sábado, 24 de junho de 2017

O DESEMBOQUE – IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DO DESTERRO



Desemboque



Entre a mineração de meados do século XVIII, o Desemboque nasceu e prosperou conheceu aventureiros de toda espécie, padres pervertidos e militares da mais alta patente e soberba corrupção. O Arraial conheceu uma época que não corresponde o havido nas cidades mineiras de mineração, tais como Ouro Preto, Sabará, Mariana, Caeté, Serro, ECT. Nem tem a mesma importância histórica e sociológica para o Brasil como aquelas Cidades do ciclo do ouro e do diamante tiveram. (…) Daí, então o Desemboque, esgotadas as escavações minerais, após o êxodo regular que acompanha todo o fim de um ciclo de mineração, voltou-se para a pecuária. Voltou-se para a terra, de outra maneira. Cuidando do gado e plantando também. Mas, mesmo assim, a decadência foi um fator inevitável. A pecuária e a agricultura não foram suficientes para manter o “STATUS quo”. As famílias continuaram a debandar dali. Hoje, nada mais resta daquilo que foi o quartel dos opulentos. Dois marcos se mantém firmes, nas cabeceiras do Rio das Velhas (atual Araguari): Os dois prédios das igrejas são marcas de uma época de dinheiro razoável e de uma vida que aflorava e prometia ser longa. Mas o principal papel do Desemboque é sua função histórica como fator de unidade regional, para se entender a realidade de Minas Gerais e do Triangulo Mineiro. (NABUT. 1986. P.62, 63,71)

Foto: Autoria desconhecida/Arquivo Público de Uberaba.