quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

DESEMBOQUE

SERTÃO DA FARINHA PODRE, fato curioso e folclórico que marcou para sempre estas paragens, um saco de farinha deixado como reserva para a volta de uma expedição exploradora por volta dos finais do séc. XVII ou início do séc. XVIII, que encontrado estragado, tornou conhecida esta grande mesopotâmia hoje nosso Triângulo Mineiro. Compreendia terras férteis e numerosos e caudalosos cursos d’água, onde vislumbrava-se promessa de muitas riquezas através dos metais e pedras preciosas, habitada por diversas tribos indígenas e grandes e resistentes quilombos.
“Entre os diversos povos indígenas que habitavam essa região citam-se os Bororo, Pareci, Karajá, Araxá e, principalmente os Kaiapó, que maior resistência ofereceu à colonização. Esses povos Kaiapó, classificados por Darcy Ribeiro como meridionais, eram de família Jê e se dividiam em numerosas tribos, ocupando um vasto território denominado Caiapônia.” (Ribeiro, Darcy in Século 30. 1989).
Nas primeiras décadas do século XVIII, descobriu-se o ouro Goiano e, já em 1722, estava aberta a estrada que ficou conhecida pelo nome de Anhanguera, por ter sido este bandeirante um dos primeiros a penetrar aquelas remotas paragens. O caminho abre espaço para o afluxo de levas de aventureiros, atraídos pela possibilidade da riqueza fácil propiciada pela posse do precioso metal. (PONTES, 1970)
Afamados sertanistas trilharam tais caminhos, a exemplo de Antônio Pires de Campos, cujo nome se liga a descoberta da região. Já em 1718 esses bandeirantes atingiram o Rio Cuiabá, no Mato Grosso, em expedição de caça aos índios, com ele empreendendo grandes combates e tentativas de organização e controle de aldeias.
Outro famoso bandeirante, Bartolomeu Bueno da Silva, o filho de Anhanguera, atravessara o Jeticaí (Rio Grande), fazendo escala pela Ilha da Espinha, e alcançando as terras da Farinha Podre, em território Kaiapó, transpõe o vau do roncador, no Uberaba legítimo, em direção ao Rio das Abelhas, costeia a picada de Goiás Paulista, atingindo o Rio das Pedras, e daí o Paranaíba. (PONTES, 1970)
A exploração efetiva do território, porém, somente se deu a partir de meados do século XVIII. A fixação do Arraial de Nossa Senhora do Desterro das cabeceiras do Rio das Velhas, (atual Rio Araguari), desempenha papel capital nesse processo, tendo resultado do assentamento de colonizadores e exploradores provenientes, principalmente, da Capitania de Minas.
A povoação constituiu o grande pólo irradiador de expedições colonizadoras para toda extensão da Farinha Podre e seu surgimento ligou-se não somente à exploração de ouro e diamantes ali encontrados, mas também a necessidade de um ponto estratégico que facilitasse a ligação e o comércio com a capitania de Goiás.
Distrito de Desemboque em 1966, (Matriz de N. Sra do Desterro).
Fotografia do acervo de Jorge Alberto Nabut
(Arquivo Público de Uberaba)

DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA

Dia Mundial da Fotografia

“A pobreza” – Neste Dia Mundial da Fotografia, a foto abaixo, clicada por mim, foi premiada em Londres, pela Rede de TV BBC.Uma de minhas fotos premiadas a nível internacional.
(Paulo Nogueira)

JOSÉ SEVERINO SOARES, CONHECIDO COMO “JUCA SEVERINO”

José Severino Soares, conhecido como “Juca Severino”
        
Minha homenagem ao meu bisavô José Severino Soares, conhecido como “Juca Severino” Em 1875, foi premiado na quarta Exposição Nacional da Academia Imperial e Escola Nacional de Belas Artes, RJ.Mostrou sete fotos no evento promovido pelo Império.Assinava seus trabalhos fotográficos imprimindo , em baixo relevo. a marca ” O Velho Severino*Photographo *” pg.15 do Livro ” Lucilia Rosa Vermelha” /Uberaba/Lucilia Soares Rosa s/neta. “DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA…..
(Angelina Dos Santos Arguello)

A PONTE DE JAGUARA SOBRE O RIO GRANDE, EM 1913, NA DIVISA SÃO PAULO/MINAS GERAIS

 A ponte de Jaguara sobre o rio Grande
   
A ponte de Jaguara sobre o rio Grande, em 1913, na divisa São Paulo/Minas Gerais Foto: Autoria desconhecida.
HISTORICO DA LINHA: A linha do Catalão foi construída entre 1888 e 1889 até Uberaba, tendo chegado em 1895 a Uberabinha (Uberlândia) e 1896 a Araguari. Continuação da linha do Rio Grande a partir da estação de Jaguara, às margens do rio Grande e já em território mineiro, a ideia da Mogiana era alcançar Catalão, em Goiás (daí o nome) e dali seguir para Belém do Pará, coisa que nunca aconteceu. Na verdade, a E. F. de Goiás acabou por construir esse trecho, chegando até Goiânia e Brasília. Em 1915, o ramal de Igarapava foi prolongado para além de Igarapava de forma a alcançar a linha do Catalão um pouco antes de Uberaba, em Rodolfo Paixão. A nova linha provou ser mais econômica do que o trecho da linha do Catalão entre o rio Grande e Uberaba, trecho este que foi abandonado definitivamente em 1976, depois de ser separado da linha do Rio Grande em 1970 por causa da construção da represa de Jaguara. O trecho a partir de Uberaba foi, então, incorporado ao ramal de Igarapava e, em 1979, totalmente retificado a partir de Ribeirão Preto até Araguari. Trens de passageiros percorreram o trecho até 1979 e depois o trecho retificado até 1997, quando foram suprimidos, já pela Fepasa.
A ESTAÇÃO: A estação de Uberaba foi aberta em 1889 pela Mogiana. Por algum tempo estava essa estação designada para ser a saída da estrada de ferro que a ligaria a Cuiabá, no Mato Grosso. Com a inauguração da E. F. Noroeste do Brasil, em 1906, a partir de Bauru, o projeto foi cancelado. Em 1948, a estação foi transferida de local, quando se construiu uma segunda estação, na linha nova, abandonando-se a original, demolida mais tarde. “É entregue ao tráfego na linha tronco a retificação do traçado compreendendo Rodolfo Paixão a Mangabeira, retirando da região central de Uberaba os trilhos da estrada de ferro” (relatório da Mogiana, 1948). “No entanto, ainda restou o prédio referente ao depósito de mercadorias da referida estação. Hoje, nesse prédio, funciona uma empresa credenciada pela CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais S. A.). Infelizmente, não tive acesso ao interior do prédio. Nota-se a descaracterização de sua bela arquitetura original, muito provavelmente como conseqüência do descaso atual em relação à cultura e à história como um todo. Uma pena! O prédio se localiza na Rua Menelick de Carvalho, no Bairro Boa Vista, a algumas quadras ao Sul da terceira e atual estação de trens de Uberaba” (Flávio de Faria Careta, 04/2008). A segunda estação permaneceu ativa apenas por 14 anos, e em 1962 foi outra vez mudada de lugar, transformando-se em depósito, mas permanecendo junto à linha. Uma terceira estação foi construída, que é a que funciona até hoje.
Ralph Mennucci Giesbrecht.

ANGELINA SOARES DE ALMEIDA

Angelina Soares de Almeida

Angelina Soares de Almeida era professora tinha o “apelido” de dona Gordita,nasceu em 22 de agosto de 1889 em Uberaba, era de família “Metodista”, filha caçula do fotógrafo” Juca Severino “faleceu ainda jovem em1947……foto em Beagá.
(Angelina Dos Santos Arguello)

JOÃO MARTINS BORGES, A BREVE AVENTURA DE UM IMPORTADOR UBERABENSE NA ÍNDIA

João Martins Borges em foto do início do século XX. 




               João Martins Borges, a breve aventura de um importador uberabense na Índia
    João Martins Borges entrou para a história como um dos mais importantes nomes na importação das raças zebuínas, tanto pela abertura do mercado ao Brasil, no duro contexto do maior conflito bélico vivido pela humanidade até aquele momento – a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918) -, quanto pela tragédia que culminou no seu inesperado falecimento na Índia em 1918. Apesar dos pesares, como mártir que foi em ocasião fortuita, esse pioneiro soube como tantos outros escrever o protagonismo no mármore do tempo.
   Os detalhes dos lugares visitados, das pessoas conhecidas, as dificuldades e as impressões das viagens percorridas ao longo de três expedições foram narrados com sensibilidade pelo viajante em cartas enviadas a compradores e familiares, além de diários e poesias exóticas. São relatos que descortinam aos olhos do leitor um mundo completamente novo, onde o estranhamento e o deslumbre sobre o desconhecido se confundem. Convém ressaltar que o foco do importador era, sobretudo, analisar a qualidade dos animais e avaliar as experiências da pecuária indiana, além de aprimorar as condições favoráveis aos ventos propícios ao agronegócio no exterior. Em 1914, o jovem filho do fazendeiro Cel. Joaquim Martins Borges, resolveu ir à Índia com a finalidade exclusiva de comprar gado zebu. O resultado do empreendimento realizado em sociedade com o pecuarista José Caetano Borges foi muito bem sucedido. Chegaram a Uberaba cerca de 80 animais importados, aproximadamente. No ano seguinte, retornou ao distante e exótico continente sem conseguir, contudo, regressar ao Brasil trazendo algum exemplar. A frustração se deu, em parte, devido às dificuldades de manter navegação em mares outrora considerados “belicosos”.
    Convictos de que poderiam superar a crise, planejaram retornar mais uma vez à longínqua Índia em 1917. Na ocasião, João Martins Borges faria o trajeto acompanhado de seu irmão mais jovem, Virmondes Martins Borges, e do primo Otaviano Borges Júnior. Em 15 de agosto daquele mesmo ano, os três mineiros seguiram para o Rio de Janeiro a fim de tomar o vapor que os levaria à Europa, apesar dos riscos.
    O trabalho de seleção de compra de guzerá iniciou-se de forma muito proveitosa. Várias regiões foram visitadas, ficando os detalhes criteriosamente avaliados para escolha dos animais. Entretanto, no contexto da guerra, as dificuldades nas transações foram inúmeras. Não raro, o dinheiro que o grupo necessitava para as despesas demandava tempo e paciência para chegar. Os importadores enfrentaram adversidades a mais, pois a colônia britânica impunha medidas administrativas que afetavam os meios de transportes e infligiam embaraços permanentes à exportação do gado.
    Para aliviar os trâmites e acessar os recursos enviados às agências bancárias britânicas na Índia, João Martins Borges viajou até Calcutá, quando o destino concedeu-lhe pena indecorosa – em apenas cinco dias adoeceu gravemente, falecendo em 19 de maio de 1918, aos 27 anos, em um quarto do Hotel Continental. Avisados sobre o fortuito, irmão e primo rumaram à cidade e providenciaram o enterro no “Christian Cemetery”. Houve a necessidade de adequar-se às burocracias dos termos o quanto antes, fazendo com que Virmondes e Otaviano permanecessem no continente por dois longos e duros anos.
   Em 1975, com apoio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, a ABCZ solicitou o translado dos restos mortais de João Martins Borges para o cemitério São João Batista em Uberaba com o intuito de render-lhe as homenagens merecidas diante protagonismo exercido em contribuição à pujante trajetória da pecuária zebuína no Brasil.
Museu do Zebu

CAMPEONATO DA TAÇA UBERABA,EM 1978

Campeonato da Taça Uberaba,em 1978.

Local: Nenenzão – Av.Nene Sabino (Campo do Santa Marta) Jardim Uberaba.
Esq./dir. Em pé: Paulinho Moucha; Célio; Tim; Dalmo; Zarur; Baiano; Marioson; Seção· 
Agachados: Esq./dir. Gué; Pelé; Celso Lobeira; Defino; Bill.
(Acervo pessoal de Dalmo Ferreira da Silva)

FINAL DO CAMPEONATO – SETEMBRO DE 1999 – BOM SUCESSO 0 X 0 INDEPENDENTE.

Árbitros


Final do Campeonato – setembro de 1999 

Local:Campo do Independente – Júlio Pardi Arduini;Dalmo Ferreira da Silva;Genismar Vicente Rebolo;Douglas da Silva Petres.. 

Bom Sucesso 0 x 0 Independente. 

Árbitros: Esq./dir. Júlio Pardi Arduini;Dalmo Ferreira da Silva;Genismar Vicente Rebolo;Douglas da Silva Petres. 

(Acervo pessoal de Dalmo Ferreira da Silva)



CINEMA POLYTEAMA (RUA CORONEL MANOEL BORGES) UBERABA

Cinema Polyteama 
“O Cinema Polyteama foi inaugurado no ano de 1917, segundo a revista da época, Via Láctea; e jornais, citados por Heliana Angotti, dão notícias de que ainda em 1918, ele estava em pleno funcionamento.
‘O seu frontispício é digno de registro, na época, contíguo à requintada confeitaria de Antônio Damiani. Apresenta platibanda vazada em arcos com vasos nas extremidades e frontão central com apliques de estuque encimado por grande concha. As portas são encimadas por envazaduras de estilo Art Nouveau’. (SALGUEIRO, 1984, p.217). O Cinema localizava-se na Rua Cel. Manoel Borges.
Mesmo tendo vida breve, foi o querido do povo… ‘foi um dos cinemas que mais se perpetuou na memória popular’ (NABUT, [19–], p.59).
Em 13 de outubro de 1928 inaugurava-se o Cine Alhambra, na rua Artur Machado, provocando, assim, o fim do Cinema Polyteama.
Na década de 1980, o prédio permanecia com a mesma fachada, funcionando ali, o ‘Barracão do Samba’. Nessa mesma década, foi demolido para dar lugar ao prédio onde funcionaram as Lojas Brasileiras.”
(Arquivo Público de Uberaba)
“[…] onde funcionou o ‘Politeama’, de propriedade dos Senhores Antônio Damiani, Quintiliano Jardim, Sebastião Brás e Teobaldo Bossini.
Era, realmente, confortável e o nosso povo gostava de freqüentá-lo pois exibia os melhores filmes que vinham ao Brasil e tinha uma ótima orquestra.
Lá, também se realizavam festas e solenidades cívicas.
Todos lastimaram o seu desaparecimento.” (MENDONÇA, 1974, p. 136)

DOM BENEDICTO DE ULHÔA VIEIRA

Dom Benedicto de Ulhôa Vieira


Nomeação para Arcebispo de Uberaba-MG.

         Dom Benedito foi ordenado sacerdote há 64 anos, em 8 de Dezembro de 1948, e foi sagrado Bispo Auxiliar de São Paulo em 25 de Janeiro de 1972. Foi eleito Arcebispo de Uberaba em 1978: “Paulo Bispo, Servo dos Servos de Deus ao Venerável irmão Benedito de Ulhoa Vieira, […] Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo no Brasil, eleito Arcebispo de Uberaba, […] Dado em Roma, no dia 14 de julho do ano do Senhor 1978. Paulo VI”.

Dias depois (22 de julho de 1978), o Jornal “O São Paulo” publicou um artigo comentando a atuação de Dom Benedito como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo. Naquele texto, Dom Paulo Evaristo Arns afirmou: “[…] de  início – Bispo Auxiliar – eram os hospitais, as crianças e os jovens que levavam o nome do Padre Benedito para todas as casas. Depois, foi a vez das Faculdades e da Universidade a receber o entusiasmo e a dedicação do jovem Monsenhor Doutor em Teologia e Licenciado em Letras […]. Era orgulho poder chamar ao Padre Monsenhor ou Bispo Benedito, pelo título de amigo”.

Em sua posse, no dia 14 de setembro de 1978, com a presença do Núncio Apostólico Carmine Rocco, do Cardeal Paulo Evaristo Arns e de 20 outros bispos, Dom Benedito se apresentou: “Dirijo-me à Igreja de Deus que está em Uberaba. Se me perguntardes – quem sou, da parte de quem venho, com que títulos – responder-vos-ei: sou apóstolo do Evangelho; vou em nome do Senhor Jesus; tenho o nobre título de servidor dos meus irmãos …”. Em 26 de Agosto de 1979 recebeu das mãos de Dom Carmine Rocco, Núncio Apostólico, o pálio de Arcebispo, concedido pelo Papa João Paulo II.

         O que supervisiona = o epíscopo, o bispo.  

         A palavra bispo vem do grego “epi+scopo” = sobre + observar, supervisionar.

Dom Benedicto observava sempre sorrindo e corrigia amando, adotando o mesmo método pastoral em todos os 18 anos de episcopado em Uberaba.

Toda Diocese tem seu Livro de Tombo, registrando as iniciativas pastorais e relatando os principais acontecimentos de seu tempo. À partir de 1978, Dom Benedicto fez registros semanais de seu governo pastoral. Também escrevia  artigos para jornais da cidade. Em seu primeiro ano na Arquidiocese, recebeu 83 pessoas em audiência particular e despachou 82 cartas respondendo a solicitações de praxe. Além disso, Dom Benedicto sabia dar demonstrações de atenção e zelo ao clero.

Desde o início ele recomendou atenção às homilias nas Missas e o zelo pelas vocações sacerdotais, e sabiamente sentenciou: “A melhor propaganda é viver o sacerdócio de tal maneira que desperte vocações”.

Ainda em 1978, anunciou seu desejo de criar aqui mais 4 Paróquias: Ressurreição, Santa Maria Mãe da Igreja, São Judas e São José Operário.

Em 19 de março de 1979 reabriu o Seminário São José, mesmo com um seminarista iniciando seus estudos e outro em prosseguimento do Curso de Teologia. Meses depois idealizou a criação de uma Diocese em Ituiutaba-MG. E no final daquele ano, aconselhou a reorganização do dízimo.

Em fins de 1979, houve politização nas Comunidades Eclesiais de Base. A determinação de Dom Benedicto foi clara: “Fica proibido, de hoje em diante, nesta Arquidiocese qualquer vinculação civil de comunidades, capela, paróquia, associação religiosa ou grupos de pastoral ambiental”.

Tese de doutorado em Teologia.

         Em grego, “sotérios” significa a salvação cristã. Soteriologia é o estudo da salvação humana. Antes de ser consagrado bispo, Dom Benedicto dissertou sobre Teologia Sistemática com ênfase à Teologia Patrística, que contém a doutrina dos primeiros grandes homens da Igreja do século II ao IV, trata de nossa salvação através dos infinitos méritos de Cristo Redentor. “A consumação soteriológica na Epístola aos Hebreus: Teologia de São João Crisóstomo”, foi a tese defendida em 5 de março de 1954, e lhe conferiu o título de Doutor em Teologia, no Seminário de São Paulo.

“Consumar significa conseguir mediante  os sofrimentos, as duas finalidades impostas a Cristo pelo Pai: salvar os homens e ser exaltado com a ressurreição e a ascensão. A consumação cristológica passiva é pois a consumação sacerdotal de Cristo em ordem à sua missão soteriológica”.

Dom Benedito sempre se dedicou a entender bem a Bíblia, o Evangelho, a Apostólica Igreja de Cristo, o Apostolado, a Evangelização, e sobretudo entender bem que ser Bispo exclusivamente é ser servidor consagrado sacramentalmente para um eclesial ministério, em sua plenitude sacerdotal, exercido em favor dos que creem em Jesus Cristo Redentor e Instituidor de uma Comunidade Eclesial de fé que consiga perpetuar-se até o fim dos tempos. (Marcos 16, 8 – 20)

Valorizando os laços familiares, em seus abençoados 92 anos.

         Entrevistado, ainda com boa lucidez, fez questão que se publicasse esta despedida: “Minha maior alegria na vida foi ser padre; a segunda alegria foi ter ordenado 32 padres em Uberaba e uns 8 mais e desde 8 anos ter querido ser padre. E sou padre, por causa de minha família. Minha mãe sempre esperava meu pai à tarde e quando ele chegava em casa, minha mãe puxava o terço em família, todos os dias. A N. S. Aparecida. Aos 7 anos assisti um milagre em família. Minha irmã Zirza, 3 anos mais velha que eu, era doente. Só andava com duas muletas. No momento em que minha mãe nos contava o milagre de Aparecida, o do escravo acorrentado que ficou livre das correntes de seus dois braços, minha irmã Zirga, jogou ao chão as muletas e parou de pé. Minha mãe  gritou: “Vai cair”. E Zirga exclamou resoluta: “Mamãe, não vou cair. Eu também posso ser livre das muletas. Sinto que posso andar”. E, até morrer, Zirza andou sem muletas. Não foi por isso que fiquei padre. Antes disso já queria e tinha devoção a Nossa Senhora”.

Carlos Pedroso

Historiador

PAROQUIATO DE D. ALMIR MARQUES FERREIRA (FEV/1941-OUT/1941)

D. Almir Marques Ferreira


Paroquiato de D. Almir Marques Ferreira (fev/1941-out/1941)


Conforme apontamos anteriormente, em 1938 se deu a nomeação do 3º Bispo de Uberaba, D. Luiz Maria de Sant’Ana, para a Diocese de Botucatu (SP) e apenas no ano seguinte viria a nomeação de que caberia a D. Alexandre Gonçalves do Amaral ocupar a sede vacante deixada na diocese uberabense. Como de costume em transições episcopais, os primeiros anos são dedicados ao conhecimento tanto da região quanto da cidade em que a diocese está inserida mas também da estrutura governativa eclesiástica e de uma gradual aproximação com o clero local. Exatamente neste período de transição que se dá em fevereiro de 1941 a transferência do pároco da Catedral, Pe. Jacinto Fagundes, que então inteirava seis anos de paroquiato.

Para assumir a importante missão de conduzir a principal e maior paróquia da cidade naquele momento, foi escolhido Mons. Almir Marques Ferreira, que durante o episcopado de D. Luis Sant’Ana havia sido Diretor do Seminário Menor e Juiz Pró-Synodal do Tribunal Eclesiástico de Uberaba, o que demonstrava evidentemente sua profunda formação sacerdotal tanto em direito canônico quanto em teologia. Ele havia nascido na cidade de Patrocínio (MG) em 18 de novembro de 1911 e contava com seus 30 anos no momento em que se tornara pároco – ou cura, como se dizia na época – da Catedral Metropolitana.

No curto espaço de nove meses em que Mons. Almir permaneceu a frente da Catedral, Uberaba se deparou com três importantes inaugurações. A primeira delas foi a do primeiro arranha-céu do Brasil Central, o Grande Hotel na Av. Leopoldino de Oliveira, em fevereiro de 1941, agora na iminência de ser demolido. Em outubro do mesmo ano, a Empresa Telefônica de Uberaba passava a oferecer serviços automáticos de telefonia. Esses dois eventos demonstram o processo de modernização em pleno desenvolvimento no período.

Por fim, no mês de maio, o presidente da República, sr. Getúlio Vargas, veio a Uberaba de modo a participar de eventos da Sociedade Rural do Triângulo Mineiro (entidade que futuramente se converteria na atual ABCZ) e inaugura um monumento-obelisco na Praça Rui Barbosa em homenagem ao governador-interventor de Minas Gerais, sr. Benedito Valadares. Quanto a esta inauguração, escreve Marcelo Prata dos Santos que a praça foi “remodelada, tendo sido demolido o coreto de cimento armado e derrubadas as belas palmeiras imperiais e todas as suas árvores, dando lugar a um novo tema paisagístico”. Não podemos ignorar, todavia, o conjunto simbólico que se inscreve nas entrelinhas deste ato. Se foram não somente as palmeiras imperiais, mas com algumas décadas de atraso, os últimos símbolos de um passado monarquista e confessional que representava o passado, o arcaico, o retrógrado – enfim aquilo que se pretendia superar. Remodelar a praça central retirando-lhe a imagem em bronze do Cristo que hoje figura na escadaria central de nossa Catedral e colocar-lhe no lugar um obelisco em homenagem a uma figura do Estado significa pois este processo lento de laicização que se inicia desde a proclamação da República.

Como muitos que o antecederam e que haveriam de sucedê-lo, Mons. Almir M. Ferreira se viu diante de um tempo em que as mentalidades pareciam estar se transformando e que o conjunto pétreo de valores cristãos não parecia se encaixar diante de tanta modernidade. A fé permanente de que esses mesmos valores é que deveriam conduzir tais transformações é que mantem a Igreja Católica a mais de dois milênios em estreita sintonia com o tempo em que se insere sem abrir mão de seus mais valiosos princípios e sem negligenciar a missão a ela relegado pelo próprio Cristo. Reconhecer esse desafio sempre enfrentado com altivez pela Igreja e pelos homens e mulheres que a compuseram é sinal de confiança e coragem de que permanecemos em comunhão.

Finalmente, em outubro de 1941, Mons. Almir haveria de ser novamente realocado pela autoridade episcopal à qual permaneceria a serviço até o ano de 1961, ou seja, por mais 20 anos. Neste ano, o papa João XXIII, através da bula Animorum Societas, criava a Diocese de Uberlândia e pelas mãos do núncio apostólico no Brasil, D. Armando Lombardi, que o ordenou bispo, D. Almir Marques Ferreira se tornaria o primeiro pastor a conduzir a recém-criada diocese de Uberlândia permanecendo até 1977, quando se tornou bispo-emérito. Em 1 de janeiro de 1984, aos 73 anos, faleceu em Uberlândia retornando definitivamente à morada celeste.


Vitor Lacerda

ROBERTO RIVELINO E O JORNALISTA PAULO NOGUEIRA NO MARACANÃ

Rivelino e o jornalista uberabense Paulo Nogueira
TÚNEL DO TEMPO: Eu, e Rivelino, no Maracanã, em 1985, jogo entre Brasil e Perú.
(Paulo Nogueira)

OS MUGSTONES POSANDO PARA OS FOTÓGRAFOS NO TRAMPOLIM DO CLUBE SÍRIO LIBANÊS - UBERABA

Os Mugstone - Ano 1966
Os Mugstones posando para os fotógrafos no trampolim do Clube Sírio Libanês.
Ano: 1966
Nós éramos meninos. Tínhamos aproximadamente 10 anos. Pardal tocava um tambor, e eu, cavaquinho. Saiamos tocando “Cana Verde” cantando “abre a porta e a janela” pelas ruas.
Um dia na Leopoldino de Oliveira – próximo a Loja Santos Anjos (me corrijam se estiver errado) ficamos tocando na rua, e as pessoas começaram a jogar dinheiro pra gente. Foi a primeira vez de muitas que ganhamos algo com música.
Depois disso o tempo correu, ele idealizou Os Poligonais, que virou Os Mugstones, e o resto da história vocês já sabem.
É assim que quero lembrar desse cara que fez parte da minha criação musical. Ironicamente, há menos de uma semana reatamos contato através desta rede social e hoje, fico sabendo dessa devastadora notícia.
Que a paz e a plenitude continuem o acompanhando aonde quer que esteja. E que a saudade seja substituída por boas lembranças em nossas vidas.
(Luizinho Mugstones)

OS MUGSTONES - UBERABA


Os Mugstones. Ano 1966

Hoje? Como? Inacreditável!

Semana passada – apenas 4 dias passados – fiz uma “viagem” com a postagem da foto abaixo (feita pelo Pardal) onde, pela ordem, estamos: Bazzani, nos ombros de Luizão; Luizinho, nos ombros de Zé Raul e eu nos ombros desse velho, querido, único e agora saudoso amigo. Palavras não são suficientes para manifestar a dor dessa perda. Dizem os que creem que diante dos desígnios de Deus não nos restam alternativas senão a de nos quedarmos à Sua vontade. Desço a rampa do silêncio recordando Raul Seixas que, diante dessa certeza, sábia e profundamente sintetizou: “Ninguém morre: as pessoas apenas despertam do sonho da vida”.
Até breve, meu eterno e querido amigo.
(Marc Antov)

TURMA DE FORMANDAS DA ESCOLA DE ECONOMIA DOMÉSTICA “LICURGO LEITE” - UBERABA

Formandas da Escola de Economia Doméstica “Licurgo Leite”
Turma de Formandas da Escola de Economia Doméstica “Licurgo Leite” de 1961
Antiga – av. Belo Horizonte – atual – av.Edilson Lamartine Mendes
Foto: Autoria desconhecida
Em 1954, O Centro de Treinamento foi federalizado. Passou a oferecer o Magistério em Economia Rural Doméstica com a atribuição de formar mulheres para ministrar aulas no ensino profissional agrícola do primeiro ciclo, nível primário e ensino fundamental, para atuar nos cursos de extensão rural, nos quais seus alunos poderiam aprender e melhorar suas técnicas nas práticas agrícolas. Nesse mesmo ano, teve sua denominação alterada e passou a ser denominada Escola de Magistério em Economia Rural Doméstica “Licurgo Leite”, ministrando apenas dois Cursos: Magistério em (STEHLER, 1939 e o Curso de Treinamento em Economia Rural Doméstica. O ensino de atividades domésticas na forma de disciplinas que integravam o currículo de escolas destinadas às moças surgiu na Europa em meados do século passado. A primeira iniciativa, de forma organizada, ocorreu na Noruega em 1865, por meio do Ministério da Agricultura daquele Estado. Em outros países como os Estados Unidos e França, o ensino de economia doméstica data do final do século XIX ou início do século XX, fazendo parte do currículo escolar em diferentes níveis (STEHLER, 1939).
(Foto enviada por Eduardo Felix de seu arquivo pessoal)

CASA DE SAÚDE SANTA RITA – HOSPITAL SÃO JOSÉ - UBERABA

Casa de Saúde Santa Rita – Hospital São José

“Imóvel construído por um grupo de médicos na primeira metade do século XX, para abrigar a Casa de Saúde Santa Rita. Liderados pelo Dr. José Humberto Rodrigues da Cunha o imóvel foi adquirido. O engenheiro Alberto de Oliveira Ferreira foi o construtor do prédio atual, no estilo arquitetônico eclético, inaugurado em 1953.”
(Arquivo Público de Uberaba)

IGREJA SÃO DOMINGOS - UBERABA

Igreja São Domingos


“CHUVA NA MADRUGADA” EM UBERABA

Avenida Santos Dumont


“Chuva na Madrugada” em Uberaba, MG. 06/02/2015 às 04h38


Avenida Santos Dumont


Foto:Antonio Carlos Prata

IGREJA DE SÃO DOMINGOS - UBERABA

Igreja de São Domingos
Igreja de São Domingos – Uberaba, MG.  01/02/2015 às 19h30
“Vai cair um toró”…
Foto: Antônio Carlos

IGREJA DE SANTA RITA EM UBERABA

Igreja de Santa Rita

Igreja de Santa Rita em Uberaba, MG. 01/04/2013
Praça Manoel Terra
Foto: Antônio Carlos

IGREJA DE SANTA TEREZINHA EM UBERABA

Igreja de Santa Terezinha
Igreja de Santa Terezinha em Uberaba, MG. 18/10/2013
Praça Santa Terezinha
Foto: Antônio Carlos

VISTA PARCIAL DA AVENIDA LEOPOLDINO DE OLIVEIRA - UBERABA

Panorâmica da avenida Leopoldino de Oliveira
Vista parcial da Avenida Leopoldino de Oliveira – 14/09/2014
Foto: Antônio Carlos

Igreja de São Domingos - Uberaba

Igreja de São Domingos
Igreja de São Domingos em Uberaba, MG. 06 de abril de 2014
 Foto: Antônio Carlos

LUIZ HUMBERTO, TAMBÉM CONHECIDO EM UBERABA , COMO MAESTRO LUIZINHO

 Os Mugstones

“Eu era moleque e Os Mugstones já tocavam no Canecão. Dividíamos o palco com vários grandes cantores da jovem guarda na época. Quantos anos você tem hoje mesmo? Eu tinha 21 anos e tocava no Canecão, cara!”
Luiz Humberto, também conhecido em Uberaba no Triângulo Mineiro, como Maestro Luizinho, ou simplesmente como Luizinho Mugstones, nome apropriado de sua banda sessentista, brilha os olhos ao se lembrar de suas apresentações na tradicional casa de shows carioca, inaugurada em 1967.
Hoje, Luizinho ainda vivencia em memória suas histórias no Rio. “Naquela época dividimos o palco com Ronnie Von e Roberto Carlos. E na real? Fazíamos mais sucesso que eles! Quem tocava com essas saias?” lembra Luizinho mostrando uma foto em que a banda toda usava o Quilt escocês. “Usar aquilo dava uma mídia sensacional pra gente” comenta rindo.
Apesar das boas histórias e dividir palco com grandes músicos, a banda encerrou oficialmente suas atividades em 1972, com pouco menos de uma década de apresentações e trabalhos, colecionando histórias engraçadas e até dramáticas. “Esses quase dez anos dão filme. Me lembro que após um show no alto do hotel jogamos todo o cachê que ganhamos pela janela pros nossos fãs que estavam lá embaixo. E tinha muita gente!” recorda-se bem humorado.
Entre uma cerveja e outra, fica evidente a paixão de Luizinho pela música e sua profissão. “Eu não sei fazer outra coisa senão tocar. Comecei tocando um acordeon que meu pai me deu com uns 8 anos. Depois, ganhei um piano e aí não parei mais. Não sei fazer outra coisa, cara.”
Embora não sabia fazer outra coisa, de música entende bem. Em seu acervo pessoal, possui 200 músicas compostas e inúmeros trabalhos gravados em K7, LP, e CD’s. Como grupo, “Os Mugstones” lançaram três discos. Com “Os Poligonais” – banda que precedeu “Os Mugstones” – foi mais um disco.
Atualmente, nos seus bem vividos 68 anos de idade, Luizinho apenas quer uma vida tranquila, ouvindo e produzindo boa música, sempre com uma cerveja gelada ao lado. Também carrega Os Mugstones em seu nome. “Sempre me identificarei como Luizinho Mugstones, e não, não é Luizinho dos Mugstones. É Luizinho Mugstones. Nem em sonho penso em regravar aquelas músicas hoje. Mas se um dia meus filhos quiserem tocar as músicas daquela época, terei o maior prazer em produzi-los.”
Luizinho Mugstones

Corpo incorrupto da Madre Maria Virgínia do Nascimento - UBERABA

Corpo  da Madre Maria Virgínia do Nascimento

Corpo incorrupto da Madre Maria Virgínia do Nascimento, primeira Abadessa e uma das 7 Fundadoras do Mosteiro da Medalha Milagrosa, seu corpo permanece no Santuário.
Fonte:Irmãs Concepcionistas
(Foto cedida do arquivo pessoal das Irmãs Concepcionistas)

DOM ALEXANDRE COROANDO A MEDALHA MILAGROSA COMO RAINHA DA DIOCESE DE UBERABA

Ano: 1958

Dom Alexandre coroando a Medalha Milagrosa como Rainha da Diocese de Uberaba
Ano: 1958
Fonte: Irmãs Concepcionistas
(Foto cedida do arquivo pessoal das Irmãs Concepcionistas)

PRIMEIRO MOSTEIRO DAS IRMÃS CONCEPCIONISTAS EM UBERABA

Primeiro Mosteiro das Irmãs Concepcionistas
Primeiro Mosteiro das Irmãs em Uberaba há 66 anos, quando de sua fundação, na Rua Gonçalves Dias, nº 53
26 de julho de 1949
Fonte: Irmãs Concepcionistas
(Foto cedida do arquivo pessoal das Irmãs Concepcionistas)

TRASLADAÇÃO DAS IRMÃS CONCEPCIONISTAS ENCLAUSURADAS PARA O NOVO MOSTEIRO DA MEDALHA MILAGROSA - UBERABA

 Irmãs Concepcionistas Enclausuradas

Trasladação das Irmãs Concepcionistas Enclausuradas para o novo Mosteiro da Medalha Milagrosa - Uberaba.
Década:1950
Rua da Medalha Milagrosa, 123. Bairro Mercês CEP 38060-500. Uberaba-MG. Fones (34) 3312 9070 –  (34) 3325 4228
Fonte: Irmãs Concepcionistas
(Foto cedida do arquivo pessoal das Irmãs Concepcionistas)

O SEGUNDO MOSTEIRO NA RUA AFONSO RATO, ONDE COMEÇOU A NOVENA PERPÉTUA DA MEDALHA MILAGROSA -UBERABA

Segundo Mosteiro

O segundo Mosteiro na Rua Afonso Rato, onde começou a Novena Perpétua da Medalha Milagrosa.
Década: 1950
Fonte: Irmãs Concepcionistas
(Foto cedida do arquivo pessoal das Irmãs Concepcionistas)

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM EMERSON FITIPALDI



Entrevista Exclusiva com Emerson Fitipaldi

TÚNEL DO TEMPO: Emerson Fitipaldi : A sua corrida de estreia foi no Grande Prêmio da Grã-Bretanha, em Brands Hatch, mesmo largando nas últimas posições terminou a prova em oitavo. Três semanas depois, em Hockenheim, marcaria seus primeiros pontos, com um 4º lugar. No final daquele ano, em Monza, seu companheiro de equipe, o austríaco Jochen Rindt, pediu que Emerson amaciasse seu carro para a corrida do dia seguinte.O Brasileiro, no carro de Rindt, sofreu um acidente destruindo o carro do companheiro impossibilitando a sua utilização na corrida. Como Rindt liderava o campeonato, o chefe da equipe deixou Emerson de fora da corrida e Jochen Rindt competiu com o carro dele, mas o piloto austríaco faleceu num acidente que poderia ter matado Fittipaldi. A Lotus, de luto, retirou-se por duas corridas e voltou no penúltimo GP da temporada, em Watkins Glen. Nesse dia, Emerson venceu sua primeira corrida e, ao mesmo tempo, impediu seus adversários de alcançarem a pontuação de Rindt, que assim sagrou-se o primeiro – e, até hoje, o único – campeão póstumo da Fórmula 1 (ver Grande Prêmio dos Estados Unidos de 1970).
O ano de 1971 não viu vitórias de Emerson, embora sua atuação consistente lhe tenha garantido três pódios. Em 1972, com 5 vitórias, Fittipaldi tornou-se o campeão mundial mais jovem da história da Fórmula 1, com 25 anos, oito meses e 29 dias, recorde que manteve por mais de três décadas e que só foi quebrado em 2005, pelo piloto espanhol Fernando Alonso. Em 1973, Emerson venceu mais 3 corridas, no entanto perdeu o título para o escocês Jackie Stewart. O sucesso contribuiu fortemente para a entrada do Grande Prêmio do Brasil no calendário internacional no ano seguinte, no circuito de Interlagos. Ele mesmo venceu a corrida inaugural.
Em 1974, o piloto brasileiro trocou a Lotus pela McLaren, e, com três vitórias (uma delas no Brasil), sagrou-se bicampeão do mundo. Ainda competitivo, venceu mais duas corridas pela mesma equipe no ano seguinte. Na foto abaixo, eu, entrevistando Emerson, no início de sua carreira na Fórmula 1.
Jornalista Paulo de Carvalho Nogueira