domingo, 5 de março de 2017

História do hino do Uberaba Sport Clube

O hino do Uberaba Sport Club, famoso pela composição e melodia, foi criado, originalmente, para ser a marcha da cidade de Uberaba. Em pesquisa realizada pelo Professor Carlos Pedroso, este apresenta um histórico sobre os autores o hino do USC. Composto por Lourival Balduíno do Carmo, o hino tem melodia de Rigoleto de Martino. Conforme o pesquisador o autor da letra era barbeiro de luxo e trabalhava no início da Rua Artur Machado. Músico e poeta, ele tinha por costume se vestir muito bem, daí surgiu o apelido de Barão. Era poeta e músico autodidata. Após cinco anos de casamento, este nobre cidadão acabou enveredando para o alcoolismo. Perdeu tudo que tinha. Na pesquisa, Pedroso conta um diálogo entre De Martino e Barão. Lourival Balduíno certa vez afirmou ao maestro: "Eu ainda vou pôr letra de futebol nessa sua marcha de Uberaba". De Martino respondeu: "Eu não acredito. Conheço a sua capacidade de fazer versos livres, quase como trovas. Mas letra de marcha hinária você nunca terá capacidade de compor". Certa manhã, o Barão levou a De Martino a letra e profetizou: "Sua marcha de Uberaba, daqui por diante, vai ser mais conhecida como o hino do USC".Jornal da Manhã, de Uberaba-MG, em 15/07/1999.

Composto por Lourival Balduíno do Carmo(Barão) e melodia de Rigoleto de Martino

 Tenho fulgente história.
Até os deuses já cantam minha glória!
Sou o valente campeão
Que de Uberaba possuo o coração.
Sempre leal e forte,
Sou o denodado Uberaba Sport,
O astro rei, brilhante sol,
A potestade mor do futebol.
Meus jogadores lutam sempre com afeição
Em prol do belo alvi-rubro pavilhão
Nada os retém em seu fervor
Acometendo com ardil e valor.
Em campo altivos, briosos, viris,
Sempre triunfam nas pugnas febris.
Seus peitos tremem de santo ardor
E a glória os beija num lance de amor…
Nobre e liberal,
Meu time não tem rival!
É vencer a sua divisa ideal.
Tem vitórias mil:
É a glória do Brasil!
Ah! Valente Sport
Tão alvejado e sempre forte!
Aleguá!…guá!…guá…Urrah!…Urrah!
Salve! Ó campeão
Da Princesa do Sertão!

Títulos
Campeonato Mineiro da Segunda Divisão:2003 - Campeão.
Campeonato Mineiro da Segunda Divisão: 2007- Vice-campeão.
Taça Minas Gerais: 1980 - Campeão.
Torneio de Acesso ao Campeonato Brasileiro: 1986 - Campeão.
Torneio Santos Dumont: 1974 - Campeão.
Taça Minas Gerais: 2006 - Vice Campeão.
Competições Oficiais
Taça Minas Gerais: 2009 - Campeão.
O uberaba no campeonato mineiro
Hino

sábado, 4 de março de 2017

SAUDADE EU TENHO...

Ao correr dos muitos anos que falei e comentei sobre o carnaval da terrinha, era sempre a mesma história: os bailes de gala do Jockey Clube, “ o Municipal uberabense”, na ótica do meu inesquecível amigo-irmão, Ataliba Guaritá Neto (Netinho)nas páginas do falecido “Lavoura e Comércio”, retratando a beleza das fantasias individuais e o bom gosto dos blocos das mocinha jockeanas, o carnaval do Sirio-Libanês, “arrebentando” de alegria e as “meninas da colônia”, ricamente fantasiadas de odaliscas , com o Michel Abud, comandando a festa; o Uberaba Tenis, com foliões esfusiantes e alegria em alta escala e a “batuta” do Ennio Bruno, Olimpio Capucci, Maurinho Bartonelli. Na Associação Esportiva Cultural, o Romeu Meneghello e o Edmundo Nogueira , comandavam a onda carnavalesca, enquanto que o Elite Clube, mostrava a beleza e a exuberância da raça negra e a liderança sempre gentil do saudoso e eterno presidente, Oliveiro Neri. O Lange, na Associação Musical, embora mais simples, bem popular, realizava bailes super animados. Quem tinha dinheiro, entrava e dançava; quem não tinha... pulava também !

Nas ruas e avenidas da sagrada terrinha, as escolas de samba ditavam o ritmo frenético da mais autêntica festa popular brasileira. Osvaldo Leal, Geraldo “Miquete”, dirigiam o Grêmio Recreativo; Marambaia e Marlene, “mestre-sala” e “porta-bandeira”,Romeu, o “capitão”, Marilda e Mariza, as “irmãs Marinho” uberabense, dançavam, leves e soltas, como escreviam e descreviam Jorge Zaidan e Joel Lóes, na Difusora e Correio Católico”.O “Bando da Lua”, era grupo pequeno, escola modesta, mas, o “batuque” do Geraldo Brecha , era insuperável conforme eu narrava na rádio Difusora. O”Unidos da Vila”, nunca faltava com um casal deslumbrante, Pereira e Alzira. Nos “Bambas do Fabricio”,antes até das escolas aparecerem, o “cordão” estava nas ruas, aberto pelos “balisas”Jairo Santana e “Capitão Galdino”e duas passistas fenomenais, Cleia e Yone Santana. Depois,anos depois, a alegria de Nelson Garcia, Nenê “Chaparral”, Fátima “Gelatina”, “Nego Léo” e firmeza dos fundadores “ Bambas”, a família Spiridião, fabriciana de quatro costados...E o passista “Chita”? Lembram-se ? “Águias”, do aeroporto, durou pouco. Louve-se os esforços dos sargentos Eustáquio Rocha, Pinheiro e Reis. Valeu ! Assim como o esforço da filha do eterno ídolo do Uberaba, Juca Pato, com a sua escola do alto d”Abadia. Lutou até a morte,pela sobrevivência do samba no bairro.

Na alegria descompromissada do carnaval, lembrei-lhes outro dia do “Zé Pereira” e a “entrada dos roceiros”. Mas, o momento de delírio das ruas da terrinha, era o “desfile” da “Maria Giriza”.Essa sim, era ansiosamente aguardada com mais de mil foliões mascarados,levando alegria pelas ruas da cidade. Desde os tempos do “maestro Submarino”, depois, durante anos, pelo Dico e, mais recentemente, com o Gomes “Macaco”, só não veio às ruas, este ano, com o som inconfundível do bumbo, “marcando”a algazarra dos foliões...

Sinto falta dessa turma. De clubes e das ruas. Acabou tudo. Desculpe o mau jeito pela lembrança. Faltam os Osvaldo Leal, Pereira, Nelson Garcia, Nenê”Chaparral”,Yone Santana,Luzia,Lindor,”Beth Furacão”,Zé Brevez,Barranco,Cidinha,”Gelatina”,Zinego, a família Spiridião,homens e mulheres que fizeram o nosso carnaval de rua. Sem esquecer o Zito Sabino,Laerte Borges,Rossetti,Geraldo Glostora, Docinho, Salim e Maurinho Abud, Aniz Abdalla,Jayme Moisés, Abrãozinho Árabe,Edmundo Nogueira, Brasil Miziara,Lico Marquez,Saldanha Marinho, que, nos seus clubes, sabiam “fazer “ carnaval...

Saudade eu tenho das quilométricas filas que se formavam na Vigário Silva, “virando” a Segismundo Mendes, na ânsia de ver as “amostras” das fotos do Prieto,durante o carnaval dos clubes e das ruas...
Xi, turma, essas lembranças tem mais de 40 anos, desculpe-me...
Hoje, as cinzas da quarta-feira, cimentam as vias públicas da santa terrinha, cujos dirigentes, sepultaram o nosso carnaval...


Luiz Gonzaga de Oliveira

O ANIVERSÁRIO (?) DE UBERABA

2 de maio, durante muitos anos, professoras e professores municipais ensinaram que era o dia de aniversário de fundação de Uberaba. Dia em que o pequeno povoado da “Farinha Podre” foi elevado à categoria de cidade. Aliás, os professores(as) das escolas primárias da terrinha jamais ousaram contestar nenhum dos nossos eminentes historiadores a repensar que a data não fosse verdadeira. Era 2 de maio e estamos conversados...

Em 1956, a cidade promoveu grandes festejos que duraram, exatamente, 7 dias para e comemorar o “centenário de Uberaba”, na administração do então prefeito Artur de Melo Teixeira. Formou-se uma íntegra comissão de figuras probas da sociedade uberabense para de forma pomposa, pudesse realizar uma série de programações com o fito, único e exclusivo, de comemorar “tão grata efeméride”, segundo os jornais da época...

O saudoso professor e poeta, Lúcio Mendonça de Azevedo,encarregado de escrever a letra do hino do centenário da cidade, maestro João Vilaça Júnior, incumbido de dar-lhe a corporificação musical; o professor Ervin Puhler , ficou responsável pela criação do “Museu de Uberaba”, entre tantas e tantas solenidades programadas.

Preocuparam-se os promotores do grandioso evento, encontrar alguma fotografia do major Eustáquio da Silva e Oliveira, fundador da cidade para que um busto fosse erguido na principal praça da terrinha, a Rui Barbosa e perpetuar, desta forma, a memória do bravo fundador da terrinha, Uberaba que, em tupi-guarani, quer dizer “águas claras e límpidas”.

Procura-se daqui, procura-se dalí, procura-se acolá e nada de encontrar uma foto do major. Recorreu-se a comissão de festas em vasculhar as igrejas da cidade e região e... nada!Cartórios foram acionados, pesquisados e... nada! Arquivos públicos? Que nada! Nem leve vestígio...Dia 2 de maio de 1956 chegando e como fazer o busto sem nenhum indicativo de como era a “figura do pai d a cidade”?

Malando, boêmio, “bom-vivant”, inteligente que era, uberabense nato, aconteceu o famoso “jeitinho”brasileiro. Dizem os historiadores, pesquisadores, curiosos e até os de “má língua”, que o artista plástico, Ovídio Fernandes, encarregado e contratado para a confecção do busto, teve a “genial idéia”... já que ninguém conhecia nem a foto do major, pediu ao seu amigo, colega de madrugadas, bom pintor de paredes e, nas horas vagas, árbitro de futebol, João de Melo, posasse para ele,de “chapéu bico comprido” e uma farda arranjada a última hora, ficasse estático uma tarde inteira para que pudesse pintá-lo. Ovídio, começou bem cedinho a sua tarefa. Encerrada a”Ave Maria”, o retrato estava “pronto e acabado”. Daí para a forma do busto o tempo foi recorde. No dia 2 de maio de 1956, era inaugurado o “busto de Major Eustáquio”, na praça Rui Barbosa, com todas autoridades municipais presentes, a banda do 4º.Batalhão executando marchas, dobrados e os estudantes as escolas municipais, cantando o hino da cidade! O busto de major Eustáquio, era a”cara” do João de Melo!

Passados quase meio século, vem um “engraçadinho” (que de engraçado não tem nada ), afirmando que a data de aniversário de Uberaba, não era 2 de maio e sim, 2 de março...mudou-se tudo em nome da Exposição de Zebu...


Luiz Gonzaga de Oliveira

O ANIVERSÁRIO (?) DE UBERABA - II

Sérgio Porto, o extraordinário “Stanislau Ponte Preta”, carioca da gema, foi, sem dúvida, o mais irreverente dos cronistas mundanos do Brasil. Escrevendo suas crônicas nos mais importantes jornais do País ( revistas, também..)era o “ malandro” dos cariocas praianos...Gozador emérito, fino e esculachado humor, tudo de esdrúxulo que acontecia no diário guanabarino, ele inseria nas gloriosas páginas dos jornais onde era contratado. Aliás, diáriamente, em qualquer parte do mundo, sempre acontecem as “mancadas”, situações incômodas que até Deus duvida. Tenho comigo que Sérgio Porto, melhor dizendo, Stanislau Ponte Preta, bem que poderia ter nascido em Uberaba, a nossa querida e amada terrinha.Os”causos” que se conhecem na terrinha, são dignas de figurar em qualquer “guinness-book” do mundo! As disparidades incontáveis o cidadão custa a acreditar, acontece.

Toda semana a cidade é pródiga em noticias sensacionais, algumas “cabeludas” até, a começar pelo aniversário de fundação, isto é, dia que o povoado foi guinado a condição de CIDADE ! Desde os tempos saudosos da escola da dona Henriqueta do Rosário, no Cassú,depois a escolinha “Santo Antônio”, grupo “Minas Gerais”,da dona Esmeralda Bunazar, comemorava-se ,no dia 2 de maio, o aniversário de fundação de Uberaba. Sempre li e ouvi e a história conta que o major Eustáquio, ao “baixar” sua barraca nos rincões e férteis terras da “Farinha Podre”, o fizera no comecinho de maio e escolhera o dia 2, como marco de fundação do lugarejo. No Colégio Marista Diocesano, depois na Escola de Comércio”José Bonifácio” e já na Faculdade de Direito do Mário Palmério, continuei sabendo e comemorando o 2 de maio como a data de aniversário da terrinha.. Em 1956, escrevi ontem, a “festança” foi geral. Artur Teixeira ,prefeito, Lúcio Mendonça, escrevendo o hino do centenário, Vilaça Jr,colocando música nele, Erwin Puhler, criando o “Museu de Uberaba” que, até hoje, não sei onde está instalado, banda de música do Batalhão, coro vocal, comandado pela prof.Arahilda Gomes, colégios e escolas municipais desfilando, o povão na praça e a alegria geral! De repente, não mais que de repente, começa a “bagunça”:-“olha, está errada a data de fundação da cidade”. –“Num brinca?” Pois ´, “acharam” nos velhos alfarrábios, escondidos não se sabe onde, que a data, em verdade, é 13 de fevereiro de 1911,quando o Agente Executivo (o Prefeito daquela época),Felipe Achê, “achou” de comemorar a nova data de “criação do distrito”.Depois veio o 22 de fevereiro de 1836.Não parou aí. “Historiadores” mais jovens, “descobriram” outra data:2 de março de 1820, quando a currutela foi elevada à Prelazia, satisfazendo a Igreja Católica...

2 de maio”durou” até 1995.A “caciquelândia” que dominava a cidade à época , não perdeu tempo. A Câmara municipal sempre de joelhos ao Executivo, aprovou a mudança. Afinal, se já era feriado o 1º.de maio e dia 3 começa a Exposição de Zebu, normalmente com a presença das maiores autoridades do país, praquê, feriado dia 2? O “cacique” pediu e a plebe rude,aceitou! Poucos, como eu, gritaram pela tamanha maldade com a cidade...Não adiantou

Como no “Samba do Crioulo Doido”, do Stanislau Ponte Preta, onde a Princesa Isabel cortejou Tiradentes e a Leopoldina virou estação de trem”, em Uberaba, major Eustáquio desposou a Madre Superiora, o capitão Domingos namorou a Maria Carrapato, Borges Sampaio ficou de “olho” na Madre Tereza de Calcutá, a Mogiana passou a ser nome de praça, Frei Eugênio foi ser comandante do Batalhão ,Antenógenes Silva virou regente da orquestra municipal e Joubert de Carvalho, “entrou” no Seminário São José. Daí, nem Freud explica....


Luiz Gonzaga de Oliveira

RAZÕES DO ANIVERSÁRIO (?) DE UBERABA

Continuo a comentar a história do aniversário (?) de Uberaba. Se nem Sérgio Porto, o Stanislau Ponte Preta, conseguiria explicar, imagine se essa confusão de data do aniversário da sagrada terrinha caísse nas mãos de Freud...

Tenho certeza que Freud, na sua mordaz e irônica inteligência, riria de orelha a orelha das trapalhadas e das grandes besteiras cometidas em nome de uma cidade, em outros e saudosos tempos, a principal do Triângulo Mineiro que os ufanistas costumavam catalogar e até escrever, “Mesopotâmia brasileira”. Uberaba, a bem da verdade e atirem a primeira pedra aqueles que não acreditam, era a cidade mais importante no longo caminho percorrido por Bartolomeu Bueno de Gusmão, que os índios na metade do século XIX, chamavam de “Anhanguera”, empunhando com sua comitiva, suas bandeiras saídas dos rincões paulistas à busca do ouro nos sertões inexplorados de Goiás. Uberaba, nessa faixa extensa de terra que começara nas barrancas do Tietê, iria encontrar às margens do Xingú, apesar de todos os percalços a obstacular o caminhos dos “bandeirantes” à procura do ouro, esmeraldas e outras pedras preciosas, aqui no sertão da “Farinha Podre”, fincaram as primeiras raízes de uma civilização que surgiria próspera e altamente bem sucedida...

Verdade histórica seja dita, ninguém em sã consciência, pode precisar a verdadeira data de instalação da primeira Prelazia nessas bandas, com índios, mamelucos, padres e “bandeirantes”. O que se supõe, era uma imprecisão de datas a que todos estavam acostumados. Nada mais que isso..O que causa espanto é querer, respeitando, galhardamente, os historiadores ( do passado e do presente),precisar datas históricas ao bel-prazer dos acontecimentos que o tempo registra.

A vila do “Desemboque”, cantada e decantada em verso e prosa, foi fonte inesgotável do marco da nossa civilização.Citar a primeira sede do Julgado, isto é, da autoridade política e religiosa da época da “Farinha Podre” é público e notório. Todos os historiadores, velhos e jovens, se ocuparam em contar as sagas e versões e não se cansaram em afirmar que o “Desemboque” exerceu forte influência como centro irradiador e expansão populacional. Dalí, floresceram vários povoados em seu derredor: Araxá, Patrocinio, Prata, Uberaba, Sacramento entre outros...

O que me deixa encasquetado como uberabense nato, é essa estúpida série de mudanças de datas de fundação da cidade. Dependendo de” interesses de grupos”, cada um ao seu bel prazer, mostram datas que favoreçam às suas peculiaridades nem sempre honestas. 2 de março, uma (interesses particulares), 2 de maio (descrito como criação de CIDADE), 2 de fevereiro ( porque... sei lá...)22 de fevereiro ( por causa da igreja católica...)A “briga” continua..

O duro é ter que mostrar ( se é que eles tem interesse...)aos “meninos do grupo escolar”, que a santa terrinha, mui amada por todos nós, teve 3 ou 4 datas para se comemorar...Tenho certeza que vai “fundir a cuca” da meninada.´´E muita lenha para o meu velho fogãozinho...

Luiz Gonzaga de Oliveira 

sexta-feira, 3 de março de 2017

Choperia do Mário

     
Interior da Choperia - Foto Antônio Carlos Prata.


Interior da Choperia



                Equipe de profissionais da Choperia           


Curiosidades

A Choperia do Mário separou alguns artigos, curiosidades e imagens sobre vários assuntos do nosso cotidiano.

Entenda de Chopp

Alguns Bares que fizeram a história de Uberaba

Real Academia do Chopp


Bar da Viúva - Vó Maria - Um exemplo de vida


Teve seu início por volta de 1930 como “Confeitaria Vasques”, administrada pelo Sr. Felipe Vasques e sua esposa Maria Ponticcelli Vasques. Na década de 50, com a doença e falecimento do Sr. Felipe, aos 40 anos de idade, sua esposa, conhecida como dona Maria, começou a fazer pizzas e salgados. Como era muito conhecida, os amigos começaram a se referir à Confeitaria como “o bar da viúva do Felipe”, designação que se restringiu, mais tarde, à “Bar da Viúva”. Seus filhos Felipe e Gilberto continuaram ao lado da mãe por mais 40 anos, até o seu falecimento em 1989. O bar ainda manteve as portas abertas até meados de 1994. Além das famosas pizzas, o tradicional chope da Antárctica também era servido.

Dona Maria, a Viúva, sempre morou na casa de sua filha France e seu esposo Hélio, que residiam a duas quadras do bar da Viúva. A proximidade dos locais na Rua Artur Machado facilitava a constante presença da pequena senhora em seu estabelecimento. Seja na cozinha, com as mãos na massa, ou atrás do balcão, administrando o bar, ela se revezava  com os filhos Felipe e Gilberto, cotidianamente.

Dona Maria era incansável: ia para o bar antes das 6 da manhã, não se importando se estava chovendo, fazendo frio, etc.. Fazia as pizzas de manhã até à tarde, tomava banho - nas dependências do próprio bar -, trocava de roupa e  ia para o caixa, lá ficando até às 19:00 horas, nos dias em que Felipe assumia o comando, e até às 22:00 horas, nos dias  do Gilberto. Chegando em casa, ainda fazia crochê até a meia-noite, sempre sorridente, calada e serena. Religiosamente dona Maria seguia sua rotina.

Nem mesma uma erisipela na perna a segurava na cama. Ao acordar pela manhã, como diariamente saía de casa sem fazer barulho algum, sua filha teve, por orientação médica que dar um sonífero à noite, disfarçadamente, para ela perder a hora no dia seguinte e ficar de repouso absoluto. A incansável e sábia senhora foi ludibriada por apenas dois dias: logo descobriu os planos da cuidadosa família sobre o sonífero e não mais o tomou.

A vida da matriarca foi dedicada à família e ao trabalho, e permanece guardada na lembrança dos antigos moradores de Uberaba como a Dona Maria do “Bar da Viúva”, assim como sua inconfundível massa e sabores das pizzas.

Receita da massa de Pizza da Dona Maria.
Ao indagar a filha France sobre a receita da massa, ela disse que a Vó falava que não tinha segredos e a receita era:

"Um tanto de farinha, um tanto de óleo, ovos, um pouco de água, sovar a massa até dar o ponto.... deixar a massa descansar....crescer... cortar e enformar." Pode!!!

Mário Molinar

Endereço: R. Artur Machado, 851 - Centro, Uberaba - MG, 38010-020

Telefone (34) 3332-7671





História de Uberaba

quinta-feira, 2 de março de 2017

Jarbas Leone Varanda com Antuza Ferreira


Fotos raras de Jarbas Leone Varanda com Antuza Ferreira (médium surda-muda), 2 Amigos de confiança de Chico Xavier. Fotos tiradas na casa de Antuza - rua Monte Alverne.


Jarbas Leone Varanda e Antuza Ferreira.
Foto: Autoria desconhecida


Jarbas Leone Varanda e Antuza Ferreira.
Foto: Autoria desconhecida 


Jarbas Leone Varanda e Antuza Ferreir.a.
Foto: Autoria desconhecida 


Homem é o Ruy


Num programa da Rádio Nacional, nos áureos tempos do rádio, um humorista elogiava algum político. E o interlocutor retrucava: “Homem é o Ruy!”, referindo-se ao escritor baiano Ruy Barbosa de Oliveira (1849-1923).


Filho de João José Barbosa de Oliveira e Maria Adélia Barbosa de Oliveira, esse político, diplomata, advogado, orador, jurista, jornalista e poliglota foi cognominado “O Águia de Haia” por sua atuação na II Conferência da Paz, em Haia, em que permitiu à plateia optar pela língua em que ele discursaria.

Foi, por diversos mandatos, deputado pela Bahia e também senador. Combativo na causa abolicionista, preferiu o caminho da honestidade, ao enfrentar os senhores de escravos.

Fundou a Academia Brasileira de Letras, que possui quarenta membros, seguindo modelo da Academia Francesa de Letras. (Tendo ambas como modelo, Edson Prata, José Mendonça e monsenhor Juvenal Arduini fundaram nossa Academia de Letras do Triângulo Mineiro.)

Um parágrafo de um dos discursos de Ruy Barbosa é um convite à reflexão: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”

Homem foi o Ruy. Seu texto continua atual: parece tê-lo escrito como um cidadão que observa, hoje, o comportamento de alguns dos homens públicos brasileiros. Urge que a Justiça brasileira atue, de forma exemplar, para transformar definitivamente esse quadro.

17 de novembro de 2015

Homem é o Ruy
Membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

Histórias e Memórias


Sinto-me extremamente honrado por estar nesta casa de ensino e diante de alunos do curso de História, cujo Diretório Acadêmico tem como patrono Orlando Ferreira, o Doca, nosso mais aguerrido escritor. Assim, no dia 17/11/2015, saudei aos participantes do VI Seminário de História da Universidade Federal do Triângulo Mineiro.


Jorge Alberto Nabut, Guido Bilharinho e eu passamos pelo crivo da instituição para coordenarmos mesa-redonda sobre “Histórias e Memórias de Uberaba”. Jorge dissertou com propriedade sobre seus livros: “Paisagem provincial”, “Geografia da Palavra”, “Livro das Chuvas” e “Corredor dos Boiadeiros”. Guido, usando sua maestria, voltou ao passado e discorreu sobre sua obra: “Uberaba, Dois Séculos de História”, de 1800 até 2007. A mim coube explanar sobre o que tenho escrito.

Perfilando-me aos dois confrades sinto o quanto é grande a minha responsabilidade para cumprir com o meu dever de uberabense, que é o de preservar a nossa memória. Sem ela, a memória, ficamos sem rumo e não chegaremos a lugar nenhum. Reforcei em mim esta conclusão, ouvindo universitários e professores naquele memorável encontro.

Fiquei feliz quando soube que a minha escrita, muitas vezes enfocando pessoas valorosas e fatos locais ou regionais, me referendou para que o convite fosse a mim formulado. “Somos abridores de caminhos para a história”, frisou o professor Wagner da Silva Teixeira, coordenador do evento.

Concordo com o mestre.

Brindei aos participantes com o seguinte fato histórico: Dr. José Rodrigues de Resende, então acadêmico de Direito no ano de 1953, na Revista do Estudante - Ano I/jul – número 2, pág. 17, no artigo “Academia de Letras”, conclamou pela primeira vez aos nossos intelectuais de então: “Todos os triangulinos precisam empreender uma destemida campanha em prol da formação de uma sociedade que trabalhe unida e harmoniosamente, em busca de uma academia de letras para esta próspera e acessível zona mineira”.

Ficou lançada a ideia de se criar nossa Academia de Letras do Triângulo Mineiro.

Nove anos depois – 15/11/1962 – nasceu a ALTM pelas mãos de José Mendonça, Juvenal Arduini, Edson Prata e outros intelectuais.

27 de novembro de 2015

João Eurípedes Sabino

E por falar em Uberaba, 197


Talvez pelo fato de ter nascido na Rua do Carmo, nas redondezas do Mercado Municipal, considero esta região, de especial encanto e beleza, o símbolo histórico, cultural e arquitetônico de Uberaba. Integra esse cenário a faculdade de medicina, hoje UFTM, palco de memoráveis encontros e momentos de grandeza da vida acadêmica de nossa cidade, abastecida durante décadas pelo saudoso Bar do Mil Réis. Morro acima encontra-se o majestoso Colégio Nossa Senhora das Dores, que continua a educar e com certeza está na lembrança de várias gerações que por ali passaram e nos remetem ao tempo da escola das irmãs dominicanas, exclusiva para o sexo feminino, e dos irmãos maristas do Diocesano, para o sexo masculino. Aliada ao colégio das “freiras”, como era carinhosamente chamado, vem a bela capela, com sua íngreme escadaria. Dentro da nave, o silêncio estrondoso nos revela a importância de reverenciar o passado para dele depreender o que somos, cultuar nossa origem, perpetuando-a pelo tempo. Do outro lado, Santa Rita e São Domingos. Ela, barroca de inestimável conteúdo e forma, abençoa-nos desde os primórdios do nosso arraial. Hoje é o Museu de Arte Sacra, que reúne paramentos, imagens, vestes, mobiliário que dão o sentido histórico da Cúria Metropolitana. Com um fôlego a mais alcançamos a Igreja São Domingos, comparável às mais suntuosas obras góticas europeias, com um detalhe especial: edificada com pedra tapiocanga. Por ali havia a presença ativa dos dominicanos, congregando para refletir a formação cristã e humanista, características eloquentes da ordem. No centro desse invejável complexo situa-se o tradicional Mercado Municipal, com sua maturidade secular, sobrevivendo em meio a tantas inovações de consumo. Consegue firmar-se exatamente por preservar a essência de origem, o vínculo informal e estreito entre “freguês” e dono da “venda”. Neste espírito de pouco requinte e de agradável conforto humano, com uma boa “roda de prosa”, não é apenas um local de compras, mas, sobretudo, um espaço de convivência intensa, principalmente aos domingos, dos que aqui residem e daqueles que vêm visitar seus familiares. São tantas passagens pitorescas e peculiaridades das várias genealogias que aqui proliferaram e hoje se espalham em profusão. São inúmeras gerações que tão bem souberam acolher novos conterrâneos e estabelecer elos de amizade e de sangue. Essa, a meu ver, é a principal e mais importante qualidade de Uberaba em seus 197 anos de vida. Parabéns!


Luiz Cláudio dos Reis Campos

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Tamareiras Park Hotel - Uberaba

Tamareiras Park Hotel
                                                                                             
 História 

                                                                                                     
Em plena Era do Zebu, um grande agropecuarista Mineiro, então amigo particular de Getúlio Vargas, constrói em Uberaba sua residência, entregando o projeto arquitetônico à um renomado austríaco.

Construída em estilo Mouro-Florentino, com material importado, vitrais alemães, pisos e azulejos portugueses, espelhos de cristal francês, e lustres de alabastro, colunas, escadarias e corrimão em mármore Carrara, a casa se tornou rapidamente uma atração na região do Triângulo Mineiro e em todo o Brasil.

Em 1985 um empresário uberabense adquiriu o imóvel, e deu início a construção do TAMAREIRAS PARK HOTEL, tomando o cuidado de manter a casa e suas características intactas. O prédio do Hotel possui 10 pavimentos, seguindo o mesmo estilo Mouro-Florentino da casa, e foi concluído em 1989.

O nome "TAMAREIRAS PARK HOTEL" advém do fato das tamareiras trazidas do Oriente em 1941, permanecerem no jardim até os dias atuais.

O TAMAREIRAS PARK HOTEL tornou-se atração turística em Uberaba, sendo ponto de parada obrigatória, aos que visitam a cidade, para lazer ou negócios.

O TAMAREIRAS PARK HOTEL possui 130 unidades habitacionais, que proporcionam conforto e tranquilidade aos nossos hóspedes.


Endereço: Rua Olegário Maciel, 187 - Centro - Uberaba - Minas Gerais.



Telefones:

(34) 3318-8500 (Geral)

(34) 3318-8600 (Fax)  

Site:http://www.tamareiras.com.br/

TV Uberaba canal 5

TV Uberaba canal 5


Inaugurada em julho de 1972, a TV Uberaba começava as operações comerciais ocupando o canal 5, pertencia aos Diários Associados, a emissora gerava programação local e retransmitia o sinal da TV Tupi canal 4 de São Paulo via enlace de micro-ondas, com a extinção da Rede Tupi em julho de 1980, a TV Uberaba passa a retransmitir o sinal da REI (rede de emissoras independentes) que transmitia o sinal da TV Record canal 7 de São Paulo, em 1983, passa a retransmitir o sinal da também extinta Rede Manchete, e em 1990, é vendida passando a ocupar o canal 7 e a chamar-se TV Regional...

(Luiz Marxsen)

MINHA CIDADE


MINHA CIDADE 

( a propósito do pseudo aniversário de fundação de Uberaba )...

Perguntaram-me o por quê esse amor por Uberaba. –“Não sei”, respondi.-“Minha cidade é como se não fosse só minha.É ínfima doçura e me dá vontade de chorar como uma criança dormindo em sonhos e fantasias”... É a minha Uberaba , minha cidade, meu chão, minha paixão. Fora daqui, sou peixe fora ‘água, sinto-me no exílio e choro de saudade da terra amada. Se insistirem perguntar ,direi:- “-não sei a razão. Extrapola sentimento”. Confesso-lhes , não sei mesmo. Minha Uberaba , isso sim, eu sei: é a minha terra santa, sagrada terrinha, minha cidade, quase a minha Pátria !”.
Uberaba para mim é a luz, o sol, o sal,a água, o vento, a brisa, o vento que se tornam mais azuis quando os vejo, os sinto, esqueço as mágoas, longas e penosas mágoas, traições, ingratidões, maldades, maledicências, deslealdades, covardias...

Uberaba é a minha terra-mãe, que tenho vontade de beijar-lhe os olhos, passar as mãos nos seus longos e lisos cabelos, acariciar seu rosto sofrido, às vezes, em prantos de tantas maldades de seus filhos naturais e ou adotivos; mudar as cores do seu vestido, tão roto e mal tratado... 
Uberaba sem meias e sem sapatos, ruas esburacadas, praças mal iluminadas, trânsito conturbado, segurança tão insegura, doentes sem assistência, porque tanta pobreza, minha querida Uberaba !... e agora “aquela humilhante cerca na principal avenida da cidade!...

Mas, amo-a tanto,minha Uberaba, tanto, tanto... Mesmo que não tivesse Pátria, Estado, teria a minha cidade: eu que nasci do ventre de minha mãe, não do vento que assopra, de onde vou e nem venho, mas permaneço com o tempo sofrido e sôfrego.. Eu, elemento de ação, têmpera e temperamento , tenho pensamento,vontade,pois não vivo ao léo, já que tenho espaço, minha casa, minha família, meu lar, minha cidade !...

Apesar de todos os pesares, tenho fé, coragem, dogma e vontade de servir a minha cidade, mesmo ouvindo coisas que não precisava ouvir, lendo e vendo coisas tão desnecessárias...
Uberaba minha fonte de doces desejos ,de mel que entranha nos meus lábios, cidade amada !
Mal de esperança em futuro brilhante mesmo contra a vontade daqueles que a traem, aproveitam da sua misericórdia e bondade, ainda que machucado, ofendido, criticado, esqueço tudo. Fico calado, cego, mudo (nem sempre), estropiado, ainda assim, sempre defenderei “cara a cara”, “peito a peito”, “frente a frente”, poemas de glórias, horizonte sem fim, fé inabalável, tal qual o poeta “ príncipe dos jornalistas triangulinos”, Quintiliano Jardim, “Uberaba, não sei das duas quero mais
Se a Uberaba das minhas brincadeiras de criança
Ou a Uberaba dos meus dias outonais”...
Estou recolhido ao meu bloco...Entro em recesso. Até 4ª.feira de “cinzas”. “Marquez do Cassú”

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Amigos do MAS e MADA

MAS-Museu de Arte Sacra de Uberaba 

Alicerçada na fé e na religiosidade do povo, Uberaba sempre foi referência na região do Triângulo Mineiro. Sob a proteção de Santo Antônio e São Sebastião, seus padroeiros de fundação, a cidade cresceu e se expandiu para outras devoções como: Nossa Senhora da Abadia, São Domingos, São Benedito, São José, entre outros. Hoje o MAS-Museu de Arte Sacra de Uberaba apresenta a exposição “SANTOS DE DEVOÇÃO” na tentativa de reunir imagens onde fé e religião se mesclam e se misturam, para comemorar os 197 anos de fundação da cidade.

UBERABA 197 ANOS



Eventos Comemorativos

PROGRAMAÇÃO

02/03/2017

 17h: Abertura Oficial, pelo Prefeito Paulo Piau.

17h30: Lançamento dos Selos Comemorativos dos 35 Anos da FCU

 Local: Galeria de Arte Raquel Machado, Casa da Cultura

 Casa da Cultura- Praça Rui Barbosa, nº 356. 


  
19h30: Abertura da Mostra Fotográfica Retratos de Uberaba – um breve                    olhar sobre a cidade, de Francisco Marques Reis.

20h: Homenagem a musicistas uberabenses

Local: Centro de Cultura José Maria Barra -SESI/Minas- UberabaPraça Frei Eugênio
  Apresentação da Orquestra Municipal e Orquestra de Viola da Fundação Cultural de Uberaba no Teatro do SESI. Horário: 20h

Homenagem a compositores e intérpretes nascidos ou que aqui viveram e deram sua contribuição para a cultura musical em Uberaba: Alberto Frateschi, Mário Palmério, Joubert de Carvalho e Rigoleto de Martino.

08h30 às 12h30 - UBERABA EU TE AMO - Evento Evangélico
Local: Praça da Bíblia, perto do Piscinão.


05, 12,19 e 26/03

11h às 14h: Domingo na Concha - Uberaba Canta

Músicos e bandas de Uberaba prestam suas homenagens aos compositores e intérpretes uberabenses a Música Popular Brasileira.  

    
02/03 a 31/03

Exposições e Mostras

 Mostra Raízes de Uberaba - artesanato, objetos e símbolos da cultura popular em Uberaba: Catira, Congados e Moçambique, Afoxé e Vilões, Folias de Reis, Capoeira, Hip Hop.

 Local: Galeria de Arte Raquel Machado, Casa da Cultura Casa da Cultura-
    Praça Rui Barbosa, nº 356. 

  Horário de funcionamento: 8h às 17:30h


Mostra Fotográfica Exposição: Imagens de Uberaba

 Fotos antigas da cidade e documentos manuscritos do século XIX

Local: Superintendência do Arquivo Público de Uberaba, Praça Dr. José Pereira Rebouças, 650 - Boa Vista.

Horário de funcionamento: 09h às 17h

Exposição Entre Memórias e Histórias - Memorial Chico Xavier
AV. João XXIII nº 2011, Parque das Américas
.
Posters de bens tombados e registrados do Patrimônio Histórico e Cultural de Uberaba

Mostra do acervo do Museu de Arte Decorativa
Local: MADA - Rua Maria de Lourdes Melo Coli, nº 100, Residencial Abel Reis.
Horário de funcionamento: 13h às 18h

Exposição: Santos de Devoção - Imagens dos santos padroeiros dos bairros de Uberaba.
Local: Museu de Arte Sacra/Igreja de Santa Rita, Praça Manoel Terra – Centro.
Aberta ao público: de 09h às 17h30min 



Exposição Orixás de Devoção – a herança da religiosidade de matriz africana em Uberaba. 
LocalGaleria de Arte Anatê/ Biblioteca Municipal -, Rua Alaor Prata, nº 317
Horário: 2 de março – de 09 a 16 h; de segunda a sexta: de 8h às 21 h; sábados: de 8h às 16h30min.

03, 10, 17, 24 e 31/03
                                         Apresentações culturais na Praça Rui Barbosa.

Dia: 03/03 – Apresentação do grupo de Hip Hop -  rimas alusivas aos 197 anos de Uberaba.
Dia: 10/03 – Apresentação do Grupo de Catira Tradições de Minas de Wosley Torquato e da Companhia de Reis Divina Santa Estrela – Capitão: Eurípedes Miguel de Morais.
Dia17/03 – Apresentação do Grupo de Moçambique Zumbi dos Palmares - Capitão: José Reinaldo e apresentação do grupo de Capoeira Águias 2000.
Dia: 24 /03 – Apresentação da Escola de Viola da Fundação Cultural sob a regência do professor José Nicodemos.
Dia: 31/03 – Apresentação do grupo Bumba meu Boi “Trancilim” da Tenda Tambores de Mina, Casa na Cruzada de Xangô. Direção: Mãe Ana Lúcia de Benedito na Cruzada de Xangô.
 Essas exposições deverão permanecer abertas ao público no período de 02/03 a 31/03 com visitas guiadas para professores e para os alunos.

Marcelo Augusto Teodoro de Andrade
Presidente Adjunto da Fundação Cultural de Uberaba

Antônio Carlos Marques
Presidente da Fundação Cultural

A “ PROVIDÊNCIA ‘ DO PREFEITO...


A decantada fermentação do caldo de cana, caiana ou baiana, aliada a outras fermentações, conseguiu, há séculos, criar a mais tradicional bebida dos brasileiros: a famosa “caninha” ou no português comum, a aguardente, a cachaça. O que se conhece de nomes, apelidos para o caldo de cana fermentado,daria um novo dicionário “Aurélio”...Birita, maluca, sai de baixo, “aquela”, donzela, “branquinha”, “da boa”, “esquenta peito”, “ que passarinho não bebe”, a infinidade de nomes que se dá à cachaça, é incontável.

Os alambiques existentes na região dariam para contar histórias, muitas histórias, da famosa pinga boa fabricada na sagrada terrinha. Lembro-me de uma “tacada só”, rótulos famosos e garrafas e mais garrafas, derrubaram muitos “pinguços”.A “Chora Rita”, do Sebastião Borges, a “Pinga do Lalau”, a do “Rocha”, cujo dono ao vender o produto, experimentava uma dose... no fim da tarde, já viu, né?. A pinga do “Nenzinho”, lá pelos lados do “Cachimbo”, do “Silvio”, no Chuá, a “Famosa”, com o rosto da Carla Perez, além de outras marcas e aquelas sem marca, que fizeram a alegria dos colecionadores do produto. Uma delas, deixou saudade, a do “Barbudo”.Na “Capelinha do Barreiro”, o alambique famoso era do Álfio Borges, cujo apelido deu nome à cachaça:”pinga do Negrão” e a inevitável dúbia pergunta:-“Você já tomou a do Negrão?”- “Saltei de banda”, era a resposta imediata. “Segura o Tombo”, de Paracatu (MG),faz sucesso até hoje,embora se saiba que as cachaças mais famosas do Brasil, são fabricadas no norte se Minas, em Salinas. Uma garrafa de “Havana”, exportada para o mundo inteiro, custa em torno de 500 reais!

Existem também aquelas marcas jocosas, de sentido duplo, como, por exemplo, “Mate o véio”,”Nabundinha”,”Amansa corno”, “Atrás do saco”, “Vi o Adão” e uma infinidade de rótulos que faz a alegria dos colecionadores. Uma cachaça de Salinas, muito admirada pelos nossos lados, apreciada pelos degustadores da bebedinha, tem um nome sugestivo e é encontrada em bares, mercearias e supermercados, é a “Providência”. E o porque da fama? perguntam.

Contam os mais antigos que, ao final da década de 50, do século passado, o prefeito da terrinha, era um médico famoso, honestíssimo,professor universitário super querido, figura humana inatacável, cujo nome, por obsequioso respeito, prefiro omitir. Lembram os seus amigos ( e adversários políticos também), que, toda vez que recebia em audiência, o Chefe do Executivo terminava a“prosa”, deixava super alegre o munícipe:

-“Fique tranqüilo, não se preocupe, vou tomar, rapidamente, uma providência”.
Era sair o visitante , garboso e faceiro, o nosso Prefeito tirava da gaveta, à esquerda da sua mesa de trabalho a garrafa e sorvia, gostosamente, um gole da caninha “Providência”...
Quase final de semana, carnaval, máscaras são colocadas (ou retiradas?).Até amanhã.”Marquez do Cassú”

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

ZÉ PEREIRA

Semana do carnaval,não é isso? Vou lembrar alguns lances de carnavais passados aqui na terrinha. Não vivi os áureos tempos dos grandes corsos, das “baratinhas” carregando as moçoilas lindas da pequena cidade, profusão de lança-perfumes, confetes e serpentinas à rodo, colorindo as principais ruas e avenidas da provinciana e sempre acolhedora Uberaba, de alegria, canto, euforia e a natural confraternização que só uma festa popular como carnaval, pode atrair. Uberaba era pólo de tudo.Do comércio, da indústria, da pecuária, das escolas, da saúde, do progresso e o principal, a liderança regional !Tudo tinha aqui na Santa terrinha...

Os carnavais do inicio da década de 60, século passado, a “Banda da Maria Giriza”,atração do nosso carnaval de rua, a “entrada dos roceiros” e do “Zé Pereira”, antecedendo os festejos momescos, era a “pulsação” certa de como iriam transcorrer os folguedos carnavalescos...

Roil Cussi, “Perigoso”, Caio “Guarda”, Reynildo Chaves Mendes que nos deixou outro dia, Joel Lóes, lideravam ,preparavam e organizavam com carinho incomum, a entrada do “Zé Pereira”, com aquelas máscaras satíricas, “pierrots”, “arlequins” e “colombinas”, os palhaços, homens vestidos com roupas de mulher e no melhor estilo, antecediam os bailes nos clubes sociais...

A banda do Langerton, enxertada com músicos do Batalhão, os caminhões alugados, a relação dos foliões entregue ao “Dr.Delegado” para aprovação, a casa do “Caio Guarda”, quartel-general preparada para receber a moçada, o “ponche-amigo”( mistura de cachaça, rum, guaraná e um pouco de groselha para dar cor), a turma chegando, bebericando, o vestir de roupas espalhafatosas, aguardando apenas a ordem do Bolão e do Reynildo, para subir na carroceria dos dois caminhões de foliões e o outro com a boa banda, tocando, com alegria esfusiante, as marchinhas carnavalescas. Da rua Santo Antônio, que fazia fundos para a rua São Miguel ( o puteiro da cidade...)a “mulherada” ficava de olho naquele bando de homens casados ou quase, a esconder o rosto com feias máscaras, esbaldando a alegria reprimida. Chegando à rua Vigário Silva, a primeira parada ,infalível, era à frente do “Lavoura e Comércio”.Dalí, à pé, sambando de qualquer jeito, para a praça Rui Barbosa, era questão de segundos...A “choferama” da praça, entrava na farra. Na esquina da Artur Machado, Farah Zaidan, dono do “Indubrasil”, sabia para quem vender a primeira cervejinha.A descida na Artur Machado, era apoteótica !Segunda parada era no “Marabá”, do Renatinho Frateschi, que sabia, de antemão, quem se ocultava debaixo daquelas horrendas máscaras, vestidos na canela cabeluda, suvaco que era pêlo só e seios enormes recheados de pano, algodão e tudo mais que tivesse pela frente à ornar aqueles sutiãs desajeitados...A “marcha” não parava. Próxima parada:”Bar da Viúva”...Gilberto e Felipinho Vasques, sabiam prá quem vender...Semana de animação e alegria sadia. Um “código de ética” era, rigidamente, obedecido pelos foliões: delatar nomes de companheiro era expulsão da “roda”. Sem lamento.

Dias maravilhosos antecipavam os carnavais dos clubes,Tenis,Jockey,Sirio,Associação, Grêmio. Ponte Preta e Lange. Eram quatro as “saídas”:sexta e sábado da semana pré-carnaval e sexta e sábado de carnaval. Começava às 4 da tarde e só terminava quando algum companheiro , gostando da brincadeira, resolvia ficar na “São Miguel”, mostrando às inquilinas das casas, os seus “dotes femininos”... Saudações carnavalescas do ex-folião “Marquez do Cassú”...

P.S. – Segundo soube, este ano, o Carnaval na terrinha amada, começa na Quarta-feira de Cinzas...


Luiz Gonzaga de Oliveira

Teatro Municipal Vera Cruz

 Teatro Municipal Vera Cruz ,em 1948. Foto:Autoria desconhecida


 (Foto:Arquivo do teatro)

 (Foto:Arquivo do teatro)



O Teatro


O Teatro Municipal Vera Cruz completou 66 anos no dia 17 de junho, recebe vários espetáculos, e é um dos bens históricos mais queridos e importantes da nossa cidade. O Teatro Municipal Vera Cruz está preparado para receber estes shows, depois da reforma realizada em 2013 para adequá-lo às normas de segurança contra antipânico e incêndio, garantindo, assim, a segurança do público.


Histórico


O Cine Vera Cruz foi inaugurado no dia 19 de junho de 1948, graças a empreendimento da Companhia Cinematográfica São Luiz, proprietária dos cines São Luiz, Metrópole e Royal e presidida, na época, por Orlando Rodrigues da Cunha. Com a construção, Uberaba recebeu um dos mais significativos monumentos arquitetônicos. A inauguração do Cine Vera Cruz foi com a exibição do filme Festa Brava e duas películas complementares infantis, um o Concerto do Gato e uma desenho da Metro premiado com Oscar em 1947, em sistema tecnocolor (alta tecnologia para aqueles tempos).

A arquitetura moderna e arrojada é do arquiteto Taddeu Guizio e a fiscalização da construção foi feita por Jaime de Barros e Nicácio Pedro Gonçalves Vidal. Em art decó, com acesso centralizado valorizando a esquina, predominância de cheios sobre vazios, articulações de volume geometrizados e sucessão de superfícies curvas. Os desenhos simples, definidos por linhas sempre muito precisas e os ornatos geométricos ou representações estilizadas de padrões naturais são aspectos do edifício. Localizado na rua São Benedito, 290, bairro São Benedito, o espaço é um dos marcos culturais da cidade. Tombado pelo Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico de Uberaba (Conphau) em 2006, o teatro tem espaço para 940 pessoas.

Na década de 50 a sala foi pioneira ao utilizar o recurso Cinemascope, que é uma tela de exibição em tamanho maior e aparelhagem sonora mais potente.

Apesar de o prédio ter sofrido alterações, grande parte da obra permaneceu como o original. Na década de 70 o prédio passou por transformação do cinema em teatro, instalação de ar condicionado e fechamento de janelas laterais, substituição das poltronas de madeira e reforma dos dois banheiros, e tornando-se a principal casa de apresentações de teatro e concertos musicais de renome nacional, sendo inserido na rota dos grandes espetáculos do Brasil.

A partir de 1981, o cinema foi transformado em Cine Teatro Vera Cruz e passou a ser palco de peças teatrais, espetáculos de dança e shows com artistas locais e de renome nacional.

No final da década de 1990 surgem salas de projeção mais modernas e bem equipadas, instaladas em shoppings onde há uma variedade de opções concentradas no mesmo local, facilidade de acesso e mais segurança. Esse fator, somado à popularização das TVs por assinatura, levaram as grandes salas de exibição à decadência, inclusive com Vera Cruz.

Em julho de 2006, o Vera Cruz foi adquirido pela Prefeitura de Uberaba, quando houve reformas, como no telhado, troca do forro, instalação de iluminação, projetor e sonorização, aquisição de novas cortinas, reformas do piso, das paredes entre outros. Também foi construído calçadão do lado de fora do teatro, com bancos e iluminação especial, de onde saem três rampas de acesso para pessoas portadoras de necessidades especiais. No dia 14 de dezembro de 2007 foi reinaugurado, com o novo nome de “Teatro Municipal Vera Cruz”, passando a receber eventos de diversas tendências culturais.

Em 2011 o Teatro Municipal Vera Cruz recebeu outras melhorias, dentre elas a modernização do sistema elétrico, reparo das cadeiras do teatro e instalação de modernos equipamentos de ar condicionado. O investimento deu mais conforto ao público e tornou o teatro um dos melhores da região. No total foram investidos cerca de R$ 400 mil para reforma e aquisição de equipamentos para o Vera Cruz.

Segurança – Apesar das reformas, não foram feitas medidas para cumprir normas de segurança, e a presidente da Fundação Cultural, Sumayra Oliveira, decidiu pelo fechamento preventivo do espaço para realizar as adequações necessárias. A medida foi realizada após se detectar que o Teatro Municipal Vera Cruz funcionava sem alvará desde a reinauguração, em 2009. O Corpo de Bombeiros realizou vistoria à época e notificou a Prefeitura sobre o risco de incêndio, mas o teatro continuou em funcionamento sem executar projetos de prevenção a incêndio e pânico exigidos pelo Corpo de Bombeiros. O projeto de prevenção de incêndio para o teatro foi aprovado pelo Corpo de Bombeiros no dia 28 de maio de 2009 e após prazo para adequações, o órgão realizou vistoria no local em fevereiro de 2010 e constatou irregularidades, inclusive a não-execução do projeto preventivo e instalação de hidrante. Também foi detectado comprometimento nos suportes de iluminação e na estrutura que sustenta os aparelhos de ar-condicionado do teatro.

A Fundação Cultural então adequou o Teatro Vera Cruz às normas de segurança contra antipânico e incêndio, com investimento de R$ 80.598,58, garantindo, com isso, a integridade e comodidade do público.

Dentre as intervenções feitas no Vera Cruz para garantir a segurança do público estão a implantação de reservatório de combate e prevenção de incêndio de 15 mil litros com uma moto bomba de 15 CV, dois hidrantes internos e um externo de recalque; instalação de uma central de alarme de incêndio, de luminárias de emergência, barras anti-pânico nas saídas de emergência, de guarda-corpo no mezanino na galeria superior, de corrimões de acesso aos camarins, revisão e instalação de novos extintores de incêndio. As saídas também foram adequadas com sinalização e setas fluorescentes, aberta outra saída de emergência e alarme para incêndios, com portas adaptadas, enfim um sistema moderno com todas as adequações necessárias.

Na véspera de completar 65 anos, no dia 17 de junho o Vera Cruz foi entregue à comunidade com apresentações do espetáculo da Turma da Mônica, do Maurício de Souza, “Era uma vez uma Floresta”, para alunos das escolas públicas de Uberaba. Desta vez com o alvará de funcionamento, garantindo a segurança de todos.

O prefeito Paulo Piau destacou, na reabertura, a ousadia que foi fechar o espaço e fazer as mudanças e lembrou que novas intervenções serão realizadas. “Temos outros projetos em andamento, junto ao Ministério da Cultura e à Secretaria de Estado de Cultura para melhorar mais o local, como uma iluminação mais moderna. Este já é um dos melhores espaços culturais de Uberaba e vai ficar melhor ainda”, ressaltou o prefeito.

A presidente da Fundação, Sumayra Oliveira, destacou a importância das adequações dos itens de segurança. “Tive esta atitude audaciosa e fizemos todas as adequações, sinalizações e agora existe no Teatro Municipal Vera Cruz um sistema moderno, com portas adaptadas, setas, extintores, reservatório, enfim todas as adequações solicitadas pelos bombeiros. Isso mostra a preocupação que esta administração tem para com a população. Agora podemos receber adultos e crianças, por isso decidimos inaugurar com espetáculo para o público infantil e para marcar os 65 anos de inauguração do Cine Teatro Vera Cruz, no dia 19 de junho.”

Regulamentação de uso do Cine Teatro Municipal Vera Cruz

Desde outubro de 2009 o Cine Teatro Municipal Vera Cruz desenvolveu uma política de trabalho para abertura de espaço à comunidade para realização de eventos voltados a área cultural.

Todas as solicitações de uso do Vera Cruz deverão ser realizadas através do preenchimento de um requerimento formal, disponível no site da Fundação Cultural e no próprio Cine Teatro, conforme especificado no Decreto Municipal Nº 784/2009.

As regras, procedimentos e condições para utilização do espaço físico e das instalações do “Cine Teatro Municipal Vera Cruz” obedecerão ao disposto neste Decreto.

Os requerimentos deverão ser encaminhados ao escritório do Cine Teatro Municipal Vera Cruz, onde passarão por uma análise e posteriormente encaminhados à Fundação Cultural de Uberaba. Os pedidos serão analisados e respondidos no prazo de cinco (5) dias úteis.

O uso do “Teatro Municipal Vera Cruz” será avaliado conforme a natureza do evento e a disponibilidade da agenda do teatro, desde que os eventos sejam espetáculos de natureza artística e cultural, conforme termos dos arts. 3º a 5º, da Lei nº 10.185, de 2007, e suas posteriores alterações.


Fonte - Fundação Cultural de Uberaba