Mostrando postagens com marcador Fundação Biblioteca Nacional. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Fundação Biblioteca Nacional. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

21 DE ABRIL DE 1792: TIRADENTES É ENFORCADO NO RIO DE JANEIRO


História:


Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes, nasceu na Fazenda do Pombal, Capitânia de Minas Gerais, em 1748 foi considerado mártir da independência e patrono cívico da nação.

Órfão de pai e mãe aos 11 anos de idade foi criado pelo padrinho, cirurgião, de quem aprendera noções de medicina. Foi tropeiro, mascate, minerador e médico prático.

Com pouco mais de 30 anos, assentou-se praça no posto de Alferes da Sexta Companhia do Regimento de Cavalaria Regular da Capitania de Minas Gerais. Não tinha formação escolar, porém era assíduo frequentador de livrarias no Rio de Janeiro.

A constituição americana era seu livro de bolso e, baseado nela, defendia a tese de que se o Brasil fosse um país livre e republicano, seria ainda maior que a “América”.

Preso em 10 de maio de 1789, foi condenado a morte em 1791, morreu por enforcamento, seguido de decapitação e esquartejamento, a 21 de abril de 1792.

Conheça o livro de batizados (Assento de batizados) da reg. de N. S. do Pilar, onde na página 151 consta o registro de Batismo de Tiradentes:

Tiradentes

Leia também os Autos da devassa relativa à premeditada conjuração de Minas Gerais de 1789:

http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_manuscritos/mss1289278/mss1289278.pdf


Fonte: Fundação Biblioteca Nacional







quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

22 DE ABRIL DE 1500: ESQUADRA DE PEDRO ALVARES CABRAL CHEGA AO BRASIL


, PEDRO ALVARES CABRAL






A chegada da esquadra portuguesa na costa brasileira foi relatada ao Rei de Portugal por Pero Vaz de Caminha em carta :


” Senhor:


Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova, que ora nesta navegação se achou, não deixarei também de dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que — para o bem contar e falar — o saiba pior que todos fazer…


E assim seguimos nosso caminho, por este mar, de longo, até que, terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril, estando da dita Ilha obra de 660 ou 670 léguas, segundo os pilotos diziam, topamos alguns sinais de terra, os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho, assim como outras a que dão o nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam fura-buxos.


Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs nome – o Monte Pascoal e à terra – a Terra da Vera Cruz…


Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou oito, segundo disseram os navios pequenos, por chegarem primeiro… Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas…


Então lançamos fora os batéis e esquifes, e vieram logo todos os capitães das naus a esta nau do Capitão-mor, onde falaram entre si. E o Capitão-mor mandou em terra no batel a Nicolau Coelho para ver aquele rio. E tanto que ele começou de ir para lá, acudiram pela praia homens, quando aos dois, quando aos três, de maneira que, ao chegar o batel à boca do rio, já ali havia dezoito ou vinte homens. Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel; e Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram…


Um deles trazia um arco e seis ou sete setas; e na praia andavam muitos com seus arcos e setas; mas de nada lhes serviram. Trouxe-os logo, já de noite, ao Capitão, em cuja nau foram recebidos com muito prazer e festa.


A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura dum fuso de algodão, agudos na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita como roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte que não os molesta, nem os estorva no falar, no comer ou no beber…”


Leia a transcrição da carta de Pero Vaz caminha ao rei de Portugal:




Conheça a carta manuscrita por Caminha:




Leia mais sobre a vida de Pedro Alvares Cabral:




Entenda um pouco da história do Brasil no livro História do Brasil [Manuscrito], Salvador, Vicente do. Bahia : [s.n.], 1624:




Fonte:Fundação Biblioteca Nacional