em ser uma as mais alegres e hospitaleiras do Brasil, tinha nos seus clubes sociais, um belo cartão de visitas a todos quantos aportavam na santa terrinha.

Sempre tivemos incontido orgulho em levar ao Jockey Club, Uberaba Tênis clube, Sírio Libanês, Elite Clube , Uberaba Country, Associação Esportiva e Cultural e Atlética do Baco do Brasil, os nossos ilustres visitantes. Eles ficavam encantados não só com a delicadeza da recepção, mas, principalmente com a beleza das festas realizadas, a jovialidade dos associados, bem com o bom gosto da decoração dos nossos salões sociais. Tudo era muito requintado.

Por eles passaram, em espetáculos memoráveis, os maiores nomes da arte popular e erudita ; orquestras famosas, apresentações teatrais só vistas nos grandes centros. Uberaba, na região, sempre teve a primazia de apresentar ao público do interior, os grandes “shows”, privilégio que pertencia apenas, até então, às capitais. Éramos sempre pioneiros na empreitada.

Francisco Canaro, Miguel Caló, as maiores orquestras portenhas da época, aqui se apresentaram, sem falar na noite inesquecível da orquestra de Ray Conniff...Orquestras Tabajara, de Severino Araújo, Simonetti, Valdir Calmon, Erlon Chaves, entre outras famosas, brindaram os dançarinos uberabenses em noites que serão lembradas. Profissionais do teatro brasileiro, Paulo Autran, Chico Anysio,Os Jograis, Eval Wilma, Carlos Zara, Procópio e Bibi Ferreira, Rodolfo Mayer, ZÉ Vasconcelos, Cacilda Becker, Fernanda Montegro, Tônia Carrero, Plinio Marcos, emolduraram nossos palcos com apresentações maravilhosas !

Uberaba, irradiava e transpirava cultura. Canores (as) famosos(as), abrilhantaram essa lista. Nomes nacionais e internacionais como Bienvenido Grande, Oscar Martinez, Yedo Yanes, Chico Buarque, Elza Soares,Moacyr Franco, Inezita Barroso,Antônio Marcos,Nelson Ned, no auge de suas carreiras, receberam os aplausos da seleta platéia uberabense. Uberaba, liderava , comandava e divulgava a cultura regional.

O lendário e consagrado “Desfile Bangu”, irradiado para todo o Brasil, saiu do chique Copacabana Palace e fez morada nos luxuosos salões do Jockey Club de Uberaba ! As principais fantasias do “Teatro Municipal”, do Rio de Janeiro, desfilou nos salões jockeanos . Até a sempre lembrada “Banda do Canecão”, famosa no Brasil inteiro, fez vibrar o uberabense numa noite memorável ! Sem contar os desfiles de moda de Denner e Clodovil...

Uberaba, sempre foi uma cidade afinada com a cultura, progresso, alegria e modernidade . Os nossos clubes eram tão importantes que um deles, o Sírio Libanês, no calor das promoções, realizava a ‘ Noite Árabe”,com bailarinas vindas de São Paulo , música árabe autêntica, comida, idem. O mundo árabe vivia uma noite de sonhos de Bagdad...Era uma apoteose !

Amanhã, começo a perguntar o que foi feito do clube da rua Major Eustáquio; o Sírio Libanês de tantas tradições. A imprensa está calada. A “colônia”, muda . O que aconteceu ?



Luiz Gonzaga de Oliveira


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Cidade de Uberaba

O LENDÁRIO JOCKEY CLUBE DE UBERABA

O Jockey Clube, foi fundado por uma elite classe social, rica e abastada da cidade, pudesse conviver, ser relacionada e receber a”alta” da sociedade brasileira, incluindo outros fazendeiros e políticos. Desde o Presidente da República, Governadores de Estado e grandes empresários. O meio ruralista, atravessando bom momento, ergueu num pasto, fundos do parque de Exposições, uma área para corrida de cavalos e construiu uma arquibancada de madeira, que deu o nome de “ Prado”, onde as provas eram realizadas. A “febre” não durou muito. A morte, por envenenamento, de um cavalo vitorioso nas corridas, foi o estopim. 

Sede do Jockey Club de Uberaba - Praça Rui Barbosa. Foto: Acervo do Clube.

O auge da saga do zebu, tornou Uberaba conhecida nacionalmente. Movidos por interesses comuns, os ricos da terrinha, marcando presença, construíram, em pouco tempo, um majestoso prédio na praça Rui Barbosa e ali, edificou o Jockey Clube de Uberaba, hoje, quase centenário. Ao correr dos anos, o prédio sofreu modificações para melhor. Alí, aconteceram as grandes festas de Uberaba. Evidentemente para as classes financeiras majoritárias...

Lembro-me que, em 1962, ao lado da “rainha do clube”, Marina Marquez, transmiti pela falecida Rádio Difusora, com assistência do Paulo Nogueira, a reinauguração do clube então presidido pelo saudoso Giordano Bruno. Festa inesquecível. Aliás, as festas do Jockey, eram sempre noticias nas colunas de Netinho, no “Lavoura” e Joel Lóes, no “Correio Católico”. Ambos, “jockeanos de quatro costados”...

Uma firma paulista e arquiteto idem, deram o tom austero, chique,na reforma do clube. Cadeiras almofadadas ,novidade naquele tempo, lustres art-decó, móveis entalhados, mesa de bilhar, piano de cauda, estantes requintadas para a biblioteca, sala de jogos, consoles, restaurante, boate, compunham o mais elegante clube regional, que ensejou inclusive o colunista sempre lembrado Ataliba Guaritá Neto, o Netinho, a defini-lo como o “Palácio Encantado” da cidade.

A parte social sempre embelezou o Jockey. Festas inesquecíveis! Promoções mirabolantes ! A juventude fazia “ ponto” nas dependências do Jockey. Quantos namoros e casamentos, começaram lá dentro... No esporte, o Jockey também pontificava-se. Na piscina descoberta, a exibição do medalhista olímpico Tetsuo Okamoto; no basquete, o Jockey, campeão mineiro com o “ rolo compressor” (alô, Dorival Cicci...), no vôlei, campeão regional. Na quadra, ainda descoberta, a exibição do Palmeiras, campeão brasileiro e dos “Globetrotters’, continuam na lembrança dos antigos jockeanos... Ah ! saudade dos carnavais, que o Netinho chamava de “Municipal uberabense” ...E a banda do Rosseti ? E o bar do Paulo Botta? O caldo de galinha da Venturosa, de saudosa memória ?...

Infelizmente, o verdadeiro Jockey Club, da praça Rui Barbosa, de fama e gloriosas tradições, “agora é cinzas”...Móveis e utensílios, cortinas, cadeiras, aquele bonito piano de cauda, estão jogados num canto do Jockey Park, sendo corroídos pelo tempo, como traste, tomando lugar. Não servem para mais nada .A história está sendo contada pelos cupins, seus habitantes...

E assim caminha a nossa tradição, lembranças e costumes. O tempo é implacável, mormente quando ignorantes em história, desprezam aquilo que eles não construíram. O vetusto Jockey Club, outrora tão cioso na seleção dos seus associados, hoje, não passa de um prédio de aluguel.....Desta forma, vão destruindo e deteriorando a bonita história da nossa Uberaba !...


Luiz Gonzaga de Oliveira


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Cidade de Uberaba

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

DESFILE NA PRAÇA RUI BARBOSA

DESFILE NA PRAÇA RUI BARBOSA

Década de 1930

Em trajes de gala, a banda do 4º BPM desce pela Praça Rui Barbosa e encanta as crianças de Uberaba. O casarão ao fundo foi demolido por volta de 1935 para dar lugar ao prédio do Jockey Clube. Mais acima, vemos as marquises do Cine Theatro São Luiz, reformado e reinaugurado em 1931.

Acervo pessoal de Olga Alexandre


Cidade de Uberaba

INÍCIO DA CONSTRUÇÃO DO GINÁSIO DO JOCKEY CLUB - UBERABA

 Início da Construção do Ginásio do Jockey Club de Uberaba




Década: 1970


 Início da Construção do Ginásio do Jockey Club de Uberaba

Praça Rui Barbosa

Foto: Prieto

(Acervo pessoal de Valdir Rodrigues Vilela)



domingo, 8 de janeiro de 2017

PAVILHÃO DA PREFEITURA NA EXPOSIÇÃO DE UBERABA, A PRIMEIRA MOSTRA DE GADO ZEBU REALIZADA NO PAÍS. PRADO SÃO BENEDITO

Primeira Exposição de Gado Zebu - Ano: 1911


A aquisição de área no alto São Benedito e a construção de imponentes portões e arquibancadas diante da pista de corridas de cavalos, propiciaram o espaço ideal para os homens (trajados em linho branco e palheta) movimentarem suas apostas e as mulheres desfilarem seus leves trajes, claros e longos, chapéus, bolsas de prata… a versão local da “Bellle-Époque”; um mundo longe de preocupações, guerras, revoluções. Era o Prado São Benedito – primeira grande realização do Sport Club.
As corridas no Prado – para onde eram enviados cavalos vindos até do exterior – animavam os diretores do Sport Club. O prado foi também local escolhido, em 1911, para realização da Primeira Exposição de Gado Zebu realizada no Brasil e que foi também a Exposição de Uberaba, nos moldes que tentavam refletir aqui as mostras em moda em todo o mundo, como as de Paris, do Rio, revelando, em pavilhões de arquitetura bizarra, todo o potencial econômico da região dominada por Uberaba. Desta maneira, o Prado prestava serviços diversos à sociedade. O cinematógrafo foi uma das novidades lançadas nesta Exposição de Uberaba.
Foto: Autoria desconhecida/Arquivo Público de Uberaba
Fonte – Jockey Club de Uberaba


sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Primeira Exposição promovida pelo governo Municipal


Primeira Exposição promovida pelo governo Municipal


Primeira Exposição promovida pelo governo Municipal onde se destacava o Zebu em 1911 no Prado do Jockey Club, onde hoje estão os pavilhões que funcionaram a fábrica das Botinas Zebu
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Foto: Autoria desconhecida

Acervo: Arquivo Público de Uberaba

PRIMEIRA EXPOSIÇÃO PROMOVIDA PELO GOVERNO MUNICIPAL ONDE SE DESTACAVA O ZEBU EM 1911 NO PRADO DO JOCKEY CLUB

Primeira Exposição promovida pelo governo Municipal 

Primeira Exposição promovida pelo governo Municipal onde se destacava o Zebu em 1911 no Prado do Jockey Club, onde hoje estão os pavilhões que funcionaram a fábrica das Botinas Zebu.
Foto2
Foto: Autoria desconhecida
Acervo: Arquivo Público de Uberaba

PRIMEIRA EXPOSIÇÃO PROMOVIDA PELO GOVERNO MUNICIPAL ONDE SE DESTACAVA O ZEBU EM 1911 NO PRADO DO JOCKEY CLUB, ONDE HOJE ESTÃO OS PAVILHÕES QUE FUNCIONARAM A FÁBRICA DAS BOTINAS ZEBU.

Prado

Primeira Exposição promovida pelo governo Municipal onde se destacava o Zebu em 1911 no Prado do Jockey Club, onde hoje estão os pavilhões que funcionaram a fábrica das Botinas Zebu.

Foto: Autoria desconhecida
Acervo: Arquivo Público de Uberaba