terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Presépio do Giraud

Lembranças do João Batista Giraud (sobrenome francês de descendência e que pronuncia-se Girô) que dotava Uberaba de plena felicidade com o seu “presépio vivo”.

Saí noite dessas para apreciar as vitrines das lojas enfeitadas da Artur Machado e sentir o clima das festas de fim de ano na santa terrinha.

Tinha certeza que iria ver a rua iluminada , lâmpadas coloridas num “pisca-pisca” frenético , interminável de cores e desenhos natalinos. Para minha tristeza, infelizmente, não vi nada disso. Não sei porque o comércio não se enfeitou, decorou as lojas da principal rua de comércio da cidade e absteve-se do colorido e alegria que as vésperas do Natal, sempre proporcionam. Evidente, não quis acreditar , nem achava ser possível, que, nessa época do ano, o centro comercial ficasse às escuras . Confesso-lhes que não tenho o dom para o exercício da futurologia...

Chegando o Natal, me veio à lembrança , outros tempos, outras épocas da minha Uberaba alegre, colorida, divertida, trepidante. 50 anos? Talvez. Por aí...


João Batista Giraud, Girô com as filhas, no presepio, na rua 13 de Maio. (Hoje,8° Batalhão Bombeiros Militares Uberaba em Rua Treze de Maio, 74 )
 Foto do acervo pessoal de Vilma Vasconcelos.

 Funcionário da Prefeitura , ele, durante o ano inteiro, recolhia restos de material daqui e dalí, guardava brinquedos velhos que recebia, recolhia metros e metros de fios elétricos e, mercê de talento criador, pacientemente, montava o seu presépio “vivo”. “Figuras” que se moviam ao poder da eletricidade, luzinhas que acendiam e apagavam, o “menino Jesus” que movia as perninhas, a Virgem Maria que mexia a cabeca, São José, ao seu lado, erguendo os bracinhos, um “ monjolinho” que derramava água em cascata, um boizinho fingindo estar pastando, os Reis Magos ( Gaspar, Baltazar e Belchior), caminhando em direção à gruta e uma estrela que cintilava, indicando o caminho de Belém...

Giraud, ao abrir ao público a sua obra prima, era a alegria em pessoa. Era ele, sem dúvida, o menino que ganhou de Papai Noel, o melhor e mais esperado presente. A sua alegria era tão contagiante que chegava às lágrimas, mormente ao ver aquele bando de crianças , alegres, felizes, sorridentes, enternecidas e embevecidas , vendo o “nascimento” do Cristo Salvador, o menino Jesus. O local até que nem era muito apropriado, contudo, era o único que a Prefeitura dispunha para que o Giraud construísse a sua obra : rua 13 de maio, antigo depósito de matérias da PMU e, onde hoje, está instalado o quartel do Corpo de Bombeiros...

O presépio “vivo” construído pelo Giraud, era a grande atração natalina, acontecimento ansiosamente aguardado pelas crianças da terrinha, as de menor poder aquisitivo então, nem se fala ! Mas, na vida tudo acaba. Inclusive aquelas que mais tocam o nosso coração; com a aposentadoria e depois falecimento do “artista” Giraud, “aposentou-se” e depois “morreu”, o presépio “vivo” da amada terrinha.

A saudade é enorme. Paro por aqui. Não contenho as lágrimas. Tchau !” MOi, turma !

(Você jamais conseguirá resgatar o pecado da soberba )


Saí noite dessas para apreciar as vitrines das lojas enfeitadas da Artur Machado e sentir o clima das festas de fim de ano na santa terrinha.

Tinha certeza que iria ver a rua iluminada , lâmpadas coloridas num “pisca-pisca” frenético , interminável de cores e desenhos natalinos. Para minha tristeza, infelizmente, não vi nada disso. Não sei porque o comércio não se enfeitou, decorou as lojas da principal rua de comércio da cidade e absteve-se do colorido e alegria que as vésperas do Natal, sempre proporcionam. Evidente, não quis acreditar , nem achava ser possível, que, nessa época do ano, o centro comercial ficasse às escuras . Confesso-lhes que não tenho o dom para o exercício da futurologia...

Chegando o Natal, me veio à lembrança , outros tempos, outras épocas da minha Uberaba alegre, colorida, divertida, trepidante. 50 anos? Talvez. Por aí...

Giraud, ao abrir ao público a sua obra prima, era a alegria em pessoa. Era ele, sem dúvida, o menino que ganhou de Papai Noel, o melhor e mais esperado presente. A sua alegria era tão contagiante que chegava às lágrimas, mormente ao ver aquele bando de crianças , alegres, felizes, sorridentes, enternecidas e embevecidas , vendo o “nascimento” do Cristo Salvador, o menino Jesus. O local até que nem era muito apropriado, contudo, era o único que a Prefeitura dispunha para que o Giraud construísse a sua obra : rua 13 de maio, antigo depósito de matérias da PMU e, onde hoje, está instalado o quartel do Corpo de Bombeiros...

O presépio “vivo” construído pelo Giraud, era a grande atração natalina, acontecimento ansiosamente aguardado pelas crianças da terrinha, as de menor poder aquisitivo então, nem se fala ! Mas, na vida tudo acaba. Inclusive aquelas que mais tocam o nosso coração; com a aposentadoria e depois falecimento do “artista” Giraud, “aposentou-se” e depois “morreu”, o presépio “vivo” da amada terrinha. Luiz Gonzaga Oliveira

A saudade é enorme. Paro por aqui. Não contenho as lágrimas. Tchau !”