Orlando Ferreira, o “Doca”, tecia criticas acerbas na
imprensa local. Não suportava o “Correio Católico”, por estar a serviço da
religião católica.Monsenhor Inácio, era o alvo preferido das suas críticas. O
“Lavoura e Comércio”, era tratado como “ órgão oficial do município...Suas
noticias dúbias, chegavam às raias do absurdo. Era o jornal que “mordia e
assoprava” ao mesmo tempo.Ao passo que denunciava fatos da cidade,elogiava o
intendente (prefeito) e encobria fatos que estivessem ligados aos “manda-chuvas”
da terrinha. Digo-lhes:- “que premonição, hein,”seo”Doca”? Parece que está
vivendo na terrinha nos dias de hoje”...
Só que o servilismo atual perdura. Não existem mais os
formadores de opinião. Editorial que representava o pensamento da folha , por
aqui, está fora de moda...Vive-se a era do “ não se vende espaço, vende-se
opinião”. Que tristeza, né “seo”Doca?...Ninguém pergunta porque deixaram de
circular a “Gazeta de Uberaba”, o “Correio Católico”, o “Cidade Livre”, as
rádios Difusora e P.R.E.-5, pioneiras na radiodifusão do interior no Brasil
Central, a TV- Uberaba,primeira geradora local de televisão! Espremeria babas
no canto da boca,ao saber que ninguém chorou, nem lágrimas de crocodilo, por
mortes assás prematuras...
“Doca” afirma no “Terra Madrasta”:-“Em Uberaba ,nunca houve
uma eleição limpa, livre e decente. Sempre campeou a mais desbragada
imoralidade, a mais pérfida corrupção. A arma dos chefões políticos uberabenses
,exceção de alguns poucos e raríssimos, sempre foi cheia de bobagens, cretinas
e idiotas. Uma grande parte dos funcionários municipais,é partidária do
“chefão”,que não vacila em prostituir-se no cargo que desempenham, pondo-o a
serviço do “mandão”para execução de planos criminosos e indignos”. Em tempo:-Se
“Doca” soubesse que secretário “canta” pretendente de cargo público com
promessas de sexo, por certo, desancaria o Prefeito, esperando que ele
afastasse o mau elemento, companheiro de equipe, até que o caso fosse
solucionado.Se inocente, retornasse: culpado, demitido...
Prossegue”Doca”:- “Os partidos políticos de Uberaba , são
quase sempre compostos por indíviduos sem honra,caloteiros, sem patriotismo,
sem cidadania, sem instrução, de uma ignorância apavorante , quase boçais,
alguns até incursos em artigos do Código Penal, que, em vez de dirigir o povo,
deveriam estar na cadeia”. À pág.136, “Doca”, sentencia: - “ Uberaba não deve
ao Chefe político nenhum favor. Só tem a lamentar as desgraças ocasionadas por
ele”...
Como advinho e visão “júlioverdiana”,parece que “Doca”vive
na Uberaba dos dias de hoje. Se soubesse que aqui prostituto se alía ao marido
traído, secretário que oferece emprego em troca de desejos sexuais, que
secretário namorado, dá o “cano” na ex e a deixa sem poder ter conta bancária,
por certo, ficaria ruborizado com as impublicáveis alianças políticas sempre em
busca do poder.Poder que fascina, mas também corroe e corrompe...
Se “Doca”tivesse vivo nos dias contemporâneos, na sua “terra
madrasta”, encolheria e cobriria o rosto de vergonha ao ver um monte de
“farinha do mesmo saco”, gente de todos os partidos políticos abraçados,
acomodados no mesmo barco, comendo salada indigesta na mesa de jantar da “casa
da mãe Joana”...Tudo em nome o quê? Do poder,claro! E o povão,óóóóóóóóó!!!
Luiz Gonzaga de Oliveira