quarta-feira, 21 de julho de 2021
DR. SÍLVIO PONTES PRATA.
sexta-feira, 25 de junho de 2021
Baile do Cowboy no Jockey
E o Baile do cowboy já teve Reggae. Lembra? Sabia?
Como diretor social do Jockey na gestão do Delcides, trouxe um “tal” de Leandro & Leonardo para o Baile do Cowboy. Isso em 1992. O sertanejo, que nem tocava em rádio FM, prometia. Apostamos neles e foi um sucesso. Camarote nem existia. Inventei essa coisa e foi um tremendo sucesso. Qual festa grande no Brasil não tem camarote? “Viralizou”. Bom, o ano de 1993 chegou e eu virei presidente do Jockey. Por incrível que pareça, o sertanejo naquele ano deu uma caída. O Reggae estava tocando muito. Não tive dúvidas. Contratei o Jamaicano JIMMY CLIFF. O sucesso foi muito grande.
Uma passagem que não me esqueço foi quando o Mário Sérgio Borges ( Marreco), uberabense que estava morando em Goiânia, me chamou num canto e me disse: Zé, vim de Goiânia para te prestigiar e conhecer essa dupla. Eu fui logo perguntando. Que dupla Marreco? Ele, com um humor invejável, foi logo respondendo: uê, o Jimmy e o Cliff.
Choramos de rir. O Baile do Cowboy de lá pra cá nunca deixou de ser o palco dos sertanejos e uma das principais festas do Brasil.
José Renato Gomes
Ex-diretor Social do Jockey Clube de Uberaba
Bandido da Cartocheira.
LEMBRANÇAS DE COBERTURAS JORNALÍSTICAS: SERIAL KILLER
segunda-feira, 21 de junho de 2021
AURÉLIO LUIZ DA COSTA
As vendas corresponderam ao preço do prêmio, um carro zero km Aero-Willis. Apurado o resultado, a sorte finalmente sorriu para a Entidade, concedendo-lhe a premiação.
Este dinheiro era necessário para cobrir os custos finais de implantação da torre de transmissão da TV TUPI que, de Buritizal, SP, jogaria o sinal para Uberaba.
Era o remate de uma epopeia que se iniciou quando a TUPI, a pioneira da TV no Brasil, criada em 1950, passou a se expandir na década de 1960, para o interior de São Paulo.
As tratativas iniciais para trazer o sinal para Uberaba começaram na gestão de Mário Grande Pousa na ACIU (1961/1962), tendo como auxiliares diretos nesta empreitada, entre outros, os seus diretores José Sexto Batista de Andrade, Aurélio Luiz da Costa, Lincoln Borges de Carvalho, Gilberto Rezende e Mário Salvador.
Grande parte dos entusiastas deste processo firmaram compromissos de apoio mediante a promessa de pagamentos em parcelas para cobertura das despesas. Todavia, muitos não puderam resgatar seus compromissos.
A responsabilidade dos custos remanescentes recaiu sobre a gestão de Aurélio Luiz da Costa (1963). Desavenças que a poeira do tempo apagou, reduziu para oito o número de diretores da Entidade. Mesmo assim, novos personagens se juntaram nesta empreitada, entre outros, Benedito Jorge, Zito Sabino de Freitas, Jorge Dib Neto, Ronaldo Benedito Cunha Campos e José Leal do Alemão.
Não foi nada fácil para a diretoria da ACIU concretizar o compromisso assumido com a comunidade. Recursos e pessoal escasso, todavia, não foi capaz de aquebrantar o espírito de luta do presidente Aurélio. Dezenas de viagens a São Paulo, busca de apoio com o deputado estadual José Marcus Cherém em Belo Horizonte e por fim, o resultado de uma rifa, deu a ele e a sua diretoria, o troféu de “Vencedor”.
O pequeno e improvisado estúdio foi implantado no final da Rua Artur Machado. Os remates ficaram por conta da diretoria de Leo Derenusson (1964/1965) para que, finalmente, na gestão de Edson Simonetti, (1966/1967), a cidade contasse com a programação da TV Tupi.
Uma nova era foi inaugurada com a implantação da TV em Uberaba. Novos pilares econômicos foram se assentando. Lojas se abriram para o comércio de aparelhos de televisão e de antenas; novos profissionais para oficinas de reparos e novas profissões vinculadas às áreas artísticas e de comunicação. Um mundo novo e deslumbrante de fantasias se apresentou na cidade que só conhecia o rádio. A paixão pela novidade foi retumbante.
Apesar do tempo dedicado à missão TV, outras questões mereceram a atenção da ACIU na gestão do Aurélio. Foi neste período que a Entidade participou da elaboração do Código Tributário Municipal.
A UNASBA-União das Associações e Sindicatos de Uberaba, criada a cerca de uma década, tinha Aurélio na presidência neste período, contribuindo assim com a ACIU, na luta para o asfaltamento de Uberaba/Belo Horizonte (BR 262) e Uberaba/Uberlândia (BR 50) bem como para a campanha de canalização dos córregos.
Aurélio foi o maior acionista individual do Banco do Triângulo, criado por Fidélis Reis e que posteriormente foi encampado pelo Banco Nacional de Magalhães Pinto e que, por sua vez, foi encampado pelo Banco da Lavoura, virou Banco Real e hoje é Santander.
Uma de suas atividades era o comercio de madeiras, inicialmente na Praça Frei Eugênio com a empresa “Madeireira Triângulo”, posteriormente transferida para a Rua Capitão Manoel Prata.
Foi também diretor da empresa estatal FRIMISA - Frigorífico de Minas Gerais, localizada onde se encontra hoje as instalações do Frigorífico Boi Bravo.
Dotado de espírito comunitário, Aurélio fez diversas doações de terrenos para instituições de caridade e escolas municipais e estaduais, entre estas, a da Abadia e do Jardim Induberaba.
Sua morte prematura em 25 de dezembro de 1965, aos 34 anos de idade, deixou inconsolável sua esposa Ivani Amaral Costa e seus quatro filhos Marco Aurélio, Aurélio Jr., Márcia e Márcio (Budú)
Aurélio Luiz da Costa é hoje nome de uma Praça de Uberaba localizada no bairro de São Benedito. É também nome da Escola Estadual localizada no Jardim Induberaba. É saudade de seus amigos e familiares. É exemplo de luta extremada na defesa dos interesses de Uberaba. É história que jamais poderá ser esquecida.
Gilberto de Andrade Rezende.
Membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro, ex-presidente e Conselheiro da ACIU e do CIGRA.
Fontes;
ACIU –
Mário Salvador –
Marco Aurélio Luiz da Costa.
TURFA – UM ESTUDO DE SUA POTENCIALIDADE ENERGETICA
DOM ALEXANDRE GONÇALVES DO AMARAL.
ANTÔNIO MARTINS FONTOURA BORGES
Guido Bilharinho – Livro - Uberaba Dois Séculos De História – Volume II;
Firmino Libório Leal – Artigo - Antônio Martins Fontoura Borges “Toniquinho”. Uma página esquecida na história de Conquista;
Superintendência do Arquivo Público de Uberaba;
Jornal da Manhã;
Museu do Zebu – livreto - Fazendas de criação do Triângulo Mineiro;
Carla Mendes Bruno Brady e Randolfo Borges Filho – livro A epopeia dos Borges;
Claudia Marun Mascarenhas Martins – Tese - As empresas do grupo Mascarenhas e o desenvolvimento de sociedades anônimas.
REYNALDO DE MELO REZENDE.
Velharias e velhacarias
A propósito de um aniversário
Uberaba está em todas` também com Paulo Mesquita
HOMENAGEM A LUIZ GONZAGA DE OLIVEIRA
domingo, 20 de junho de 2021
POETAS DO TRIGO
“Os poetas com a pureza que têm n’alma, sempre são chamados a expressar seus versos nos momentos cruciais da humanidade”. Não me lembro qual foi o feliz autor da frase acima, porém que é verdade não tenhamos a menor dúvida.
No dia 17/06/2021, tive a honra de, representando a Academia de Letras do Triângulo Mineiro, integrar a Comissão Julgadora do Concurso de Poesias “Pão nosso de Cada Dia: POETAS DO TRIGO”, promovido pela Secretaria de Educação de Uberaba/ FIEMG Social e Sindicato das Panificadoras. Concorreram cerca de 120 alunos adolescentes da Rede Municipal de Ensino.
Quatro concorrentes sagraram-se vencedores! Desnecessário é pontuar que: fica patente o quanto a juventude tem a oferecer nesse momento delicado -pandemia-pelo qual está passando a humanidade.
Versos extraídos do coração, formam poesias, rimadas ou não, que penetram nos arcanos da sensibilidade muito além do alcance da mão... Rimou? Não era esta a intenção.
Nós os jurados ficamos deslumbrados com o talento dos jovens, ao construírem poesias (autênticas obras de arte),
que nos levaram às lágrimas. O PÃO, primoroso alimento, foi o foco. Impressionante foi o valor expresso pelos jovens ao trigo, ao pão, ao padeiro, etc., que muitas vezes não lhes damos a importância merecida...
Que venham outros Concursos!
A Academia apoiará sempre.
João Eurípedes Sabino.
Presidente da ALTM.
Uberaba, 20/06/2021.
Obs: breve divulgaremos os nomes dos vencedores e seus poemas.
terça-feira, 15 de junho de 2021
Calou-se o marquês do Cassu
QUE TRISTE TARDE
Tomei conhecimento de sua partida meu amigo irmão.
A nossa cidade que vc tanto amou perde hoje o seu defensor.
Quis o cruel destino (maktub) que fosse vc acometido desse mau terrível junto com Marilia, a filha que sempre esteve ao seu lado.
Internados os dois ela foi embora antes para enfeitar a sua chegada, ornamentando com abraços enternecidos o seu novo lar.
Felizmente quis a sorte benfazeja que ela foi sem você saber para a surpresa de abraça-lo na chegada.
Você foi a voz de Uberaba com seus arroubos de amor e a sua lembrança viva em seus escritos, onde se lia como se fosse ao vivo e a cores, personagens que por essas ruas perambulavam, hoje e antigamente, ressuscitados por sua memoria prodigiosa.
Lembro-me do seu inicio na antiga igrejinha de São Benedito no serviço de alto falantes na praça da velha rodoviária.
Era você e o Vicente Paula oliveira (o maior declamador de Catulo da Paixão Cearense) sendo que o Vicente já se foi de há muito e estará também presente na sua chegada.
As quermesses com seus correios elegantes faziam a alegria de nosso povo.
Lembro-me de quando você leu o correio elegante de um poeta desconhecido que respondendo a uma gentil e linda senhorita lascou: “eu quisera ser uma lagrima para em seus olhos nascer, por sua face correr, e em sua boca morrer”.
Você falou que o poeta casou e não mais fez versos!
Dai você foi galgando os degraus da trajetória iluminada que o traria ate hoje, passando por radio, televisão e jornais.
Quando quiseram por motivos outros, mudar a data de nascimento de sua terra amada o mundo veio abaixo.
Veio á tona uma sua faceta por nós desconhecida, de um denodado e valente defensor do berço.
O brilhante lutador fez de sua pena espada, e partiu para o confronto.
Essa peleja açodada pela peça teatral de Luigi Pirandello ”ASSIM E SE LHE PARECE” iria chegar a lugar nenhum, mas ficou no limbo para ser interpretada de acordo com a ideologia ou conveniência de cada um.
Você Gonzaga foi um grande amigo e ser amigo é muito difícil, e a gente quando encontra um, tem que dar valor, e quando estamos juntos jamais dar motivos para sair da roda e ir embora e você se foi.
Mas esse adeus provocado por essa maldita síndrome não irá impedir um reencontro no andar de cima.
A nossa cumplicidade em somar tristezas e dividir alegrias com o nosso Botafogo expulsava os resquícios de quaisquer malsinados pensamentos de que um dia haveria essa dolorosa despedida
A dor do amigo que perde um companheiro não é pouca.
As tardes no Filó para espancar a solidão e nunca acreditar que um dia haveria essa triste separação.
Disse-lhe eu uma vez que os personagens da terra que não eram ficção, e sim protagonistas viventes como Dora Doida, Maria Boneca, Maria Carrapata, Coronel Delcides e Alicate que se dizia filho de Heleno de Freitas do nosso Botafogo, que poderiam ser figuras de um romance regional que nos levaria a viver de novo emoções passadas e a vc a gloria nacional na literatura, já que aqui vc e exponencial.
Você lutou para vencer a Covid, mas vencido fez uma cidade inteira chorar, e foi sem se despedir, mas deixou pra todos: o testemunho de seu grande amor por UBERABA!
A Vânia com certeza devia sentir-se enciumada por tanto amor a nossa Uberaba, mas ela tinha o coração nas alturas e jamais deixaria de incentivar tão extremada paixão pela nossa terra.
Terra que hoje se sentirá agradecida por servir de agasalho pro seu corpo frio.
O seu corpo Gonzaga hoje volta ao ventre amado, feliz pelo fruto tão produtivo em versos e prosas que você nos legou.
Nosso rincão amado jamais será o mesmo sem a presença pujante de sua pena-espada valente a nos defender.
Somos todos órfãos de sua presença física, mas temos a certeza inexorável de que você onde estiver com a força da experiência de vida que teve jamais nos esquecera na morte.
Siga com Deus nobre MARQUE DO CASSU!
* Walter Bruce da Fonseca, 14/06/2021
BANDEIRA A MEIO MASTRO
Sim, Bandeira a Meio Mastro.
Ontem -14/06/2021- no início da noite cumpri a mais árdua missão: subi as escadarias da sede do nosso Sodalício Triangulino de Letras e, lá encima, baixei o Pavilhão Nacional deixando-o a meio mastro.
A tristeza invadiu-me e tive que ampliar minhas forças para materializar o meu intento: homenagear nosso herói que de nós se despediu para sempre, vítima da Covid-19, deixando vazia a Cadeira número 15.
A missão do presidente é extremamente árdua quando se trata de comunicar à sociedade que a Academia de Letras do Triângulo Mineiro perde um de seus diletos membros. Aí se apresenta o Pavilhão Nacional com seu silêncio mudo e, literalmente imóvel, emite a mensagem que vale por milhares de palavras: “Aqui estou para representar o luto. Minhas quatro cores (verde, amarelo, azul e branco) se transformam numa só; o preto, cor que traduz o luto”.
LUIZ GONZAGA DE OLIVEIRA faz as cortinas do show se fecharem e o ciclo dos combatentes por Uberaba se encerra. Quem lutou tanto por sua terra quanto ele? Nenhum outro filho, se buscarmos em nossa história que começa oficialmente no século XIX.
De Borges Sampaio, passando por Hildebrando Pontes, José Mendonça e outros autores até os dias de hoje, todos escreveram bem a história das Sete Colinas, mas LUIZ GONZAGA DE OLIVEIRA vestiu uma nova roupagem na história e a contou de forma a despertar no uberabense o amor pela sua terra e inadmitir a sua classificação em
lugares longe do primeiro.
Aí está o tributo que sempre estaremos em débito com LUIZ GONZAGA DE OLIVEIRA.
Segue amigo Gonzaga. A sua imortalidade se inicia agora e nós aqui ficamos para consagrar o seu bendito nome.
Abraço fraterno.
João Eurípedes Sabino.
Presidente da Academia de Letras do Triângulo Mineiro.
Uberaba/MG/Brasil
15/06/2021
segunda-feira, 14 de junho de 2021
Grande perda para nossa cidade, o Gonzaga era parte da memória viva de Uberaba.
Por outro lado, já tendo visto a situação lastimável em que retornaram para casa alguns conhecidos (bem mais jovens que o Gonzaga) após ficarem semanas entubados em hospitais com Covid, eu fico em dúvida se, para os mais idosos acometidos pelo quadro grave da doença, a morte não é por vezes uma benção. No caso dele, agravado pela situação de ter que lidar com a morte da filha, que é daquelas dores inimagináveis.
Que descanse em paz. Viveu uma vida plena.
O sepultamento ocorrerá às 09h do dia 15/06/2021, no Cemitério Memorial Parque. Rua João Batista Ribeiro, 2555 - Distrito Industrial I. Uberaba - MG.
sábado, 5 de junho de 2021
O cabeleireiro que encantou os jovens e irritou os coronéis
(Walter Farnezi / Uma primeira versão desse texto foi publicada no Jornal de Uberaba em 28/03/2020)