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domingo, 30 de dezembro de 2018

GRANDES MOMENTOS DA TV – UBERABA

Teimo em lembrar a presença marcante e o que representou para a santa terrinha, a vinda e instalação da TV- Uberaba, que morreu sem que se lhes desse chance da missa de sétimo dia. O programa “Bigorna”, atingiu o ápice da audiência da emissora. Produzido por mim e o Wanderlei Alves, teve o apoio total de Cabral Filho e a competente mediação do saudoso Ataliba Guaritá Neto (Netinho). Convidados que se apresentaram no programa, entre outros, Tancredo Neves, Aureliano Chaves, Hélio Garcia, Rondon Pacheco, Aécio Neves, nomes de projeção na política nacional. No esporte, vieram João Saldanha, Valled Pery, Pedro Luís, Walter Abrahão, Osvaldo Faria, Silvio Luis, figuras de renome no esporte brasileiro. Eles se deslocavam do eixo Rio-São Paulo- Belo Horizonte, para participar do programa .Sim senhores! ‘Bigorna“, virou referência nacional. Registre-se, os convidados não recebiam “cachês”. Só o traslado aéreo ( naquele tempo Uberaba era ligada ao mundo...) e a estadia. As despesas corriam por conta da emissora, sem nenhuma verba oficial...

Àquele tempo, não era praxe e muito menos comum, a Prefeitura “bancar o jabá” das promoções dos veículos de comunicação citadinos. Rádio, jornais e a TV, noticiavam os fatos da terrinha com isenção, independência, espírito comunitário, sem “puxassaquismo”, elogiando quando merecia e criticando quando necessário. Jornalista que se prezava, fazia sacerdócio da sua profissão; orgulhava-se dela, não aceitava oferta de emprego público para falar bem do “ padrinho”. Era uma verdadeira “ofensa” querer “comprar” um radialista ou jornalista. Proprietários dos jornais existentes à época, “Lavoura e Comércio “ e “Correio Católico”, rádios “P.R.E.-5 “ e “ Difusora”, jamais cogitaram em receber “ caixa 2 “ da administração municipal para “ bancar” a folha de pagamento desses veículos. Empresários que prezavam pelas suas reputações...

Aos dias de hoje, a imprensa tem outro tipo de comportamento. Está paralisada e insiste em ficar “ em cima do muro “. De costas para as mudanças que o mundo está vivendo de forma gritante e claramente, às nossas vistas. Grande parte delas, quer nacional, quer paroquial, não querem perceber a queda de audiência, a diminuição de circulação dos seus diários. Teimam em um passado que não mais lhe pertence. As empresas independentes ( infelizmente, muito poucas...) certifiquem-se, são extremamente importantes para a democracia, o livre pensamento e etc . Contudo, esses veículos precisam modernizar-se. Fazer uma auto-crítica do papel que representam no contexto atual. Do rumo que estão tomando. Não pode“ brigar” com a força e a evidência dos fatos que estão aflorando, em novidade, a todo momento. Tem que entender os seus proprietários, a necessidade urgente de um “ leitura”correta, isenta, do que está “rolando” no mundo. Tanto lá, como cá. O povo acordou ! 


Aprendeu a escolher. Sabe discernir o que é “certo” e o que está “errado” . O povo tomou ciência da su “ força”. Sabe o que quer ! Ele não é mais o “ bobão da Laurinda”, como diziam os políticos...
Informar com objetividade, sem distorcer a noticia, opinar com balizamento, evitar deixar às claras, preferências pessoais, faltar com a verdade ao relatar um fato, omitir-se. Lembre-se , a “internet”, o “facebook”, o “twitter, o “zap-zap”, e outras tecnologias mais, vieram para ficar e ampliar-se. Elas derramam sobre a comunicação, mudanças que transformarão o mundo jornalístico. Podes crer ! Não vire as costas para essa realidade. Ela está muito presente.

Ainda tenho muito que lembrar uma perda irreparável: TV- Uberaba. Até amanhã com o fraterno abraço do ‘ Marquez do Cassú”.

Cidade de Uberaba