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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE X FAZENDEIROS

(Próxima escola a desfilar na avenida: Unidos do Pé de Cana....Cor? Verde...)


Ganha repercussão nacional o enredo da E.S.”Imperatriz Leopoldinense”,várias vezes campeã do mais famoso carnaval do mundo, o da “Marquez do Sapucaí”, no Rio de Janeiro. O tema enfoca o “Parque Nacional do Xingu”, índios, devastação da floresta amazônica e “meio ambiente”. O tema alcançou dimensões enormes em se tratando do “vespeiro” que o carnavalesco da “Imperatriz”,Cahe Rodrigues, autor do enredo, se meteu. Todas as entidades classistas ligadas ao agronegócio,inclusive a nossa ABCZ, a mais influente do setor, se levantaram de forma uníssona, protestando o que chamou de “grande ofensa” da atividade que representa 22% do PIB nacional. 
O samba-enredo da escola”Xingu-o clamor que vem da floresta”, aborda a contribuição dos povos indígenas à cultura brasileira, numa mensagem de respeito à preservação da natureza e a biodiversidade. A preservação sem controle , a derrubada das matas, as queimadas e outros feitos desenfreados em nome do progresso e do desenvolvimento nacional. O uso excessivo do agrotóxico, o risco que causa à saúde, sem sinalizar o setor do agronegócio e seus trabalhadores. É uma mensagem, ao dizer da “Imperatriz”, “de preservação, respeito, tolerância e paz. Nada mais que isto”. 
Na contestação, as lideranças do agronegócio, afirmam que o agrotóxico e defensivos agrícolas são produzidos por “multinacionais” e acobertados pelos órgãos sanitários brasileiros, que não pode induzir a nossa gente que o produtor está incorrendo em delito ou ato ilícito.
A polêmica está aberta !
Que a safra de grãos este ano será a maior de todos os tempos,é sensacional! Que o setor emprega 19 milhões de trabalhadores, é uma grande verdade. O campo sustenta a nação !
À sua reflexão: - o desmatamento sem controle da floresta brasileira, é inegável. Que terras indígenas são tomadas, griladas, diáriamente, não se tem como desmentir. A obsessiva e desmensurada invasão de terras no sudeste, noroeste e norte do Brasil, com homicídios indiscriminados de gente da terra, a imprensa noticía, cotidianamente. Que o Brasil está repleto de “gringos” (principalmente no norte do país), todo mundo sabe.Inclusive as nossas autoridades. Que as nossas riquezas naturais, extrativas, florais e outras por nós desconhecidas, estão sendo exportadas (?), é uma cristalina e imperiosa verdade.Só não vê que não quer ver. 
Não precisa ir muito longe, não. Na “nossa cara”, nas nossas fazendas, o gado “sumiu”.Mudou de pastagem. A agricultura alimentar “foge” à passos largos. Nossas terras, ontem agricultáveis, principalmente depois de criado o “Polocentro” e a “Bolsa de Arrendamento de Terras”, que bateu recordes de produção graneleira, tornaram-se florestas verdes de cana de açúcar. Em qualquer direção regional, para qualquer lado onde se olha, desapareceu o gado de linhagem pura,teve fim a bacia leiteira, as plantações de arroz, milho, feijão, soja, sorgo, café e etc., cederam lugar à vastidão do plantio da cana de açúcar. As poderosas e modernas máquinas, tomaram o lugar dos “bóias-fria” de ontem. 
Até a nossa tradicional Expozebu,tem como escopo principal o avanço genético das raças indianas. Campeões,motivo de orgulho dos uberabenses, vão para outras paragens...
À volta da nossa micro-região, vê-se apenas cana de açúcar.A migração do homem do campo para a cidade, é inconteste. Uberlândia, Delta,Pirajuba, Conceição das Alagoas, Campo Florido, Nova Ponte, mantém suas usinas de álcool e açúcar.Pergunto: quantos empresários uberabenses são proprietários e ou acionistas dessas usinas? Qual a grande arrecadação de impostos que Uberaba recebe?
Ainda:centro maior do agronegócio brasileiro, Uberaba pergunta:-Cadê a Copervale? Onde foram parar os nossos curtumes? E o grande abatedouro de aves,suínos e bovinos, tão almejado? E as nossas fábricas de rações? Quando voltaremos a ter uma indústria de esmagamento de grãos? Por que não pensar numa planta de implementos agrícolas, à espera do gasoduto e da planta de amônia? E a efetiva implantação da ZPE para escoamento dos nossos produtos do campo? Qual a razão de não se criar a Universidade Rural do Brasil Central? A ABCZ é mantenedora de todos os cursos de formação do homem do campo .Qual a dificuldade em reunir as Faculdades em uma Universidade específica, a exemplo da Universidade Rural de Campo Grande, no Rio de Janeiro?
Seria grande resposta para um “mixuruca” samba-enredo de escola de samba carioca...


Luiz Gonzaga de Oliveira

IMPERATRIZ X FAZENDEIROS - Final


A controvérsia em que estão envolvidos carnavalescos da “Imperatriz Leopoldinense”, do Rio de Janeiro e fazendeiros de todo o Brasil, liderados pela ABCZ de Uberaba, rende alguns contornos e merece alongar um pouquinho em comentário. O tema da escola carioca” Xingu- o clamor que vem da floresta”, mostra uma realidade brasileira. Não é segredo, embora a grande imprensa brasileira, “finge não ver, nem ouvir e muito menos registrar nas lentes da TV”, que a região amazônica prolifera uma quantidade absurda de pastores dito evangélicos americanos que, além de doutrinar os nossos silvícolas à sua religião, não escondem seu principal “trabalho”: pesquisar, extrair e roubar as riquezas da Amazônia. A extração do ouro, prata e outros riquíssimos minerais que vão enriquecer os projetos espaciais do governo americano. A devastação da nossa flora verdejante de plantas medicinais, a fauna fantástica exportada para os EE.UU., é de estarrecer e corar a face do mais humilde brasileiro !