sábado, 1 de julho de 2017

RUA ALAOR PRATA - UBERABA

RUA ALAOR PRATA - UBERABA
         Rua Alaor Prata – Trecho entre a Rua Artur Machado e a Rua Segismundo Mendes (Centro – 1930)

“Começa na rua Artur Machado, e finaliza na praça Coronel Manuel Terra. Fica no alto Estados Unidos. É atravessada pela rua Segismundo Mendes. Foi a primeira a se asfaltar […].

Em 1855 denominava-se rua ‘Manuel Antônio’, posteriormente, do ‘Sobradinho’, de ‘Santa Rita’, abrangendo com êste nome tôda a atual Saldanha Marinho. Em 1880, tomou o nome de rua da ‘Imperatriz’ que conservou até 1900, quando mudou-o para ‘Bandeirantes’. Em 1929, sem lhes arrancar as respectivas placas passou a denominar-se ‘Comendador Quintino’.

Pela Portaria nº 74, de 02 de novembro de 1930, o Govêrno Civil resolveu mudar o antigo nome da rua dos ‘Bandeirantes’ para ‘Alaor Prata’, voltando o de ‘Comendador Quintino’ a denominar a praça em cujo centro está o Grupo Escolar Brasil, como dantes era. (PONTES, 1978, p.278).”

(Arquivo Público de Uberaba)

Quem foi Alaor Prata

“Alaor Prata Soares, nasceu em 17/06/1882 em Uberaba.

Era um dos 4 filhos do primeiro matrimônio de Major Melânio Feliciano Soares e Mathilde Prata Soares. Iniciou os seus estudos em Uberaba. Cursou Humanidades no “Colégio Uberabense”, dirigido pelo Sr. Manoel Joaquim Bernardes; e, em 1899, matriculou-se no “Instituto Zootécnico de Uberaba”, lá permanecendo até que o governo Estadual suspendesse, via telegrama, as atividades daquela Instituição de Ensino.

Em seguida, matriculou-se na “Escola Politécnica de São Paulo” tornando-se engenheiro geógrafo e civil, em 1906. Atuou na imprensa local, dirigindo os Jornais “O Triângulo”; e a “Gazeta de Uberaba”, periódico no qual assinava a coluna ‘Fonografadas’.

No “Lavoura e Comércio” respondia por ‘cartas’, sob o pseudônimo SAP, – iniciais do seu nome.
O seu bom desempenho acadêmico lhe rendeu um emprego na linha da Mogiana Estrada de Ferro, ramal Monte Alegre – Socorro, oferecido pelo governo paulista.

Retornou a Uberaba, em 1907, ocasião em que foi comissionado por um grupo de fazendeiros locais para buscar Zebu na Índia.

Naquele período, 1907-1908, centenas de reprodutores zebuínos deram entrada no Brasil, através do incentivo do Governo Mineiro, numa iniciativa das casas comerciais:

Político ativo, era filiado ao Partido Republicano Mineiro, iniciando a sua vida pública como Vereador Especial pelo Distrito de São Miguel de Veríssimo, em 01/01/1908, tendo integrado, naquela gestão, a Comissão de Obras Públicas. Atuou na Câmara até 21 de janeiro de 1909, data em que solicitou renúncia do seu mandato, alegando incompatibilidade com o seu eleitorado, mesmo que sob protesto dos seus pares.

Naquele mesmo ano, graças ao Coronel Artur Baptista Machado, foi indicado candidato à Câmara Federal, como representante de Minas. Deputado eleito, exerceu os seus mandatos no período de 03/05/1909 à 15/11/1922 e 03/05/1927 a 23/10/1930.

Abraçou causas do interesse de Minas, em especial a do Triângulo e de Uberaba.

Vencendo as dificuldades das importações, Alaor Prata foi capaz de obter aprovação das leis que estabeleciam auxílios e subvenções aos que por elas se interessam.

Afastou-se da Câmara Federal, para exercer o cargo de Prefeito da cidade do Rio de Janeiro, no período de 15/01/1922 a 15/11/1926, cuja gestão foi caracterizada por reconstrução de finanças daquele Distrito Federal.

Foi Secretário Estadual da Agricultura, Viação e Obras Públicas de Minas Gerais, no governo de Olegário Maciel, entre 7 de setembro a 26 de novembro de 1930. Além das produções para a imprensa local e nacional, Prata Soares publicou “Questões Pecuárias”, em 1919, uma pequena obra em defesa do Zebu, que vinha sendo muito combatido, naquele período, em todo o País; “Caso de telefones: mensagem do Prefeito do Distrito Federal”, Rio de Janeiro, 1923-1926; “Cartas Anônimas. Ao tempo da Ditadura”, Rio de Janeiro, sob o pseudônimo Erastro.

Em 1958, publicou “Recordações de Vida Pública”, um relato sobre as condições em que ele e seu antecessor exerceram o cargo de Prefeito do então Distrito Federal, o que considerou “invocação de irrefutável direito de defesa”.

Desportista, foi o 12º Presidente do Fluminense Futebol Clube, no período de 1936 a 1940. Assinou, em outubro de 1943, o Manifesto dos Mineiros, um movimento nacional, que defendia a redemocratização do Brasil. Afastando-se da vida pública, dedicou-se exclusivamente à atividade industrial, no ramo de tecido, fixando residência na cidade do Rio de Janeiro, onde faleceu, em 19 de setembro de 1964.”

(Arquivo Público de Uberaba)