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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

“GAMELEIRA” CENTENÁRIA

"Gameleira" Centenária


Década de 1940


Foto: Autoria desconhecida 


Acervo: Arquivo Público de Uberaba


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O resgate da Gameleira


Vejo que Uberaba parece estar entrando em nova fase. A preservação da memória dá sintomas de que uma injeção de impacto em suas veias está em curso. O restauro do antigo prédio da Estação Mojiana transformando-o em reduto da nossa cultura, será a definitiva colocação de um sonho sobre os trilhos. Não haverá viagem mais saudável!

Outras gestões se iniciam e devemos reconhecer que as propostas do vereador Luiz Humberto Dutra, presidente da nossa Câmara Municipal, voltadas ao resgate do passado uberabense são também louváveis. No dia 09/02/11 tivemos a apresentação do excelente projeto Memória Viva na sede do Arquivo Público Municipal.

Tocou-me apresentar o Projeto de Resgate Histórico da inesquecível árvore gameleira que na década de setenta vimos desaparecer na Pça. Afonso Pena. Guido Bilharinho, que sabe tudo sobre a extinta árvore, avalizou a ideia e Lélia Bruno Sabino a estendeu propondo que a atual concha acústica ali existente acolha o Memorial da Gameleira. Uma nova árvore da mesma espécie será plantada na praça e o acadêmico Jorge Alberto Nabut, menino que ali viveu, redigirá um texto histórico que constará de uma placa metálica, em alto relevo. O local devidamente resguardado será ponto cultural de referência. Por ali passaram os nossos ancestrais e essa importante página da história estava quase apagada.

Quem não tem compromisso com o passado, corre o risco de não ser recordado com saudade no futuro. Daí porque vejo com respeito absoluto aos que preservam a memória em qualquer sentido. Exemplo vivo desses respeitáveis, é o amigo memorialista João Antônio Speridião, cujo acervo multidirecional que detém merece e deve ser perenizado o quanto antes. Ele conhece a história da Gameleira e revelou-me que apóia o seu regate.

Não esperemos que outros resgatem ou escrevam a nossa história; isso cabe a nós. O hoje passa despercebido e amanhã se apaga irremediavelmente se não o registramos. Já estou com saudade da reunião de 09/02/2011, onde desenhei a planta da sala, demarquei as pessoas em seus lugares e colhi delas as respectivas assinaturas.

Guido Bilharinho dá a vida para resgatar a história e eu, para vê-la registrada...


Jornal da Manhã


(João Eurípedes Sabino) - 11/02/2011