quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Ônibus da Empresa de Transportes Manoel Alcalá – Linha Abadia

Empresa de Transportes Manoel Alcalá


Década de 1940
Foto: Autoria desconhecida
Essa modalidade de transporte, em Uberaba, teve início no começo da década de 1940 e foi consolidada com a inauguração da primeira Estação Rodoviária, em 1945, na Praça da Bandeira (atual Praça Doutor Jorge Frange), no bairro São Benedito. Os pioneiros do transporte coletivo municipal foram os empresários Agesípolis Duarte Villela, por meio da empresa Rex, e Manoel Alcalá, cuja empresa tinha o seu nome, que já atuavam no transporte coletivo intermunicipal. No ínicio da década de 1950, Osvaldo Ribeiro do Nascimento, popularmente chamado de Espeto, comprou a firma de Alcalá que passou a se chamar Empresa de Tranportes Líder. Na primeira metade da década de 1960, surgiu a Transportes Urbano Limitada (TUL), criada por Francisco Lopes Velludo. Vale ressaltar que cada empresa ficava com determinadas linhas, portanto, nesse período, Uberaba contou com 3 empresas em atividades no transporte urbano. Na segunda metade da década de 1960, a TUL incorporou as empresas Rex e Líder, monopolizou o ramo e manteve o nome “Líder”. Posteriormente, essa empresa – que atuou no transporte coletivo, em nossa cidade, até 1990 – foi vendida para 10 sócios. Por divergências entre o município e a empresa, a partir dessa data até os nossos dias, a Transmil é a concessionária do Transporte Coletivo em Uberaba.
(Arquivo Público de Uberaba)

CAMPEONATO MUNDIAL DE HANDEBOL – UBERABA – MINAS GERAIS.

Campeonato mundial de Handebol

Pelo campeonato mundial de Handebol, que teve início hoje em Uberaba, Brasil 31 X Japão 30.
Domingo, 19 de julho de 2015.
Foto: Paulo Nogueira

Praça Rui Barbosa.

Praça Rui Barbosa.


É o mais antigo logradouro público de Uberaba e sua origem está relacionada à construção de um chafariz e ao ajardinamento do local, conhecido como Largo. Também já foi chamado de Largo da Matriz Nova, Largo da Matriz, Praça Afonso Pena (1894 – 1916) e, finalmente, Praça Rui Barbosa. O local passou por sucessivas reformas ao longo dos anos. Na década de 1920, palmeiras imperiais, cortadas em 1940. 


(Arquivo Público de Uberaba) 



GABRIEL TOTI

Gabriel Toti

Em 1889 nascia em Uberaba, o futuro historiador e pioneiro do futebol Gabriel Toti. Este era filho de imigrante italiano Pascoal Toti, que aqui construiu fábricas de massas, cerâmicas e refrigerantes. Durante um período de sua vida Gabriel Toti dedicou aos estudos no Colégio Marista Diocesano, em São Paulo e na Itália. Quando voltou do exterior, Toti dedicou às atividades industriais e comerciais do seu pai, nas atividades artísticas, além da história e jornalismo.
Na história do esporte, Gabriel Toti foi um dos grandes pioneiros em Uberaba, colaborando com os clubes existentes, e fundando outras associações esportivas.
Toti faleceu em 1967, e atualmente no bairro Tutunas existe uma escola pública com o seu nome, em homenagem.
(Arquivo Público de Uberaba)

Conservatório de Música Renato Frateschi - Uberaba

Conservatório de Música Renato Frateschi

Foi inaugurado em 1939, por Renato e Alberto Frateschi com o nome de Conservatório de Música de Uberaba, situado na Rua Manoel Borges e lá permaneceu por um ano.
Dez anos após, agora na Rua Artur Machado, o único Conservatório Musical de Uberaba sob os cuidados do maestro Alberto Frateschi cresceu rapidamente atingindo a marca de 200 alunos em pouco tempo. Além de realizar diversos eventos na cidade.
Em 1967, a Lei 4.556 torna a instituição pertencente ao Estado de Minas Gerais.
Hoje situada na Rua Nelson Freire, a escola conta com cerca de 150 profissionais e 2.000 alunos com amplas atividades artísticas, recitais e apresentações de Canto na cidade.
(Arquivo Público de Uberaba)

LICEU DE ARTES E OFÍCIOS E A ESCOLA NORMAL

Liceu de Artes e Ofícios e a Escola Normal


A partir de 1926, quando inaugurado, o prédio localizado na Praça Frei Eugênio abrigou o Liceu de Artes e Ofícios e a Escola Normal. Em meados da década de 30, o imóvel que era mantido pelo Governo de Minas Gerais, foi transformado também em sede do 4º Batalhão de Caçadores Mineiros, que desde 1909 esteve situado na esquina da Rua Artur Machado com a Padre Zeferino. Dez anos após, o Governo Estadual doou as instalações ao SESI, Serviço Social da Indústria, que após reformas no imóvel inaugurado no século 20, o transformou em um Centro de Cultura. A construção foi adaptada para abrigar um teatro, salas de aula, biblioteca, além de uma galeria para exposições artísticas. No espaço são oferecidas programações culturais diversas para a comunidade local.
(Arquivo Público de Uberaba)

Vista parcial de Uberaba em 1896.

Vista parcial de Uberaba em 1896.
Vista parcial de Uberaba em 1896.

 Foto tirada de cima do morro da Onça.

Restauração: André Borges Lopes

VISTA PARCIAL DE UBERABA EM 1896.

ATENÇÃO, USUÁRIOS DO TRANSPORTE COLETIVO COM MAIS DE 60 ANOS DE IDADE.

Transporte coletivo com mais de 60 anos de idade


Atenção, usuários do transporte coletivo com mais de 60 anos de idade. A partir do dia 3 de agosto, podem pedir o cartão de gratuidade na Transube. A Superintendência de Mobilidade Urbana lembra que a emissão do cartão é gratuita, sendo necessário apresentar apenas documento de identidade e comprovante de residência. Desde a semana passada, as pessoas com idades entre 60 e 64 anos passaram a contar com a gratuidade no transporte coletivo de Uberaba, e até a retirada do cartão, elas devem apresentar a identidade no momento do embarque. A Transube fica na praça Rui Barbosa, nº 300 – Sala 23 – 2º Piso – Elvira Shopping. O atendimento acontece de segunda-feira a sexta-feira, das 7h30 às 17h30. Em caso de dúvida, os usuários podem recorrer aos telefones 3318-0408 e 3318-0409. (Foto: Sebastião Santos)
(Assessor Uberaba)

IGREJA NOSSA SENHORA DA ABADIA - UBERABA

Igreja Nossa Senhora da Abadia

Foto: Autoria desconhecida/ Década de 1930
No dia 11 de agosto de 1881, a Câmara Municipal de Uberaba concedeu a licença para o Major Eduardo Formiga, construir uma Capela dedicada ao culto de Nossa Senhora da Abadia, no Alto da Misericórdia (hoje, bairro Abadia). Um ano depois, em 15 de agosto de 1882, realizou-se a primeira festa em sua homenagem. A Capela ficou concluída em 1899 e foi elevada à condição de Paróquia no dia 16 de julho de 1921. O número de fiéis foi aumentando e a Santa foi transformada em padroeira da cidade. Atualmente, durante a primeira quinzena do mês de agosto, comemora-se a tradicional festa de Nossa Senhora da Abadia, com procissões, missas, barraquinhas, parque e leilões.
(Arquivo Público de Uberaba)

Melhorias na iluminação pública da Praça da Abadia

Melhorias na iluminação pública da Praça da Abadia
Prefeito Paulo Piau anunciou melhorias na iluminação pública da Praça da Abadia. A nova iluminação será por LED, proporcionando redução no consumo de energia, além de dar mais segurança e embelezar a praça. Ação faz parte do Programa Ilumina Uberaba, lançado no mês passado pelo prefeito com o objetivo de atender às demandas da cidade. O projeto, inicialmente, conta com 80 intervenções já programadas e investimento previsto de R$ 4 milhões.


Combate à dengue em Uberaba

Motofogs - Combate à dengue


Combate à dengue… 81 bairros estão recebendo o fumacê ao longo desta semana. De segunda-feira até quarta-feira as seis motofogs do município já passaram em 54 bairros, no horário das 17h às 22h, e os demais receberão o fumacê até sexta-feira, 31/07, totalizando 64.500 imóveis em 2.350 quarteirões.
_Dia 30/07, quinta-feira – Bairros Cidade Nova, Amoroso Costa, Tita Resende, Jardim Belo Horizonte, Maringá, José Barbosa, Oneida Mendes, Antônia Cândida, Josa Bernardino, Jardim Triângulo, Vila Craide, Jardim Eldorado, Orlando Costa Teles, Costa Teles I e Cartafina.
_Dia 31/07, sexta-feira – Bairros Guanabara, Residencial Estados Unidos I e II, Leblon, Vila Boa Vista, Jardim Espírito Santo, Boa Vista, Manoel Mendes, Jardim Manhattan, Vila Bela Vista, Vila São José e Jardim das Palmeiras.
Prefeitura de Uberaba/Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza ainda, equipes para a visita aos pontos estratégicos (ferro velhos, cemitérios etc); para recolhimento de pneus inservíveis nas borracharias cadastradas; com bombas costais motorizadas para realizar o bloqueio de transmissão em casos suspeitos de dengue, e para o monitoramento das 879 armadilhas instaladas em toda a cidade.

IRMÃS DOMINICANAS DE MONTEILS

Madre Anastasie

Hospital e Maternidade São Domingos
Irmãs Dominicanas de Monteils
Em 1850, Madre Anastasie fundava, na França, a Congregação Dominicana Nossa Senhora de Monteils. Em 1885, um pequeno grupo de Irmãs veio para o Brasil, a convite dos Frades Dominicanos, de Uberaba – MG, para participar de um projeto missionário de evangelização.
Chegando a Uberaba, as Irmãs se dividiram em duas comunidades: a comunidade que fundou o Colégio Nossa Senhora das Dores e a comunidade que foi servir na Santa Casa de Misericórdia.
Passados muitos anos, por problemas financeiros, a Santa Casa fechou e as Irmãs inauguraram a Escola de Enfermagem Frei Eugênio em 1948, recebendo a autorização para funcionar como um curso superior de Enfermagem. O curso superior funcionou até 1966 e, até a segunda metade da década de 1970, as Irmãs Dominicanas mantiveram os cursos de Técnico e Auxiliar de Enfermagem.
Para suprir as necessidades das próprias alunas, que tinham que fazer estágio ou mesmo procurar trabalho em outros hospitais da cidade, Irmã Angelina e mais doze irmãs decidiram fundar um hospital.
As obras de construção em terreno próprio da Congregação começaram em 1958, ocupando 7.200 m 2 . O Hospital e Maternidade São Domingos – HMSD foi construído em um arrojado projeto arquitetado pelo Dr. Jarbas Karman.
O HMSD iniciou suas atividades em 31 de janeiro de 1960, quando foi inaugurado com missa e bênção oficiadas por Dom Alexandre. A primeira Diretora do Hospital foi Irmã Angelina Rezende.
No ano de 1998, iniciou-se a construção do prédio novo que abriga as modernas instalações do Centro de Terapia Intensiva Adulto, Centro de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrico, Centro Administrativo e Anfiteatro Monsenhor Juvenal Arduini.
Hoje, além das várias fundações no Brasil, as Dominicanas de Monteils estão presentes em vários países: França, República Dominicana, Haiti, Peru, Ruanda, Coréia do Sul, Itália, Paraguai, Timor Leste, Romênia e Vietnã.
No seguimento de Jesus, a exemplo de São Domingos e na fidelidade ao espírito de sua fundadora Madre Anastasie, as Irmãs procuram manter o lema de “dedicação a serviço da vida”.
Fonte – Hospital e Maternidade São Domingos

CLÁUDIO SCAFF ZAIDAN É COMENTARISTA ESPORTIVO DO GRUPO BANDEIRANTES DE COMUNICAÇÃO

Cláudio Scaff Zaidan


Cláudio Scaff Zaidan é comentarista esportivo do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Zaidan nasceu no dia 08 de outubro de 1960, natural da cidade de Uberaba (MG), é casado e tem dois filhos. Considerado por muitos um dos mais completos jornalistas brasileiros da atualidade.

Cláudio Scaff Zaidanou com maestria a apuração da votação para presidente da República, entrevistando sociólogos, políticos e jornalistas.

Marcou época com o programa “Bandeirantes A Caminho do Sol”. Zaidan fez companhia a muitas pessoas durante as madrugadas brasileiras, tanto que o técnico Muricy Ramalho ficou emocionado ao conversar com o jornalista pela primeira vez durante um programa Terceiro Tempo da Rádio Bandeirantes. Ramalho disse que quando trabalhou no Inter de Porto Alegre, em 2007, não deixava de ouvir Zaidan durante as frias e solitárias madrugadas da capital gaúcha.

(Ednilson Valia)

CHICO, O AMIGO DOS ANIMAIS.

Chico Xavier



Todos aqueles que conhecem a vida de Chico Xavier, vêm observando, ao longo do tempo, o seu grande amor pelos animais.
Em sua casa, ele tinha dois cachorrinhos da raça pequinês, chamados Brinquinho e Fofa.
Brinquinho, apesar de encontrar-se cego e doente, acompanhava o Chico em todos os seus movimentos dentro de casa.
Enquanto o médium trabalhava, psicografando páginas e mais páginas dos Amigos Espirituais, Brinquinho permanecia debaixo da mesa, aos pés do dono, como se estivesse orando …
À chegada de alguém, ele latia ou aproximava-se mais de seu benfeitor, no intuito de protegê-lo
Brinquinho só faltava falar, pois Chico conversava muito com ele, e o mais espantoso é que ele compreendia tudo e respondia a seu modo.
No dia 12 de outubro, quando comemorávamos o Dia da Criança, ele partiu para o Mundo Espiritual.
Apesar de não se queixar, percebemos a dor do Chico, com a separação transitória do “grande amigo”, qual ele se referia sempre ao cachorrinho.
O amigo dos animais o enterrou no quintal de sua casa, bem próximo de seu quarto. Chico contou-nos um lindo fato sobre Brinquinho, evidenciando que ele era um cachorro diferente.
Em certa época, havia em sua casa uma gata que tinha dado à luz a muitos gatinhos. Eles, porém, eram muito pequeninos e tinham muita dificuldade de aproximarem-se da mãe, para mamar.
Brinquinho, então, conduzia-os ternamente, com a boca, até a “mamãe gata”, da mesma forma que ela procedia para carregá-los …
Ao recordar do amigo, os olhos de Chico brilhavam pelas lágrimas de saudades!
Fofa, a outra cachorrinha, que ainda permanece ao lado do médium, também sentiu muita falta de branquinha, e a cada dia apega-se mais ao seu grande protetor…
E. muitas vezes, ao distanciar-se dele, ela o chama, num som bem nítido: “Chi … Chi …”
Outro lado interessante do amor de Chico aos animais é o que acontece quando ele vai à Goiânia, nas vésperas do Natal, visitar os irmãos hansenianos na Colônia Santa Marta.
Como mensageiro da esperança, a sua presença é o melhor presente de Natal, como dizem os próprios doentes.
Mas, a chegada de Chico à Colônia é precedida de grande inquietação, não somente por parte dos amigos que lá residem, mas, sobretudo, por um cão…
Contam alguns amigos goianenses que este cachorro tinha uma doença na pele e estava destinado a ser sacrificado …
Ao vê-lo na Colônia, Chico aproximou-se, ajoelhou e abraçou-o.
Desde então, ele curou-se. Chico deu-lhe o nome de Menino.
Ele parece pressentir quando o amigo está para chegar, pois fica todo agitado, ganindo muito. Quando o carro que conduz Chico estaciona, Menino tenta soltar-se da coleira para ir ao seu encontro.
Ele que era um cão feroz, devido à erupção na pele, agora é dócil, principalmente com o seu grande amigo de Uberaba.
Os animais têm alma, e Chico é sensível a esta realidade, auscultando-lhe o psiquismo e, em sua vida de renúncia, eles lhe valem por grandes companheiros em suas horas de solidão.
[Do livro “Chico Xavier – Mediunidade e Ação”, escrito por Carlos Antônio Baccelli, de Uberaba, MG]
Márcia Q. Silva Baccelli
(Foto do acervo pessoal de Eurípedes Higino)

INAUGURAÇÃO DO ESTÁDIO MUNICIPAL ENGENHEIRO JOÃO GUIDO – UBERABÃO

Inauguração do Estádio Municipal Engenheiro João Guido – Uberabão 

Foto: Inauguração do Estádio Municipal Engenheiro João Guido – Uberabão – (Vila Olímpica – 1972)
Foto de J. Schroden
Histórico – Estádio Engenheiro João Guido (Uberabão)
“O Estádio Engenheiro João Guido, ou carinhosamente e popularmente conhecido como Uberabão, foi inaugurado em 10 de Junho de 1972, com toda a pompa e circunstância, tendo como jogo inicial, Seleção Brasileira principal (sem Pelé, que tinha se despedido da seleção, no ano anterior) X Seleção Brasileira olímpica. O resultado foi 2 a 1 para a seleção Brasileira principal. Rivelino fez o primeiro gol, Zé Carlos empatou para a seleção olímpica e Jairzinho deu números finais à partida.
O sonho de nossa cidade em possuir um estádio à altura de grandes jogos e espetáculos não se realizou do dia para a noite. Foram 10 anos para essa consolidação, começando por 1962, quando o presidente do Uberaba Sport Clube, Dr. Edgard Rodrigues da Cunha, adquiriu o terreno da antiga Chácara dos Pereiras e deu início à construção do campo esportivo que, em principio, seria destinado ao USC. Por falta de entendimento da diretoria, não se deu prosseguimento à obra. Em 1968, o prefeito João Guido se entusiasmou com o projeto, Dr. Edgard doou o terreno ao município e a obra foi retomada. A partir dessa doação, o estádio passava a ser municipal, sob responsabilidade da prefeitura.”
Couberam ao prefeito Arnaldo Rosa Prata a conclusão das obras e a inauguração do estádio.
“Até 1982, era o segundo maior estádio de Minas Gerais, porém perdemos esse posto com a construção do Estádio João Havelange/ Parque do Sabiá, em Uberlândia.
Nesses quase 37 anos, o futebol brasileiro mudou muito, os clubes do interior têm muitas dificuldades para montar grandes esquadrões e tanto o Uberaba Sport, quanto o Nacional se inserem nesse contexto, mas o Majestoso Uberabão está aí para ser o palco de grandes espetáculos futebolísticos.”
(Arquivo Público de Uberaba)

4º BATALHÃO DE CAÇADORES MINEIROS

         4º Batalhão de Caçadores Mineiros

A partir de 1926, quando inaugurado, o prédio localizado na Praça Frei Eugênio abrigou o Liceu de Artes e Ofícios e a Escola Normal. Em meados da década de 30, o imóvel que era mantido pelo Governo de Minas Gerais, foi transformado também em sede do 4º Batalhão de Caçadores Mineiros, que desde 1909 esteve situado na esquina da Rua Artur Machado com a Padre Zeferino. Dez anos após, o Governo Estadual doou as instalações ao SESI, Serviço Social da Indústria, que após reformas no imóvel inaugurado no século 20, o transformou em um Centro de Cultura. A construção foi adaptada para abrigar um teatro, salas de aula, biblioteca, além de uma galeria para exposições artísticas. No espaço são oferecidas programações culturais diversas para a comunidade local.
Foto: Autoria desconhecida
Fonte: Arquivo Público de Uberaba

FÓRUM MELO VIANA - UBERABA

Fórum Melo Viana - Década 1940




Foto: Autoria desconhecida



“ O Edifício do Fórum (hoje ‘Melo Vianna’) foi inaugurado em julho de 1916, edificado no local onde existiu o antigo Mercado Municipal.


Foi construído pelo saudoso e ilustre engenheiro uberabense Dr. José Maria dos Reis, sendo, então engenheiro do Estado, nesta circunscrição, o Sr. Dr. Nicodemos de Macedo […].


Era juiz de direito, na época, o Sr. Dr. Fernando de Melo Vianna.” (MENDONÇA, 1974)




(Arquivo Público de Uberaba)

REGINA HOTEL - UBERABA

Regina Hotel -  Década: 1960



Regina Hotel


Rua: Coronel Manoel Borges

Foto: Autoria desconhecida


Fonte: Arquivo Público de Uberaba

CÂMARA MUNICIPAL DE UBERABA

Câmara Municipal de Uberaba


Há quem diga que, à noite, o fantasma de Major Eustáquio faz ronda pelos corredores da Câmara Municipal. Lendas compõem o imaginário popular acerca da edificação política mais importante da cidade. O primeiro prédio, um sobrado de pau-a-pique e barro, foi construído por Capitão Domingos Silva, em 1836. Abrigou sessões do júri, colégios eleitorais e a primeira cadeia. Em 1917, deu lugar à belíssima arquitetura, restaurada em 1972.
Foto: Autoria desconhecida
Fonte: Arquivo Público de Uberaba

AEROPORTO DE UBERABA

Aeroporto de Uberaba -  Década: 1960


O Aeroporto de Uberaba teve sua inauguração na década de 1930. Em 23 de maio de 1935, através do Decreto Nº 660, passou a denominar-se Aeroporto Santos Dumont. A inauguração do aeródromo, hangar e bar, se deu em 16 de junho de 1935; contando com a presença do Frei Dom Luís Maria Santana, que procedeu a benção oficial do local e demais dependências. José Coelho, proprietário da carpintaria central, foi o construtor do hangar e do bar do Aeroporto Santos Dumont.
Em 29 de janeiro de 1937, o hangar foi reformado, em virtude do mesmo ter sido danificado por um forte tufão que passou pela cidade de Uberaba.
Por determinação do Decreto de Lei, Nº 3006, em 13 de junho de 1980, o Aeroporto Santos Dumont passou a denominar-se Aeroporto Mário de Almeida Franco.
A coordenação dos serviços de infraestrutura do aeroporto local ficam a cargo da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO).”
Nota: “Embora o aeroporto tenha recebido os nomes de Aeroporto ‘Santos Dumont’ e ‘Mário de Almeida Franco’; a INFRAERO, a quem pertence, o chama de ‘Aeroporto de Uberaba


Foto: Postal Colombo

Fonte: Arquivo Público de Uberaba

INÍCIO DA CONSTRUÇÃO DO ESTÁDIO ENG. JOÃO GUIDO - UBERABA

Uberabão - Década: 1960


Início da construção do Estádio eng. João Guido (Uberabão)
Foto: Autoria desconhecida
Fonte: Arquivo Público de Uberaba

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - Uberaba

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – Década: 1960


Foto Autoria desconhecida


A origem dos correios remonta à antiguidade. Na Grécia, civilização fecunda em mitos, havia deuses mensageiros representados por Íris e por Hermes. No Antigo Egito, bem antes de Cristo, os faraós já se comunicavam com diferentes pontos do Estado por meio do envio de mensagens, gravadas em cerâmica.

Em 550 a. C., na Pérsia, atual Irã, foi criado pelo rei Ciro, o Grande, um sistema de correios que interligava o imenso território ocupado. Aproximadamente setecentos anos depois, os chineses organizaram um correio monumental utilizando cerca de 400 carros, 50.000 cavalos e outros números grandiosos de animais (Wikipédia, Discovery Brasil).

Roma, no século I a. C., afixava diariamente na porta do Fórum a Acta Diurna, documento que continha informações políticas à população. Já por volta do ano 1150, na Universidade de Paris, segundo alguns historiadores, foi criado um correio destinado a incentivar a comunicação entre os estudantes e suas famílias. Em fins da Idade Média, em pleno Mercantilismo (XIV), a Liga Hanseática estabeleceu um correio entre as cidades pertencentes à aliança.

As comunicações entre “as terras brasileiras” e o Reino de Portugal remetem à chegada dos portugueses ao litoral da Bahia, em 1500, expressas por meio da carta de Pero Vaz de Caminha, enviada ao monarca de Portugal D. Manoel I, “O Venturoso”.

Durante o Período Colonial, todo o sistema postal entre Brasil e Portugal foi precário. Mesmo com a criação do Correio-Mor das Cartas do Mar, em 1673, havia sérios problemas de comunicação entre o reino português e sua colônia brasileira. Em 1808, com a vinda da Família Real, a elaboração do primeiro Regulamento Postal brasileiro e a criação dos Correios Interiores, essa situação foi abrandada. No Império, durante as regências de Pedro I e II, o sistema postal nacional tornou-se independente e surgiram administrações de correios nas capitais das províncias, dirigidas por seus próprios presidentes. Criou-se também o corpo de carteiros e de condutores de malas a domicílio, além de serem instaladas as primeiras caixas de coletas, inicialmente no Rio de Janeiro.

Uberaba, cidade localizada na região do Triângulo Mineiro, fundada nos primeiros anos da segunda década de 1800, por Major Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira, ligava-se à Vila de São Bento do Tamanduá, atual cidade de Itapecerica, por volta de 1831, por meio do “correio de comunicação” (PONTES, 1992, p. 47).

Iniciativa do Padre Antônio José da Silva, popularmente conhecido como Vigário Silva, a linha dos correios estava regulamentada nos “dispositivos do Art 25, cap. 4º do Regulamento Geral dos Correios, expedido em virtude do Decreto de 05 de março de 1829 da Câmara Municipal” (PONTES, 1992). Para executar o transporte das mensagens, foram contratados quatro estafetas que, como identificação, levavam no chapéu “uma chapa de figura oval amarela com a legenda – Correio de Uberaba”. Esses funcionários estavam autorizados a usar em suas viagens armas “ofensivas e defensivas”. As malas dos correios lacradas a cadeado eram fechadas com o selo representativo das armas do Império e só podiam ser abertas por autoridades ou figuras ilustres do Arraial (PONTES)

Em 1857, Uberaba já estava elevada à condição de cidade (1856) e uma das atas, de um dos Livros de Atas da Câmara Municipal (documento do acervo do Arquivo Público), apresenta um requerimento de Antônio Borges Sampaio, solicitando que o Legislativo ateste a sua conduta pública e particular em relação aos seus trabalhos de Curador Geral dos Órfãos, de Promotor de Capelas e Resíduos e de Agente do Correio.

Ainda no Império, em torno de 1860, segundo o mesmo livro, a cidade era contemplada com os serviços postais, ligando-a a diversas localidades do país como: Santos, Dores do Campo Formoso (Campo Florido), São Pedro do Uberabinha (Uberlândia), Casa Branca e Franca do Imperador (Franca).

O livro de Atas dos Correios (acervo APU) registra que a primeira Agência Postal uberabense data do século XIX, 1894, já na República, na gestão do Presidente Prudente de Morais e do Agente Executivo Gabriel Orlando Teixeira Junqueira. A agência uberabense, instalada solenemente, no recinto do Paço Municipal (PONTES, 1992) era subordinada à administração dos Correios de Ouro Preto, na época capital do estado de Minas Gerais.

Em 1931, essa agência foi transformada em Diretoria Regional dos Correios e Telégrafos e passou a funcionar na rua Artur Machado, antiga rua do Comércio, em um prédio de dois pavimentos (CONPHAU, Dossiê de Tombamento – Prédio dos Correios, 1999).

O serviço postal aéreo uberabense, também é de 1931. O primeiro avião-correio a pousar no campo do Jockey Club, pilotado pelo Tenente Lavannier chegou à cidade, às 12h45 min, do dia 20 de outubro, e foi efusivamente saudado por populares, autoridades, funcionários públicos, imprensa e a banda de música do 4º Batalhão (PONTES).

A vinda dos Correios para Uberaba, além de revelar a posição geográfica privilegiada da cidade, localizada no Brasil Central, refletiu a pujança econômica que o município vivia, como um importante entreposto comercial da região, expresso pela extensão da linha férrea da Mogiana que chegou a cidade, em 1889.

A Ata de inauguração da subadministração dos Correios, datada de 1894 e manuscrita por Antônio Borges Sampaio, registra que como subadministrador fora nomeado o Major Joaquim Rodrigues de Barcellos, ex-vereador da cidade, nas décadas de 1870 e 1880, e como carteiros Paulino de Sousa Alves e Joaquim Antônio Teixeira, além de outros funcionários da repartição.

Em 1944, na gestão do prefeito Carlos Martins Prates, a cidade vivia um novo ciclo econômico, representado pela vinda de indústrias para o município, a ampliação de avenidas, a criação das escolas Uberaba e Minas Gerais, a construção do Matadouro Municipal e do prédio da estação rodoviária, na praça Jorge Frange, além da remodelação da rede de distribuição elétrica.

É nesse contexto de franco desenvolvimento, aliado ao trabalho do deputado João Henrique Sampaio Vieira da Silva, representante político da região, no Legislativo Estadual, que se fomentou uma política para a construção do novo prédio dos correios (jornal Lavoura e Comércio) e, em 06 de dezembro de 1944, foi lançada a pedra fundamental da nova edificação, localizada à praça Dr Henrique Kruger, nº33. O novo prédio, uma obra em estilo arquitetônico moderno, dos anos 40, foi tombado, em 1990, e ratificada pelo Decreto 1900, de 19 de agosto de 1999, por meio do Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico de Uberaba – CONPHAU.

Inaugurada em 17 de dezembro de 1955, na gestão do prefeito Artur de Melo Teixeira e no governo do Presidente Eurico Gaspar Dutra, desse período até a contemporaneidade, a edificação passou por várias reformas, a última em 2009.


Cíntia Gomide Tosta

ANTIGO PONTO DE ÔNIBUS COLETIVO - UBERABA

Ponto de ônibus coletivo

Década de 1970


Antigo ponto de ônibus coletivo. Atrás da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.



Foto: Autoria desconhecida


Fonte: Arquivo Público de Uberaba

Edelweiss Teixeira

Edelweiss Teixeira
Edelweiss Teixeira nasceu em Pouso Alegre, MG, em 1909, mudando-se logo depois para Belo Horizonte.
Em 1943, transferiu-se para o Triângulo Mineiro, onde casou-se com Inês Resende Teixeira e teve seis filhos.
Era formado em medicina, odontologia, música e regência em canto orfeônico.
Foi professor, inspetor de ensino e reitor, folclorista, poeta, historiador e botânico.
Além da educação e da pesquisa histórica – suas mais puras paixões – com a Fundação do Instituto de Folclore do Brasil Central, ele resgatou a história do folclore do Triângulo Mineiro, recuperando todas as nossas manifestações culturais e despertando o nosso povo para a valorização de cada data festiva, danças, etc, além de ter deixado várias obras inéditas, preparadas para publicação. Foi membro dos Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de São Paulo, da Comissão Mineira de Folclore e da Academia de Letras do Triângulo Mineiro, onde ocupou a Cadeira nº 32.
Publicou desde 1940, trabalhos na área de historiografia e folclore de Minas gerais.
Edelweiss Teixeira faleceu em 1986.
Fonte: Paolinelli, Sônia Maria Rezende. Coletânea Biográfica de Escritores Uberabenses. Uberaba (MG): Sociedade Amigos da Biblioteca Pública Municipal “Bernardo Guimarães”, 2009. 72 p
Fonte: Paolinelli, Sônia Maria Rezende. Coletânea Biográfica de Escritores Uberabenses. Uberaba (MG): Sociedade Amigos da Biblioteca Pública Municipal “Bernardo Guimarães”, 2009. 72 p

José Soares Bilharinho


José Soares Bilharinho

José Soares Bilharinho nasceu em Uberaba (MG), em 13/12/1918.
Era filho de Jaime Soares Bilharinho, vice-cônsul espanhol para o Triângulo Mineiro e Goiás, e de Luíza de Oliveira Bilharinho.
Aos sete anos de idade, foi estudar na Escola Particular de Dona Maria Áurea de Faria, na Rua Manoel Borges, onde cursou os dois primeiros anos. 
Alfabetizado, foi para o Colégio Marista Diocesano, onde permaneceu até a quinta série ginasial. Por ser um excelente aluno, aos oito anos foi colocado para dar aulas de reforço aos próprios colegas que chegavam de Goiás com pouca base.
Aos 17 anos, foi para Belo Horizonte para fazer o vestibular de Medicina. Porém, o Presidente da República, Getúlio Vargas, fez uma reforma de ensino, obrigando a todos os candidatos a Universidade fazerem dois anos de um curso chamado Pré-Universitário ou Curso Complementar. Após os dois anos, fez o vestibular, passando em 1º lugar e ingressando na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.
Na Faculdade, foi monitor de Biofísica e apresentou uma pesquisa científica muito elogiada, sobre “Medição da Iluminação Artificial em Bibliotecas e Residências de Belo Horizonte”.
Dotado de uma excelente memória, principalmente para línguas, Dr. José Soares Bilharinho uma vez citou, numa prova de Histologia, o nome e parecer de 15 autores estrangeiros diferentes.
Foi o fundador do Centro Acadêmico Carlos Chagas, sendo seu primeiro presidente.
Fez pós-graduação no Rio de Janeiro, em Cirurgia Geral e Ginecologia.
Em 1943, voltou a residir em Uberaba. Em 1945, fundou o Hospital São Lucas, hoje Hospital São Paulo. Nele, instalou sua suíte particular e seu consultório. Operava e atendia 24 horas por dia. Apenas cerca de 30% dos clientes eram particulares. Os outros eram pessoas que não podiam pagar e ele os atendia com o maior zelo e dedicação, sem diferenciação. Chegou a atravessar o Rio Grande em balsas e caminhar léguas, para socorrer doentes ou fazer partos. Foi diretor do hospital por 20 anos.
Fez cursos de aperfeiçoamento em cirurgia nos Estados Unidos da América e na Argentina.
Foi diretor técnico da Fundação Frei Eugênio, um dos fundadores da FMTM (Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro), onde também lecionou, e presidente da comissão da fundação da UNIMED. Foi membro do Colégio Internacional de Cirurgiões e da Academia Mineira de Medicina, sócio da Associação Médica Brasileira, sócio honorário e ex-governador do Rotary.
De 1950 a 1954 foi vereador. Nesse período, começou a se dedicar à leitura sobre Administração Pública. Montou uma vasta biblioteca sobre o assunto e começou a escrever um trabalho denominado ”Planejamento Geral dos Serviços Administrativos Municipais”. Em 1954, o IBGE lançou um concurso nacional de monografias sobre administração municipal. Ele se inscreveu e mandou os originais. A seleção e premiação dos trabalhos eram feitas pela Fundação Getúlio Vargas. Tirou o primeiro lugar e, como prêmio, teve a publicação e a distribuição de seu trabalho pelo país inteiro.
Em 1966, casou-se com Joana Bilharinho, com quem teve um filho, Marcelo Franco Bilharinho, também médico em Uberaba.
Em 1971, foi empossado na Academia de Letras do Triângulo Mineiro como Membro Fundador, ocupando a cadeira nº 38. Exerceu o cargo de presidente da Academia por 6 anos.
Publicou os livros “O Rotary em Ação”, “Elogio de Clementino Fraga” e “História da Medicina em Uberaba”.
Este último foi motivado pela sua preocupação em registrar a história da Medicina em Uberaba. Fez uma paciente e difícil pesquisa nos jornais locais durante doze anos, ouviu histórias e anotou experiências, resultando em nove volumes da “História da Medicina em Uberaba”, tendo editado três volumes. O Arquivo Público de Uberaba publicou os volumes 4 e 5, em 1993 e 1995, respectivamente, dando continuidade aos três volumes que haviam sido publicados anteriormente.
Entre seus trabalhos, estão vários artigos em revistas médicas, outras revistas e jornais, conferências, palestras e temas livres em Congressos, discursos e entrevistas.
Brilhante médico e cidadão, faleceu em 01/12/1993, aos 75 anos, no momento em que Uberaba se preparava para lhe prestar uma homenagem pelo seu cinqüentenário de formatura e dedicação à medicina.
Fonte: Edição Especial do Arquivo Público de Uberaba, Ano IV, nº 01. Acervo Cultural de Uberaba, 1993.
BRAGANÇA, Décio. O Pensamento Vivo de José Soares Bilharinho. Jornal da Manhã, Uberaba (MG), 24 out. 1993. Coluna Encontros.
PAOLINELLI, Sônia Maria Rezende. Coletânea Biográfica de Escritores Uberabenses. Uberaba (MG): Sociedade Amigos da Biblioteca Pública Municipal “Bernardo Guimarães”, 2009. 122 p

Monsenhor Juvenal Arduini

Monsenhor Juvenal Arduini

Juvenal Arduini nasceu em Conquista (MG), em 28 de novemro de 1918, filho de José Arduini e Antónia Ângela Bizzinotto.
Fez o curso primário em escolas rurais e era neste meio que vivia e trabalhava com a família. Em 1932, Juvenal Arduini deixou Conquista e veio para Uberaba estudar. Permaneceu em Uberaba por cinco anos estudando no Seminário São José e no Colégio Diocesano.
Em 1937, foi para Belo Horizonte a fim de fazer o curso de Filosofia e Teologia no Seminário do Coração Eucarístico de Jesus, onde fez sua primeira pregação, em maio de 1939.
Foi ordenado padre por Dom Alexandre Gonçalves do Amaral, na Catedral de Uberaba, em 8 de dezembro de 1942 e celebrou sua primeira missa solene em Conquista.
Juvenal Arduini dedicou sua vida à juventude, primeiro no Seminário São José e no Colégio Diocesano e, depois, nas Faculdades por onde lecionou em Uberaba. Pela sua dedicação aos jovens, foi agraciado com o título de Monsenhor.
Foi Reitor do Seminário São José, fundou o Instituto Superior de Cultura e a Academia de Letras do Triângulo Mineiro, onde ocupa a Cadeira n9 5.
Participou da criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santo Tomás de Aquino, foi professor fundador da Faculdade de Medicina, da Faculdade de Ciências Econômicas, da Faculdade de Zootecnia, além de passar pela Faculdade de Enfermagem Frei Eugênio e pela Universidade de Uberaba.
É membro efetivo das seguintes associações: Societá Internazionale Tommaso d’Aquino, de Roma; International Society for Metaphysics, de Washington; World Phenomenology Institute, USA; Associación Católica Interamericana de Filosofia; Sociedade Brasileira de Filósofos Católicos e Associação Profissional dos Escritores do Estado de Minas Gerais. Começou a escrever artigos quando era estudante de filosofia e tornou-se escritor, fazendo imprimir suas idéias, reflexões, conhecimentos e experiências de ver e de viver. Publicou várias obras, além de artigos em revistas e jornais.
Ao lado de intensa atividade intelectual, pedagógica e pastoral, trabalha com os doentes dos hospitais e busca o recolhimento na oração.
Paolinelli, Sônia Maria Rezende. Coletânea Biográfica de Escritores Uberabenses. Uberaba (MG): Sociedade Amigos da Biblioteca Pública Municipal “Bernardo Guimarães”, 2009. 124 p

JOSÉ MENDONÇA


Dr.José Mendonça


Nasceu José Mendonça aos 19 de março de 1904, em Uberaba (MG), na Ladeira Brasil, hoje Rua Segismundo Mendes, casa número 42, então propriedade de sua tia e madrinha Ana Joaquina da Silva.

Seus pais, Mário de Mendonça Bueno de Azevedo e Tertuliana Cristina de Azevedo, casaram-se em Patrocínio (MG), onde ele exerceu a profissão de Promotor. Advogado provisionado, transferiu-se para Uberaba, exercendo aqui a profissão por mais de vinte anos.

Mário de Mendonça Bueno de Azevedo era natural de Cristina (MG). Era de nobre e distinta ascendência. Por parte de sua mãe, D. Júlia Drummond Furtado de Mendonça, descendia diretamente da preclara família Drummond, da Escócia, que deu reis ao país e pertencia a sua alta nobreza. Um dos seus membros veio para a Ilha da Madeira, onde se casou na família Furtado de Mendonça, uma das mais antigas e ilustres da Espanha e de Portugal, da qual provieram prelados, magistrados, homens de guerra, políticos, administradores, professores, homens de ciência, jornalistas. E estão no Brasil há mais de quatro séculos.

Pelo lado de seu pai, Francisco de Paula Bueno de Azevedo – administrador dos Correios de Minas, em Ouro Preto, pertencia Mário de Mendonça Bueno de Azevedo, aos Buenos, intrépidos bandeirantes paulistas, do tronco de Amador Bueno.

Entre os mais próximos parentes de Francisco de Paula Bueno de Azevedo, podemos citar Hipólito José da Costa Furtado de Mendonça, o fundador do famoso “Correio Brasiliense”, que se editou em Londres, para pugnar pela causa da nossa independência; os seus tios Lúcio de Mendonça, fundador da Academia Brasileira de Letras e Ministro do Supremo Tribunal; Salvador de Mendonça, também da Academia e nosso embaixador em Washington, os seus primos Jorge de Mendonça, conhecido pintor, Carlos Sussekind de Mendonça e Frederico Sussekind de Mendonça, professores e magistrados no Rio de Janeiro.

Tertuliana Cristina de Azevedo era de humilde família de Patrocínio, no Triângulo Mineiro – Marques Ferreira. Entre os parentes de Tertuliana Cristina, podemos citar os Drs. José Maria dos Reis e Fidélis Reis (filhos da tia avó Escolástica Marques Ferreira e do denodado bandeirante Fidélis Gonçalves dos Reis); Dom Almir Marques Ferreira, bispo; Frei Henrique Marques da Silva, dominicano; Dr. Obregon de Carvalho, professor de direito em Belo Horizonte; Cel. Emídio Marques Ferreira, advogado e uma das mais ilustres personalidades do Triângulo Mineiro e Desidério de Melo, que foi famoso jornalista e deputado estadual por esta região.

Jose Mendonça frequentou a escola do professor Joaquim Flávio de Lima, na praça Comendador Quintino e o Grupo Escolar Brasil.

Concluiu o curso primário na escola de D. Maria Áurea de Faria.

Em 1913, foi estudar no Ginásio Diocesano. Em 1920 e 1921 em São Paulo, no Ginásio Osvaldo Cruz, preparou-se para o ensino superior.

Em 1922, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, concluindo o curso em 1926.
Foi sócio Fundador da Academia de Letras da Faculdade e, foi sempre, representante da turma no diretório acadêmico.
Casou-se em 1930 com Maria Cunha Campos, tendo quatro filhos.

Iniciou sua carreira de advogado na cidade do Prata (MG), transferindo-se para Uberaba após 4 anos (1930), onde atuou com presteza como advogado e jurista, professor, historiador, jornalista, crítico literário, escritor, político, músico e servidor da comunidade.

Deixou duas obras inéditas: História das Américas e Ação Declaratória.

José Mendonça era irmão de Lúcio Mendonça de Azevedo, advogado, escritor e letrista que empresta seu nome ao “Palácio da Cultura Dr. Lúcio Mendonça de Azevedo.

Integrava na singular personalidade de Dr. José Mendonça a sabedoria do coração e da mente. Era dotado de inteligência rara, cultura incomum e alma extremamente sensível, que empregava na realização dos valores que considerava essenciais, como o trabalho, a retidão, a justiça individual e social, a promoção do homem e do meio social em que vive, o aperfeiçoamento pessoal, a humildade, a bondade, o desapego aos bens materiais, a solidariedade e o espírito de serviço.
Revelou toda a imensa sensibilidade de sua alma, ao escrever: “Só têm êxito, realmente, só triunfam na vida, os que são úteis aos seus semelhantes, os que contribuem pelo seu trabalho, pelos seus esforços, por sua generosidade, pelo seu idealismo, para a felicidade e o bom estar do seu próximo, os que cooperam para o aprimoramento espiritual, moral e material da humanidade, os que lutam pela paz, pela fraternidade, pelo direito, pela justiça. Assim, maior êxito tem o que mais serve. Só não vive em vão aquele que é útil ao seu próximo e à humanidade. Os homens mais nobres, os que em verdade vencem nesta vida, são os bons servidores.”

Sempre foi imparcial nos julgamentos e apreciações que fazia. Sua cultura histórica e seu discernimento crítico permitiam-lhe enxergar e sentir os fatos além das simples aparências e exterioridades, pelo que nunca adotou a posição cômoda das generalizações fáceis e precipitadas, considerando o mundo de sua época simplesmente atrasado ou avançado, bom ou ruim. Distinguindo o certo e o errado, aplaudia e estimulava o primeiro, condenava e censurava o segundo. Mas, dotado do profundo espírito construtivo, suas censuras e condenações eram invariavelmente acompanhadas de apelos e sugestões práticas, visando o abandono do erro, a correção das falhas, a mudança de idéias e de atitudes que estavam a comprometer o progresso e o bem estar da humanidade.

Apresentava inúmeras soluções, dependendo do setor de atividade que estava a examinar, o que torna impossível até mesmo a sua simples enumeração. Possível, contudo, apontar uma de suas sugestões básicas, um dos pontos de partida que reputava essencial na árdua caminhada dos homens em busca da paz e da felicidade.

Empolgado com a criação, na época, da Comunidade Européia do “Carvão e do Aço”, do “Mercado Comum”, e do “Euraton”, previa, a partir daí, a formação de “uma só Europa” e acenava, com esse acontecimento histórico, para que todos os povos lutassem sem trégua, sem descanso, obstinadamente, em busca da organização de “um mundo só”.
Muito escreveu sobre este ideal, enfatizando certa vez:

“E, porque não teremos também um mundo só? Hoje, as comunicações econômicas, sociais, culturais entre todos os povos são tão intensas e se fazem com tanta celeridade, que já podemos dizer que constituímos uma única família, a família humana. Por isso, as fronteiras deverão ser consideradas como comunicações e indicações de divisões administrativas. Não devem separar povos que não se compreendem, que não se auxiliem mutuamente, que tenham prevenções uns dos outros, que não se amam.

Como constituir “um mundo só”?

Todos os países abdicarão parte da sua soberania para a organização de um “Governo Mundial” que assegure a paz entre os povos, que resolva, em última instância, as divergências entre as nações, que promova a cooperação de todos, nos domínios da inteligência, da cultura, do trabalho, da economia. Esse “Governo Mundial” conseguirá, sem dúvida, transformar a terra num planeta livre de ódios, de intranqüilidades, de terrores, de angústia. Banirá a guerra, definitivamente.”
Amava a vida e satisfazia-se com pouco. Era trabalhador incansável, que pouquíssimas vezes saiu de férias, pequenas viagens pelo interior ou ao Rio de Janeiro e a São Paulo.

Alegre, expansivo, comunicativo, mas dentro dos limites da sobriedade.

Eram-lhe essenciais o convívio diuturno com sua esposa, que sempre teve como parte integrante e indissociável dele, o contato permanente com os filhos, o remanso do lar e a leitura.

Causavam-lhe viva alegria os encontros com os amigos que eram muitos. Apreciava a boa mesa e o bom vinho. Em tudo, era um simples.

Faleceu no dia 04 de junho de 1968, aos 64 anos de idade, em conseqüência de um enfarte do miocárdio.
Silenciou José Mendonça, mas permaneceu na saudade e no reconhecimento daqueles que o conheceram.
Foi um simples, humilde, teve o coração puro, possuiu a terra e chegou a Deus.


Fonte: Paolinelli, Sônia Maria Rezende. Coletânea Biográfica de Escritores Uberabenses. Uberaba (MG): Sociedade Amigos da Biblioteca Pública Municipal “Bernardo Guimarães”, 2009. 121 p

PRIMEIRA SEDE DA SOCIEDADE RURAL DO TRIÂNGULO MINEIRO (SRTM), SITUADA À RUA SÃO SEBASTIÃO

Primeira sede da Sociedade Rural do Triângulo Mineiro

Primeira sede da Sociedade Rural do Triângulo Mineiro (SRTM), situada à Rua São Sebastião.
Funcionou entre 1934 a 1941
Em maio de 1929 foi eleita a última gestão da diretoria da AHZ – Primeira sede da Sociedade Rural do Triângulo Mineiro (SRTM), situada à Rua São Sebastião.
Fonte: Museu do Zebu