Mostrando postagens com marcador Vicente Corcione. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Vicente Corcione. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

RIQUEZA DE PINTURAS NAS PAREDES CONFERE REQUINTE AO SALÃO NOBRE

Salão Nobre “Vereador Mario de Assis Guimarães”

Situado na parte superior do Paço Municipal Major Eustáquio, sede da Câmara Municipal de Uberaba, o Salão Nobre “Vereador Mario de Assis Guimarães” é ambiente de rara beleza pictórica. O local é todo coberto por pinturas parietais e estuque, ou seja tanto as paredes quanto o teto são pintados com florões, anjos, figuras aladas, elementos da fauna e flora, motivos vegetais e humanos. As pinturas representam movimento eclético no mundo das artes (1890-1930). Em 1920 o Salão Nobre foi pintado pelos artistas italianos Vicente Corcione e Rodolfho Mosello. O estuque foi desenvolvido por Carlos Machi.

De forma retangular, o Salão mede 13,35 de comprimento e 8,16 metros de largura. Possui nove portas com duas folhas de madeiras, no acesso ao corredor, situado logo após o último dos 33 degraus da escadaria. Unindo, assim, o pavimento térreo ao superior.

Com vistas para a praça Rui Barbosa no centro da cidade, o Salão Nobre ostenta requinte com três grandes sacadas, onde diariamente são hasteadas as bandeiras do Brasil ao centro, a de Minas Gerais à direita e a do município à esquerda como determina a legislação protocolar sobre bandeiras.

Em seu interior existem cinco grandes lustres de cristais estilo império. Os cristais são lapidados, formando retângulos e contas. São originários da antiga Bohêmia, região histórica da Europa Central, atual República Checa.

Dois grandes painéis pintados nas paredes do sofisticado Salão, chamam atenção por suas simbologias, conforme mostra fotografia de Rodrigo Garcia. As reuniões dos vereadores funcionavam no recinto. Agora é restrito a visitação pública, pequenas reuniões e serve como estúdio para Programa Movimento, canal Câmara.


Em um extremo está “Princesa do Sertão” e do outro “Árvore do Choro”.


Esta postagem foi publicada em 1 de setembro de 2014 e está arquivada em Colunas, Colunas/Colunistas.


Foto de Rodrigo Garcia


Jornalista Evacira Coraspe


Cidade de Uberaba

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Monsenhor Ignácio Xavier da Silva

Monsenhor Ignácio Xavier da Silva


Nasceu em Goiás, em 29 de setembro de 1855. Ordenou-se sacerdote na França, em 1879. Foi padre, professor, político e jornalista. Lecionou teologia e latim no Seminário de Santa Cruz, entre 1880 a 1889. Em 1881, assumiu a função de Vigário Geral da Diocese de Uberaba e Cônego Honorário da Capela Imperial, no Rio de Janeiro. Foi eleito deputado geral (deputado federal), em 1886, pelo Partido Conservador. No ano de 1887, catequizou índios na região do Araguaia e Tocantins.
A primeira gestão se deu em função das quatro vezes em que, como vice-presidente da Câmara, substituiu Silvino Pacheco de Araújo. O segundo cargo foi ocupado devido à renúncia do vereador João Henrique Sampaio, eleito agente executivo nesse período.
Em 1917, por iniciativa de José Maria dos Reis, o governo do Estado criou o Aprendizado Agrícola Borges Sampaio. O Cinema Politeama foi inaugurado e houve um surto da gripe espanhola no qual muitos morreram. O prédio da Câmara foi demolido em 1918 e, em 1919, fundado o Herd Book Zebu: registro genealógico da raça. O novo prédio da Câmara, ornamentado pelo painel Uberaba Princesa do Sertão, pintado por Vicente Corcione e Rodolfo Mosello, foi inaugurado em 1920.
Como prefeito, conseguiu, por meio das autoridades governamentais da época, a instalação das linhas de transmissão de sinais de telégrafos entre Goiás, Cuiabá e Uberaba e fundou os jornais: Gazeta de Goiânia, Estado de Goiás e A Imprensa.
Fonte – Arquivo Público de Uberaba