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sábado, 31 de dezembro de 2016

Diante das adversidades


Os seres humanos somos limitados. Incompletos. Quebradiços. Frágeis. 


Diante disso, nunca sabemos o que se esconde por detrás de um rosto. Raimundo Correia nos diz em seu soneto, Mal secreto: “Quanta gente que ri, talvez existe / Cuja ventura única consiste / Em parecer aos outros venturosa!” 


É a história da máscara que esconde a verdade num sorriso aberto, numa expressão constante de felicidade, quando, no interior da alma, a tristeza, a infelicidade, as decepções, os desenganos, as frustrações estejam instaladas. 

Muitos pensam que é preciso disfarçar. Evitar que os outros tomem conhecimento das adversidades que afligem a vida, no sofrimento isolado, tumultuado, desesperado na solidão. 

Muitas vezes, os momentos adversos é que nos dão a dimensão exata dos momentos felizes, que precisam ser saboreados na alegria intensa. 

Diante das adversidades, em minha ótica, temos duas alternativas: cair no desespero e na revolta, contra Deus e o mundo. Culpar o universo inteiro, assim, numa lógica estropiada, não encarar os problemas. Ou, na serenidade, na paciência, no compartilhamento com a família e os amigos, e, principalmente na fé, enfrentar as intempéries, como tenho feito. 

Crer que Deus e Nossa Senhora estão sempre ao nosso lado. Crer que os entes queridos que nos precederam, de onde estiverem, estarão intercedendo por nós. 

Crer, ainda, que a vida é o dom maior, e cada dia vivido, um milagre que se renova. Por isso a importância de viver um dia de cada vez. Com fé, esperança, aceitando as palavras do Mestre: “Basta a cada dia sua própria aflição”. Sem preocupação com o amanhã. Amanhã, como diz a música, será um novo dia. Não devemos apressar nem antecipar os fatos. 

Assim tem sido minha vida. Graças a Deus e aos médicos, vencendo o linfoma que, inesperadamente, me visitou. Caminho ótima, com a saúde revigorada, nos caminhos do Senhor, no aconchego da família e no carinho dos inumeráveis amigos que me confortam e rezam por mim: tudo na serenidade, na paciência e na fé. 

Meu querido amigo/irmão, Pe. Prata, me disse: “Peço ao Espírito Santo que lhe dê o dom da Fortaleza.” Estou com esse dom o tempo todo. 

Cada um de nós pode ser maior que suas adversidades, sejam elas quais forem. Cada um de nós pode enfrentar e vencer seus problemas, sejam de ordem psíquica, interior, sejam de ordem física. Cada um de nós precisa ter força suficiente para mostrar-se corajoso diante de qualquer pedra que surja no caminho. E Deus, que é Caminho, nos ajudará a remover a pedra, assim afastando o que nos aflige. É o que tem acontecido comigo. Amém! 



21 de janeiro de 2014




Terezinha Hueb de Menezes