Mostrando postagens com marcador Rua Artur Machado. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Rua Artur Machado. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 2 de março de 2022

Inauguração do Prédio da Farmácia Drogasil

O prédio da Drogasil foi inaugurado no dia 10 de outubro de 1966, às 10h. Com 31 funcionários. Localizado na rua Artur Machado, n.º 44 (Centro). Flávio Bierenbach (engenheiro responsável).

Cidade de Uberaba -
Foto Antônio Carlos Prata.

Estiveram presentes o prefeito Arthur de Melo Teixeira, o presidente da Câmara Municipal de Uberaba, Dr. Homero Vieira de Freitas, o comandante José Vicente Bracarence, o Arcebispo Dom Alexandre Gonçalves do Amaral, a Banda de Música do 4º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais e convidados.

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Uberaba: “uma cidade entre córregos e colinas”

Os primeiros habitantes do arraial de Uberaba construíram suas moradias na parte central da cidade, localizada numa depressão, que corresponde ao trecho do calçadão da Rua Artur Machado. O viajante Barão de Eschwege, que passou no arraial em 1816, citou a presença de nove famílias e 47 moradores nessas imediações (ESCHEWEGE, 1994, P. 93). Três anos após, o francês Saint Hilaire passou por Uberaba e destacou: “... o arraial é composto de umas trinta casas espalhadas nas duas margens do riacho e todas, sem exceção, haviam sido recém construídas (1819), sendo que algumas estavam inacabadas quando por ali passei. Muitas delas eram espaçosas, pelos padrões da região, e feitas com esmero...” (HILAIRE,1975, P. 150).

Com o crescimento da cidade, outros locais foram ocupados e, devido ao relevo (topografia) do local foram povoadas áreas de maiores altitudes, conhecidas no século XIX como Colinas. O traçado das ruas seguia o padrão de algumas cidades do Brasil – colônia, com alinhamentos irregulares, como se pode perceber nas cidades de Paracatu, Ouro Preto e Sabará, em Minas Gerais. Outra cidade com essas características é a cidade antiga de São Mateus, Estado do Espírito Santo. De acordo com Borges Sampaio: 

“...os primeiros habitantes, não prevendo talvez o grande desenvolvimento que o povoado - Uberaba - em breve tempo havia de atingir e o importante papel que mais tarde representaria no País, não seguiram, desde o princípio um plano retangular de arruamento para as edificações dos prédios públicos. Antes, desprezando esse alinhamento regular, que tanto convém e agrada nos grandes, como nos pequenos povoados, foram edificando casas, formando os quintais e chácaras, acompanhando as ondulações do terreno e serpenteando dos pequenos regatos, quiçá porque assim se lhes oferecia melhor comodidade para o uso das águas, utilizando-se mais da fertilidade do solo (...) daqui veio a rua principal, a primitiva, a maior e mais importante, aquela que por muito tempos se chamou - Direita - é das menos retas, ocasionando, ela mesmo,a irregularidade que hoje se lamenta...” (SAMPAIO, 1971, P. 47) 

Em seu estudo topográfico publicado no ano de 1880, Sampaio identificou a existência de 6 colinas, onde atualmente se encontram os seguintes bairros: Boa Vista, Estados Unidos, Abadia (Colina da Misericórdia), Leblon (Colina do Barro Preto), São Benedito (Colina da Matriz) e Mercês (Colina Cuiabá). Nessa época, o bairro Boa Vista compreendia também o bairro do Fabrício, que ainda não tinha esse nome (SAMPAIO, 48).


Uberaba do século XIX, com apenas 6 colinas.
 Observação do Vale à partir do Mirante da Univerdecidade

O termo colina utilizado por Sampaio referia-se aos pontos mais altos da cidade, naquela época. Do ponto de vista geomorfológico, o relevo de Uberaba se caracteriza, na realidade, como uma planície de deposição sedimentar (depressão), com material oriundo das altas cadeias que havia na região de Araxá (Serra da Canastra). Devido ao fato de que esse material sedimentar ser suscetível a erosões, o deslocamento das águas dos córregos moldou a topografia de Uberaba, fazendo surgir alguns vales, onde hoje se encontram as principais avenidas da cidade, como Avenida Leopoldino de Oliveira, Santos Dumont, Guilherme Ferreira e Fidélis Reis. 

Durante o século XX, Hildebrando Pontes, substituiu o termo Colinas por Altos e identificou mais um Alto, o Fabrício (PONTES, 1978, P. 274). Nessa época, o Alto do Fabrício já havia se desmembrado do Alto Boa Vista e sua nomenclatura refere-se ao ferreiro Fabrício José de Moura, morador da Praça Santa Teresinha, que mantinha uma oficina de ferreiro e uma hospedaria, atividades convenientes para a recepção de comitivas de viajantes e de carros de bois, que chegavam a Uberaba pela região onde hoje se encontra a Avenida Pedro Lucas, ou corredor dos boiadeiros, que servia de acesso à Uberaba para quem vinha do norte do Triângulo Mineiro, do arraial de São Pedro de Uberabinha (atual Uberlândia), Palestina e Mangabeira. 

Uberaba do século XX, com as 7 colinas.
 Observação do Vale à partir do Mirante da Univerdecidade


Nos dois autores, a delimitação dos bairros acontece naqueles vales, onde correm córregos que, canalizados, deram lugar às avenidas. Assim, podemos identificar o córrego da Estação e do Pontilhão na atual Avenida Fidelis Reis. O Córrego Barro Preto, atual Guilherme Ferreira e o Córrego da Manteiga, atual Avenida Santos Dumont. De acordo com o mapa de Uberaba confeccionado pelo engenheiro Abel Reis em 1942, o Córrego Olhos D’água nasce nas proximidades do Conjunto Frei Eugênio e segue até o Mercado Municipal. Daí para a frente, esse Córrego deságua no Córrego das Lages, que percorre o trecho do Mercado Municipal, sentido Univerdecidade, até o Rio Uberaba e drena toda a bacia da cidade. 

Como vimos, houve uma diferença na identificação das colinas entre Sampaio e Pontes. No século XIX em nenhum momento aparece a expressão “sete colinas”, o que ocorre com freqüência no século XX, conforme podemos verificar nos estudos de Hildebrando Pontes (PONTES, 274). De acordo com o professor Carlos Pedroso, é provável que essa denominação tenha entrado no domínio popular depois da vinda do primeiro bispo Dom Eduardo Duarte Silva para Uberaba. Segundo ele, Dom Eduardo morou na cidade de Roma, conhecida desde a antiguidade como cidade das sete colinas. “Naturalista e observador, não é difícil supor ser o bispo o único curioso observador dos córregos e colinas”, afirma Pedroso. 

A conceituação inicial das colinas nos séculos XIX e XX se limitava aos bairros próximos do centro. Com o crescimento da cidade de Uberaba e o surgimento de novos bairros na zona periférica é difícil compreender a manutenção do mesmo conceito inicial das colinas. Afinal, quantas colinas existe na Uberaba atual? 

Marta Zednik de Casanova – Superintendente de Arquivo Público
João Eurípedes de Araújo – Diretor de Difusão, Apoio á Pesquisa e Atendimento
Luiz Henrique Cellurale – Pesquisador
Donizete Fontes Calçado – Pesquisado


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Rua Artur Machado, em 1948

Antiga rua do Comércio, Rua Baixa, Rua do Centro e Rua do Fogo.

"Os dois primeiros nomes tinham razão de ser, porquanto mesmo naquela época já era centro, como também era e é a rua mais baixa da cidade. Rua do Fogo, dizem, provinha de que um dos seus primeiros moradores era ferreiro e na sua 'tenda' nunca faltava fogo, onde os vizinhos e moradores iam 'buscar fogo'. Naquele tempo em que não havia fósforos era um achado.
 
Rua Artur Machado, em 1948

A Rua do Comércio ia da praça da Matriz até a Rua Padre Zeferino. Com a vinda da Mojiana é que foi prolongada até onde é atualmente." (Mendonça,2008)

Foto doada por Ângela Beatriz Borges Cherulli Filassi do acervo de Marco Antônio Borges Cherulli, de autoria do fotógrafo Henriot Cherulli.


Cidade de Uberaba

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Rua Artur Machado

Rua Artur Machado, foi do comércio, no passado. “A Noiva”, do Primo Ribeiro, vi primeiro. Do Mário Pousa e do Clarimundo Gonçalves, tinha a “Insinuante”, sempre elegante. Chapelaria do Paschoal Bruno,alfaiataria do Teófilo Ricioppo, ternos não amarrotavam, eram fofos. 

“A Exposição”, do Aquilino Lóes, a “Feira dos Presentes” do João de Melo Maia, em frente ao “Café Uberaba”,sabor do cafezinho que a gente babava.Tinha também o “Bicho da Seda”,mais tarde,lugar do “Café JB”, que, hoje, não mais se vê. Na esquina da praça da Matriz,já sem chafariz,a “Notre Dame de Paris”, dos irmãos Amâncio,calmo como remanso e o Chiquinho,sorrindo, sempre quietinho; na esquina de baixo, a banca de jornais do Vilmondes,sobrenome Bastos, onde as noticias estão à mostra, não se escondem.

 Do outro lado da rua,as “Americanas”, do Manoel Santos Anjo, o “Mané Português”, casa que acabou de vez.Defronte,o sobrado do “seo”Salvador Bruno, no térreo, uma charutaria cujo nome nunca esqueci:”Saci”.Antes, era o “Bazar do Mário”, onde não entrava otário...Encostado, as “Casas do Linho Puro”, que me lembro sempre, juro. Parede e meia, a antiga “Drogasil”,atendimento correto,sempre gentil. Perdeu o lugar prá gente de fora, os pernambucanos das “Pernambucanas”. Em frente,o Piatti, seu alfaiate, jóias da loja do Achiles e, (oh peste!)a camisaria “Miveste”. Na parelha, bem ao lado, o “Bar Eldorado”, dos irmãos Elias e Farah Zaidan, dupla que sempre fui fã. Nos fundos, uma banca de “jogo de bicho” sarado. Jogo honesto, carteado movimentado, jogo bem jogado. Encostadinho, duas portinhas,uma do “Pepino”, vendendo frutas e a do Landry,que jamais esqueci.

Na esquina, o “Armazém Central”, dos irmãos Bruno e Walfrido Martinelli.Do outro lado da rua, a “Casa das Meias”, os donos Durval e Zinho Pizzi, primos dos Petinelli. Bem em frente, o “Rei dos Móveis”,do “seo” Benjamin, olho vivo e sempre torto parecia sempre olhando prá mim.Seguindo, a “Casa Guaritá”, do “seo”Luiz,pai do Netinho, vendia de tudo.Caso raro e, em frente, a “Loja Pignataro”...Ao lado, a “Casa Esporte”, do “velho” Benedito, sempre forte. Depois, o “Orlando Fida”, loja prá lá de bem sortida. 

Fotógrafo uberabense José Severino Soares, o velho “Juca Severino”

O prédio dos Correios,o único que comércio não tinha, abrigou depois a “Mirandinha”.Ao lado a “Casa Vitória”,pegado na tipografia do “seo” Chiquinho e, bem pertinho, a “Casa Guimarães”,cujo dono era apelidado “Benzinho”. No quarteirão 3, me vem a lembrança ,a “Alfaiataria do Parreira” e o “Café Caipira”, ponto dos comerciários contar mentira...”Vis a vis”, a “Casa Molinar”,do “seo” Luiz e os filhos Aleixo e Marinho e o adotivo Fernando e neles, a educação esmerando. Grudado , o ponto “chic” da mocidade, “Bar da Viúva”, chope gelado e escancarada felicidade. No meio,o “Foto Zuza”,máquina à tiracolo, sempre que precisava, usava. A “Loja do Piva”,estoque variado , clientela fiel e sempre viva; nos fundos, a primeira churrascaria de Uberaba, “El Toro”, do Ênio e do Vinicius, carne grelhada , espeto grande, alimentando nossos gulosos vícios. Antes do morro da Presidente Vargas, a roupa bem talhada, tinha endereço, a”Alfaiataria Caldas”. Primeira porta do prédio do “Modelo”, cachorrada no vicio, fazia “ponto”no estúdio do Kasuo Oshio. Ali funcionava o “Bar do Abel”, Arlindo, o engraxate e o Ilvor, que, na profissão, não deixou herdeiro.

Depois da esquina, no chamado 5º.quarteirão, Deus meu, quanta recordação!”Casa das Máquinas”,do paulista Audley Moretzhon, inauguração a época da prestação. Vendendo para gente honesta, que eu saiba, nunca levou “cano”,não... Paro, hoje, na esquina da João Caetano. A rua é grande e o comércio ativo. Dalí até a antiga estação da Mojiana, tem ainda muito atrativo. Lojas e nomes dos que já se foram e o que ainda estão vivos. Para não cansá-los , principalmente para os mais de cinqüenta e a memória não está cinzenta, peço a sua paciência, nesta tarde (3ª.feira) modorrenta. Abraços. Volto nesta quarta-feira, sem eira nem beira, mente aberta,lembrando a “nossa” Artur Machado, que os meus sonhos desperta Parei na esquina da rua do Comércio, com João Caetano. Em frente a” Casa das Máquinas”, uma farmácia tinha, o gerente era o Zequinha.De dia, bom farmacêutico, à noite, solteiro, um bom seresteiro.A seguir a “Casas do Babá”,material de construção,resolvia na casa, qualquer problemão. Perto dali, os “Grisi”, italianada danada.Pais e filhos falavam tão alto que parecia até “brigaiada”.”Casa Daló”, em frente.Gerente, o Hélio.Educado, inteligente, competente, fala mansa, cativava a gente. À auxiliá-lo , os irmãos Dininho e Luiz, não eram diferentes.

 O pintor Élvio Fantato,artista de proa,tinha loja bem pertinho.Para agradar o freguês, sempre dava um jeitinho. Na esquina da ladeira, a loja do Emilio Pucci,bonita, moderna, vitrinada e requintada.Artigos masculinos de primeira, sucesso na cidade inteira. Ali, quase “pegado”, saudade do Alfredo Antônio, barbeiro do salão do João Spiridião, onde “fofoca” política, era de montão. Um pouco à frente, sobrado bem cuidado.Era a “pensão da tia Lêda”.Portas sempre abertas e alertas, recebia a “homaiada” à transar com as lindas, loiras e morenas robustas, alegres prostitutas , sem barulho,nem algazarra, tinha de tudo, menos farra. Embaixo, a joalheria do Walter Gaia, delicado, delicado, que só vendo e nunca se “escondendo”...Do lado esquerdo de quem vai, guardava os transformadores da Cia.Força e Luz, que a verve popular cantarolava:” cidade que seduz, de dia falta água, de noite, falta luz”. Antes, a loja do Cantidio Bertoldi, caça e pesca, alegria prá quem gosta de pescaria.

 Na esquina da Padre Zeferino, a loja do Neyf Fakouri tem mais e quarenta anos.Sempre à porta, alegre e bonachão, esparrama mercadoria até pelo chão. Lado de baixo, o salão do Nazaré.Barbeiro que todo mundo botava fé.Lado de cima, a farmácia do Ferreirinha e a lembrança eterna do Brasilino Felipe, botafoguense e homem de fina estirpe.

 Na sequência, veio a benevolência.Poucas lojas abertas, o nó nos grogumilo, saudade, eis na porta a casa a Maria Augusta,prostíbulo conhecido, afamado e respeitado.Educada e justa, recebia bem a moçada com a “grana curta”.A padaria Espéria,prédio imponente,abrigou panificadora florescente, anos mais tarde (a crise?) tornou-se impotente.Decadente. Ao lado, uma portinha decente, recebia o Garcia,técnico de rádio. Como a Conceição, sumiu. Ninguém sabe, ninguém mais o viu...O “Bazar Azul”, começou de um lado e depois mudou-se para o outro.

 Geração Santos Anjo, ainda domina. Avô passou para os filhos, esses ao neto, que mantém acesa, a dignidade da sina. Entre o Garcia e o Bazar Azul, a memória não me falha, tinha a Farmácia Santa Barbara, de um farmacêutico que admiro , o saudoso Cassimiro. Já a “Pensão da dona Ema”, acabou. Que pena ! A frondosa Gameleira foi ao chão. Durou, durou.Judiada, maltratada, não resistiu. Sem forças, alquebrada, sucumbiu. Morta e sepultada. Para os jovens não quer dizer nada. Para os velhos, uma saudade danada...

 Na subida da Mojiana, lado direito, apenas escombros e tombos da velha máquina de arroz dos Castejon...haja “corazon”. Nada resta mais. O “terrenão” é da Diva de Moraes. À esquerda , quase chegando no topo do morro, o armazém do João Corrêa, sortido até a tampa.Mantimento não faltava nenhum. Afinal, ao lado, morava o saudoso Moisés Sallum. Encostado, ainda resiste e perdura o imponente “chatô” do cônsul italiano, Augusto Buchianeri, que jurava não ter parentesco com a Ana Neri... Falta muita coisa ainda. Essa lembrança não se finda. O cansaço me dominou. As lágrimas começam a escorrer por esse rosto cujas rugas fizeram avenidas de saudade. Tento resistir.Consigo. Se me permitirem, amanhã, recomeço na praça Rui Barbosa, com muita lembrança e prosa. Rua comprida.

 Hoje, a minha memória se finda, embora ela ande uma lambança. Falta lembrança...Querem ver? Esquina da Rui Barbosa, tinha o “Bar Indubrasil”, ponto certeiro da minha fase juvenil. Descendo, lado esquerdo, dona do melhor carnaval, o sobrado da “Associação Esportiva e Cultural”. Embaixo, os “Bilhares Atlântico”, do Waldemar Vieira, ladeado pela loja de presentes e talher, pertencente ao Lino Pegorer. Ainda do mesmo lado, os bancos, Triângulo, Nacional da Lavoura e Produção e Crédito Real, que mais foram saltimbancos, fachadas em mármore preto e branco.Reconheço, assino e dou fé, faltam ainda a Riachuelo,Casa do Livro,Gráfica Zebu, Marabá e Hawai Café, pois não?, todos no primeiro quarteirão. Depois da Alaor Prata, a saudade quase me mata, “A Gaúcha”, do Gonçalo Nascimento, me vem logo ao pensamento. No sobrado, um médico de grande poder, o carismático dr. Boulanger.Depois, três relojoarias, Freitas Mundim, Paris e Londres, sem esquecer a Casa Victor e mais a loja chique dos turistas , a sempre lembrada “A Futurista”, calçados os mais finos e os donos, Wolney e Halley, esse, exímio dançarino.

 Do lado esquerdo, se a “cuca” não me trai, ”A Musical” e o tempo já se vai longe, a simpatia do Bilo Miranzi. A “Tabacaria do “Nhonhô”, “O Cacique”, a “Louçadada”, “Casa Kosmos”, além da “EletroCentral”, como as outras, também tradicional. Ali pertinho, a “Loja da Bênção”,esquina da ladeira do Fórum, bem antes do ponto virar a” Jomar”.Lembro-me também, não posso mentir, da “Nave Tecidos”, do Evanir. Quase em frente, estilo bem brejeiro, ficava o “Bá relojoeiro”.Parede e meia ao casarão dos Toti, funcionava a Tipografia do Godofredo, cuja lembrança nunca me causou medo, que essa cabeça conserva a doce figura do Ítalo Biagi, da “Sapataria Minerva”. Ah! ,me deu na telha e pergunto: e o “Chez moi” e a “Barrica Vermelha”, quem nunca foi lá? A lado da “Alfaiataria do “Manoel Caldas”, na esquina da Presidente Vargas, lembrar me arrisco, ficava o bar do Juquita, o saudoso.

“Bom Petisco”. No quinto quarteirão, não se pode olvidar da “Casa Lord”, sobrado do antigo Conservatório Musical e no térreo, a loja do Chucri Palis.Um pouco à frente, a “Americana”, de Donato Cicci,comandada pelos irmãos Donaldo,Dodô e Dorival Cicci, ponto de encontro da “ turma do disse me disse”. Do outro lado da rua, o armazém “Barros &Borges”, vendia fiado e à vista, famílias oriundas da vizinha Conquista. Alí, coladinho, o foto do Adolfinho Nomelini, que queria por que queria, a filha chamasse Jaquelini. Bem sei, esqueci muita loja e gente. Meu coração pulsa fremente e uma saudade ardente. A rua é comprida. Muita história vivida. 

Hoje, quase esquecida...Grande reta; o que me resta, perdoem esse pobre indigente se a minha esteira da memória se perdeu na torrente. A mente fraqueja: a luz não mais lampeja, tudo que de bom almeja. Se os novos “donos” da rua fico sem destacar; essa turma nova pouco conheço, por obséquio, me poupem ao criticar. É a vida. Na minha cabeça rogo, a rua do Comércio nunca desapareça, pois, de real agora, só está a imortal “Casa da Sogra”...a “Nora”? Foi embora... Ontem, na Artur Machado, eu subia. Agora, descia. Ontem, de costas para o Cristo da praça. Hoje, pouca simpatia, de frente, mostra o ar da graça ... Penhorado, agradeço a companhia pelas andanças que fizemos 
pela mais tradicional rua da nossa santa terrinha. A saudade sem exagero é um tônico para o coração. Abraços do “M.C.”



Cidade de Uberaba

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

RUA ARTUR MACHADO – “ESQUINA DO ENJEITEI”

Rua Artur Machado – “Esquina do Enjeitei”


Década: 1960


Foto: Postal Colombo


Rua Artur Machado – “Esquina do Enjeitei”


Em primeiro plano, vê-se o cruzamento da Rua Artur Machado e Avenida Leopoldino de Oliveira; no morro a Igreja Matriz, o prédio da Farmácia Drogasil; no centro, Casa do Linho Puro, Dental Líder, Banco Mercantil de Minas Gerais, Calças me Veste, Bar Marabá, Casas Pernambucanas, Bazar São João, Café JB.



Arquivo Público de Uberaba

INTERIOR DO CINEMA TRIÂNGULO

 Interior do Cinema Triângulo



Ano: 1915

 Interior do Cinema Triângulo

Rua Arthur Machado – a segunda porta à direita, onde situa-se o farmácia Drogão.

Fotógrafo: Martins

Acervo: Arquivo Público de Uberaba

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Banco Hipothecário


Banco Hipothecário



 Década de 1930

Rua: Artur Machado com Avenida Leopoldino de Oliveira

Foto: Autoria desconhecida

Arquivo Público de Uberaba


Casa de Couros Salvador Bruno

Casa de Couros Salvador Bruno


Rua Arthur Machado (Antiga Rua do Comércio)                                                                                                                                                                            

Década: 1930

Foto: Autoria desconhecida

 Arquivo Público de Uberaba



Casa do Linho Puro

Casa do Linho Puro


Década: 1960



Rua Artur Machado



Foto: Autoria desconhecida



Arquivo Público de Uberaba





terça-feira, 10 de janeiro de 2017

RUA ARTUR MACHADO

Rua Artur Machado



A rua Artur Machado atravessa as linhas do tempo com seus bares, restaurantes, armazéns e escritórios. Conhecida antes como rua do Comércio e do Fogo, é a principal via comercial da cidade, desde o início do século 20.
Fotógrafo:Autoria desconhecida
Fonte – Jornal da Manhã

domingo, 8 de janeiro de 2017

A AGÊNCIA POSTAL DE UBERABA FOI CRIADA EM 1839, E ELEVADA À CATEGORIA DE SUBADMINISTRAÇÃO DOS CORREIOS DE OURO PRETO, EM 1894

Correio Geral - Uberaba

A Agência Postal de Uberaba foi criada em 1839, e elevada à categoria de subadministração dos Correios de Ouro Preto, em 1894. Em 1931, foi transformada em Diretoria Regional dos Correios e Telégrafos. Funcionou na Rua Artur Machado até 1955, quando houve a inauguração do novo prédio, na Praça Henrique Von Krüger, na gestão do General Eurico Gaspar Dutra, como Presidente da República.
Foto: Autoria desconhecida/Acervo Arquivo Público de Uberaba

domingo, 1 de janeiro de 2017

ANTIGA RUA DO COMÉRCIO, ATUAL ARTUR MACHADO, VISTA AQUI EM SEU PRIMEIRO QUARTEIRÃO, ATUAL CALÇADÃO EM DIREÇÃO À CATEDRAL - UBERABA

ARTUR MACHADO, VISTA AQUI EM SEU PRIMEIRO QUARTEIRÃO        

“Começa na praça Rui Barbosa e finaliza na praça Siqueira Campos, pertencendo à colina da Matriz e aos altos dos Estados Unidos e da Estação da Mogiana. É a mais importante da cidade, inteiramente calçada a paralelepípedos. Dela partem, à direita, a avenida Leopoldino de Oliveira, as ruas Alaor Prata e Dr. Lauro Borges, a avenida João Pessoa, a ladeira dos Estados Unidos, é atravessada pela rua Padre Zeferino; passa ao fundo da praça Afonso Pena. À esquerda, em frente à rua Alaor Prata, dá nascimento à Saldanha Marinho, e em frente a avenida João Pessoa à rua Dr. João Caetano.
Desde os primórdios de Uberaba se conheceu pelo nome de rua do ‘Comércio’. Em meados do século próximo findo* era a rua do ‘Fogo’, onde se cumulava, de preferência, o povo farrista, separado, assim, do que ficava à rua ‘Grande’, de viver pacato.
Em 1889, perdeu a denominação de rua do ‘Comércio’ e tomou a de ‘Barão de Ataliba’. Em 1894 voltou a chamar-se ‘Comércio’ que se mudou, em 1916, para rua ‘Artur Machado’, em homenagem ao coronel Artur Batista Machado, eminente chefe político uberabense.
O trecho de entre as praças Afonso Pena (Gameleira) e Siqueira Campos, se conhece por ladeira da ‘Estação’.”
(PONTES, 1978, p.279).