domingo, 2 de julho de 2017

Brasão Municipal de Uberaba

Brasão Municipal

Escudo Redondo Português, encimado pela coroa mural, distintivo das cidades. Em capo vermelho (de goles), uma faixa prata ao início do escudo, simboliza o rio de água brilhante, o Y-berab, de onde procede o nome de Uberaba. Uma asna, também de prata, conjugada à faixa, deixa no campo do escudo uma área irregularmente triangular que simboliza o Triângulo Mineiro e onde estampam cinco estrelas de prata, postas em aspa, das quais a do centro, é a maior e uma coroa de príncipe alto próxima ao vértice da asna. – Simbolizam as cinco estrelas as principais cidades da região do Triângulo Mineiro, e a maior recorda a primeira de Uberaba. – Quanto à coroa de príncipe, rememora ela a antonomásia já antiga hoje secular, atribuída a Uberaba: “princesa do sertão”.

Na parte inferior do escudo um touro zebu de ouro, com patas dianteiras erguidas “possante” ou “furioso”, como se diz em tecnologia heráldica – Recorda – papel notável e a riqueza criada pela importação do gado indiano no centro principal de Uberaba, por iniciativa uberabense.

No listal, em letras de vermelho (de goles), sob fundo de prata, se inscreve a divisa escolhida para a cidade: – “indefesse pro brasilia”. – Ao listal enramam hastes de cana de arroz, ao natural, recordando as principais culturas do município.

Como “tenente” do escudo figuram, à “destra”, um oficial de milícia mineira, em princípios do século XIX, e um soldado com o uniforme dos Voluntários da Pátria, na campanha do Paraguai, equipado em ordem de marcha. – O oficial de milícias, envergando o seu uniforme característico, recorda os fundadores do “Sertão da Farinha Podre” e especialmente o sargento-mor Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira, o principal fundador de Uberaba.

O soldado do “17 de Voluntários Mineiros” relembra que Uberaba foi o campo de guarnição das forças que fizeram a campanha de Mato Grosso e a Retirada da Laguna, operação de guerra de que comparticipariam muitos de seus filhos e do Triângulo Mineiro com real patriotismo, nas fileiras de “17 de Voluntários” e outros corpos.

Sobre a parte central da coroa mural vê-se um escudete com as pechas simbólicas de São Sebastião e as chagas de Cristo da ordem de São Francisco a que pertenceu Santo Antônio. Relembram estes atributos os oragos da cidade e do município.

PONTES, Hildebrando. História de Uberaba e a Civilização no Brasil Central. Uberaba, Academia de Letras do Triângulo Mineiro, 1970. p. 1.

Lei n. 582 de 11 de maio de 1928