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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Adivinha quem é ele?

Quando é investido na atividade bate-lhe uma amnésia e não se lembra mais: do Brasil, da sua região e cidade, do seu bairro ou condomínio e até da sua rua. Muitos até tiram o nome do catálogo telefônico. Quem é ele? 

Não precisamos de muito esforço mental para lembrar logo, que ele, com raríssimas, eu disse raríssimas, exceções, é o parlamentar brasileiro. Feliz daquele eleito pelo povo que pode ler este texto e dizer a si mesmo: eu não sou esse aí! E também me contestar.

Não há como ficar inerte a essa aberração chamada Fundo Partidário, aprovada pelo Congresso que subtrai bilhões de setores vitais à vida brasileira e os joga inteiramente nas mãos de partidos políticos.

Aí é onde mora a amnésia. Não lembrar da saúde precária no país, da educação classificada lá atrás, da violência que nos tira o sono, dos milhares de desempregados, do fechamento de empresas então rentáveis, dos bolsões de desvalidos (não me agrada usar o termo pobreza), das pesquisas que poderiam estar noutros patamares. O rosário é grande... Só pode ser mesmo amnésia.

Segundo Aurélio Buarque de Holanda, amnésia é: “Perda total ou parcial da memória”. A definição do vocábulo não vem acompanhada do termo “intencional”, daí porque vejo o parlamentar brasileiro (olha as exceções) no gozo pleno das suas faculdades mentais. Não sentem amnésia.
Se por um lado ele se “esquece” dos itens acima mencionados, há um que, nem que a vaca tussa, jamais é esquecido. Trata-se da proteção do próprio umbigo, ou melhor, de si mesmo e asseclas.

Já vi pela televisão um apartamento com 54 milhões de reais dentro. Fiquei perplexo. Mais de 3 bilhões para o Fundo Partidário não tenho a menor ideia da metragem cúbica, mas o estrago que a subtração deles provocará, aí sim! Muitas pessoas morrerão de fome ou em hospitais, escolas fecharão, inocentes morrerão por balas de bandidos, desempregados aumentarão e o país patinará se não recuar, sem dizer de outros inevitáveis desastres que virão em cadeia.

Será que no peito dessa gente não bate ou mesmo, digamos, fibrila um coração? Deixo a resposta a você que ouve ou lê esse texto.

Alguém sugeriu um boicote geral às eleições. Idem à anterior. 

Enquanto isso, a conta para pagarmos o mega FP vem na velocidade da luz, que, aliás, já deve estar em nossa caixa de correspondência.


João Eurípedes Sabino - Uberaba/MG.
Presidente da Academia de Letras do Triângulo Mineiro-Uberaba/MG/Brasil


Cidade de Uberaba