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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Wanderley Martinelli,o Maizena - 44 ANOS BEM VIVIDOS...

Ontem,morria um apaixonado uberabense.Ontem,nascia há 44 anos, um grande adversário do uberabense.Morria Wanderley Martinelli,o Maizena; nascia uma geração de nacionalistas.Destino? Será?Quem sabe?Ou estava escrito...”Maktub”...

Foi numa tarde-noite,debaixo da marquise do”armazém Tupy”,rua Tristão de Castro,esquina da José de Alencar.Em frente, a sapataria do “seo”Calixto Cecilio.Na outra ponta, o “bar Jaú” do Babá Laterza, ponto de encontro da rapaziada do “São Benedito”.No bairro, 2 times de várzea:o “Princezinha” das “bicas”, do “Pombinha”e o “Guarani”, da vila Maria Helena,conduzido pelo “Jairão engraxate”.Um belo dia, resolveram juntar os times.Os irmãos Chiquito e Breno Decina,”Zé Pão” e Fábio Perez, Aflaton Maluf,Ismael Tótoli,Otinho Sabino, Edmundo Silva,recém chegado de Água Comprida,além de alguns outros que a memória me trai em não citá-los, reunidos, iam colocando num chapéu não se sabe de quem, o nome que achavam deveria chamar-se o “novo clube”. Feita a contagem “dos votos”,deu Nacional e a as cores escolhidas,ganhando de um verde-amarelo horroroso e para agradar o Breno Decina, botafoguense de 4 costados...o branco e preto.

O destino reservava ao novo clube, uma respeitável fatia do bolo esportivo da sagrada terrinha.O mesmo bolo que antes ficara balofo nas mãos do falecido “Red and White” e não teve sequência no natimorto Triângulo Futebol Clube...Como que predestinado, o Nacional herdara tudo: cores do pavilhão, paixão dos velhos, arroubo dos moços, volúpia de vitórias e, incrível!grande parte da letra e música do hino apaixonante-“ preto e branco as nossas cores”, cantado sempre com grande vibração e indescritível amor pela fanática torcida alvi- negra !

Como acontece com os clubes tradicionais do futebol brasileiro, torcedores sempre proclamam” tinha que acontecer com o Nacional”... Perder ti´tulo quando tudo está fácil. Ser campeão quando tudo e todos são adversos, perder jogos fáceis e vencer batalhas quase impossíveis ! Assim é e será sempre o Nacional Futebol Clube! Fundado sem a pretensão de ser o que hoje é, o maior rival do Uberaba Sport, os “meninos da “Tristão de Castro”, jamais pensaram que o clube fosse dar tantas alegrias como tem dado, apesar dos inevitáveis percalços...

Velhas figuras “redinas”( famílias inteiras,Decina,Hueb,Cecilio,Abocater,Prata,Salge,Almeida, Stefani, Adriano, Curi, Mauad, entre outros), sentiram um novo alento , uma nova oportunidade de torcer contra principalmente o Uberaba e assim descontar , pelo menos em parte, toda a mágoa que sempre devotaram ao clube das “Mercês”.Era forma de extravasar em gritos e cantos, o amor morto para uma nascente paixão! O Nacional foi criado dentro desse espírito, ainda não quisessem seus jovens fundadores.

Incorreria em erro imperdoável se citasse nomes que cimentaram a grandeza do Nacional.Do primeiro aos atuais dirigentes , suas parcelas e contribuições para o clube são irretocáveis. Só não deram o coração por não sair do peito . Vibram nas memoráveis vitórias e choram, copiosamente, nos amargos fracassos. “ O Nacional é raça !”gritam seus fanáticos torcedores. Verdade cristalina . Não abandonam nunca, o time de coração. A bandeira que tanto amam !

É de admirar a lisura,seriedade que os dirigentes administram e preservam o patrimônio do clube. Campo de treinamento,entrada principal,ginásio esportivo,piscinas, alojamento,arquibancadas, nada é descuidado. Estádio “J.K.”,está sempre nos “trinques”. O clube, “em dia” com suas obrigações sociais,trabalhistas e etc.Cuida com carinho das divisões de base e, logo,logo, voltará à elite do futebol mineiro. É o que todos nós esperamos..

Concluindo: o sempre lembrado Ataliba Guaritá Neto (Netinho), num dos grandes momentos de feliz inspiração, profetizou: -“Nacional, time que dá satisfação a gente !” Ponto final.

 Postado em 02 de agosto de 2017

 Luiz Gonzaga Oliveira

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

O SAUDOSO E SEMPRE BEM LEMBRADO ABEL DOS SANTOS ANJO

Ontem, narrei-lhes lembranças do “Zé Pereira”, entrada dos roceiros e outras festas mais. Hoje, lembro figuras conhecidas, famosas por que não dizer? que deram brilho enorme ao carnaval de rua de Uberaba. O saudoso e sempre bem lembrado Abel dos Santos Anjo, (pai do também lembrado advogado Nelson Santos Anjo), animou por anos a fio os festejos carnavalescos da terrinha. Nos idos de 50/60, quisesse brincar no Carnaval, que se arranjasse às próprias custas. Sem essa mordomia que escolas de samba, rei momo, rainha do Carnaval, recebessem verbas do município, bancando a folia. “Neca de pitibiribas”, como dizia o comendador Nestor.Brincasse quem quisesse, com o seu dinheiro, fazendo a sua fantasia…Abel Santos Anjo, foi um par de anos,Rei Momo, às suas expensas. Os acompanhantes também. Alugava um caminhãozinho , carroceria curta, ele mesmo enfeitava, colocava som e saía, alegremente, pelas ruas da cidade, visitando clubes, muito confete, serpentina e lança-perfume.Aliás, naquele tempo, lança-perfume era para se jogar em moça bonita, inicio de “paquera” ou coisa parecida.Agora, desviaram o seu uso, aspiração desmedida do éter cheiroso. A sua proibição tinha que acontecer. Bem, depois do Abel, outros vestiram a farda da realeza de sua Majestade, Rei Momo, Primeiro e Único, como, pomposamente, a imprensa se referia ao personagem .Três deles figuram ainda na lembrança dos foliões. Embora por apenas dois anos, Wanderley Martinelli, fez sucesso. À época, pesava mais de 150 quilos. Sorriso largo, a alegria em pessoa. Só perdia o semblante real, quando alguém gritava: Rei “Maisena!”. Ele perdia a compostura e soltava o seu conhecido bordão:”Vai a puta que o pariu”! Ninguém continha as gargalhadas… Depois, o gordo e bonachão Allan Kardec. Massagista na hora de folga. Lidava com os cadáveres da Federal de Medicina, onde era lotado na seção de anatomia. Seu reinado, é muito lembrado. Mas. Waldomiro Campos, o lendário Nenê Mamà, deixou indelével saudade. Nenê, era a alegria em pessoa, figura altamente carismática. Super popular na cidade, foi a grande e grata revelação dos nossos velhos carnavais. Desempenhou com indisfarçável competência, o seu papel. Rainhas e princesas que com ele conviveram nos folguedos carnavalescos, lembram, até hoje , a alegria jovem do velho Nenê Mamá. Os tempos mudaram. O carnaval também e com ele a alegria inocente dos que queriam brincar o Carnaval sua verdadeira essência. Se é bom ou ruim, só o verdadeiro, o autêntico carnavalesco, pode dar o seu depoimento. O meu tempo já passou…
Amanhã, relembro a alegria das nossas escolas de samba, ta bom?

Luiz Gonzaga de Oliveira