sábado, 31 de dezembro de 2016

A VERDADE É COMO A MORTE. INEXORÁVEL !

Ainda p bárbaro assassinato do Alfeu. Elias e Antônio Tosta, o tio, com insidiosa moléstia, faleceu em pouco tempo. Antônio, residiu em Uberaba, na mais completa miséria. Amigos me cobram lembrar de outros fatos policiais notórios à época. Conto-lhes de um marginal que ficou marcado na crônica policial da cidade pela crueldade dos seus crimes: Tatuado. Era o terror da zona rural. A citação do seu apelido, causava arrepios nas fazendas e fazendeiros. Seu nome completo, pouco importa, Octacílio de tal, nada mais. A simples lembrança do nome “Tatuado”, era motivo de medo. “Tatuado” fez péssimo nome aqui pelas nossa bandas, nome muito sujo, diga-se . Pelo próprio apelido , Otacílio tinha no corpo enormes tatuagens. Nomes de mulheres, coração cravado com uma seta no meio, caricatura do demônio, datas e números que só ele sabia, desenho de animais… enfim, o corpo de Otacílio era nitidamente marcado em azul e em razão disso, o apelido “Tatuado”. Toda vez que praticava um crime e, depois, preso pela policia, ficava pouco tempo atrás das grades. Espertíssimo, não se sabe como, conseguis fugir e praticar novos delitos. “Tatuado” era temido na região. Não tinha corpo de atleta, pelo contrário, era franzino para a fama que carregava. Contudo, era esperto no manuseio da faca ou do “38”. Até que um dia ( todos nós temos o “nosso”dia…)um destemido valentão da roça, conseguiu prendê-lo até a chegada da policia. O fazendeiro ficou famoso por praticar tamanha façanha…
“Tatuado”, “curtiu” o cadeião da Afonso Rato, um par de anos , sob intensa vigilância. Passada uma boa temporada no xadrez, o “Lavoura e Comércio”, abriu manchete: “Tatuado” teria se regenerado. Depois de ler a Bíblia, entendê-la por partes, versículos, com a ajuda de uma moça que o visitava sempre, com ela, casou-se. Ganhou a liberdade e do casal, nunca mais se soube noticias.

Luiz Gonzaga de Oliveira