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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

TIÃO MEDONHO X JOSÉ HUMBERTO

Oi, turma !

(O povão quando decide ir para um lado, é água de morro abaixo e fogo de morro acima ...)

O médico, José Humberto Rodrigues da Cunha, uma das mais expressivas figuras da sociedade uberabense, além de um profissional humanitário, salvou muitas vidas, dedicou-se à política partidária. Vereador e depois Deputado Federal, por 2 legislaturas, era o principal nome da região na legenda de União Democrática Nacional, UDN, a “ eterna vigilância”. Teve uma excelente passagem no Congresso Nacional. No consultório médico, atendia, com zelo e probidade, a todos que o procuravam. Adib Jatene, depois nome internacional na cardiologia, trabalhou cinco anos com ele, onde realizou as primeiras experiências extracorpóreas. Dr. José Humberto, sempre pautou por mérito, atendendo a todos com expressivo carinho e dedicação. Segundo me contou o amigo, professor Décio Bragança, ele saiu triste da política quando não conseguiu a segunda reeleição.

Ele disputava com o famoso ricaço, Sebastião Paes de Almeida, o “Tião Medonho”, os votos dos uberabenses e triângulinos, a uma cadeira à Câmara Federal. Infelizmente, perdeu para o “ rei do vidro” do Brasil. Décio, contava:- “Tião Medonho, estava em plena campanha na região. Carros enfeitados com bandeirolas, cartazes, “santinhos”, som; e viajava de Uberaba rumo a Araxá . Ao cruzar o rio Araguarí, deparou com 3 homens às margens do rio, prontos para a pescaria. “Tião”, pediu ao motorista, parasse o carro. Desceu e logo “puxando o papo” com os pescadores à procura de votos com os possíveis eleitores.

-“Vida boa, hein? Enquanto a gente trabalha, ’ceis tão aí na maior folga do mundo, pescando, né ?. Um pescador, “de cara” reconheceu:-“O senhor não é Tião Medonho?”, perguntou. “O senhor num percisa trabaiá muito não. Já ganhou. Tá eleito”... “Tião Medonho”, estufou o peito e retrucou:- “’oceis acham mesmo?. Então me façam algum pedido”, disse, sorrindo . O primeiro pescador, rápido no gatilho;-“ Manda prá mim, uma coleção de anzóis, tá”. Daí, o segundo:- “Se o sinhô pudé, eu queria ganhá uma coleção de linha de pesca. De aço e nylon”.

O terceiro, tinha tomado “ umas e outras”, foi taxativo:-“Queria muito uma enxada!”. “Tião”, cochichou ao ouvido do motorista:- “Chico, prá esse aí, manda um trator. É o único que quer trabalhar”. Ouvindo aquela ordem, o pescador “lascou” prá cima do candidato:- “Uai, “seo” Tião, ganhar um trator prá arrancar minhoca?. Precisa não, a enxada resolve”..

Dr. José Humberto, não foi reeleito. Sebastião Paes de Almeida, o lendário, eleito com expressiva votação. Com a eclosão do movimento civil- militar de 64, ele foi cassado pelo abuso de “grana” na campanha. Bom fim de semana. Abraços do “Marquez do Cassú”.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

A “VELHA GUARDA” DA POLÍTICA UBERABENSE

Espero que tenham passado uma alegre noite de passagem de ano.Merecem.Hoje, uma historinha política-familiar. A “velha guarda” da política uberabense, Décadas de 50|60, era dominada pelo PSD “veio de guerra”, conforme afirmavam seus dirigentes. “Pululavam “ estrelas do pessedismo, João Laterza, José Soares Bilharinho.Álvaro Barra Pontes, Mizael Borges. Lauro Fontoura, Antônio Sabino de Freitas, Artur Teixeira, João Henrique Vieira da Silva e, como presidente, o “coronel” Ranulfo Borges do Nascimento. Na UDN, nomes famosos também se pontificavam :José Humberto Rodrigues da Cunha, seus irmãos Celso e João Gilberto, Randolfo Borges Júnior, Bruno Oliveira Júnior e outros mais. No PTB, Mário Palmério, Hélio Angotti, Ivo Monti. Roberval Alcebíades Ferreira, Silvério Cartafina Filho, Jorge Furtado, eram as principais figuras. No PSP, Boulanger Pucci, Antônio Próspero, José Pedro Fernandes e Antônio Alberto de Oliveira, os principais nomes. Conciliador, matreirice política mineira, o PSD, mandava no Brasil. JK. Benedito Valadares, Tancredo Neves, Alkimin, Otacilio Negrão de Lima, eram os donos da República. Em Uberaba não se fazia nada, sem consultar o “coronel” Ranulfo… O filho, Joaquim Roberto Leão Borges, foi deputado estadual enquanto quis. As 2 filhas moravam nos EE.UU. e pouco vinham a cidade.Quando vinham visitar os pais, era um tormento.Era um tal de “papi”,”mami”, “boy”, “friend”, encabulando o velho Ranulfo. Não acostumado ao “modus vivendi” das filhas, não entendia nada do seu linguajar. Certa tarde, refastelado na sua poltrona favorita na casa onde morava à praça Santa Terezinha, cigarro de palha no canto da boca, pensando no comício de amanhã, uma das filhas, toda alegre, acerca-se do pai e, em tom carinhoso, pergunta: -“Papi whos Ellen?” Ele não entendeu nadica. A filha falou em portugês:- “onde está a Helena?” O “Coronel” apenas pigarreou:”saiu com a kit” ,
Quem não entendeu foi a filha –“que kit,papi?” . Ranulfo , levantou a perna da cadeira, deu uma bela baforada no inseparável cigarro de palha e respondeu;” A que ti pariu,filha”. E continua a matutar no comício que o PSD realizaria no outro dia na praça das “promessas”…

Luiz Gonzaga de Oliveira