Mais um eloquente e emocionante depoimento me foi enviado pela professora Maria Isabel Gomes de Matos, nele reverenciando a figura de seu pai, outra saudosa e importante figura na história da FISTA, onde ela diz:
“A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Uberaba sempre fez parte da minha vida. Meu pai, Santino Gomes de Matos, desde a instituição da faculdade, esteve ao lado das irmãs dominicanas, emprestando sua autoridade de professor renomado. Lecionou Filologia Românica e Língua Portuguesa por anos sucessivos. Além dos cursos regulares, ministrava ali também cursos de atualização para professores dos melhores estabelecimentos da cidade.
A importância da faculdade, em especial nas décadas de 1950-1970, foi incomensurável, formando professores para toda a região. Um detalhe importante: os conteúdos da grade curricular da faculdade, oferecidos aos alunos, sempre equivaleram aos das mais renomadas universidades do país, nada ficando a faculdade uberabense a dever a elas em qualidade e excelência.
Quanto a mim, Maria Isabel Gomes de Matos, cursei Português-Francês, tendo me formado em 1977, sendo oradora da turma. Tendo em vista o aproveitamento do curso, o fato de ter estudado com meu pai desde adolescente e de haver iniciado, precocemente, aos 17 anos, minha trajetória de professora de língua portuguesa, assim que formada fui convidada a participar do corpo docente da faculdade, o que muito me honrou, tendo ministrado aulas na instituição até que me transferi para Belo Horizonte.”
Suas doces palavras me fizeram lembrar versos da célebre canção “Espelho”, de João Nogueira, em memorável estrofe dizem assim:
“Eh, vida voa / Vai no tempo, vai / Ai, mas que saudade / Mas eu sei que lá no céu o velho tem vaidade / E orgulho de ‘sua filha’ ser igual seu pai.”
Moacir Silveira