quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Praça Santa Terezinha

Praça Santa Terezinha - Década de 1930

Largo Boa Vista

"Situado na entrada da cidade pela estrada que vem da ponte de cima no Rio Uberaba.
Principiam nele (à direita) as Ruas Pedro Gonçalves e Leste, a Rua Boa Vista (à esquerda); findam nele a Rua do Rosário e Travessa Alegria.

Pertence à Colina Boa Vista.

N.B. Esta localidade tem sido conhecida pelo – Alto do Fabrício. É aprazível e higiênica. Os dois vértices do quadrado que devem limitar esse largo para o lado do Caximbo ainda não estão marcados. A comissão não compreendeu este largo com situação própria." (SAMPAIO, 2001)

”Situa-se entre as ruas Treze de Maio, Senador Pena, Aristides Borges e Tiradentes.
No século XIX, a praça era conhecida como Largo Boa Vista.

Em 1900, passou a se chamar Praça Santa Bárbara, devido à devoção popular da época.
No século XX, era chamada ainda de Fabrício e Aristides Borges.

No local, em 1908, foi inaugurada a última ‘fonte pública’ da cidade, o chafariz ‘Santa Bárbara’, que continha uma coluna de ferro e duas torneiras laterais e esteve em atividade até 1915.

No ano de 1929, a inauguração da capela dedicada a Santa Terezinha deu o nome definitivo à praça.
Os padres capuchinhos criaram a paróquia em 1946 e, em 1961, a antiga Capela foi demolida. Edificou-se no local um templo, maior, em estilo românico, administrado pelos capuchinhos até 1988, ano em que a paróquia passou a ser responsabilidade da Arquidiocese de Uberaba.

Em 1961, instalou-se, no centro da praça, o busto da Princesa Isabel. A partir desse ano, tradicionalmente, os ternos de ‘Congado e Moçambique’, no dia 13 de maio, partiam da residência dos festeiros, passavam pelo busto e seguiam em direção à igreja, para a missa solene. O busto não se encontra mais no local.”

(Superintendência do Arquivo Público de Uberaba)                                          

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Anúncio da agência da DKW em Uberaba


Anúncio da agência da DKW em Uberaba
Em 18 de julho de 1957, ocupou toda a capa.

Recorte do jornalista e pesquisador Luiz Alberto Molinar.                  

sábado, 30 de setembro de 2017

Silêncio... Violas emudecem... catireiros se calam... e a catira cessa o som sobre os tablados.

Fechou os olhos o nosso ícone nacional ROMEU BORGES. 


Sr. Romeu Borges 
Aroeira e pinheiro ao mesmo tempo Romeuzinho Borges soube ser o homem firme em tudo o que fazia sem jamais perder a ternura. No tablado era um rei mostrando sua majestade tratando a catira como sua dama inseparável. Ela foi feita para ele e ele para ela. É impossível separar as duas figuras.

Obrigado Sr. Romeu Borges. 

                      Grupo de Catira tradição de Minas com  Romeu Borges                    
                         
S.Majestade projetou Uberaba além Brasil e no mundo! Onde estiver no globo um Uberabense, estará chorando a sua partida.

Estamos de luto. Vai ser difícil ver um grupo de catira se apresentando sem imaginá-lo presente.
Receba a homenagem dos seus conterrâneos que o terão para sempre guardado no coração.


Ass. João Eurípedes Sabino.

HOMENAGEM – ROMEU BORGES

Ana Botafogo e Romeu Borges

O Folclore brasileiro está de luto. Faleceu o maior catireiro que o mundo já conheceu. Palmeiro, sapateador, cantador e incentivador do nosso catira, foi o criador de diversos passos para a dança e alguns para sapateado individual.

Por mais de sessenta anos deu suporte para a continuidade do catira dos Borges, em Uberaba. Teve o privilégio de dançar com Ana Botafogo, a mais reverenciada bailarina brasileira.

Pecuarista e agricultor respeitado, Romeu ensinou seus filhos ainda crianças, Romeu Junior e Ricardo, a participarem das funções, mantendo assim a tradição deste folclore,

Que Deus possa reservar para ele um lugar de destaque ao seu lado para aquele que em vida só semeou o exemplo de esposo e pai, de afinco ao trabalho da terra e de participação destacada na manutenção da mais bonita e genuína manifestação folclórica brasileira, o Catira.

Gilberto Rezende‎

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Jerry Lewis - Ator e Diretor


O BAGUNCEIRO ARRUMADINHO
E O PROFESSOR ALOPRADO
Os Meros Pretextos


Guido Bilharinho

Jerry Lewis - Ator e Diretor
Jerry Lewis, como Chaplin, foi ator e diretor. Como ele, iniciou a carreira cinematográfica sendo dirigido para, depois, auto-dirigir-se.

         Em ambos, há que se distinguir um do outro ou um e outro. Como atores cômicos ninguém os superou em suas épocas.

         Em Lewis, o contorcionismo corporal, versatilidade e adaptabilidade facial às situações e a flexibilidade comportamental atingem graus e momentos inexcedíveis.

         Em dois dos filmes que atuou, O Bagunceiro Arrumadinho (The Disordely Ordely, EE.UU., 1965), de Frank Tashlin (1913-1974), e O Professor Aloprado (The Nutty Professor, EE.UU., 1963), que dirige, aqui destacados exemplificativamente, essas características são facilmente perceptíveis, tanto quanto em outros filmes, com maior ou menor incidência.

         Mesmo descontando-se os efeitos especiais proporcionados pelo cinema, talvez mais do que em qualquer outro de seus filmes (como ator e/ou como ator/diretor), é mais notável em O Professor Aloprado sua versatilidade, extremada em tipos totalmente diferentes e antagônicos como do professor e de Buddy Love. Tudo que um não era e não tinha o outro não só apresentava como o fazia em grau acentuado. Presença, voz, aparência, atitudes, comportamento, desenvoltura, visão do mundo ou da vida, mostram-se tão diferenciados e antípodas que dificilmente poder-se-ia imaginar possível na mesma pessoa antes de se assistir a esse filme.

         Em O Bagunceiro Arrumadinho enfatiza-se sua capacidade de transformar os atos e funções comezinhos e de fácil desincumbência em acontecimentos inusitados quando não inauditos, amalgamando-se nessa atuação atributos interpretativos, conteúdo, forma e consequência de seu desempenho perfazendo interação tão absoluta quanto, em decorrência, perfeita. Como mágico que transforma objetos e corpos, Lewis altera os fatos, infundindo-lhes natureza distinta da que sua congenialidade impõe. Um mundo prático e ordenado transforma-se num caos, porém, como o título original indica, caos ordenado e, de tão ordenado, previsível.

         Em O Professor Aloprado, da mesma forma, modifica-se a natureza, só que, desta vez, do próprio indivíduo.

         Por sinal, tanto faz Lewis ser dirigido como dirigir-se, porque o destacável, antes de tudo, é sua performance.

         Porém, cinematograficamente, esses filmes, tanto quanto os demais, carecem de importância. Do mesmo modo que ocorre com Chaplin, apenas constituem espaço e possibilidade de suas exibições como atores cômicos, que, sem o cinema, seriam exercidas nos palcos de circos e teatros, como, aliás, percebeu um crítico paulista, anteriormente citado, Paulo Emílio Sales Gomes, em relação a Chaplin, no artigo “Chaplin é Cinema?”.

         Os filmes propriamente nada contêm de cinematográfica e artisticamente relevante ou mesmo irrelevante, visto que se situam fora dos parâmetros estéticos, por miméticos, convencionais e lineares, objetivando apenas divertir.
         Sua perfeição técnica, competência direcional e a utilização dos recursos da câmera não lhes imprime nenhum dos atributos que caracterizam a obra de arte, não obstante merecerem ser salientadas apenas como tais, sem outras implicações.

         Do ponto de vista temático também nada aduzem de importante, conquanto assimilem e dêem curso adequado, ainda que superficial, a certas contradições do dualismo da natureza humana (do bem e do mal, do médico e do monstro, perfilhadas em O Professor Aloprado) e das descobertas freudianas do recalque de traumas e suas consequências e a possibilidade de sua resolução com a libertação do indivíduo das amarras que o bloqueiam.

         Ambos os filmes assentam-se, todavia, em esquema romântico bastante idealizado, no interior do qual essas questões básicas da condição humana diluem-se por sua instrumentalização meramente pretextual.

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Guido Bilharinho é advogado atuante em Uberaba, editor da revista internacional de poesia Dimensão de 1980 a 2000 (https://revistadepoesiadimensao.blogspot.com.br/) e autor de livros de literatura, cinema e história do Brasil e regional, publicando atualmente no Facebook os livros Obras-Primas do Cinema Brasileiro e Brasil: Cinco Séculos de História.

Cine Royal - Uberaba

Cine Royal
 Praça Comendador Quintino.

Foto: Autoria desconhecida

Época da imagem: 1950

O Cinema Royal substituiu o antigo Cine Capitólio que, construído pelo italiano Santos Guido,  foi inaugurado em 11 de maio de 1925 e pertencia à firma Damiani, Bossini & Cia.

                A Lei nº 700, de 15 de setembro de 1930, concedeu ao Sr. Antônio Sebastião da Costa, isenção de impostos por cinco anos, para o prédio do Theatro Capitólio desta cidade.

                O Artigo 11 – mandou devolver ao mesmo Sr. as importâncias pagas dos referidos impostos, nos anos de 1929 e 1930.

                Após a fundação da Companhia Cinematográfica São Luís em 1930, a mesma adquiriu o Cine Royal, que funcionou até 02 de fevereiro de 1959, quando teve suas portas totalmente fechadas.

                O prédio, apesar das inúmeras reformas, mantém ainda sua arquitetura original. Localizado na Praça Comendador Quintino, ele faz parte do seu conjunto eclético.


(Superintendência do Arquivo Público de Uberaba)

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Ônibus do Colégio Nossa Senhora das Dores e alunas

Ônibus do Colégio Nossa Senhora das Dores e alunas.
Praça Cel. Manoel Terra

Fotógrafo: desconhecido

Época da imagem: 1957

Alunas do Colégio Nossa Senhora das Dores embarcando em transporte de propriedade da escola, na praça Coronel Manoel Terra (conhecida como praça do Mercado ou Santa Rita).

 No alto da foto, percebe-se a Capela do Colégio, bem como o prédio do mesmo.


(Acervo da Superintendência do Arquivo Publico de Uberaba)


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Cidade de Uberaba

sábado, 16 de setembro de 2017

Paróquia São Miguel – Nova Ponte (1882)

Igreja Matriz São Miguel da antiga cidade.
Foto do  acervo pessoal de Mariza Aparecida Queiroz.
Seminarista Vitor Lacerda

O povoado de Ponte Nova

Tendo sido instituída Paróquia pela Lei nº. 2916 de 26 de setembro de 1882, a matriz de São Miguel da cidade de Nova Ponte está prestes a comemorar seus 135 anos de fundação. Muitas são as memórias que se acumulam nestes mais de cem anos e que se misturam com as próprias lembranças e suspiros de seu povo e cidade.

Esta história começa no período colonial, inserida no processo de exploração e expansão territorial pelos sertões promovido pelos bandeirantes. A bandeira de Castanho Taques, que passou por Desemboque e Araxá, em busca de um caminho mais curto para Paracatu, atingiu as terras que se tornariam Nova Ponte. Os fazendeiros Manoel Pires de Miranda e Antônio Lúcio de Resende receberam uma sesmaria, dividida pelo rio Araguari, e doaram uma gleba, onde foram construídas as igrejas de São Miguel e São Sebastião, nos arredores das quais desenvolveram-se dois povoados. As pontes que foram sendo construídas ao longo da história com o propósito de ligar as duas margens do rio deram à cidade de Nova Ponte o nome como hoje é chamada.

Mais adiante, em 1882 (fim do período imperial) foi criada a freguesia de São Miguel da Ponte Nova. A inversão do nome para Nova Ponte justificou-se posteriormente por conta da quantidade de municípios brasileiros com o mesmo nome. Sua elevação a município se daria um pouco mais tarde, em 1938, desmembrando-se de Sacramento.

Um rico histórico de pastores

O primeiro pároco foi Pe. Joaquim Severino Ribeiro, cuja provisão se deu em 1884. Ele também atendia a Paróquia de Dores de Santa Juliana. Seguiram a ele outros três padres diocesanos quando, em 1899, assumiu o governo da paróquia Frei Agostinho Cristóbal OSA. Os freis agostinianos permaneceram na paróquia até 1908 sendo que passaram ao todo cinco párocos desta ordem religiosa. Em 1908 reassumiu a condução paroquial o clero diocesano na pessoa de Pe. José Sanroman (1908-1912), sendoservido aquela comunidade eclesial a um importante propósito social naquele momento histórico.

Quando se deu a inundação da antiga cidade, em meados de 1993/1994, nos relatos de muitos moradores, o momento mais sofrido foi quando a cabeça da grande imagem de São Miguel, feita de pedra, que ornava a grande torre externa da matriz, caiu por chão. Mais tarde, este patrimônio histórico e religioso seria transferido para a praça da nova matriz como símbolo de continuidade do novo templo que foi construído com aquele que permanecera debaixo d’água.

Em muitos sentidos a história da Paróquia de São Miguel de Nova Ponte é didática em nos ensinar que o maior patrimônio de uma paróquia, aquilo que de fato é indissolúvel ao tempo, é justamente o produto da evangelização que geração após geração vai edificando na fé e na virtude toda uma comunidade de pessoas reunidas no amor e no seguimento a Jesus Cristo. Pois assim como o povo de Israel, cativo no Egito e na Babilônia, peregrino no deserto, perdidos por vezes no culto a outros deuses, não perdeu sua identidade e seu compromisso, assim também somos nós em nossas paróquias: pequenas parcelas do povo eleito por Deus que encontram sua identidade Nele próprio.

Continuidade de um longo trabalho

Desde janeiro de 2016 é Pároco de São Miguel de Nova Ponte o Revmo. Pe. Rone Carlos da Silva que vem se esforçando na elevação do patrimônio espiritual e material desta paróquia. Desde sua posse muito tem sido feito: a Capela de São Sebastião, símbolo resistente da época em que a cidade se dividia em dois povoados separados por um rio, teve portas trocadas, bancos restaurados e o telhado foi todo colocado. Na capela de São José foi construído um banheiro e uma pequena secretaria. Na capela de Nossa Senhora da Medalha foram colocadas rampas de acesso para portadores de necessidades especiais.

Em relação à matriz, agora um templo com quase vinte e cinco anos, foram reformadas as portas laterais e o pórtico central e está sendo concluída a troca total do telhado e das calhas. No interior da matriz está sendo ampliada a sacristia e uma capela para o Santíssimo. Foram adquiridos vitrais para a parte inferior da nave com o propósito de dotá-la de maior encanto seguido pelo Pe. Domingos da Silva (1912-1917) e pelo Pe. Albino Figueiredo de Miranda (1917-1925). 
  
Igreja Matriz São Miguel da antiga cidade.
Foto do acervo pessoal de Mariza Aparecida Queiroz

A chegada de nosso segundo bispo, Dom Antônio de Almeida Lustosa SDB em fevereiro de 1925, coincidiu com a anexação da Paróquia de São Miguel de Nova Ponte à Paróquia de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja (Romaria) e a entrega de ambas aos recém-chegados padres da Congregação dos Sagrados Corações, dentre os quais o Beato Pe. Eustáquio van Lieshout que certamente marcou presença, como os demais padres de sua congregação, em Nova Ponte. Mas aquele que deixaria contribuição mais significativa, seja por ser o primeiro a de fato residir na cidade, como pelo tempo em que lá permaneceu, foi o holandês Pe. Panfílio van den Broek SSCC. Chegou em Nova Ponte em 1953 e durante os trinta e três anos em que foi pároco foi responsável pela construção de várias capelas rurais, pela remodelação da antiga matriz e por um eficaz trabalho pastoral e missionário.

Em 1986, todavia, a Paróquia haveria por mais uma vez, e de forma definitiva, retornar à condução do clero diocesano diante do desejo do então arcebispo Dom Benedito de Ulhoa Vieira, após prestados os devidos agradecimentos aos Padres dos Sagrados Corações que ali colaboraram por mais de sessenta anos. O primeiro pároco desse período de transição foi o Pe. José Lourenço da Silva Júnior.

A construção da represa: uma “nova” paróquia?

Em 1952, quando Juscelino Kubitschek era governador de Minas Gerais, várias pequenas usinas hidroelétricas foram reunidas numa única empresa energética que serviria como propulsora do crescimento industrial de todo o estado: a Cemig. Desse momento em diante, vários pontos hidrográficos do estado passaram a ser cogitados para ampliar nosso fornecimento de energia elétrica e, desde a década de 1970, começaram a serem feitos estudos no rio Araguari, que cortava Nova Ponte.

Quando se anunciou, no início da década de 1990, que a cidade seria inundada por ocasião da construção de uma usina hidroelétrica no local, e que a Cemig indenizaria os danos sociais causados por meio da construção de uma nova cidade, muita foi a relutância do povo. Neste sentido, vale destacar que muitas reuniões entre representantes da empresa e moradores novapontenses aconteceram na antiga matriz de São Miguel, tendo, pois, Para o futuro, o pároco diz ter como projeto readequar o presbitério, pintar toda a igreja, construir armários na secretaria e na sacristia e buscar, junto à Prefeitura de Nova Ponte, uma parceria para revitalização da praça onde se encontra a matriz de São Miguel.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Brasil: Médicos na berlinda – Notícias a cada Estação:

De 1995 até hoje as faculdade de Medicina, menos de 100, são mais de 200.

Em Minas Gerais as FACS passam de 10 (1.000 médicos/ano) para 30 (2.700 médicos/ano) e serão 35 (3.100 médicos/ano) com as autorizadas. O aumento em Minas Gerais foi de 20, com 4 públicas e 16 privadas, e serão mais 4 públicas e 1 privada.

Em São Paulo passam de 20 (1.600 médicos/ano) para 30 (2.300 médicos/ano) e serão 36 (2.800 médicos/ano) com as autorizadas. Em SP o aumento é com uma pública com 40 vagas, e o restante todas privadas.

Em Minas Gerais a população é próxima de 20 milhões de habitantes e no Estado de São Paulo mais de 40 milhões de habitantes.

As mensalidades das faculdades são sempre acima de 4 mil/mês e quem paga tem que estar contribuindo com o Imposto de Renda na maior alíquota, e o dedução para a educação menos de 3 mil por ano.

Em todas as entidades de ensino, com serviço próprio ou conveniado com outros órgãos públicos ou privados, em suas cidades e regiões, são tratados pacientes do SUS, amenizando a chaga social.

No inicio do ano de 2012 o governo reduziu a metade o salário dos médicos no serviço publico por “mero engano”, medida revertida pela reação da classe, já era parte da agressão a imagem do médico.
Nos governos passados circulou uma noticia do compromisso de trazer cerca de 2 mil médicos de Cuba, sem a regularização legal pelo REVALIDA. Recentemente há o retorno do assunto, sendo divulgado a “necessidade” de importar 6 mil médicos, por negociação do Ministro das Relações Exteriores... O Ministro da Saúde só compartilhou com a idéia por seus motivos, ele que fora de bom relacionamento com as lideranças médicas... E neste panorama o Ministro da Educação ficou alienado na operação e dispensado das reações provocadas, se é que compartilhou...

Todo este caminho de deteriorização do medico teve importante etapa no decreto 7562 de 15/12/2011 que descaracterizou a Comissão Nacional de Residência Médica, a qual ficou refém do governo e de seus interesses. A autonomia da Universidade garantia Constitucional está fortemente abalada, e refém de interesses demagógicos.

Modalidades de Medicina praticadas em outros Países são sempre citadas parcialmente, conforme conveniência e sem esclarecer totalmente as peculiaridades, o investimento e a gestão, atendendo a outros critérios imediatistas, satisfazendo o gerador de notícias.

A PEC nº 29, de longa discussão, foi aprovada este ano, descaracterizada, foi mantida a participação de 15% dos municípios, 12% dos estados e a responsabilidade do setor federal que seria de 10% do orçamento ficou sem parâmetro definido de participação. Se fosse 10% ainda seria pouco.

Curiosamente, até o último verão, o salário no serviço público não chegava a R$ 2.000,00 (dois mil reais) e atualmente surgem noticias bombásticas de salários de R$ 10.000,00 (dez mil reais) e/ou incentivos e bônus de R$ 8.000,00 (oito mil reais) entre outros, mas não tocam no aspecto de reconhecimento da carreira de médico com segurança. São, portanto, imediatistas, inconsequentes e midiáticos.
Em época de turbulência expõem ao público o Ato de Médico, fruto de larga discussão e acertos. Isso ocorre com a conotação de agressão a classe, a única que não tinha regulamentação, sendo que o assunto fora objeto de ampla depreciação pelo políticos populistas.

O curso de Medicina tem 7.200 horas (MEC), mas chega a 8.000/9.000 horas ou mais.
Todos os outros cursos têm até 4.000 horas, sendo a maioria de 3.600 horas.

O Ato de Médico é de natureza personalíssima e sempre carrega a responsabilidade inerente, peculiaridades que superam em ônus proporcionalmente as demais profissões.

A Constituição Federal determina que a saúde é um direito do povo e um dever do Estado, é possível atender bem com gerenciamento, recursos, e isenção de interesses, mas é impossível fornecer todos os itens (exames,...) necessários ou não a todos aleatoriamente. É possível identificar as prioridades e isso é administração.

Com boa atuação só cerca de 20% dos atendimentos iriam em busca do especialista, tendo a maioria resolução no nível primário, com organização e sem abuso de tecnicismo.

A carreira de Médico no serviço público, com plano de cargos e salários, que está proposto não foi sequer discutida pelo Governo, e se vier acontecer seria por meio de Ação Popular.

O que falta é verba, gestão e determinação, ou opção de governo. Nada é impossível ou tudo é possível.

Vai chegar a primavera...e com ela as cores... Será médica?

 Nelson Hely Mikael Barsam
Ortopedista e Traumatologista                 

(Uberaba – MG) 13 de julho de 2013    

                                                

Cine Teatro São Luís

Com o passar do tempo, o teatro São Luís volta ao abandono e, em 1888, o prédio novamente ameaça a ruir. Nova associação é organizada, desta feita presidida por Manuel Rodrigues Barcelos, sendo as obras dirigidas por Crispiniano Tavares, engenheiro, escritor, proprietário e organizador da modelar e legendária “Quinta da Boa Esperança”.

Em 1891, afastando-se Rodrigues Barcelos da presidência da Associação, assume-a João Teodoro Gonçalves de Oliveira, tendo Bento José Dantas como vice, José Augusto de Paiva Teixeira, o Casusa, como secretário, e Manuel Terra como tesoureiro. Essa diretoria também efetua muitas obras no prédio, tanto de conservação, como de ampliação e modernização.

Em 1897, João Teodoro é vítima, em Mato Grosso, de latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. Com isso e o afastamento de vários membros da diretoria, é entregue o teatro São Luís à Câmara Municipal de Uberaba, que, à época, mercê de regime parlamentarista vigente a nível municipal, representa o que hoje é o município, passando a Câmara, daí em diante, a se responsabilizar pelo teatro, operando nele, em diversas ocasiões, reformas e melhoramentos diversos.

Cine  Theatro São Luis - Foto da década de 1930.(APU)

Conta, ainda, Hildebrando Pontes no notável ensaio citado, que o teatro chega a ter em seu arquivo 72 (setenta e duas) peças teatrais oferecidas por Antônio Borges Sampaio, figura que dificilmente será suplantada, em Uberaba, como seu maior e mais extraordinário benfeitor em todos os setores. Talvez por isso mesmo, a cidade o tenha “homenageado”, como diz Santino Gomes de Matos, com “um vago nome [apenas Coronel Sampaio], numa vaga rua, com afundamento melancólico na indiferença popular, eis a injustiça que se deve corrigir em relação a Antônio Borges Sampaio” (“Palavras de Apresentação”, in Uberaba: História, Fatos e Homens, de Antônio Borges Sampaio. Uberaba, Academia de Letras do Triângulo Mineiro/Bolsa de Publicações do Município de Uberaba, 1971). Em contrapartida, deu à atual praça Rui Barbosa, transferido posteriormente para a praça onde está a Concha Acústica, o nome de seu maior malfeitor, Afonso Pena, responsável por transferir para São Paulo a estrada de ferro Uberaba-Coxim, perdendo a cidade, de um dia para outro, todo o intenso comércio mantido com Mato Grosso.

Como não poderia deixar de ser numa sociedade que se preocupa quase exclusivamente com a materialidade da vida, salvo raríssimas e, por isso, insuficientes exceções, o referido arquivo, já em 1907 e ainda em vida de Borges Sampaio, desaparecera. Acrescente-se: criminosamente. Eis que o é toda ação e omissão que atente contra a memória da comunidade.

Com o passar dos anos, a teor do texto da lei municipal 529, de 8 de maio de 1926, até o próprio prédio do teatro não mais existe.

É que essa lei concede a Orlando e Olavo Rodrigues da Cunha, para a construção de um teatro, o terreno situado na praça Rui Barbosa, “onde existia o Theatro S. Luiz”.

Em maio de 1931 é inaugurado o então cine-teatro São Luís, cuja edificação é realizada pela firma Santos Guido & Cia., sob a fiscalização do engenheiro Guilherme de Oliveira Ferreira.

A inauguração do prédio, de propriedade da empresa Orlando Rodrigues da Cunha & Cia. Ltda., a partir de então destinado a cinema e representações teatrais, alcança grande repercussão à época, dada a modernidade não só da obra e do mobiliário, como da aparelhagem de projeção e de som.

Em 1938 é feita ampla reforma no prédio, inclusive com aquisição de terreno limítrofe para ampliação de sua capacidade. No ano subsequente, a empresa proprietária do prédio adota o nome do antigo teatro, passando a denominar-se Empresa Cinematográfica São Luís.

Entre inúmeras peças encenadas no São Luís, citam-se: em 1933, pelo Grupo Dramático Artur Azevedo, presidido pelo compositor e maestro Renato Frateschi, além de outras, o drama A Órfã de Goiás e a comédia Zazá, esta de autoria de César Mendonça; em janeiro de 1954, pelo Teatro do Estudante, a comédia A Incrível Genoveva, de Franklin Botelho, triangulino de Patrocínio, sob a direção de Reinaldo Domingos Ferreira; em novembro de 1963, pelo NATA, O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, sob a direção de Deusedino Martins.

Na década de 1960 O Núcleo Universitário Teatral Uberabense – NUTU, fundado por Hildo Nunes Lourenço e Paulo Silva, leva no São Luís duas peças: O Rapto da Cebolinha, de Maria Clara Machado, dirigida pelo primeiro, e O Transviado, também dirigido por Hildo Nunes Lourenço.

Nas décadas seguintes, além das sessões cinematográficas diárias, vez por outra ocorrem representações teatrais por companhias profissionais, principalmente de São Paulo, sendo uma das últimas, e das mais significativas e importantes, a encenação da peça Coriolano, de Shakespeare, em julho de 1974, interpretada por, entre outros, Paulo Autran e Henriette Morineau.

Em 1978, o prédio sofre nova reforma, passando daí por diante a apresentar apenas sessões de cinema, sendo as representações teatrais transferidas para o cine Vera Cruz.


Guido Bilharinho

Advogado atuante em Uberaba, editor da revista internacional de poesia Dimensão, de 1980 a 2000. e autor de livros de literatura, cinema, história do Brasil e regional, entre eles Brasil: Cinco Séculos de História, inédito

19/02/2012

Centenário de Mário Palmério – última parte

Talvez, em sua fase mais produtiva e criativa, como se não se satisfizesse com o trabalho em educação e política, com 40 anos, escreve e publica “Vila dos Confins”. Inquieto e ousado, escreve ainda o romance “Chapadão do Bugre”. Sua obra é tão criativa e importante para a literatura brasileira que é conduzido à Academia Brasileira de Letras, em 1969, tornando-se imortal. Suas obras são reconhecidas internacionalmente, tendo uma de suas obras adaptada para novela de televisão. NASCE NESSE MOMENTO O ESCRITOR IMORTAL.
A Universidade de Uberaba, com seus quase 70 anos, já formou mais de 82.000 jovens brasileiros, muitos dos quais, a grande maioria, não teriam outro caminho para qualificação e habilitação profissional que não na Universidade de Uberaba.

Uberaba - Senhora do Rincão!
Uberaba – Chapadão do Bugre!
Uberaba – Princesa do Sertão!
Uberaba – Vila dos Confins!
Uberaba – Rainha do Meu coração!

Um certo Mário, num dia alucinado
Sonhou um sonho nunca sonhado
Povo educado é povo inteligente,
Vencedor e cidadão, como diz o bom ditado
Amigo de Getúlio e Juscelino,
Fez inimigos com a ideia do Estado Triangulino
Viajou pelas correntes do Amazonas
Entregou obra-prima aos descendentes:
A Universidade do Sertão brasileiro,
No Brasil-Central, no Triângulo Mineiro.

Um certo Mário, visionário e escritor,
Foi deputado, embaixador,
Que fez da vida um conto musicado,
Da escola um conto aletrado
Divisor de uma cidade,
Um mito de todas as idades
Fez trânsito livre nos partidos políticos,
Imortal pela Academia Brasileira
Entregou obra-prima aos descendentes:
A universidade do sertão brasileiro,
No Brasil-Central, no Triângulo Mineiro.

Camurça, a mula prenha de ideia,
Traz Seu Valico, do Carmo e Arimateia
Camurça sabe que a alma se lava com sangue
Para aquele que se amulherengue
Piriá, de história e encantos,
Traz João Soares, Chico Belo e Paulo Santos
E na política ninguém vence sem coligação
Sabem todos que a solução é a educação
Entregou obra-prima aos descendentes:
A universidade do Sertão brasileiro,
No Brasil-Central, no Triângulo Mineiro.
Saudade é solidão
Saudade é melancolia
Saudade é sofrer
Saudade é morrer
Saudade é Viver!

Décio Bragança
Professor da Universidade de Uberaba

 03/03/2016
                                

Do que eu falo quando eu falo de bebidas

Pirajuba vivia de cara amarrada, feia. E balbuciava. Resmungava aquelas frases incompreensíveis, que eram mais incompreensíveis do que as frases do Meio Quilo – de quem se entendia apenas a expressão: Rolling Stones, yeah! Raquíticos, o diálogo entre ambos era o que se podia chamar de uma conversa de peso. Mas peso pesado era o Eduardo Bundinha que, além do debate político, carregava um protuberante background musical com infindáveis sugestões para o Moacir. O saudoso Moca, por sua vez, sempre irreversível. Bundinha dizia: Paulo Diniz, ele colocava Tim Maia – ao vivo; Premeditando o Breque, ele colocava Tim Maia – ao vivo; João Donato, ele colocava Tim Maia – ao vivo. Então, o Tonho intervia: Dave Brubeck, pô! E o Moca se prontificava imediato, afinal Take Five era Take Five. Quando o argentino Jorge Luis Borges escreveu “Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de biblioteca”, provavelmente sonhava com as estantes de livros do Tonho – que eram guardados na casa incrustrada na vilinha da Rua Artur Machado. Se discutir literatura com o Tonho configurava ato camicase, imagina só discutir jazz. Tinha que ter muita paciência, a mesma que os irmãos Luciano e Léo Tupaciguara tiveram para ler parte daquela coleção. O Nãna estava pouco se lixando para essas obras, preferia a moda de viola, uma caixa de cerveja, um pouco de uísque e algumas doses de Campari. Era o momento em que ele olhava para a mesa na ponta do balcão e percebia que o queixo do pai do Serginho e do Saulinho entortava proporcional aos copos entortados. Aí, Nãna virava poeta. Não mais – é óbvio – do que o Ismael Magrelo ao apear daquela motocicleta DT 180, barulhenta e desagradável, declamar o tal “Boneco humano, palhaço de pano...” e revelar o seu destino final: o Pai! Nessas horas, o Tonhizé evocava Noel Rosa e comentava com o Leão o resultado do futebol. No início da década de 1990, havia muito que se falar mal da amarelinha. Até que por uma questão incontinente do tempo chegava ao fim do ano e com a data o José Maurício Bunazar. O mesmo Zé que depois do 72° Hollywood continuava a se questionar: como é que pode no meio de tanto alienígena surgir um Francisco Petrônio, aprendiz glorioso de coxinheiro? Dona Marcelina, na sua habitual diplomacia, negociava para que a resposta ficasse para outro dia, uma vez que já se passavam das 22 horas e era 24 de dezembro. Enquanto isso, Mamute rangia os dentes e o Josino se esforçava para abrir os olhos. Com Itamar Assumpção nas caixas de som, ninguém queria se despedir, tomar a saideira ou ir embora para a casa. Foi o eterno Yassú que puxou definitivo a fila. Antes, a Rô analisava, Aninha gargalhava. Por fim, trôpegos, todos se levantaram e, sem mais nem menos, ou aviso prévio, as portas da Tristão de Castro esquina com a Raul Terra foram cerradas. Nesse dia, o Pirajuba foi o último a ser atendido e saiu de lá exatamente do mesmo jeito que entrou: com fé no bicho, de cara amarrada, feia e balbuciando aquelas frases incompreensíveis.

Luciano Bitencourt
Filósofo e escritor

 14/09/2017

Fundação Cultural iniciará reforma do Relógio e Obelisco da Praça Jorge Frange

Relógio e Obelisco - Foto: Antonio Carlos Prata.


A Fundação Cultural de Uberaba, por meio do Setor Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural (Sempac), iniciará nesta semana a reforma e manutenção do bem tombado, Relógio e Obelisco, localizado na Praça Jorge Frange. O projeto vem sendo cuidadosamente estudado e planejado desde o primeiro semestre de 2017, com pesquisas e projeto arquitetônico que visam proteger o bem e preservar suas características originais.

A reforma contará com pintura total e a troca de vidros quebrados das esquadrias, e será colocado um gradil no entorno para evitar vandalismo e pichações. Além disso, também já está em andamento o processo de manutenção do relógio.


Relógio e Obelisco - Foto: Antonio Carlos Prata.

A equipe esclarece que as melhorias no bem tombado serão custeadas pelo Fundo Municipal de Patrimônio Histórico e Artístico de Uberaba (Fumphau), que provém de arrecadações do ICMS Cultural. O projeto, que contará novos pontos ao município, foi aprovado por unanimidade pelo Conselho de Patrimônio Histórico e Artístico de Uberaba (Conphau).

O relógio que se encontra sobre o obelisco, na Praça Dr. Jorge Frange, foi doado pelas colônias japonesas de Uberaba e Igarapava à comunidade uberabense, por ocasião do centenário da elevação de Uberaba à condição de cidade, em 1956. No intuito de guardar o relógio, a torre do Obelisco foi erguida no governo Arthur de Melo Teixeira, harmonizada com o antigo edifício da Estação Rodoviária.

Mesmo com a mudança do local da rodoviária e a remodelação da praça, nos anos 1970, o obelisco comemorativo continua em seu lugar de destaque, representando a participação do imigrante na história local e evidenciando sua inserção no contexto uberabense, ao mesmo tempo em que identifica culturalmente uma cidade construída por uma população diversificada.

Luiza Carvalho – Jornalista




Cidade de Uberaba

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Festa comemorativa dos 80 anos de João da Silva Prata


João da Silva Prata e netos.

João da Silva Prata e netos em 11 de junho de 1936,no Studio Schroroden.(Rua Vigário Silva,203)

Da esquerda para a direita:

Aluízio Rosa Prata, Maria de Lourdes Prata, Maria Ondina Prata,Stella Prata,Deise Rosa Prata, Alberto Prata Júnior, Thomaz de Aquino Prata, Marcelo Prata dos Santos, Marco Túlio Prata dos Santos, Maria da Gloria Prata dos Santos, Maria Rosa Prata dos Santos, João da Silva Prata, tendo no colo Maria Antonieta Prata, Maria Delia Rosa Prata e Maria Dulce Prata,Dila Rosa Prata, Vicente de Paula Prata,Mardonio Prata dos Santos, Hugo Prata e Arnaldo Rosa Prata.

Fonte: Prata, Thomaz de Aquino 

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Avenida Leopoldino de Oliveira Bairro - Centro

Avenida Leopoldino de Oliveira Bairro - Centro
Em 1928 o Agente Executivo Dr. Olavo Rodrigues da Cunha desapropriou, por utilidade pública, os terrenos necessários à abertura de uma Avenida, entre a Rua Artur Machado e o Mercado Municipal, mas, somente em 1937 é que foram iniciadas as obras de canalização do Córrego da Lage, calçamento de paralelepípedos, meio-fio, passeios de ladrilhos, curvas e terraplanagem, entre a Rua Artur Machado e Segismundo Mendes. Procedida a concorrência pública foi contratado o Engenheiro Hugo Melo Matos de Castro para a execução das obras, que foram abandonadas pelo mesmo. A Prefeitura Municipal rescindiu o contrato, fez a concorrência pública, transferindo-o para o Engenheiro Civil Abel Reis, que concluiu as obras.
                   
O Decreto nº. 50, de 05 de março de 1938 denominou o logradouro de Avenida Leopoldino de Oliveira e o Decreto nº. 69, de 10 de maio de 1938 proibiu a construção de prédios ou quaisquer imóveis às margens dos córregos que atravessavam a cidade, na área urbana. A extensão da avenida entre as Ruas Artur Machado e Senador Pena se deu em 1939, e a execução dos passeios laterais ao canal da mesma, em 1943.

A Portaria nº. 301, de 18 de janeiro de 1945 aprovou o prolongamento da Avenida entre as Ruas Senador Pena e Jaime Bilharinho e também a construção das Avenidas Santos Dumont e Dr. Fidelis Reis. Na década de 1970, a Avenida foi prolongada da Rua Jaime Bilharinho até à Rua Álfen Paixão, Bairro Mercês; e da Praça Cel. Manoel Terra até à Rua Osvaldo Cruz. Procedeu-se, ainda, a cobertura do Córrego da Lage.

                    Com o crescimento da cidade, a Avenida Leopoldino de Oliveira foi se prolongando, entre as décadas de 1980 a 1990. A partir do Conjunto Habitacional Manoel Mendes, a avenida recebeu o nome de Avenida Niza Marquês Guaritá, e a partir da Rua Álfen Paixão, na Univerdecidade, de Complexo Hugo Rodrigues da Cunha.

Ref. Fotográfica:

                    Córrego da Lage, na Avenida Leopoldino de Oliveira, trecho próximo à Chácara dos Padres Dominicanos, onde está, hoje, o Mercado Municipal.

(Arquivo Público de Uberaba)