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sábado, 25 de fevereiro de 2017

MINHA CIDADE


MINHA CIDADE 

( a propósito do pseudo aniversário de fundação de Uberaba )...

Perguntaram-me o por quê esse amor por Uberaba. –“Não sei”, respondi.-“Minha cidade é como se não fosse só minha.É ínfima doçura e me dá vontade de chorar como uma criança dormindo em sonhos e fantasias”... É a minha Uberaba , minha cidade, meu chão, minha paixão. Fora daqui, sou peixe fora ‘água, sinto-me no exílio e choro de saudade da terra amada. Se insistirem perguntar ,direi:- “-não sei a razão. Extrapola sentimento”. Confesso-lhes , não sei mesmo. Minha Uberaba , isso sim, eu sei: é a minha terra santa, sagrada terrinha, minha cidade, quase a minha Pátria !”.
Uberaba para mim é a luz, o sol, o sal,a água, o vento, a brisa, o vento que se tornam mais azuis quando os vejo, os sinto, esqueço as mágoas, longas e penosas mágoas, traições, ingratidões, maldades, maledicências, deslealdades, covardias...

Uberaba é a minha terra-mãe, que tenho vontade de beijar-lhe os olhos, passar as mãos nos seus longos e lisos cabelos, acariciar seu rosto sofrido, às vezes, em prantos de tantas maldades de seus filhos naturais e ou adotivos; mudar as cores do seu vestido, tão roto e mal tratado... 
Uberaba sem meias e sem sapatos, ruas esburacadas, praças mal iluminadas, trânsito conturbado, segurança tão insegura, doentes sem assistência, porque tanta pobreza, minha querida Uberaba !... e agora “aquela humilhante cerca na principal avenida da cidade!...

Mas, amo-a tanto,minha Uberaba, tanto, tanto... Mesmo que não tivesse Pátria, Estado, teria a minha cidade: eu que nasci do ventre de minha mãe, não do vento que assopra, de onde vou e nem venho, mas permaneço com o tempo sofrido e sôfrego.. Eu, elemento de ação, têmpera e temperamento , tenho pensamento,vontade,pois não vivo ao léo, já que tenho espaço, minha casa, minha família, meu lar, minha cidade !...

Apesar de todos os pesares, tenho fé, coragem, dogma e vontade de servir a minha cidade, mesmo ouvindo coisas que não precisava ouvir, lendo e vendo coisas tão desnecessárias...
Uberaba minha fonte de doces desejos ,de mel que entranha nos meus lábios, cidade amada !
Mal de esperança em futuro brilhante mesmo contra a vontade daqueles que a traem, aproveitam da sua misericórdia e bondade, ainda que machucado, ofendido, criticado, esqueço tudo. Fico calado, cego, mudo (nem sempre), estropiado, ainda assim, sempre defenderei “cara a cara”, “peito a peito”, “frente a frente”, poemas de glórias, horizonte sem fim, fé inabalável, tal qual o poeta “ príncipe dos jornalistas triangulinos”, Quintiliano Jardim, “Uberaba, não sei das duas quero mais
Se a Uberaba das minhas brincadeiras de criança
Ou a Uberaba dos meus dias outonais”...
Estou recolhido ao meu bloco...Entro em recesso. Até 4ª.feira de “cinzas”. “Marquez do Cassú”