segunda-feira, 6 de agosto de 2018

JOÃO PEDRO

Ano de 1972, estava em alta a estima do uberabense. O segundo maior estádio de Minas, recém inaugurado ( até hoje, inacabado...) ,cobertura dos córregos do centro da cidade (causadora das enchentes atuais...), a construção de um novo Terminal Rodoviário (quando deram a praça velha para um hipermercado “quebrado”...), asfaltaram ruas de bairros, (proprietários não conseguiram pagar os altos preços cobrados e perderam, quase todos, seus imóveis...) ,inaugurada a primeira geradora de televisão da cidade (TV-Uberaba), nosso orgulho na época ( hoje, morta e sepultada pela incúria dos nossos empresários que não quiseram mantê-la. Preferiram trazer a Globo, “ de lá...”

Na política, as ARENAS 1 e 2, “mandavam” na terrinha .PMDB, esfacelado, com a morte do seu líder, Chico Veludo. Deflagrada a sucessão municipal, Rosa Prata, prefeito; João Guido, deputado federal; Randolfo Borges Jr., ex-prefeito. Turma “ da pesada”. Na Arena 2, um grupo de empresários, iniciantes nas ” armações” políticas: Gilberto Rezende, Hugo Rodrigues da Cunha, o tio, deputado federal, José Humberto, Joaquim Martins, da “Distrive”, além do vereador Mário Guimarães, que fazia “oposição” a Rosa Prata... 

Previsão inicial: -“Quem nós escolhermos, pode mandar faz o terno de posse”, jactavam-se os donos da Arena 1. A Arena 2, não tinha votos suficientes para lançar candidato na convenção. Fizeram então, um “ acordo” ; dois dos convencionais da Arena 1, “votariam” no candidato da Arena 2 para que não ficasse muito à mostra, a hegemonia dos mandatários da época, todos ao lado de Rosa Prata. Escolhidos, Ramid Maud e Randolfo Borges, votaram em Hugo Rodrigues da Cunha. Do outro lado, certo da vitória, Fúlvio Fontoura, filho de Lauro Fontoura, ex-prefeito da cidade, aos tempos da ditadura Vargas. 

O PMDB, coitado, acéfalo. Paulo Afonso Silveira, segurando o “ barco”. Ainda assim para “cumprir tabela”, escolheu o alfaiate João Pedro de Souza, candidato à prefeito e um bom grupo de candidatos à vereador. Pela primeira vez, Uberaba iria conhecer um “ palanque eletrônico” na TV-Uberaba. Peças das duas Arenas, rebuscadas . Bem feitas. PMDB, quase “porca miséria”. João Pedro, varinha na mão, indicava, se vencesse as eleições, traria água do rio Grande, à abastecer o cruciante problema d’água existente na terrinha. O anúncio virou piada na cidade. –“João Pedro ficou doido. É preciso interná-lo no Sanatório Espírita! Onde já se viu pensar uma coisa dessa”!... 

Louve-se a lealdade de Paulo Afonso Silveira, ao candidato e ao partido. O mesmo não se pode dizer dos vereadores.. .Abertas as urnas, a vitória cantada pela Arena1, virou cinzas... Tido como “zebra”, a Arena 2 com Hugo Rodrigues da Cunha, deu “ banho” de votos e elegeu-se prefeito de Uberaba, com larga vantagem. O mito que a “ máquina administrativa” sempre vence, foi por água abaixo.. .Disse água ?...Acompanhe. 

João Pedro, abandonado, triste, aborrecido, achincalhado, endividado pela campanha, sem votos, humilhado, entrou na mais terrível das doenças, a depressão. Não suportando tanta difamação, um belo dia, ao mirar-se nas águas do rio Grande, na ponte que divide Minas e São Paulo, a tentação do demônio foi inexorável. João Pedro, não resistiu. Atirou-se nas mansas águas que queria trazer para abastecer Uberaba.. .Perdeu-se nas profundezas do rio Grande... 

Tempos depois, ( ironia do destino !..) os mesmo políticos que o chamaram de louco varrido, tentaram obter financiamento para trazer a água do rio Grande,à abastecer as torneiras da santa terrinha...Ao mais calhorda dos políticos, guarde sempre o velho ditado: “ nunca diga que dessa água eu não bebo “.... “Marquez do Cassú”. 



VIRGINDADE

Virgindade é aquele homem, ou mulher, que não teve relação sexual. A perda da virgindade se dá quando acontece o rompimento do hímen da mulher. A perda da virgindade se dá quando da primeira relação sexual com penetração vaginal. Embora qualquer objeto introduzido na vagina, inclusive dedos, pode romper o hímen , usualmente associado à perda da virgindade . É o começo da vida sexual ativa, percepção e interação do seu corpo com o corpo de outra pessoa. O hímen é uma película que fica na entrada da vagina , que, nem sempre, rompe na primeira vez. Existem os mais elásticos , também chamados complacentes.

O conceito de virgindade é visto pela sociedade em critérios, quer biológicos como também sócio-culturais. Não se esquecendo, às vezes, as questões políticas e religiosas. Foi-se o tempo que a velha e austera sociedade se importava muito com a preservação da virgindade antes do casamento.. .Em varias regiões do mundo, muitas religiões a virgindade está intimamente ligada à pureza do corpo e da alma imaculada e daí, a total falta de auto satisfação sexual. Na orientação cristã, muçulmana e judaica, somente Maria, mãe de Jesus, teria concebido e dado à luz, sem qualquer contato masculino, José. Sua gravidez, foi uma obra divina. A única mulher a ter um parto , sem ser tocada pelo órgão masculino: A Santa Maria, Mãe de Deus “....

Cristianismo, judaísmo, islamismo, prescrevem, até hoje, a virgindade como essencial ao casamento. É o chamado “ conceito conservador”. Hoje, a liberalidade de comportamento sexual é permitida , a contracepção normal e a emancipação social da mulher que alterou, profundamente, a visão de virgindade na sociedade contemporânea. O interessante é que a expansão dos movimentos religiosos mais conservadores e uma real consciência dos riscos que podem causar as doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids, retornou a virgindade como blindagem natural muito desejada pelos jovens casais...

Fiz-lhes essa dissertação para contar-lhes um fato guardado a “ 7 chaves” durante anos e não divulgado na terrinha. No auge da rua São Miguel, aquele tempo, madames ricas da nossa sociedade, pagavam às “ donas das pensões”, um bom dinheiro para que as raparigas freqüentassem os médicos ginecologistas da época, à cuidar da saúde das “ meninas”. Limpas e sadías, não contaminavam os rapazes, noivos e namorados das suas filhas. Esse “ auxilio doença”, durou anos... Já imaginaram se a “‘doença” fosse transmitida às filhinhas de papai? .

O fato , lembra muito a política local de hoje. Quantas “ Negrinhas, Isolinas e Tubertinas” da vida, estão dando em dinheiro para os inocentes jovens que eles estão” jogando” na política , fito único de agregar votos para as “ putas velhas” da política uberabense. Estão eles pensando em “ renovar” ?Duvido... Está na hora desses jovens bem intencionados, dar um “chapéu” nesses políticos da velha guarda que nada fizeram, nada fazem e nunca farão em beneficio da cidade . É chegado o momento dos “ meninos recém introduzidos à zona “, mostrarem a que vieram....“ Marquez do Cassú “.
 




DOR com JOSÉ TOBIAS, edição MOACIR SILVEIRA

DISCOS: Grandes Compositores, Grandes Intérpretes -- 1978 -- Discos Copacabana. Esta gravação do paraibano José Tobias foi feita na gravadora Copacabana para o primeiro álbum da série "Grandes autores, grandes intérpretes", dedicado a Joubert de Carvalho, em 1978. Joubert de Carvalho (Uberaba, 6 de março de 1900 — 20 de setembro de 1977) foi um médico e compositor brasileiro, autor de canções como "Maringá", "Ta-hi", “Pierrô”, de “Papo pro ar”, “Minha casa”, “Não me abandones nunca” e “Dor”, dentre outros grandes sucessos, aqui na magistral interpretação de José Tobias.

DOR com JOSÉ TOBIAS

Ficha técnica do álbum: Radamés Gnatalli - arranjos,orquestra e piano Chiquinho – acordeon Hélio C. Bastos e Dario M. Lopes – violões Lenir Siqueira – flauta Moacyr M.da Silva - flauta e clarone Braz Limonge Filho - oboé e corne-inglês Michel Bessler e Walter G.Souza – violinos Frederick Stephany – viola Iberê Gomes Grosso – violoncelo Maurício A. Scarpelli – contrabaixo Luciano Perrone – bateria Geraldo da Silva Barboza – percussão Marcus Pereira - concepção e direção geral

De: Joubert de Carvalho e Cleómenes Campos Dor Que trucida minh'alma E que faz-me chorar Sufocas na garganta Meu soluçar És companheira sombria

Também do amor que não se esquece Disse alguém que não tens morada Que andas aqui e acolá Tal qual uma abandonada Onde moras dor cruel, pungente É na casa da saudade Onde vive tanta gente Onde moras dor cruel, pungente É na casa da saudade Onde vive tanta gente




sexta-feira, 3 de agosto de 2018

OS “ CORONÉIS “

A fase do “coronelismo” em Uberaba, é muito antiga. Secular, até. Nefasto legado pelos nossos antepassados que, não fosse a “ louca” figura de Mário Palmerio, trazendo cursos universitários ( Escolas superiores) para a santa terrinha, até hoje, estaríamos vivendo apenas a era do Diocesano, Nossa Senhora das Dores e Escola Normal. Os filhos dos ricos “ coronéis” indo estudar nas grandes Universidades brasileiras e os filhos da pobreza , amargando tão somente o curso técnico profissionalizante da Escola “ José Bonifácio”... Meninas estudando no “ colégio das freiras” e os meninos no “ Marista”.. .Autênticos clubes do “bolinha” e “ luluzinha”... Palmério, criou o Colégio Triângulo, onde estudavam juntos, moças e rapazes, independentemente da classe ou categoria social, sem distinção de credo, cor ou raça . Daí a raiva que quase transformou-se em ódio da “ coronelada” devotada ao grande líder.

Ataliba Guaritá Neto, o eterno Netinho de inesquecível presença, nasceu em berço confortável .Rico ? nem tanto.. .Estudou no Rio de Janeiro, sem contudo, concluir curso universitário. Não precisou. Era tão ou mais inteligente e capaz que muitos daqueles jovens possuidores de “ canudos” que, sem atividade fixa, perambulavam pelas ruas da cidade. Netinho, vocação ímpar para a comunicação, ao retornar à terrinha que tanto amava , foi trabalhar no rádio (PRE-5) e no jornal (“Lavoura e Comércio”). Seu talento saía pelos poros. Versátil, improvisador incomum, despontou. Amigo sem defeito, conquistou mercê a sua esmerada educação, companheirismo e lealdade, toda Uberaba. 

Redemocratizado o País, candidatou-se à vereador. A cidade gostava dele. Ganhou com” um pé nas costas”. Despontava ali, uma grande liderança. Filiado à UDN, a “ eterna vigilância”, fazia oposição aos PTB, de Palmério e Boulanger Pucci, eleito Prefeito, com elegância acima de tudo. Netinho, era a “ coqueluche” política da terrinha. Tempos seguidos, vieram as eleições proporcionais. Netinho. tinha tudo para tornar-se deputado e ser o grande porta-voz de uma cidade que retomava o caminho do progresso e sede de crescimento. 

Pré -candidato, próceres da UDN, encantados com o prestigio popular do seu filiado, tinha como “ favas contadas”, a sua eleição . Àquele tempo( 1946), havia mais honestidade, lealdade de princípios, seriedade em compromissos assumidos, além de uma campanha modesta, sem gastar os “ rios de dinheiro” dos dias atuais. Netinho, empolgado com a aceitação popular, fazia planos como recompensar o carinho, respeito e confiança que lhe eram depositados, mesmo sendo só pré-candidato. Da riqueza da terrinha aos mais humildes, seu nome era unanimidade. 

De repente, a decepcionante, desagradável e covarde “ rasteira”. Sorrateiramente, na convenção do partido, a UDN” houve por bem”, escolher o nome do pecuarista araguarino, Max Nordeau de Rezende Alvim, como candidato à deputado estadual, no lugar de Netinho ! A decepção não só tomou conta do uberabense ilustre, mas, também, de toda a cidade. Ele e todos os eleitores, não imaginavam que os políticos fossem tão desonestos, falsários e sujos como “ pau de galinheiro”... As desculpas mais esfarrapadas , saiam das bocas sujas dos mais “elegantes, austeros, sérios e intocáveis dirigentes udenistas “.. Autêntica água na fervura... 

Não demorou, veio à tona, toda a trama . O secretário da UDN, com a conivência do partido, “vendeu” a candidatura de Netinho, por um “ jeep”, novinho em folha, zero quilômetro... O político desfilava, leve solto, pelas ruas da cidade, todo garboso e altaneiro. A decepção moeu o coração de Netinho. Daí em diante, recusou todos os convites políticos que lhe eram feitos . Perguntado, respondia: - “ a melhor política da minha vida, foi deixar a política “...Abraços do “ Marquez do Cassú. 





PIERRÔ com JOSÉ TOBIAS, edição MOACIR SILVIERA

JOSÉ TOBIAS DISCOS: Grandes Compositores, Grandes Intérpretes -- 1978 -- Discos Copacabana. Esta gravação do paraibano José Tobias foi feita na Copacabana para o primeiro álbum da série "Grandes autores, grandes intérpretes", dedicado a Joubert de Carvalho, em 1978. Joubert de Carvalho (Uberaba, 6 de março de 1900 — 20 de setembro de 1977) foi um médico e compositor brasileiro, autor de canções como "Maringá" e "Ta-hi", “Cantigas da Minha Terra” e “Pierrô”, que você revê aqui na magistral interpretação de José Tobias.

PIERRÔ com JOSÉ TOBIAS


PIERROT
De: Joubert de Carvalho e Pascoal C. Magno

Há sempre um vulto de mulher Sorrindo
Em desprezo a nossa mágoa
Que nos enche os olhos d'água! Pierrô, pierrô Teu destino tão lindo É sofrer É chorar toda a vida Por amor do amor, De alguém, de alguém Arranca a máscara da face Pierrô Para sorrir Do amor, que passou...
Deixar de amar, não deixarei Porque um amor feito saudade É a maior felicidade Pierrô, pierrô
Teu destino tão lindo
É sofrer é chorar Toda a vida Por amor do amor De alguém, de alguém



Carreata em louvor a Nossa Senhora da Abadia

Carreata em louvor a Nossa Senhora da Abadia

Este ano, a Carreata em louvor a Nossa Senhora da Abadia percorrerá vários bairros da cidade de Uberaba - levando uma mensagem de paz, de amor e de fraternidade à todas as famílias. A Carreata será neste domingo, 05 de agosto, com saída da Praça da Abadia, às 9h. Participe!

Pedimos aos moradores e proprietários de comércios presentes no trajeto da Carreata (conferir no cartaz) e que sejam devotos de Nossa Senhora, que enfeitem a frente dos seus imóveis e aguardem do lado de fora para saudar, com grande fervor e alegria a nossa querida Mãe e Rainha, sob o título de Nossa Senhora da Abadia, padroeira de Uberaba! (Arquidiocese de Uberaba)




MINHA CASA com JOSÉ TOBIAS, edição MOACIR SILVEIRA

DISCOS: Grandes Compositores, Grandes Intérpretes -- 1978 -- Discos Copacabana. Esta gravação do paraibano José Tobias foi feita na gravadora Copacabana para o primeiro álbum da série "Grandes autores, grandes intérpretes", dedicado a Joubert de Carvalho, em 1978. Joubert de Carvalho (Uberaba, 6 de março de 1900 — 20 de setembro de 1977) foi um médico e compositor brasileiro, autor de canções como "Maringá", "Ta-hi", “Pierrô”, de “Papo pro ar” e “Minha casa”, dentre outros grandes sucessos.

MINHA CASA com JOSÉ TOBIAS


Minha Casa Joubert de Carvalho Foi num dia de tristeza Que a cidade abandonei Sem saber o que fazer Na esperança de encontrar Pela vida, algum prazer Alegria em algum lugar Lá no alto da Tijuca Tem um sítio bem florido Onde agora estou morando Com os pássaros em festa De galho em galho cantando Lá dentro, pela floresta Minha casa é tão bonita Que dá gosto a gente ver Tem varanda, tem jardim Ainda agora estou esperando Uma rede para mim A embalar de quando em quando Minha casa é uma riqueza Pelas joias que ela tem Minha casa aqui tem tudo Tanta coisa de valor Minha casa não tem nada Vivo só, não tenho amor




AEROPORTOS REGIONAIS

EDITORIAL (XIII)

Nos dias de hoje - e cada vez mais no futuro - não se justifica a existência de pequenos aeroportos em cidades pouco distantes umas das outras.

Por duas (objetivas e racionais) razões principais.

Primeiro, porque a cada vez mais potencialização e alcance das aeronaves não admitem - sem uma série de prejuízos - que atendam comunidades com pequenas distâncias umas das outras, tais e tantos os inconvenientes, desde os técnicos aos de manutenção, dispêndio de combustíveis e até de segurança com constantes decolagens. Descer e subir aviões em pequenas distâncias não é o mesmo que locomotivas pararem em estações ferroviárias.

Segundo, porque tais aeroportos domésticos têm-se mostrado altamente inconvenientes para as cidades que os abrigam, tanto por ocuparem grandes áreas urbanas com limitações de construções em largo entorno, como engessarem e impedirem o desenvolvimento pleno de bairros inteiros, impedindo, inclusive, que se façam ligações viárias dentro das urbes.

Na região do Triângulo, por exemplo, não se justifica mais a existência de aeroportos domésticos em Uberaba, Araxá, Uberlândia, Patos e possíveis outros.

A construção de aeroporto na área central do Triângulo, regional do ponto de vista de seu atendimento à população e simultaneamente internacional por seu raio de ação, constitui solução técnica, econômica, geográfica e urbanística para suporte equânime a toda a região.

Em consequência, a pretensão dessas cidades e de quaisquer outras em diferentes regiões de sediar nas proximidades ou em continuidade à sua malha urbana aeroporto nessas condições não se justifica, não passando geralmente de exacerbado bairrismo e de pretensões hegemônicas e de domínio regional. (Guido Bilharinho)


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(DESDE O DIA 31 DE JULHO ÚLTIMO)

“NOVAMENTE O FUNDO
PÚBLICO ELEITORAL”

(CRÍTICA A EDITORIAL DA FOLHA DE S. PAULO)

(A PARTIR DE 10 DE AGOSTO PRÓXIMO)





sábado, 28 de julho de 2018

Pinga-Fogo com Chico Xavier - julho 1971 - TV Tupi - SP

Pinga-Fogo com Chico Xavier


47 anos do Programa Pinga-Fogo com Chico Xavier

Comemoramos hoje 47 anos do Programa Pinga-Fogo com Chico Xavier - TV Tupi-SP, que aconteceu em 28 de julho de 1971.
Um marco na história do jornalismo e uma das maiores reportagens da minha vida profissional.

(Repórter Investigativo Saulo Gomes)


terça-feira, 24 de julho de 2018

Câmara Municipal de Uberaba

Praça Rui Barbosa

Autor (Reprodução):Marcelino Guimarães

Época da imagem: 1900

O 1º prédio da Câmara Municipal de Uberaba foi construído pelo Capitão Domingos da Silva e Oliveira às custas da população, em 1836, e inaugurado, em 1837, para sediar o Governo Municipal.

O sobrado passou por várias reformas, preservando suas características, tais como: proporção, número de pavimentos, estruturas e decoração interna.



Câmara Municipal de Uberaba - Ano:1900

As reformas datam de 1888, 1893, 1918, sendo o prédio atual reinaugurado em julho de 1920. O arquiteto Luís Dorça modificou a antiga forma das edificações portuguesas para um estilo mais moderno.

A planta do prédio é de autoria do engenheiro e arquiteto, W. Brosenius. O construtor foi Santos Guido, que introduziu as ordens civis modernas.

No 2º Prédio funcionaram a Câmara e os Correios. Este prédio foi demolido para ser reconstruído em 1918.


O Cedro foi plantado, em 1881, de frente ao Paço Municipal, pelo Coronel e Historiador Antônio Borges Sampaio. A árvore foi derrubada por volta de 1933.


(Arquivo Público de Uberaba)



Fanpage: https://www.facebook.com/UberabaemFotos/

Instagram: instagram.com/uberaba_em_fotos


Cidade de Uberaba

segunda-feira, 23 de julho de 2018

AFASTAMENTO IMPIEDOSO

Recordo-me do ano de 1966 quando em sala de aula pisou um jovem professor de história e também de francês, cuja postura nos impressionou devido à sua pouca idade e o estilo discreto para ensinar. Era do tipo que não chamava a atenção da sala de aula porque sabia polarizar as atenções. Estávamos no governo militar instalado há menos de dois anos e não víamos naquele professor a mínima tendência ideológica que nos influenciasse para a direita ou esquerda. Ele sabia ser ele. Seu nome: Danival Roberto Alves. 

O diretor era o padrão de promotor de justiça Dr. Ângelo Manzan. 

Não citarei outros ícones daquele tempo pelo receio de cometer injustiças. 

Vou me ater ao professor Danival: se existir uma pessoa cuja vida dedicou integralmente ao ensino em Uberaba e fez sua escola virar referência nacional, essa pessoa chama-se Danival Roberto Alves. 

Atravessou os tempos conduzindo a Casa de Ensino, então com pisos em concreto ciclópico, denominada Campanha Nacional de Educandários Gratuitos -CNEG, até chegar aos nossos dias à majestosa Campanha Nacional de Escolas da Comunidade. 

Professor e diretor Danival Roberto Alves

De uma escola com horizonte limitado a somente Uberaba, transformou-a em educandário sem fronteiras. Seus alunos passaram ser aprovados, não só em Uberaba, como também nos vestibulares das faculdades mais disputadas do país e daí para outras no exterior. Hoje são respeitados profissionais nas suas respectivas profissões. E a modéstia do professor Danival continuou a mesma sem deixar que a vaidade e a soberba lhe subissem à mente. Não só a profissão, mas a missão de educar sempre falou mais alto em seu coração. Nesses 52 anos que assisti passar, jamais vi o Colégio Dr. José Ferreira retroagir e sim avançar, tendo Danival próximo às sábias decisões de ex-diretores até que passou a capitaneá-la integralmente com dedicação, desprendimento, amor, comprometimento, paternalismo e transparência. Crescer por dentro para crescer por fora, essa foi a grande meta em que se pautou o Colégio Dr. José Ferreira, nome que homenageia um dos grandes ícones e benfeitores da Medicina em Uberaba. É difícil pontuar um item alcançado pela escola de Danival, que foram tantos, cada um mais importante do que o outro. Que o diga toda a sociedade Uberabense, da região e porque não dizer também do Brasil.

"Zé Ferreira" atravessou fronteiras, graças a Danival Roberto Alves e equipe, justiça seja feita. Onde está a orquestra da escola que não vemos ou ouvimos mais? Oxalá não tenha se calado para sempre com o afastamento de Danival e de sua esposa Mariluce Cardoso Alves da nossa melhor escola. Digo assim porque sou egresso de lá e no ano de 1971 fui o 

gerente fundador da sua gráfica hoje uma das melhores do país. Ali Zulmira e Eu nos conhecemos e depois educamos nossos filhos.

Diante do impacto geral que emudece a todos direta e indiretamente com a malfadada notícia, posso resumir numa só expressão: UBERABA ESTÁ DE LUTO. 

É como se dentro de cada um de nós tivéssemos a bandeira da escola hasteada a meio mastro. O Colégio Dr. José Ferreira morre um pouco dentro dos nossos corações. Jamais será o mesmo com a partida de Danival e de outros valiosos que compuseram com tanto amor a equipe desmantelada. Vai ser difícil justificar na história essa derrocada impiedosa. Aqui um voto de louvor pelo trabalho social desenvolvido por Danival na Casa do Caminho. 

Obrigado por tudo querido professor Danival, sua esposa Mariluce e demais colaboradores.

Prossiga Danival! A história é o seu berço!

Tenho dito.

João Eurípedes Sabino - Uberaba/MG.



sábado, 21 de julho de 2018

Obras-Primas do Cinema Europeu


L’AGE D’OR

Choque de Imagens

Guido Bilharinho

Obras-Primas do Cinema Europeu

         Luís Buñuel (1900-1983) inicia sua carreira cinematográfica realizando, de plano, dois filmes básicos do cinema, ambos de vanguarda, ambos surrealistas, além de excelentes.

         A Idade do Ouro (L’Age d’Or, França, 1930) revela diretor forrado de ampla cultura humanística e artística e com perfeito domínio da linguagem cinematográfica.

         Tais atributos, à evidência, não são congênitos, mas, adquiridos com estudo, esforço e observação. Música, artes plásticas e imagens ligam-se na composição de obra cinematográfica elaborada com rigor, liberdade, ousadia e criatividade.

         Ao espetáculo opõe-se a arte; ao convencional, o insólito; ao compreensível, a alusão; ao contextual, o fragmentário; ao previsível, a surpresa; à restrição, a liberdade; ao explícito, o subtendido.

         A beleza das imagens e a perfeição pictórica dos enquadramentos respaldam temática trabalhada ao nível do significante (forma) e não apenas do significado (conceito). Este restringe-se a sentido único, atribuído e  perfilhado pelo autor, enquanto aquele permite várias leituras e direções. Se este não passa de revólver de um tiro só, aquele é verdadeira metralhadora giratória, espalhando petardos para todos os lados, excetuado, compreensivelmente, o do atirador. Buñuel é alusivo e não explicativo, fazendo com que o choque das imagens - mais do que sua simples sucessão - ao invés de desencadear fatos e acontecimentos, revele o imponderável das coisas tornadas ininteligíveis à mera abordagem convencional.

         Se não há liame perceptível entre a circunstância de uma vaca estar sobre uma cama e a face da personagem enamorada apresentar-se coberta de sangue e nem ao menos dê-se explicação para tais ocorrências, a questão é que esses  e outros fatos dimensionam a liberdade, quebrando drasticamente os limites estabelecidos  pela realidade da matéria, compondo um mundo surreal, indefinível e incontrolável como os sonhos.

         Esse inconformismo explícito contra restrições, impossibilidades e incapacidade física do indivíduo para atender a anseios e volições corresponde à liberdade imaginativa, intelectual e artística.

         Se há balizas - e estritas - à atividade humana, sejam as físicas, sejam as convencionadas e impostas pela estrutura social, que impedem a aventura e a livre locomoção, resta, como viabilidade - raramente aproveitada e, quando o seja, apenas por poucos artistas - a deflagração do pensamento, da imaginação e da criação artística, irrestritos por natureza e só passíveis de estreiteza e amesquinhamento pela deficiência particular do indivíduo, não da espécie.

         Se o ser humano normalmente é coarctado em concepções e realizações, o artista não o é, já que se utiliza da liberdade, faculdades e possibilidades que também lhe concede a condição humana. Um deles é Buñuel. Um de seus exemplos, L’Age d’Or.

______________
Guido Bilharinho é advogado atuante em Uberaba, editor da revista internacional de poesia Dimensão de 1980 a 2000 e autor de livros de literatura, cinema, estudos brasileiros, história do Brasil e regional.



sexta-feira, 20 de julho de 2018

A história de Sacramento no Triângulo Mineiro

De acordo com o historiador, Amir Salomão, a cidade foi fundada no dia 24 de agosto de 1820 pelo vigário do desemboque, Cônego Hermógenes Cassimiro de Araújo Brunswik, após receber terras dos pais dele. Na Ata de Fundação consta que o desejo dele é que Sacramento tivesse a finalidade específica de ser um lugar de espiritualidade e fosse um “pasto espiritual” do antigo Sertão. Por isso, ele nomeou-a de Santíssimo Sacramento. 

Amir contou que em 1848, quando Sacramento ainda era um pequeno arraial, o Papa Pio IX concedeu à Capela do Santíssimo Sacramento a indulgência especial que, na época, era concedida somente às grandes basílicas da Europa e da Terra Santa. Foi assim que firmou o desejo de Cônego, de que o lugar fosse um lugar especial de espiritualidade. 

Vila do Santíssimo Sacramento

Segundo o historiador, a Vila do Santíssimo Sacramento foi instalada no dia 6 de novembro de 1871 e o lugar se tornou cidade com o nome de Cidade Do Santíssimo Sacramento, em 1876, mantendo esse nome até a reforma federativa de 1911. 

Amir explicou que hoje a população de Sacramento é de 26 mil habitantes, sendo 19 mil eleitores. A cidade conta com infraestrutura básica como água, luz, esgoto e pavimentação. 

Como pontos turísticos, Sacramento oferece a Gruta dos Palhares, o Parque Nacional da Serra da Canastra, o povoado de Desemboque, o Colégio Allan Kardec, a Matriz do Santíssimo Sacramento, Museu Histórico e Usina Cajuru. 

Vídeo: Produzido pela Prefeitura Municipal de Sacramento e divulgado em evento em São Paulo, na Casa Mineira.

Postado por: Ercílio Ramos Cavallaro

Publicado em 23 de nov de 2011


Cidade de Uberaba

quinta-feira, 19 de julho de 2018

O retrato do padrinho

Na Prefeitura, antes do gabinete do Sr. Prefeito, há uma espécie de galeria com os retratos de todos os ex-prefeitos de Uberaba. Entre eles, o retrato de meu padrinho de Crisma – o Bem Prata. Tive saudades dele. Quando me crismou, eu tinha apenas sete anos. Não sei por que privilégio, a cerimônia foi na residência de Dom Luiz Santana, bispo de Uberaba. Naquele dia, meu padrinho prometeu-me um carrinho puxado por dois cabritos. Como eu morava na fazenda, achei aquela promessa um presente de Deus. Os cabritos nunca chegaram nem tampouco o “carrinho do Siqueira”, como ele o chamava. Como criança, ingênuo, esperei o presente durante cinco anos. Aquele “Siqueira” era um malvado “se queira”, só então entendi a trapaça. Foi assim, penso, que chegou a prefeito. Governou apenas cinco meses, com direito a retrato emoldurado naquela galeria. Fez várias coisas “importantes”. Uma delas foi nomear professora minha irmã com apenas 15 anos e sem o Curso Normal completo. Ainda bem que valeu, minha irmã que morreu aos 92 aos, foi professora de três prefeitos, Arnaldo Rosa Prata, Hugo Rodrigues da Cunha e Wagner do Nascimento.

Bem, nada disso vem ao caso do Bem que se chamava João Euzébio de Oliveira e não assinava Prata e do qual eu, encantado, pedia “a bença”. Tinha um modo de falar diferente dos outros. Palavras que me eram estranhas e frases empoladas. Na época eu não entendia, mas guardei muitas delas na memória. Algumas: “Uberaba está invadida por forasteiros”; “Aquele fulano é um gangolino de marca maior”; “Naquele baile de traição havia moçoilas avassaladoras”; 
“Olhe, criatura, nosso rincão necessita de homens de têmpera de aço”.

Bem Prata não se casou. Era um solteirão juramentado. Perguntaram-lhe um dia: “Bem, por que mesmo você não se casou?” Meu padrinho encostou um sorriso descansado no portal da boca e respondeu: “Olhe, criatura, o conúbio conjugal sempre foi travessia perigosa. Prefiro ficar arribado na margem da corredeira.” Diziam que tinha um filho lá pelos lados de Barretos. Respondia deixando dúvidas: “É verdade que aventurei muito por aquelas plagas. Era um frangote desajuizado, mofino, amante de turbulências amorosas. Mas de tudo que aprontei, não sei se ficou algum resultado de dar na vista. Não sei não. Nunca reclamaram herança nem ajuizaram nada. Desimportamento. Nenhuma certeza”.

Esse foi o padrinho escolhido para me dar “formação religiosa”! Eu o vejo como se fosse ontem. Sempre de paletó, colete, gravata borboleta e cravo na lapela. Botim de pelica e cabelo escovinha. Eu olho o retrato dele na parede. Tenho saudades. Era um bom coração. Deve ter ido pro céu no carrinho do Siqueira, puxado por dois cabritinhos. “Bença, padrim!”19/02/2017


(*) Padre Prata

Membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro 

De Uberaba para o mundo!

No início deste ano, a Família Dominicana viveu a culminância da celebração dos 800 anos da Ordem, em Roma, na presença do Papa Francisco. Todos os segmentos dominicanos do mundo inteiro reuniram-se para partilhar a caminhada e renovar o compromisso com a missão: “Enviados a pregar o Evangelho!” Muitos são os ecos deste momento histórico e profético. Percebe-se no olhar e gesto de quem esteve presente a cumplicidade com o ardor da Ordem: a evangelização pelo testemunho da Verdade. Algo que contagia e nos impulsiona a buscar a diferença diante de tantos desafios em nossa sociedade excludente. São diversos os movimentos dominicanos que estão entrelaçados pelos pilares instituídos por São Domingos: oração, estudo, vida fraterna e vida apostólica, que é a pregação, o anúncio da Palavra de Deus. Uma pregação contemplativa, profética, doutrinal, itinerante, esperançosa e libertadora. Nesse sentido, volto o olhar aos tantos educadores dominicanos que trilharam o caminho da semeadura: preparam o terreno e deixaram sementes de sabedoria para que pudéssemos colher os frutos. Foram ousados para suas épocas, porém, não deixaram de anunciar. Enfrentaram a sociedade conservadora e acreditaram no saber como forma de libertação. A cada estudo feito, deparo-me com nomes e ações inéditas de Ir. Loreto Gerbrim, Padre Prata, Dom Alexandre Gonçalves do Amaral, Ir. Virginita, Madre Maria Georgina, Ir. Glícia Barbosa, Ir. Nadir Rodrigues, Frei Henrique, Ir. Teresa de Liseaux, Monsenhor Juvenal Arduini, Ir. Elcias, Ir. Ângela e tantos outros e outras que marcaram e marcam vidas. Os dominicanos construíram um legado intelectual em Uberaba; daqui semearam para outros estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Tocantins, Pará e outros espaços internacionais como Haiti e República Dominicana. Enfrentando desafios e barreiras, entretanto, firmes no propósito de construir saberes a partir da prática social, do testemunho e coerência com a Verdade. Os espaços dominicanos foram construídos com este diferencial que permearam a vida de muitos intelectuais, educadores, artistas, músicos, escritores... uberabenses que hoje atuam em diferentes segmentos. Em muitos relatos autobiográficos revelam o valor do compromisso com a Verdade, “o sair do ninho” e trilhar novos rumos. Hoje, neste mundo conturbado e repleto de contradições, jovens se encantam com a filosofia dominicana, apaixonam-se por Jesus Cristo e iniciam um caminho de discernimento e compromisso com a fé cristã. Muitos deles são frutos das pastorais, do Movimento Juvenil Dominicano ou da referência de um(a) dominicano(a). Bons ventos assopram em Uberaba, no Convento de São Domingos, com a presença de 13 noviços dominicanos: jovens, alegres, confiantes, firmes no estudo e na missão; sensibilizam pelo testemunho, pela presença amorosa junto a Família Dominicana. Estes noviços nos anunciam: outro mundo é possível, pois os jovens têm sede e fome de Deus! 16/04/2017

(*) Doutoranda em Educação pela USP

Ainda somos um tanto escravagistas

Com espanto, perguntaram a um amigo do cronista Carlos Heitor Cony (Folha de S.Paulo): “É verdade que você se casou com uma negra?”. A idiotice da pergunta provocou uma resposta de alta sabedoria: “Casei-me com uma mulher”.

Quando Wagner foi eleito, uma senhora da sociedade conversando comigo, saiu-se com esta: “O que irão pensar da gente quando souberem, lá fora, que o prefeito de Uberaba é um preto?”.

Era amigo meu, de infância, o Benedito de Melo, filho mais novo de minha vizinha Dona Candoca. Tínhamos mais ou menos a mesma idade. Por causa de um problema de saúde e como vivia sozinho, contratou uma enfermeira para tomar conta dele. Era uma negra que lhe foi de uma dedicação exemplar. Com a proximidade, nasceu um grande amor que os levou ao casamento. Eu os vi muitas vezes, de mãos dadas, andando pela Major Eustáquio. Bem, não faltou um idiota para comentar comigo: “Você viu seu amigo, o Benedito, ‘ajuntou’ com uma negra. O que ela quer é o dinheiro dele”. Não é preciso dizer que o Benedito era pobre, não tinha nada. Eles se amavam.

Poderia dar mais alguns exemplos, mas estes três são o suficiente para deixar claro que todos nós somos racistas. Ainda há muita gente que considera o negro como inferior. Penso que já é tempo de superar esse ranço de mentalidade escravagista. Por que a cor da pele cria esse tipo de hierarquia social? Quanto mais branco mais inteligente? A verdade é que os negros não tiveram as oportunidades que tiveram e ainda têm os brancos. Só isso. Nosso modo de pensar é fruto de uma mentalidade de escravidão que ainda não conseguimos superar. Nossos bisavós legaram a seus descendentes esse padrão discriminatório. Lembro-me muito bem de como meus avós, refletindo a mentalidade da época, tratavam os negros: “Negro quando não suja na entrada suja na saída”; “essa porcaria que você fez é serviço de negro”; “ele é um negro com alma de branco”... e assim por diante.

Não me agradam muito os argentinos. São descendentes de italianos e pensam, em sua empáfia, que são ingleses. Chamam nossa seleção de futebol de macacos: “Que vienen los macaquitos”.

De repente surge um milagre. Um argentino é eleito Papa. Nosso susto é grande. Pensamos no pior. Como nos enganamos! Caiu-nos do céu um exemplo de humildade, de misericórdia, o Papa Francisco. Lava os pés dos mendigos. Beija os negrinhos lá na África. Abraça os pobrezinhos pelas ruas. Veste-se com simplicidade. Jogou fora a coroa da pompa. Agradecemos a Deus o presente. 17/09/2017


(*) Padre Prata

A bomba está próxima

Nunca vi um ogro. Nem sequer sei como é. Disseram-me que é um monstro. Tenho muitas saudades de um velho amigo meu. Uma vez, pescando com ele, me contou que tinha visto dois. Estavam sentadinhos num galho de laranjeira, dando risadas. Rindo de nós. Aquele amigo meu não mentia. Se disse que viu é porque viu. Talvez estivesse me contando um sonho. Quem sabe estava brincando?

Quando criança, sentia muito medo desse monstro. Diziam-me que era o bicho mais sanguinário que existia sobre a face da terra. Matava só pelo gosto de matar. De uns dias para cá passei a acreditar que eles existem. São dois. Um em cada país. Um deles dizendo que vai destruir o outro e vice-versa. São os salvadores do mundo. Os ogros civilizados. Um deles está por toda parte. Até na floresta amazônica você o encontra vestido de cientista e distribuindo Bíblias, demarcando áreas onde se encontram plantas medicinais. De GPS na mão, envia para seu país os mapas do que lhe interessa. Lá, não mata ninguém. Só rouba nossas riquezas em nome do Senhor. Acredita piamente que tem a missão sagrada de salvar o mundo. Acredita piamente ser o defensor da democracia, da liberdade, dos direitos humanos. Disse Umberto Eco que há cheiro dele em todos os aeroportos do mundo. Está tudo sob controle. Outro está na Ásia. É baixinho, gordinho e ameaça meio mundo. É muito valente.

Há poucos dias queimaram o Alcorão em praça pública. Esse livro é o Livro Sagrado dos muçulmanos. É o livro ditado pelo Anjo Gabriel ao Profeta Muhammad. Já refletiram no que iria acontecer se queimassem a Bíblia em frente à Casa Branca? 

A conclusão de tudo isso é que a violência cresce cada vez mais. Já pensaram se aquele gordinho lá da Coreia do Norte conseguir criar a bomba atômica? Disse agora, em 2018, que tem um botão não sei onde e que é só apertar, jogará uma bomba em qualquer lugar dos Estados Unidos. O outro ogro disse que também ele tem um botão e vai retaliar. Será o fim. Estou quase acreditando na profecia dos Maias. Não chegaremos ao ano três mil. Tenho medo desses dois ogros. Nesses dois malucos, eu acredito. 

(*) PADRE PRATA

Respeitando as Diferenças

Li e reli os artigos escritos por Padre Prata e Marcia Moreno publicados no JORNAL DA MANHÃ ontem, 24 de junho.

Cada parágrafo lido me fazia ver a realidade triste que estamos vivenciando nos tempos atuais, me inspirando a escrever um artigo sobre respeito, entendimento e renúncia do nosso egocentrismo.

Após um tempo de meditação e reflexão sobre o comportamento dos “menudos” citados pelo Mestre Padre Prata, cheguei à conclusão que a falta de respeito é a principal causa determinante, até mesmo às simples discórdias domésticas, chegando a ser razão que influi no desencadeamento violento de conflitos e perturbações.

Indivíduos de todas as classes sociais e políticas, que não respeitam ou não fazem nada para serem respeitados, demonstram ser sem compromisso com ninguém, passam pela vida sem consolo, sem a tranquilidade necessária para darem um sorriso de alegria ou felicidade diante de momentos de confraternização e até mesmo quando estão com seus entes queridos.

Li certa vez, na Revista Logosofia, tomo 1, p. 175, que “o homem, desde que nasce, como tudo o que se manifesta à vida no seio da Criação, deve inspirar respeito. Nada melhor se poderia fazer, portanto, para edificar a paz futura, do que conseguir que o respeito presida todas as suas determinações, erigindo-o como algo inseparável de sua responsabilidade”. “Que em todos os tempos, o respeito constituiu o meio imprescindível que fez realizável a convivência entre os seres humanos”.

A verdade, é que todo e qualquer ser humano, gosta e precisa ser respeitado. O respeito, além de ser considerado uma valiosa virtude, é essencial para a convivência entre nós, mas, infelizmente, vivemos num mundo que não sabe conviver com as diferenças e, boa parte da humanidade, escreve sua história através de combate aos grupos que possuem diferenças étnicas, religiosas, culturais, ideológicas e políticas, plantando sempre o vírus da discórdia. 

Quem não sabe respeitar, também não sabe que pode haver paz e respeito mútuo entre seres de diferentes ideologias. 

Já dizia o apóstolo Paulo, há dois mil anos atrás, que “cada qual com seus dons e talentos, que devem ser respeitados e colocados a serviço da comunidade... que todos nós formamos um só corpo em Cristo”.

É repugnante perceber, que praticamente não há mais respeito entre seres humanos, principalmente nos que lideram e passam por cima do seu semelhante para mostrar que tem o poder. 

Para concluir, duas frases me veio à mente sobre respeito, sendo uma de Suely Buriasco, que diz: “É tão mais fácil quando se compreende que não é necessário concordar, basta aceitar pontos de vista diferentes.” A outra é de Karen Berg, que diz: “A paz surge ao respeitarmos as diferenças uns dos outros e ao celebrarmos os talentos de cada um.”

Marco Antônio de Figueiredo - 25/06/2018

Lanche Acadêmico

“O tempo é o limite de cada coisa na vida da gente. É ele que mostra as asperezas que nos atropelam em cada dia, horas e instantes. O tempo é precioso demais para quem sabe desfrutar dele.” Palavras de Vanda Monteiro, em seu texto “O tempo”. Ela é solidária cuidadora do amigo Padre Prata. E continua Vanda em “Amigo”: “Jamais pensamos um dia envelhecer, que os tempos de vigor ficaram para trás”. Haja Filosofia!

Os dois textos de Vanda Monteiro caíram como uma luva quando na tarde da última quarta-feira, atendendo sugestão da Acadêmica Lídia Prata, diretora do Jornal da Manhã, reunimo-nos com o confrade Padre Prata e inauguramos o Lanche Acadêmico. Ali vimos o enlace perfeito entre “O tempo” e o “Amigo”.

“Nos 55 anos da Academia, esta foi a primeira vez que recebi dela uma visita tão significativa para minha vida”, resumiu Padre Prata ao ver em sua casa Acadêmicos que ali foram abraçá-lo e pedir que, apesar dos seus 96 anos, não deixe de frequentar a Academia. No sábado, 12/05/2018, ele lá esteve e assistiu conosco à excelente palestra do Promotor de Justiça Dr. Laércio Conceição Lima e a magistral apresentação de peças clássicas pela cantora Marcela Manutti e do tecladista Lucas Dutra.

É impressionante o vigor de Thomaz de Aquino Prata, o mais longevo da Academia de Letras do Triângulo Mineiro. Sabe que “O tempo é o limite...” e “quando a idade chega, só nos restam as recordações dos tempos vividos que se vão tão longe...” Eis o contraponto nas palavras da cuidadora Vanda, com as quais ele acena sempre para a realidade.

Fotos e vídeos fizemos, que ficarão gravados nos anais da Academia. Estas palavras, tenho certeza, se alojarão nos arcanos do coração de Padre Prata, cujo exemplo de amor, presença, participação, compromisso e vinculação nunca deixou “esfriar” pela ALTM que ajudou a instituir. “Se o Acadêmico não exercer um desses postulados, não devia ter entrado”, sentencia o nosso decano.

Luiz Manoel da Costa Filho, João Gilberto Rodrigues da Cunha, Sebastião Teotônio Rezende, Pedro Lima e outros acadêmicos residentes em Uberaba não compareceram por justificados motivos. Residentes distantes se manifestaram felizes com o Lanche Acadêmico. “Nunca se esquecer de que um membro da Academia deve estar para todos, assim como todos devem estar para ele”. Ouvi tal frase de Padre Prata e como presidente tenho lutado para vê-la materializada na Academia.

João Eurípedes Sabino - 18/05/2018

Teste para implantação do estacionamento rotativo é aprovado

Foi aprovado pelos engenheiros técnicos da Secretaria de Defesa Social, Trânsito e Transporte (Sedest), o teste de eficiência dos equipamentos para a implantação, operação, gestão, controle e manutenção de sistema eletrônico informatizado e automatizado que controlará o uso remunerado das vagas de estacionamentos rotativo para veículos automotores e similares em Uberaba.

Segundo o secretário da pasta, Wellington Cardoso Ramos, o cronograma inicial prevê o funcionamento do estacionamento rotativo nas áreas de maior concentração comercial da cidade.

“O estacionamento será separado por área azul e área vermelha, conforme a necessidade de uma rotatividade maior. O teste do equipamento permitiu uma maior segurança das obrigatoriedades a serem cumpridas pela empresa vencedora do processo de licitação, entre essas a cobrança para o controle do uso remunerado das vagas de estacionamentos rotativo”, diz.

Com a aprovação do teste, o próximo passo é a lavratura do contrato que será encaminhado, ainda esta semana, para a Procuradoria Geral do Município, sob a responsabilidade do procurador municipal, Paulo Salge. Quem afirma é o presidente da Comissão Permanente de Licitação, Guilherme Amad.

“A fase de teste foi realizado pela Sedest e agora a documentação foi encaminhada para a CPL para ser feito a lavratura do termo de contrato. Após a análise do instrumento contratual, por parte da procuradoria, será encaminhado o contrato para assinatura da empresa licitante juntamente com o senhor prefeito. A partir desse processo, será dado andamento na execução do projeto”, reforça Amad.

A empresa vencedora do certame foi a Explora Participações e Sistema da Informação S/A, que apresentou a melhor oferta de pagamento da outorga no valor de R$ 4.651.142,31 (quatro milhões, seiscentos e cinquenta e um mil, cento e quarenta e dois reais e trinta e um centavos).19/07/2018

Sabrina Alves – Jornalista

Secom/PMU

Praça Rui Barbosa será interditada neste domingo

Neste domingo (22) o Codau irá complementar as obras de melhorias na rede de esgoto do calçadão. Ação consiste em retirar a rede que desce da praça Rui Barbosa, atravessa o trecho e segue até o interceptor de esgoto da avenida Leopoldino de Oliveira. A partir de domingo, essa rede será desviada para a rua Manoel Borges, retirando, assim, toda a carga que atravessa o calçadão.

A interdição da Praça Rui Barbosa será entre 7h e 18h deste domingo (22). A obra e a recomposição serão executadas ainda no mesmo dia.

O presidente do Codau, Luiz Guaritá Neto, explica que o objetivo é evitar futuras manutenções mais complexas no calçadão, que receberá novo piso com a obra de revitalização. Em paralelo, o Codau já concluiu hoje (19) a nova rede e derivações que atendem somente às lojas do calçadão.

Com a obra programada para este domingo na Rui Barbosa, o trânsito será alterado e impedido em dois pontos da Praça. Por isso, os motoristas devem ficar atentos aos desvios.

Quem estiver na rua Manoel Borges não poderá seguir em frente pela rua Vigário Silva, mas poderá subir à direita da Praça Rui Barbosa. Dali poderá acessar a rua Tristão de Castro ou Santo Antônio, já que a pista estará livre para esses dois movimentos.

Quem estiver descendo a rua Olegário Maciel terá a opção de convergir à direita e passar em frente à Igreja Catedral e dali optar pelas ruas Santo Antônio ou Tristão de Castro ou mesmo descer a Praça e fazer o retorno por dentro dela.

Se o motorista que chegar à Praça pela rua Manoel Borges e precisar alcançar a Vigário Silva, a opção será entrar na rua Major Eustáquio, descer até a Leopoldino de Oliveira, pegar a avenida até o cruzamento com a Segismundo Mendes, virar à direita na própria Segismundo Mendes e entrar novamente à esquerda na rua Vigário Silva.19/07/2018

Jornal da Manhã

MARINGÁ com JOSÉ TOBIAS, edição MOACIR SILVEIRAS


A história da música Maringá tem início na década de 1920, na cidade de Pombal, interior da Paraíba. Consta que uma família de retirantes, fugindo da seca do sertão do nordeste, resolve migrar rumo ao sul do país. Reunidos os poucos pertences, sobem em um caminhão pau de arara, enquanto o jovem casal de namorados se despede. Para Maria, filha do casal, outra alternativa não restava senão tentar a sorte da grande cidade de São Paulo. Para o caboclo que fica só resta a dor da saudade, pois de parcos recursos e sem dinheiro não tinha como embarcar no caminhão. Com os olhos rasos d'água, embaçados pela poeira da estrada, corre atrás do velho caminhão, tentando guardar a imagem do último adeus. Nada se sabe sobre o caboclo que ficou, era mais um pobre coitado como tantos, largado a própria sorte. Em vão alguns amigos condoídos reúnem alguns trocados para ajudá-lo a também embarcar, mas não o suficiente para custear a viagem. Separados pela miséria e pelo destino. Esta é a comovente história de Maria, moradora do Ingá, nas beiras do rio Piranhas, do sertão da Paraíba. Menina prendada, que deste os 12 anos já preparava pratos típicos do nordeste e a quem o jovem caboclo entregou seu coração.

MARINGÁ com JOSÉ TOBIAS

 É Ruy Carneiro, amigo comum dos jovens e filho ilustre da cidade de Pombal, quem narrou o ocorrido ao compositor Joubert de Carvalho, durante uma conversa de bar em época que os dois viviam no Rio de Janeiro, então capital federal. O compositor chegou mesmo a duvidar da história, mas Ruy confirmou que fora testemunha ocular do fato, por estar no interior do bar, quando da partida dos retirantes. A história se deu durante a seca de 1877, a mesma que obrigou o futuro senador Ruy Carneiro a abandonar a região. Emocionado com a tragédia que acabara de ouvir e comovido com o desespero do caboclo que ficou, veio-lhe então a inspiração para a música. Nascia assim "Maringá", uma das mais sensíveis e criativas composições da lavra de Joubert de Carvalho, mineiro da cidade de Uberaba, onde nasceu em 05 de março de 1900. A música foi composta em 1932, na cidade do Rio de Janeiro onde ele estudou e se formou em medicina. A composição virou hino oficial da cidade de Pombal e deu também origem ao nome da cidade de mesmo nome no Paraná, donde veio a expressão "Maringá, cidade canção". Confira a beleza da música e da letra, aqui na magistral interpretação de José Tobias.


MARINGÁ De: Joubert de Carvalho Foi numa leva 


Que a cabocla Maringá

Ficou sendo a retirante 

Que mais dava o que falar.

E junto dela 

Veio alguém que suplicou 

Pra que nunca se esquecesse

De um caboclo que ficou

Antigamente

Uma alegria sem igual

Dominava aquela gente

Da cidade de Pombal.

Mas veio a seca

Toda chuva foi-se embora

Só restando então as água

Dos meus óio quando chora.

Estribilho

Maringá, Maringá,

Depois que tu partiste,

Tudo aqui ficou tão triste,

Que eu garrei a imaginar:

Maringá, Maringá,

Para haver felicidade,

É preciso que a saudade 

Vá batê noutro lugá.

Maringá, Maringá,

Volta aqui pro meu sertão 

Pra de novo o coração 

De um caboclo assossegá.



Igreja de Santa Rita


Hélio Ademir Siqueira* 

Os historiadores são unânimes em dizer que o período de maior prosperidade de Uberaba no século XIX, se deu em 1820 a 1859. Foi nessa época que a localidade, vencendo as etapas de dificuldades de sua fundação, alcançou as prerrogativas de vila e cidade. 

Neste ambiente de comércio intenso e desenvolvimento constante, sob a proteção de seus padroeiros São Sebastião e Santo Antônio, a fé do povo se expandiu e mais uma capela foi erigida, dedicada a Santa Rita das Causas Impossíveis. 

Cândido Justiniano da Lira Gama, devoto que era de Santa Rita, e em cumprimento de uma promessa para se livrar do vício da bebida, mandou construir em 1854 a pequena capelinha em louvor a Santa. 

Em 1877, o tempo implacável com essa construção singela, solicita reparos urgentes que são providenciados pelo negociante Major Joaquim Rodrigues de Barcelos, também atendido por Santa Rita em seu pedido de se tornar pai. Em 1881, os padres dominicanos se estabeleceram em Uberaba realizando sua catequese na igreja de Santa Rita que se tornou pequena para tantos fiéis.

Igreja de Santa Rita -Ano 1969, Foto do acervo dos Irmãos Dominicanos. 

Os ritos sagrados são transferidos para a imponente Igreja de São Domingos inaugurada em 1904 e a igrejinha de Santa Rita permaneceu fechada ao culto religioso durante muitos anos, sofrendo com o desuso, mais uma vez, as consequências do tempo. 


Enquanto outras igrejas mais imponentes eram construídas na cidade, Santa Rita se achava em ruínas, foi quando por volta de 1939, Gabriel Totti requisitou e icanosconseguiu do recém criado Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional "IPHAN" o título de Monumento Histórico para a graciosa construção. 

A Igreja de Santa Rita, pela sua singela beleza, tornou-se ponto obrigatório de visitas e ao longo de sua história, motivo de inspiração de pintores, poetas e fotógrafos - Anatólio Magalhães, José Maria dos Reis Júnior, Almeida Carvalho, Genesco Murta, Ovídio Fernandes e Hélio Siqueira pintaram muitas vezes e em muitos estilos o monumento aninhado na impotente colina, e tendo como pano de fundo um rico paredão verde. Em ruínas ou restaurado, fotógrafos, tais como o imigrante Ângelo Prieto e tantos outros, exploraram a sensibilidade para registrá-la e guardá-la como documentos para a prosperidade. 

Igreja de Santa Rita - Foto: Antonio Carlos Prata

Com a criação da Fundação Cultural de Uberaba, seu primeiro Diretor, o poeta Jorge Alberto Nabut, com empenho do Arcebispo Dom Benedito de Ulhôa Vieira da Cúria Metropolitana, inauguraram o Museu de Arte Sacra no dia 11 de maio de 1987. 

Hoje, a Igreja de Santa Rita é um espaço respeitado por todos nós, onde religiosidade, beleza e cultura se mesclam, enchendo de orgulho e fé a alma do povo Uberabense.



Museu de Arte Sacra (MAS)

Exposição do acervo

Administrado pela Fundação Cultural 

Horário de visitação: Terça a sexta das 12h às 18h e sábado e domingo das 8h às 12h – Igreja Santa Rita – Praça Manoel Terra, snº – Centro

Telefone: 3316-9886 

Coordenador: Hélio Siqueira

masmuseusdeartedeuberaba@yahoo.com.br
*Visitas guiadas deverão ser agendadas com antecedência através do telefone do museu.

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*Hélio Ademir Siqueira - Agente de Projetos Culturais da Fundação Cultural de Uberaba.







terça-feira, 17 de julho de 2018

Lídia Varanda Lopes, 60 anos dedicados ao rádio



Matéria de domingo, 15 de julho, homenageou um ícone do rádio em Uberaba:

Com 86 anos e 60 atuando no rádio através da antiga PRE-5, hoje Rádio Sociedade, a baluarte Lídia Varanda Lopes, natural de Prata-MG, contribuiu com o sistema radiofônico de Uberaba.

Lídia casou-se com Edson Lúcio Lopes, operador técnico que também trabalhava na Rádio local onde se conheceram. A radialista afirma com orgulho que a PRE-5 foi a sexta do país, por ela passaram Altiva Noronha, em seguida Iara Lina, Dulce Mendes e a quarta Lídia Varanda.

Lídia lembra que na PRE-5 também passaram Fernando Vanucci e Celso Portiolli, nomes conhecidos da mídia nacional. Lídia tornou-se uma das radialistas mais antigas do país. Ele lembra que começou apresentando o programa infantil, também comandou programas de auditório, sociais e participou de diversas novelas. “Em 1952 tornei radialista comandando um programa infantil a convite de Raul Jardim e Dulce Mendes. Com 25 anos vim para Uberaba jogar vôlei e dançar tango na inauguração do Instituto dos Cegos do Brasil Central (ICBC), mais tarde passou a ser jogadora do Uberaba Tênis Clube (UTC) e em seguida do Jockey Clube”, recorda.

Varanda conta que pelo salão do PRE-5 passaram cantores como Dalva de Oliveira, Francisco Alves, Vicente Celestino, Gregório Barrios, Nelson Gonçalves, Orlando Silva, grupos como Os Cariocas, Demônios da Garoa. “Apesar do advento da televisão como um dos mais privilegiados veículos de comunicação, o rádio não perdeu força, pedreiro, carpinteiro, gari, guarda-noite, empregadas domésticas, em geral, essas pessoas não podem ligar a televisão, mas o radinho está de lado. O motorista sai de carro, imediatamente liga o rádio, então é o maior meio de comunicação para o povão”, avalia.

 Lídia Varanda Lopes.

Lídia conta que mesmo trabalhando na emissora foi manicure e comerciante, mas que sempre teve o carinho e a dedicação dos ouvintes e principalmente das escolas de samba. “Diariamente acordava às 5h e fazia participações na rádio por telefone às 6h30 e 7h30. Durante todas as noites das 22h às 24h apresentava o programa ‘A Noite é Melhor com Música’ e nos sábados no período de 11h às 12h ‘Sociedade em Notícia’, além de gravar comerciais”, ressalta.

Saúde – Conforme a enfermeira Dayse de Cássia Amaral, a radialista Lídia Varanda está em repouso num Hotel Geriático, localizado na rua Cândida Mendonça Bilharinho, nº 454, no bairro Mercês. “A Lídia está com Alzheimer, mas continua com toda alegria, divertindo a todos aqui na clínica. Aqui no Recanto ela vive o rádio, ela interpreta como se fosse o cenário próprio do estúdio. “Ela está sempre nos ensinando sobre a história do rádio e lembrando de fatos que marcaram toda a sua história com a PRE-5, Rádio Sociedade”, enfatiza.

Conforme Lilia Sivieri Varanda, sobrinha da Lídia Varanda, a decisão de levar Lídia para um hotel geriátrico foi para garantir segurança e um tratamento com qualidade. “Na onde ela morava, ela estava sozinha e ficamos preocupados na clínica tem uma tensão maior dos especialistas. O marido da Lídia faleceu em 2011, os aparelhos de som, o seu estúdio que tinha em casa vamos levar para a Fundação Cultural para ser catalogado no acervo”, acrescenta.


Sandro Neves



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Cidade de Uberaba