terça-feira, 29 de dezembro de 2020

OS NOMES DE UBERABA

Há três versões distintas para a origem do nome da nossa cidade:

1. De acordo com Xavier Fernandes, na obra TOPÔNIMOS E GENTÍLICOS, Volume II, página 69, Uberaba é uma palavra indígena, citada no vocabulário jesuíta, que significa água brilhante, pois o U traduz-se por água e VERAVA, por resplandecente.

Centro de Uberaba - Foto - Arquivo Público Mineiro. Ano:1900


2. Para Augusto de Lima Júnior, em artigo publicado na revista de HISTÓRIA E ARTE, volume 3 e 4, na página 70, "Uberabaé" é o nome como os índios Caiapós[1] denominavam uma ave palmípede peralta colorida, muito comum na região, naquela época.

3. Von Martius, no livro GLOSSARIA LINGUARUM BRASSILIENSIUM, página 517, dá uma interpretação diferente e afirma que o nome deriva de "Obayroba" (Oba = palmito e Yroba = amargosa), ou seja, a planta tradicionalmente conhecida como gariroba.

Atualmente, a versão mais aceita para o nome da cidade é a primeira, podendo-se traduzir por rio de águas claras e cristalinas ou rio claro.

Até 1820, o arraial era conhecido como Santo Antônio do Beraba, conforme verificado no proclama de casamento de Antônio Joaquim da Silva e Anna Josefa Reis, fixado, em 1816, na porta da Capela de “Santo Antônio do Beraba”, (atual Centro de Cultura José Maria Barra). Comprova-se assim que o nome já era utilizado antes mesmo de Uberaba ser elevada à condição de Freguesia, em 1820.

De 1820 a 1836, passou a se chamar Santo Antônio e São Sebastião de Uberaba. De 1836 a 1856, chamou-se Vila de Santo Antônio de Uberaba e, finalmente, Uberaba, a partir da elevação à cidade, em 1856. (Arquivo Publico de Uberaba)



Jornal Gazeta de Uberaba

Acervo: 1879 a 1912 

A Imprensa no Brasil: 


Os jornais são referências fundamentais para as pesquisas historiográficas por garantirem acesso à informação e revelarem ideologias diferenciadas, as tradições, os usos, os costumes, as atividades comerciais, os aspectos políticos, sociais, culturais e econômicos, que marcaram a trajetória de um povo. 

No Brasil, qualquer atividade de imprensa era proibida antes de 1808 e, consequentemente a imprensa brasileira nasceu tardiamente, assim como o ensino superior, as manufaturas, a própria independência política e a abolição da escravatura. 

Ao contrário dos principais países latino-americanos, o Brasil entrou no século XIX sem tipografia, sem jornais e sem universidades, inviabilizando a formação do público leitor. Isso gerou um legado de analfabetismo, sentido até hoje. 

A primeira tipografia a funcionar de forma duradoura no País viria a bordo da nau Medusa, integrante da esquadra que transferiu a Corte Portuguesa para o Brasil em 1808, fugindo das tropas napoleônicas. Utilizando-se desse material tipográfico o príncipe D. João baixou um decreto em 13 de maio de 1808, determinando a instalação da Impressão Régia no Rio de Janeiro, com a ressalva de que nela “se imprimam exclusivamente toda a legislação e papéis diplomáticos que emanarem de qualquer repartição do meu real serviço, e se possam imprimir todas e quaisquer obras, ficando inteiramente pertencendo seu governo e administração à mesma Secretaria”. 

Tobias Rosa foi um dos dirigentes do Jornal Gazeta de Uberaba. Imagem do final do século XIX.
 Acervo: Superintendência do Arquivo Público de Uberaba.


A imprensa brasileira tem como marcos fundadores: o lançamento, em Londres, do Correio Braziliense, em 1º de junho, e a criação da Gazeta do Rio de Janeiro, em 10 de setembro, ambos de 1808. 

Apesar dos percalços e limitações, a imprensa brasileira conquistou espaço em sua trajetória histórica e possui um número apreciável de jornais que têm revelado notável capacidade de inovação técnica e editorial, o que lhes permitem vencer todos os desafios surgidos até hoje. 

A Imprensa em Uberaba: 

Em Uberaba, a imprensa surgiu em fins do século XIX e desde então revela fatos importantes que marcaram a história da cidade e do Brasil. Os jornais fundados na cidade tiveram o desafio de construir um jornalismo informativo, crítico e esclarecedor. 

O primeiro jornal impresso que se tem notícia no Triângulo Mineiro surgiu em Uberaba, intitulado O Paranaíba, que segundo o pesquisador Hildebrando Pontes[1], foi criado pelo médico francês Henriques Raimundo des Genettes em 01 de outubro de 1874. 

Hildebrando Pontes revela que a maioria dos primeiros impressos obedecia a fins políticos, “daí ser a política uma das causas que mais eficazmente contribuíram para o progressivo desenvolvimento da imprensa entre nós” [2]. Lembra que por estes impressos manterem posicionamentos políticos em suas abordagens, alguns jornalistas sofreram violências das partes ofendidas. 

Segundo Hildebrando Pontes, em boa parte era graças aos jornais que a civilização ganhava força: “Hoje, graças ao benemérito influxo da civilização, cuja maior parte se deve à imprensa, a leitura de jornais é tão necessária ao espírito como o alimento que da vida e força ao organismo. Um fato parece não ter importância se dele não se ocupa a imprensa”. 

Jornal Gazeta de Uberaba: 


Com a preocupação em viabilizar para o público o acesso às informações pertinentes à imprensa de Uberaba, a Superintendência do Arquivo Público tem como um dos objetivos recuperar acervos documentais. Diante disso, intermediou junto a Arnaldo Rosa Prata, ex-prefeito de Uberaba, a disponibilização do Jornal Gazeta Uberaba para ser digitalizado e disponibilizando via internet para o público. 

O Gazeta de Uberaba foi distribuído pela primeira vez em 1875 e teve como primeiro diretor e redator José Alexandre de Paiva Teixeira. Na primeira etapa de sua existência foi publicado até fevereiro de 1876. 

Em 27 de abril de 1879 o mesmo jornal foi recriado por João Caetano e Tobias Rosa (tio de Arnaldo Rosa Prata) e nessa época o impresso manteve uma atuação político-partidária oponente ao Partido Liberal que era representado por outro jornal com o título de Correio Uberabense. 

O Jornal Gazeta de Uberaba foi o quarto periódico criado em Uberaba. 

Arnaldo Rosa Prata resguarda o acervo há anos e gentilmente emprestou os jornais para serem digitalizados pela Superintendência do Arquivo Público de Uberaba. Um acervo de grande importância para a história do município e região e se refere ao período de 27 de abril de 1879 a 1912. 

O Gazeta de Uberaba era um periódico semanal, que após 30 de novembro de 1894 passou a circular seis vezes por mês. Em 1º de janeiro de 1903, a circulação passou a ser diária e tornou-se o primeiro jornal diário que Uberaba teve. 

Nas oficinas montadas com capricho, na Rua Tristão de Castro, nº 2, executavam-se excelentes trabalhos de arte tipográfica. A sua tiragem era de 1.200 exemplares impressos em 4 a 6 páginas. Na sua existência de aproximadamente meio século de circulação, o Gazeta de Uberaba contava com um numeroso corpo de colaboradores representados por distintos jornalistas nacionais e estrangeiros. 

Em 1891 assumiu a direção do jornal o professor Alexandre Barbosa, sucedido pelo promotor de justiça pública de Uberaba, Joaquim José Saraiva Júnior, que também não permaneceu por muito tempo na direção, uma vez que foi transferido para a Promotoria de Monte Alegre. Sendo assim, a coordenação e redação passaram para as mãos de Chrispiniano Tavares, José Maria Teixeira de Azevedo e outros. Quando entrou em cena a República, a aderência política afeita pela folha ajustou-se ao Partido Republicano Mineiro (PRM). 

Já no ano de 1895, o então proprietário do jornal Gazeta de Uberaba, Tobias Antônio Rosa, mudou-se para o município de Ribeirão Preto, levando consigo o jornal, que passou a ser intitulado São Paulo e Minas. Em 1897 Tobias Antônio Rosa voltou para Uberaba e reabriu as portas da redação do jornal com o seu nome anterior, Gazeta de Uberaba. 

Na sucessão da presidência do Estado de Minas Gerais, de Bias Fortes, para Silviano Brandão, surgiu em Uberaba o Partido da Lavoura e Comércio, entidade que representava os interesses de segmentos econômicos da região que eram contrários às taxações cobradas em detrimento aos seus interesses financeiros. Assim nasceu também o jornal Lavoura e Comércio, em 1889, de propriedade de Antônio Garcia de Adjunto. O embate de interesses políticos na região ficou marcado claramente nas linhas editorias dos dois jornais: de um lado estava o Gazeta de Uberaba, alinhado com as proposições políticas do governo de Minas Gerais, de Silviano Brandão; do outro lado, o Lavoura e Comércio, entrincheirando os interesses classistas locais. 

A oposição do jornal Gazeta de Uberaba ao jornal Lavoura e Comércio se deu até a fusão do Partido da Lavoura e Comércio com o Partido Republicano Mineiro, em janeiro de 1903. Após esse período o Gazeta de Uberaba centrou-se noutras questões de interesses gerais como relata Pontes[3]. 

Hildebrando Pontes, mostra no seu estudo sobre a imprensa de Uberaba que, o Gazeta de Uberaba, a partir de 1909, ajustou seu enfoque editorial à defesa do recém-criado Partido Civilista, contrário a indicação feita pela convenção nacional ao pleito da Presidência da República. Hildebrando Pontes ainda conta que o jornal tomou outra linha absolutamente diferente pela marcada até então, quando: 

[...] Entretanto por transação de 21 de janeiro do ano seguinte, entre os diretores os senhores Tobias Rosa e Filho e o Coronel Américo Brasileiro Fleury, passou a ser, a Gazeta de Uberaba, desse dia em diante propriedade do último. Essa transação inverteu diametralmente, os pólos de defesa política do jornal, que passou a ser agora, órgão francamente hermista, politicamente redigida pelo deputado Afrânio de Mello Franco, e literariamente redigido pelo José Afonso de Azevedo, figurando, ainda, no seu corpo de colaboradores, além de outros, o Dr. José Julio de Freitas Coutinho, Juiz Municipal de Uberaba. Cessada a campanha hermista, continuou como órgão do PRM, redactoriado pelos doutores Lauro de Oliveira Borges, Alaor Prata Soares e José Julio de Freitas Coutinho. (PONTES, JORNAL CORREIO CATÓLICO, 1931. n/p). 

A partir de 24 de janeiro de 1911, o jornal Gazeta de Uberaba tornou-se “Propriedade de uma Associação”, dirigida pelos mesmos senhores, menos o Dr. Coutinho, que se retirou. 

No entanto, o Jornal Gazeta de Uberaba teve suas atividades interrompidas em 1912. 

Em novembro de 1913, o coronel Tobias Rosa, fundou a Gazeta do Triângulo, uma associação que defendia os interesses do PRM – Democrata. 

Em 1915 rearticulou a volta do Gazeta de Uberaba, que dessa vez atendia aos interesses do “Partido da Concentração Municipal de Uberaba”. Desse modo, o Gazeta de Uberaba funcionou até 1917, ano em que faleceu o coronel Tobias Antônio Rosa. 


Marta Zednik de Casanova 

Superintendente do Arquivo Público de Uberaba 



[1] PONTES, Hildebrando. A Imprensa de Uberaba. JORNAL CORREIO CATÓLICO, 21 de mar. 1931. n/p. nº 360. 

[2] Id. Ibid. n/p. [3] PONTES, Hildebrando. A Imprensa de Uberaba. JORNAL CORREIO CATÓLICO, 21 de mar. 1931. n/p. nº 360. n/p.


segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

O defunto

Já notaram que meu personagem favorito é o meu pai. Isso se deve ao fato da admiração que eu sempre tive por ele, além do que ele foi uma das pessoas mais espirituosas que eu conheci e contava casos como ele só.

Quando crianças, depois do almoço eu, os irmãos e os primos, se estivessem em casa, deitávamos todos na cama e ele contava as histórias da “mão cabeluda”, personagem inventada por ele que poderia a qualquer momento sair de baixo da cama pra nos pegar.

Não raro, ele pegava no sono contando o episódio e como nós ficávamos com medo de descer da cama por causa da mão cabeluda, dormíamos a siesta também, dando assim um alívio para minha mãe fazer as tarefas do dia-a-dia.

Esse fato que passo a relatar, aconteceu em uma quarta-feira de um mês de maio num dia frio e sem sol, com uma garoa caindo intermitentemente.

Na época meu pai tinha uma pequena ilha na região de delta, onde todo fim de semana, se em Uberaba estivesse, juntava a tralha, e junto com minha mãe e o amigo inseparável Adib Sarkis, partiam na sexta-feira à tarde ou sábado de manhã, rumo à “Ilha do Kappa” para a pescaria de Piaus, Taguaras e afins na bem cuidada Brasília que dormia na frente da minha casa, amarrada pelo para-choques com uma corrente, que por sua vez era chumbada ao meio fio em frente a nossa casa, pois nessa época não existia garagem lá.

Pois nessa quarta-feira já citada, de manhã, meu pai estava na Lotérica trabalhando e sem motivo algum, decidiu ir até a ilha. Me pediu para tomar conta da loja e saiu sozinho sem pegar a tralha, sem chamar ninguém e nem a roupa trocou.

Chegando lá, meu pai desceu o barranco para pegar a canoa, que ficava também trancado por corrente, em uma figueira em frente à ilha.

Como não havia levado nem remo, fez uso de um pequeno remo reserva, que deixamos escondido para a eventualidade de um possível esquecimento.

Mas ao invés de atravessar os 10 metros que separam a ilha do barranco, meu pai, sem motivo algum, embicou a canoa para cima, em direção a uma pequena baía que se formava logo acima da ilha e era coberta quase que completamente por vegetação e onde nós costumávamos pegar iscas para pescar os Dourados.

Entrando na Baía ele avistou o motivo desse relato.

Boiando de bruços e inchado já, ele se deparou com um homem morto, meio que encoberto pela vegetação. Diz ele que nem surpreso ficou pois parecia que ele já sabia o que iria fazer ali e com o pedaço de corda que deixávamos no bico da canoa, amarrou o defunto pelo punho em um galho mais robusto da vegetação e voltou para o pequeno porto onde ficava a canoa.

Tudo isso foi feito maquinalmente, como se fosse uma missão, dizia ele.

Voltando para Uberaba, no caminho ele veio pensando: e agora? o que eu faço para não me envolver nisso? Se eu for na polícia, vou ficar lá o resto do dia e vão me chamar um monte de vezes até a conclusão do inquérito.

Chegando aqui ligou para o meu tio Natal (Benito Caparelli) que sendo advogado, estaria mais apto para dar uma solução para o acontecido.

Meu tio então falou para ele ligar na polícia e quando perguntassem o nome dele, desse um nome qualquer e nem mais uma informação que pudesse identificá-lo.

Meu pai ligou então para a polícia e informou o ocorrido, bem como a localização exata do corpo e quando perguntaram quem estava falando, meu pai que já tinha escrito o nome fictício no papel para não gaguejar, respondeu: aqui é o Geraldo Ferreira Rodrigues, eu sou pescador. E sem esticar a conversa, desligou o telefone apressadamente.

No outro dia, sai a manchete em letras garrafais no Lavoura e Comércio:

CORPO ENCONTRADO NO RIO GRANDE e no corpo da matéria o seguinte texto: “foi encontrado por um pescador no rio grande, próximo à margem, o corpo do senhor Geraldo Ferreira Rodrigues que por não ter contusões aparentes de perfurações e nem contusões, parece tratar-se de um caso de suicídio. As diligencias estão sendo feitas para a apuração do caso”.

Meu pai ao ler a notícia, comentou com o meu tio:

- Ô Benito, confundiram tudo. Esse nome aí foi o que eu dei para a polícia como se fosse o meu; ligo de novo lá?

- Liga nada, deixa quieto que depois eles resolvem isso.

Como o fato não teve repercussão e o jornal não trouxe mais nada a respeito, o caso foi esquecido e meu pai contava o fato aos amigos achando muito estranho as circunstancias do achado.

Mal pôde ele acreditar quando exato um ano depois, entra na loteria um pescador amigo dele, que às vezes participava como cozinheiro de pescarias no Paranaíba e entabularam o seguinte diálogo:

- Bom dia Caparelli, como vai?

- Ô Zé Rodrigues, está sumido, rapaz, tem pescado?

- Nada, tô com obras andando e tô muito sem tempo e agora tô sozinho.

O dito era carpinteiro de profissão e trabalhava de meia com o irmão.

- Uai, seu irmão não tá de sócio com você mais não?

O desfecho:

- Tá nada, ele morreu tem um ano; suicidou pulando da ponte de Delta.

Aí meu pai ligou o sobrenome do amigo com o nome que ele deu à polícia.

- Como chamava seu irmão, Zé?

-Geraldo, respondeu ele.

-Geraldo de que? Perguntou meu pai já todo arrepiado.

- Geraldo Ferreira Rodrigues.

Era o nome do defunto que por estranha coincidência meu pai havia escrito no papel para informar à polícia.


Marcelo Caparelli


sábado, 26 de dezembro de 2020

Memorial do Esporte é lançado com homenagens a personalidades esportivas

Noite de reconhecimento e emoção para o esporte de Uberaba. O Tributo Memorial do Esporte que aconteceu na noite de ontem (17), no Anfiteatro da Prefeitura Municipal de Uberaba, marcou o lançamento oficial do Memorial do Esporte e foi acompanhado pelos esportistas homenageados e seus familiares, além de autoridades e jornalistas especializados.

“É fundamental prestigiarmos aqueles que construíram a rica história esportiva de nossa cidade, que dedicaram sua vida ao esporte e a formação de atletas. Esta noite, estou me sentindo entre amigos”, afirmou o prefeito Paulo Piau, que recebeu uma homenagem especial pelo trabalho realizado como gestor esportivo e incentivador do esporte.

Para o presidente da Fundação de Esporte e Lazer (Funel) – mantenedora do Memorial do Esporte e realizadora do evento –, Luiz Alberto Medina, a valorização da história e das personagens que construíram essa história é fundamental para o futuro de Uberaba. “Valorizar nossos esportistas, tornando-os exemplos para gerações futuras, é o objetivo do Memorial. Pessoalmente, estou muito feliz e emocionado em tê-los aqui”, ressaltou Medina, homenageado especial pela trajetória de atleta, formador e gestor esportivo.

O evento aconteceu com número limitado de convidados, em respeito às regras de distanciamento social e de higiene impostas para não disseminação da Covid-19. Na próxima semana, a Funel disponibilizará em suas redes sociais o vídeo completo do evento.

Memorial do Esporte Para lançamento do Memorial do Esporte, foi montada, entre a entrada principal do Centro Administrativo e o Anfiteatro, um túnel com uma mostra de 24 metros lineares da linha do tempo, na qual estavam expostos alguns dos mais importantes eventos da história esportiva uberabense – de 1860, quando foi registrado o primeiro evento esportivo de Uberaba (uma corrida de cavalos) até os eventos atuais que colocaram a cidade no calendário esportivo nacional e internacional.

Também houve exposição de painéis com fotos ilustrativas de cada uma das décadas, mostrando os grandes momentos esportivos vivenciados pela cidade, além de troféus, bolas, camisas e flâmulas que remetem às grandes conquistas de época em todas as modalidades. O material exposto faz parte dos mais de 5 mil itens do acervo do Memorial ou foram emprestados por importantes clubes, entidades e atletas.

Homenagens Para seleção dos premiados, a Funel convidou 150 notáveis, entre atletas, dirigentes e jornalistas, que, em uma votação espontânea, indicaram 20 esportistas e personalidades que marcaram a história esportiva de Uberaba. No total, foram recebidos votos de 107 notáveis, que citaram 512 nomes. As 20 personalidades mais votadas foram agraciadas com o Tributo Memorial do Esporte. A mulher mais votada, Poliana Fátima Sousa de Jesus, do atletismo paralímpico, recebeu o Tributo Mulher e o mais votado entre todos, Antônio Carlos Nomelini, o Toinzinho, também foi agraciado com o Tributo Master.



Confira a lista de todos os homenageados:

Amadeu de Oliveira Luiz da Costa - Futsal

Otávio Lamartine Leite (Sansão) - Judô

Vander Ghizzoni (Vandinho) - Futebol

Reginaldo Damião – Karatê

Valter Celani, o Tati (in memorian) - Futebol

Mário Fernandes Oliveira Neto (Marão) - Basquete

Rodrigo Mendes - Futebol

José Humberto Rodrigues (Batata) - Atletismo paralímpico

Washington Madeira - Futsal

Raimundo Sarkis - Natação

Maurílio Moura Miranda - Imprensa

Hélio Gomes - Atletismo

Antônio Carlos Nomelini (Toinzinho) - Futebol

João Menezes - Tênis

Diron Francisco Alves - Futebol

Waender Barros - Futsal

Paulo Luciano Deodato de Oliveira - Futebol

José Carlos Chagas - Bocha paralímpica

Constantino Calapodopulos - Medicina esportiva

Paulo Rodrigues Barcelos - Futebol

Tributo Mulher: Poliana Fátima Sousa de Jesus - atletismo paralímpico

Tributo Master: Antônio Carlos Nomelini (Toinzinho)


Patrícia Peixoto Bayão
Assessoria de Comunicação – FUNEL

Uberaba inicia processo de zoneamento paleontológico em todo o Município

O Fundo Especial do Ministério Público do Estado de Minas Gerais – FUNEMP fará o zoneamento paleontológico de todo o Município de Uberaba, identificando onde estão localizados os sítios fossilíferos e paleontológicos em seu solo. Para isso, deverá ser aberta licitação para a contratação de empresa responsável pelo mapeamento. Os recursos da ordem de R$ 200 mil serão disponibilizados pela Prefeitura, R$100 mil, oriundos da lei de concessão de estímulos e incentivos fiscais ao desenvolvimento econômico. O MP Estadual e o Federal entram com R$ 100 mil, frutos de Termos de Ajustamento de Condutas (TACs) ambientais.

O anúncio foi feito no gabinete do prefeito Paulo Piau nesta quinta-feira (17). “Considero essa uma data importante para Uberaba porque marca o início de um processo para a execução de um mapa paleontológico do Município, um instrumento orientativo, para preservação da geobiodiversidade de Uberaba e sem atrapalhar o desenvolvimento econômico”, afirmou. Tudo isso, destaca, dentro do contexto do ‘Geopark Uberaba – Terra de Gigantes’, que para ele é o maior projeto de geração de emprego, renda e investimento de Uberaba para o futuro. 

A Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) esteve representada na reunião pelo professor e geólogo Luiz Carlos Borges Ribeiro, responsável pela provocação ao Ministério Público em razão da construção de dois prédios onde foram encontrados fósseis. Sem esse mapeamento, pela Legislação em vigor (Portaria nº003 de 2015), o empresário antes de executar uma obra e mexer no solo, tem que pagar para ser feita a análise para saber se no local existe material paleontológico. “Isso causa transtorno e despesa para o empresário, que fica receoso de encontrar o material e ter sua obra paralisada”, disse.

Segundo o geólogo essa legislação é altamente positiva e de certa forma até inédita, pois preserva essa riqueza de Uberaba, podendo se tornar referência nacional em proteção paleontológica, inclusive influenciando a elaboração de lei estadual e nacional nesse sentido.

Segundo o promotor de Justiça, Carlos Valera, o Ministério Público consultou a Agência Nacional de Mineração sobre a necessidade dessa proteção paleontológica e, ao levar a questão ao prefeito Paulo Piau, culminando no ato normativo (Portaria 003/15), na qual consta a exigência de laudo para toda intervenção de obras públicas ou privadas em Uberaba, acerca da existência ou não de material fossilífero. “Agora estamos fazendo o caminho inverso. Ao fazer um mapeamento geral, saberemos exatamente onde estão os pontos, retirar o material e liberar a obra para sua continuação. Facilita muito para os empreendedores que terão consciência de onde podem edificar e preservar ao mesmo tempo”, disse.

A secretária adjunta de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação Anne Roy Nóbrega considerou muito positivo esse marco legal, ressaltando que em razão do Projeto Geopark da Unesco, a preservação do patrimônio geológico de Uberaba tende a ser destaque internacional. “Uma das mais importantes ações é que a comunidade possa adotar realmente esse projeto de preservação ambiental com desenvolvimento econômico”, salientou.

Anne demonstrou que, com o mapeamento paleontológico, é possível definir por cores (verde, laranja e vermelho) as áreas onde não existe material paleontológico, os que eventualmente têm esse material e os solos que possuem essa riqueza. Nas áreas laranja eventualmente haverá vistoria para verificar se existe a relevância desse material. Já as áreas vermelhas podem existir esse patrimônio da humanidade, sendo retirados e entregues à UFTM que fará a catalogação e identificação.

“O mapeamento paleontológico permite que isso seja feito de maneira pacífica e economicamente viável, combinando preservação ambiental e investimento econômico. É um grande ganho ambiental e geopatrimonial pelo qual temos que parabenizar a administração Paulo Piau pela proatividade, especialmente nas questões ambientais. O que se percebe é que existe uma preocupação com essas questões sem, no entanto, esquecer dos empreendedores e promover emprego e renda”, disse o procurador federal Thales Cardoso.

A reunião também contou com a participação dos secretários de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, José Renato Gomes e de Meio Ambiente, Marlus Salomão, do adjunto Marco Túlio Prata e da diretora do Departamento de Turismo da Sedec, Maria Aparecida Basílio.


Jorn. Maria Cândida Sampaio


Escultura de dinossauro é inaugurada no Geossítio Santa Rita, em Uberaba

A Prefeitura de Uberaba, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, inaugurou na manhã desta terça-feira (22) a escultura em cimento de um dinossauro do grupo dos maniraptoras, espécie encontrada em rochas de 65 milhões de anos do cretáceo. Em 2004, em Peirópolis foi escavada uma garra da mão do animal e estudos posteriores revelaram que se tratava de um dinossauro carnívoro de cerca de dois metros de comprimento que possuía plumas e pertencia ao grupo de dinossauros que deram origem às aves, parente dos velociraptores.

 Paleoartista Rodolfo Nogueira - Foto Antonio Carlos Prata.


A escultura que recebeu o nome de 'Alice' representa uma fêmea zelando pelo seu ninho e faz correspondência com outra escultura de um macho que se encontra no museu dos dinossauros em Peirópolis. A escultura é obra do paleoartista Rodolfo Nogueira e integra o Geossítio Santa Rita, localizado no centro histórico da Cidade. O paleoartista é graduado em desenho industrial pela Unesp em Bauru. Ele desenvolveu e publicou metodologia científica para reconstituir animais extintos, a Paleodesign, e possui trabalhos em museus do Brasil, Argentina, Espanha, Estados Unidos, Portugal, Alemanha e Geórgia. É o criador do design dos espaços e identidade visual do Projeto Geopark Uberaba – Terra de Gigantes.

Com 20 anos de experiência em ilustração artística e 10 em ilustração científica, ministrou cursos e palestras para mais de cinco mil pessoas. Possui trabalhos em livros didáticos, em revistas científicas (Nature, Cretaceous Research, Journal of Vertebrate Paleontology, etc) e em revistas e jornais de divulgação científica (Scientific American, Folha de São Paulo, Superinteressante, BBC, National Geographic).

O monumento é uma das ações de revitalização do centro histórico e da divulgação da vocação paleontológica de Uberaba.

A diretora de Turismo, Feiras e Eventos, Maria Aparecida Basílio destacou a importância da iniciativa. “É mais uma ação que demonstra a nossa relevância geológica e pode colocar o Geopark de Uberaba como forte candidato à chancela da Unesco”, destacou.

A secretária adjunta de Desenvolvimento Econômico, Anne Florence Marie Roy Nóbrega disse que essa é a primeira de três réplicas que serão construídas nas praças turísticas do centro histórico. “Teremos réplica na Praça Manoel Terra, que vai indicar a direção do Geossíto Santa Rita e marcar o início desse circuito que levará o turista para a Praça Comendador Quintino, onde teremos outra réplica de um filhote de dinossauro. E a terceira será construída na Praça Rui Barbosa, em frente à Catedral Metropolitana”, informou.

O prefeito Paulo Piau lembrou que em várias partes do mundo é comum a colocação de esculturas em locais públicos para destacar alguma característica de uma cidade. “Essa exposição em praça pública retrata o que se passou em Uberaba a milhões de anos atrás. E com isso, estamos preparando a nossa cidade para se tornar um centro de visitação turística. Sabemos que o turismo gera muitas divisas para um município”, ressaltou Piau.

Jorn. Marconi Lima


Peirópolis recebe extensão da rede elétrica para colocação de LED

Avenida Nonô Prata, que faz parte do eixão, também está sendo contemplada com a nova iluminação

Começou o trabalho de extensão da rede de energia elétrica no bairro rural de Peirópolis, para instalação da iluminação pública pelo moderno sistema de LED no Rio de Janeiro. A avenida Nonô Prata, na Univerdecidade também receberá o sistema de LED.

Em Peiróplis, a rede foi instalada a partir da BR 262 até a entrada do bairro rural. No total, são 108 pontos de iluminação no bairro rural, de acordo com o Diretor da Diretoria de Iluminação Pública e Telegestão da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e Obras (Sesurb) Alisson Carramilo.

Já na avenida Nonô Prata, são 86 os pontos de iluminação que receberão a iluminação de LED. “Vai ligar a BR 050 a avenida Randolfo Borges. A previsão de encerramento dos trabalhos é no mês de janeiro”, destacou Alisson Carramilo.

Aproximadamente 70% dos pontos em toda a cidade já passaram por substituição. Mais de 100 bairros em toda a cidade já foram atendidos pelo Programa de Eficientização da Iluminação Pública. Também foram contempladas as avenidas Nenê Sabino, Santos Dumont, Djalma Castro Alves, São Paulo, Randolfo Borges, Apolônio Sales, Afrânio de Azevedo e Nossa Senhora do Desterro. E na Rua Ituiutaba.

Os bairros rurais Capelinha do Barreiro e Ponte Alta também já foram contemplados e ainda as praças Pio XII, Catru, Santa Terezinha, São Judas, Carlos Gomes, Jorge Frange e outras.

Além da área urbana, a zona rural também está sendo atendida de acordo com o cronograma de execução sob a responsabilidade do Consórcio Concip, vencedor do processo licitatório, e acompanhado pela equipe de iluminação pública da Secretaria de Serviços Urbanos e Obras (Sesurb).

A estimativa da Diretoria de Iluminação Pública e Telegestão é que sejam trocadas até o final de 2020 aproximadamente 40 mil pontos de luz, correspondente a 80% de todo o parque.


Jorn. Marconi Lima


Codiub lança pedra fundamental para construção da sede própria no Parque Tecnológico

Em solenidade realizada na manhã desta quarta-feira (23), a diretoria da Codiub – Inteligência Digital realizou o lançamento da pedra fundamental para a construção da sede própria.

Foto/ Divulgação. 


O prédio deverá ser construído no Parque Tecnológico, na Univerdecidade, em um terreno de 7.332,93m². O projeto desenvolvido pelo arquiteto Paulo Trajano propõe que a nova sede seja um espaço aberto a comunidade, com paisagismo, e sustentável, com reaproveitamento da água da chuva e energia fotovoltaica, por exemplo.

Depois do imóvel pronto, a estimativa é que a Companhia economize, no mínimo, R$15 mil reais por mês com aluguel e gastos com manutenção. A previsão de investimento é de R$2,46 milhões, recurso que já está no caixa da empresa, e geração de mais 60 empregos, diretos e indiretos.

Em discurso, o presidente da Codiub, Denis Silva, ressaltou que a construção da sede própria no Parque Tecnológico corrige um erro de 40 anos, uma vez que a empresa deveria ter sido a primeira a ser instalar no local.

“Esse tabu será quebrado porque nós temos projeto pronto, área aprovada e vamos deixar dinheiro em caixa para fazer. Caso não queiram usar o dinheiro, vamos deixar uma linha de crédito aprovada de R$20 milhões, o que mostra que a nossa gestão foi eficiente. Portanto, é só agradecimento”,

O descerramento da placa foi feito pelo prefeito Paulo Piau, a primeira dama, Heloísa Piau, o presidente da Codiub, Denis Silva, o vice-presidente, Luiz Eduardo da Cunha Peppe, o diretor-executivo, Evaldo José Espíndula, o diretor de tecnologia da informação, Luis Fernando Monteiro e o diretor comercial, Marcelo Augusto Teodoro de Andrade.

Jorn. Marília Mayer
Assessoria Codiub – Inteligência Digital



Fundação Cultural e Catedral lançam livro sobre os 200 anos de Uberaba

Como mais uma ação do ‘Uberaba 200 Anos’, a história da Igreja Matriz de Uberaba foi registrada em livro que será lançado nesta terça-feira (22), às 19h30 na Catedral Metropolitana. A obra retrata a história do surgimento da cidade a partir de análise histórica científica, os momentos do povoamento do Sertão da Farinha Podre e a instalação das primeiras famílias com a presença do cristianismo. Passa pelo surgimento da Matriz, apresentando estudos arquitetônicos e párocos que estiveram na Igreja, chegando à atualidade, contando as ações da paróquia. A ação está sendo desenvolvida pela Fundação Cultural de Uberaba Antônio Carlos Marques e Catedral Metropolitana em parceria com a Câmara Municipal de Uberaba.

De acordo com o presidente da Fundação Marcelo Palis, é uma grande oportunidade dos uberabenses saberem sobre os patrimônios de Uberaba. “O prefeito Paulo Piau acatou a ideia, pois o livro não traz só a história da Catedral, mas também, o contexto social. A Prefeitura Municipal de Uberaba apoia ações que beneficiam todos os segmentos, como por exemplo, temos o Memorial Chico Xavier e a Igreja Metodista, ambos em processo de reforma, e agora o lançamento desse livro”.

O pároco da Catedral Monsenhor Valmir explicou sobre a necessidade dessa obra para Uberaba. “Mais que um edifício. O que se comemora, vai além da data. Envolve mais que dados. A cidade tem na construção da igreja no alto do morro, um começo matricial. A matriz é o lugar onde algo é gerado. Isso vale para a língua portuguesa e para a cidade também. As ruas que levam ao edifício recebem os nomes dos padroeiros originais. São Sebastião e Santo Antônio indicam o caminho geograficamente. São eles também que apontam referências para as crenças mais íntimas dos pioneiros dessa terra. A análise da arquitetura e da iconografia depende de reflexões sobre o povo que a produziu. As escolhas estéticas de cada detalhe assinalam a cultura da região. A construção que viria a ser identificada como a Catedral, é antes disso, a matriz que origina e serve de fonte para a formação da cidade. Metropolitana que é, representa materialmente as origens do grupo civil, do núcleo inicial. Hoje, tão expandida, a população urbana pode ter mudado suas percepções simbólicas e religiosas, mas mantém o contato com essa genitora. Sabe que ali está erguida a matriz há 200 anos. Os primeiros 200 anos de muitos mais”.

O livro terá 280 páginas, trazendo fatos de 1885 a 2020, com imagens. Foi escrito por vários historiadores, coordenados pela historiadora Cida Manzan.

Jorn. Izabel Durynek
Assessoria de Comunicação – FCU


terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Instituto José Caetano Borges

No próximo dia 21/08/1999 às 17 horas, será oficializado o lançamento do “Instituto José Caetano Borges”. Este instituto nasce com o objetivo de coordenar as atividades do curso de Medicina – Veterinária que é oferecido, a partir de uma parceria entre a Universidade de Uberaba, FAZU e ABCZ. Dentre as grandes metas do instituto está, também, a coordenação dos trabalhos do Hospital veterinário que já se encontra em construção. A escolha do nome de José Caetano Borges se deu pelo papel relevante que este uberabense teve na divulgação da raça em Uberaba, em 1906.


À (esquerda Dr.José de Souza Prata (Presidente da Sociedade Rural do Triângulo Mineiro), e José Caetano Borges), em foto histórica, em 15 de novembro de 1939 – Foto de Família.

O lançamento acontece no próximo dia 21, na Fazenda Cassu de propriedade de Renato Caetano Borges, com presença de autoridade, representantes das entidades e familiares dos homenageado. 

Matéria publicada no Jornal da Manhã, em 13 de agosto de 1999. 

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Explode Coração

Meus amigos e minhas amigas, quero confessar a vocês que este bordão, EXPLODE CORAÇÃO, que me acompanha há tantos anos, hoje quase tornou-se realidade. Tive o privilégio de ser eleito por um colegiado de notáveis do esporte uberabense como uma das 20 principais personalidades do esporte da cidade nos 200 anos de sua existência. Confesso que jamais esperava por tamanho reconhecimento ao meu trabalho de meio século. Foi com muita emoção que vi meu nome ser incrustado em uma galeria com figuras reconhecidas e lendárias das mais diferentes modalidades esportivas e categorias profissionais. Campeões do futebol, futsal, tênis, esportes paraolímpicos e outras modalidades foram eleitos em um universo de mais de 500 nomes lembrados. Entre os não atletas apenas eu, como representante da imprensa e o consagrado médico Dr. Constantino Jorge CALAPODOPULUS fomos eleitos.

Constantino Jorge e Moura Miranda. Foto/ Divulgação.

A emoção foi muito grande e gostaria de dividi-la com meus familiares, colegas de trabalho, desde o meu início de carreira na minha Tupaciguara passando por Belo Horizonte até os atuais na querida Sete Colinas e principalmente aos amigos e ouvintes razão de todo o meu sucesso. É um grande privilégio ser eternizado como integrante da história da grande cidade de Uberaba no comemoração dos seus 200 anos. Meu eterno agradecimento à todos que de uma forma ou outra participaram desta homenagem. Muito obrigado também a Fundação Municipal de Esportes e Lazer e a Prefeitura Municipal promotoras deste grande acontecimento. Foi uma honra também ser escolhido para falar em nome dos homenageados.

Moura Miranda


Estádio Engenheiro João Guido - “Uberabão”

Três grandes azes da comunicação de Uberaba, Luiz Gonzaga de Oliveira, Raul Jardim e Jorge Zaidan, acompanhando o Dr. Edgar Rodrigues da Cunha em vistoria ao terreno onde estava sendo implantando o “Uberabão”, (Estádio Engenheiro João Guido).

Luiz Gonzaga de Oliveira, Edgar Rodrigues da Cunha, Raul Jardim, Jorge Zaidan. 
Foto pessoal de Gilberto Rezende - Casa do Folclore.


O Luiz Gonzaga está contando esta história em sua página do Face, fazendo uma retrospectiva da euforia que contaminava a todos não somente por esta construção mas também pela TV que um dia foi nossa. 

Um esclarecimento para a juventude - Edgar Rodrigues da Cunha, criador da empresa “Produtos Ceres” e ex-presidente do USC, foi o idealizador deste estádio e o doador do terreno. 

Jorge Zaidan foi radialista e cofundador da rádio 7 Colinas. Raul Jardim, jornalista e um dos proprietários do jornal Lavoura e Comércio. Luiz Gonzaga, o único remanescente do grupo, é escritor, historiador, ex-presidente da Fundação Cultural de Uberaba e um dos responsáveis pelo sucesso da TV Uberaba que tanto orgulho trouxe para a cidade.

Gilberto Rezende



UBERABA! QUERIDA UBERABA !

Zé Eduardo, o nosso querido “J.Edu Som”, surpreendeu e deu vida às noites uberabenses. Ontem, premiou a terrinha com uma viagem inesquecível, trafegando pelas nossas principais, ruas, praças e avenidas. Num “carrão à moda antiga”, conversível, “americano último modelo”, mostrou a modernidade e progresso da santa terrinha. Foram quatro horas de música jovem, embalando a todos quantos curtem a amada Uberaba. O talento do “Zé”, uma vez mais aflorou. Um “passeio” que ninguém vai esquecer tão cedo; ficou gravado na nossa memória...

“Zé Eduardo” gritava, de pé, no dorso do conversível: ”Uberaba, meu amor !” Verdade. Uberaba, a gente não sabe se é sede de amor, ou sede de amar ! Tudo começou no vente de nossas mães, no esperma dos nossos pais. Uberaba, a gente ama com tanta intensidade, difícil é descrever a imensidão desse amor inexcedível. Amor que nasce nas entranhas dos lares, ricos, pobres, remediados, casas simples ou palacetes, onde quer fomos concebidos. Estamos, umbilicalmente, ligados a Uberaba de todos nós, sem “nós” e muito menos, amarras...

As derrotas que os inimigos nos impingiram, Uberaba soube, galharda e heroicamente, resistir. Nem a contabilidade histórica do tempo, 164 anos de CIDADE, longe da farsa e mentira dos ““200 anos”, a ela apregoada, os momentos felizes superaram com sobras, as sofridas horas de débito que os adversários, covardemente, nos submeteram. Uberaba, cidade amada ! Muitos de nós ( suas bênçãos, Netinho, Raul Jardim, Jorge e Farah Zaidan, Ramon Rodrigues), bem que tentaram nos seduzir à ganhar novas paragens, navegar em outros rios, cavalgar em novas campinas... qual nada!

O “canto da sereia” não nos comoveu. O acendrado amor a sacra terrinha, falou mais alto. Não permitiu que montássemos no cavalo arreado. Aqui é a nossa terra, semente plantada, nasceu, cresceu, floresceu, viveu e agora, “aquela geração”, começa a murchar...Destino da vida. E daí? Uberaba é a nossa terra. Chão firme! Possessivamente nossa ! Com todos os defeitos, percalços, ingratidões que a vida nos impõe, não há como desistir! Nem os encantos da “fada madrinha”...

Enxugamos nossos olhos turvos de lágrimas, nunca esmorecemos, nem fraquejamos, enfrentamos as merdas que na terrinha fizeram, afrontamos os que ousam destruir a terra bendita e amada. Nem a corda bamba que a vida sacode, sempre soubemos nos equilibrar. Uberaba, nosso amor nasceu ainda na barriga das nossas mães. Hoje, fervilha a esperança...

Uberaba, sempre foi e será uma linda mulher! Cobiçada, desejada por todos os homens. Decentes e indecentes; honestos e desonestos; corretos e incorretos; capazes e incapazes. De moral e imorais. Uberaba, é a mãe que a todos acolhe. Até os pústulas que aqui tomaram assento. Uma coisa ficou imutável: o inefável amor que devotamos a Uberaba, nossa cidade!

“Zé Eduardo”, querido “J.Edu Som”, obrigado pelo domingo inesquecível! Valeu! 
Bom início de semana e o uberabensemente abraço do (Luiz Gonzaga de Oliveira).


O cheque do Madruga

O apelido foi trocado por razões óbvias e o nome real do personagem era um nome bíblico que remete às sábias decisões e honestidade, porem o Madruga não era nada disso, pelo contrário, era useiro e vezeiro em dar calotes nos incautos.

Já de meia idade, no alto dos seus 1,80m, sempre de barba feita e cabelos engomados com brilhantina, usava sempre sapatos e calças brancas e no lugar do cinto, um vistoso suspensório.
Para recordar uma definição antiga - um perfeito finório.

Contava meu pai (sempre ele), em tom de galhofa e para ilustrar a figura, que certa vez morreu uma amiga em comum dos dois e a senhora, como era seu desejo, foi enterrada com seu impecável casaquinho preto que ela fazia questão de ostentar nas ocasiões em que se exigia um traje mais requintado.

Acontece que uns anos depois, aventou-se a hipótese da mesma ter sido envenenada e por conseguinte, tiveram que exumar a falecida.

Ao fazê-lo, qual não foi a surpresa dos presentes quando depararam com moradora da “cidade dos pés juntos” praticamente igual ao dia do enterro, isto é: sem deterioração alguma.

Depois de algumas hipóteses levantadas, descobriu-se, em um dos bolsos do casaquinho, um cheque do Madruga que ajudou a elucidar o mistério: o cheque era tão frio que congelou a defunta!

Pois, acreditem vocês que mesmo com esse histórico pouco abonador do caloteiro, meu pai caiu na lábia dele e num dia de bilhetes encalhados, ofereceu uma quina (cinco bilhetes com o mesmo número) e o Madruga disse que pagava na lista, ou então daria um cheque para descontar com um prazo de cinco dias.

Como já estava quase na hora de correr a loteria, meu pai achou por bem vender os bilhetes mediante o pagamento com o cheque pré-datado.

Antes tivesse corrido com o bilhete, pois o mesmo deu o final e salvou o mesmo dinheiro.
Na segunda feira à tarde meu pai pegou o cheque e foi até o bar do Madruga, que ficava no começo da Quintiliano Jardim, para devolver o cheque e pegar os bilhetes.

O Madruga, espertamente, disse ao meu pai que ele já havia trocado os bilhetes com um cambista que conferiu pra ele e que ficasse tranquilo pois o cheque seria compensado normalmente.

É claro que vocês já perceberam que meu pai entrara numa senhora “gelada” e naturalmente, depois de receber em dinheiro o prêmio na loteria do Abel Toledo, o cheque do Madruga voltou mais frio que abraço de sogra.

Bem que meu pai tentou receber o “borrachudo”, mas o Madruga fazia-se de rogado. Dizia que devolveram um cheque na conta dele e ele estava cobrando o devedor, mas assim que ele recebesse, meu pai podia ficar tranquilo pois ele pagaria tudo com juros e correção.

Pois sim! A compra foi em novembro e já estávamos em fevereiro e nada do Madruga “explicar” o pagamento.

Eu contava na época com 16 ou 17 anos e o carnaval já estava batendo na porta e eu como sempre estava “mais duro que beira de sino”, então propus ao meu pai receber o cheque, mediante uma módica taxa de 50%.

Já considerando a minha empreita como fadada ao insucesso, meu pai me entregou o cheque e disse que se eu recebesse, que ficasse com tudo.

Não me lembro agora de quanto seria a dívida, mas atualizando aos dias de hoje, o montante girava em mais ou menos R$500,00 que cobriria com folga as despesas com o carnaval e ainda sobraria para comprar uns dois ou três LPs na “A Musical” do meu amigo Bilo Miranzi.

Pensei um pouco e bolei o plano: reunir os amigos de farra, que eram muitos, fazer um esquenta no bar do Madruga, dividir a conta com os amigos, receber o dinheiro e chuchar o cheque sem fundos no pagamento da despesa da mesa.

Custei a convencer a turma que sempre se reunia no Fon-Fon a mudar de lugar o esquenta só naquela sexta-feira, e para ele não desconfiar de nada deixei para chegar mais tarde um pouco.
Lá pelas oito da noite o Marquinhos encabeçou a mesa tendo por companhia o Gontijo e o Caim.
Aos poucos foi chegando o resto da turma e quando dei as caras às oito e meia, as três mesas emendadas já contavam com uns dez ou onze amigos.

Eu assentei, tentando ficar de costas para o Madruga que estava no caixa e pedi o Campari de sempre que, competindo com o “rabo de galo”, duas bebidas da época, ganhava minha preferência por uma pequena margem.
Na sexta feira que antecedia a festa de momo, havia um banho à fantasia na Associação Esportiva e Cultural sendo que baile mesmo na cidade, só no Elite e no Lange (ah que saudades).

Lá pelas 22:30 da noite, conforme o plano, recolhi o dinheiro da turma e dei o cheque para o Marquinhos pagar a conta e receber o troco que era irrisório, pois a despesa quase alcançou o valor do cheque.

Marquei de encontrar o Marquinhos e quem fosse no banho à fantasia na Associação e saí na frente com o Ernesto e com o bolso estufado com o dinheiro recolhido.

Meia hora depois chega o Marquinho e mais uns três e eu pedi o resumo da ópera para ele:
- Deu certo Marquinhos?

-Deu sim, disse ele, - mas parece que ele não achou muito bom, não; - quando eu passei o cheque para ele, ele sem nem olhar o cheque, já espalhou comigo:

- Você sabe que eu não pego cheque.
- Mas o cheque é seu, Madruga!

Disse o Marquinhos que ele ficou vermelho, deu uma arrumada no suspensório, passando o polegar de baixo a cima nas alças do mesmo e exclamou uns dez tons acima do normal:
- Por isso mesmo!!!

- E o troco Madruga? perguntou o Marquinhos em tom de gozação, atirando o cheque em cima do balcão e já adivinhando a resposta dele, que foi exatamente a que vocês estão imaginando.

Eu só sei que aquele foi um dos melhores carnavais que brinquei, com dinheiro no bolso e rindo do Madruga, em cujo bar, nunca mais voltamos.

Deu-se ainda que por conta de alguns aluguéis atrasados o bar logo seria fechado para dar lugar ao bar K-Nequinho do Luiz e como o Luiz não desfilava no mesmo bloco do Madruga, ali permaneceu por muitos anos.

Marcelo Caparelli

O Barão de Ponte Alta

Foi Antonio Elói Cassimiro de Araújo, personagem importante da vida econômica, social e política de Uberaba.

Filho natural do Cônego Hermógenes Cassimiro de Araújo Brunswick (Fundaddor de Sacramento-MG) e de D. Ludovina Clara dos Santos. 

Antonio Elói Cassimiro de Araújo, Barão de Ponte Alta. 
Foto do acervo pessoal da família Araújo.

Nasceu no antigo Julgado de Desemboque, no dia 16 de maio de 1816. Teve nove irmãos, dos quais lhe sobreviveu apenas uma, D. Maria Cassimira de Araújo Sampaio, a qual foi esposa do Coronel Antônio Borges Sampaio, personalidade de grande projeção na história de Uberaba.

Barão com todos os netos no dia de seu aniversário 15 de Agosto de 1.964 - Foto do acervo Pessoal da família Araújo.


Casou-se a primeira vez em 1840 com D. Marcelina Florinda da Silva e Oliveira, com quem teve dez filhos.

Próximo a foz do Ribeirão Ponte Alta, meia légua distante do Rio Grande e quatro léguas e meia da vila de Uberaba estabeleceu sua fazenda em lugar chamado Correguinho, com casa grande e demais dependências utilitárias. Abriu a trânsito público o Porto de Ponte Alta, no rio Grande, ligando Uberaba e região em comunicação e comércio com as praças de Campinas, Franca, Santos, São Paulo e as capitais de Goiás e Mato Grosso.

Sua fazenda foi pousada de muitos presidentes de província, comandantes de armas, senadores, deputados, chefes de polícia, engenheiros, carreiros, tropeiros e caminhantes, aos quais acolhia com grande hospitalidade de forma gratuita.

Tendo enviuvado em 1863, casou-se pela segunda vez com D. Francisca Augusta de Oliveira, a baronesa de Ponte Alta, com quem teve mais nove filhos. 

O 18° filho do Barão foi Abadio Cassimiro de Araújo, o nosso saudoso, Vô Barão.
O Barão da Ponte Alta foi fazendeiro, comerciante, Juiz de Paz, vereador, deputado e alferes da Guarda Nacional, em 1858 recebeu a patente de Tenente Coronel e posteriormente promovido a Coronel Comandante, tendo prestado relevantes serviços ao governo do imperador D. Pedro II por ocasião da Guerra do Paraguai.

Em 02 de agosto de 1879 foi agraciado com o título de Barão da Ponte Alta, título que nenhum outro cidadão do Triângulo Mineiro conseguiu.

O Barão faleceu as dez horas da manha do dia 25 de setembro de 1903, em sua fazenda do Correguinho, devido a problemas cardíacos. Seu cadáver foi conduzido para Uberaba à mão, por amigos e parentes.

O jornal Lavoura e Comércio manifestou-se: “Com o falecimento do Exmo Sr Barão de Ponte Alta, desapareceu um dos mais proeminentes vultos da política mineira no passado regímen.”

Fausto Rocha de Araújo - Historiador
(Referência: Uberaba, história, fatos e homens de Borges Sampaio)


sábado, 19 de dezembro de 2020

Avenida: Dr. Leopoldino de Oliveira

Conheça o Patrono da Sua Rua


Avenida: Dr. Leopoldino de Oliveira    CEP.: 38010-000 a 38081-202


Nome da principal avenida da cidade,


Nome: Leopoldino de Oliveira


Nascimento: 18 de junho de 1893


Naturalidade: Uberaba - Minas Gerais


Filiação: Joaquim José de Oliveira e de Leopoldina Augusta de Oliveira. 


Casado com: Maria Olímpia de Oliveira.


Profissão: Advogado



Leopoldino de Oliveira se formou em Direito em Belo Horizonte, em 1915. Depois de trabalhar na capital no jornal "A Tarde", ele voltou a Uberaba e instalou um escritório de advocacia.


Além de advogar, Leopoldino também foi diretor do colégio Rio Branco e ainda trabalhou nos jornais "Lavoura e Comércio", "Gazeta de Uberaba" e "A Separação".


Leopoldino também atuou na política uberabense como líder partidário, vereador e presidente da Câmara Municipal. Iniciou a carreira política ao ser eleito vereador em sua cidade natal, o que o levou a ser agente executivo (prefeito) em 1923. Ainda nesse ano, em eleição suplementar, foi eleito deputado federal por Minas Gerais. Tomou posse de sua cadeira na Câmara dos Deputados, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, em maio e exerceu o mandato até dezembro do mesmo ano. Reeleito para a legislatura 1924-1926, permaneceu na Câmara até dezembro de 1926. Faleceu em 1929, aos 37 anos.

Segundo o historiador e advogado Guido Bilharinho, ele se preocupava com o saneamento de Uberaba e com a melhoria dos serviços de energia. Além de idealizar a abertura da Avenida Central da cidade que, até 1928, era apenas fundos de quintais de imóveis em ruas paralelas. No mesmo ano, uma lei municipal autorizou a desapropriação de alguns terrenos para a abertura da Avenida entre a Rua Artur Machado e o Mercado Municipal de Uberaba, seguindo o leito do Córrego das Lajes. Então, nessa época, foi criada a Avenida Leopoldino de Oliveira. A avenida tem cerca de 6 km de extensão, segundo a Prefeitura.



Fonte: Documentos e Certidões e publicações no colégio Rio Branco Jornal Gazeta de Uberaba,Guido Bilharinho, Prefeitura Municipal de Uberaba.

Rua Dr.Barão de Ponte Alta

Conheça o Patrono da Sua Rua


Barão de Ponte Alta Antônio Elói Casimiro de Araújo


Rua Dr.Barão de Ponte Alta


Nome: Barão de Ponte Alta Antônio Elói Casimiro de Araújo 

Bairro: Nossa Senhora da Abadia CEP.: 38025-250

Nascimento 16 maio 1816
Naturalidade: Desemboque, Sacramento, Minas Gerais, Brazil

Casado com: Marcelina Florinda da Silva e Oliveira

Filiação: Cônego Hermogenes Cassimiro De Araujo Brunswick e Leopoldina Clara dos Santos


Sepultamento 26 Setembro 1903
Uberaba, Minas Gerais, Brazil


Profissão: foi um nobre brasileiro


Título de nobreza

19 julho 1879
Ponte Alta, Minas Gerais, Brasil
1° Barão de Ponte Alta


Título de nobreza: 
Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa


Título de nobreza:

Comendador da Imperial Ordem de Cristo.


Instrução primária:

Somente instrução primária


Sesmaria da Ponte Alta
Na sesmaria da Ponte Alta, fundou a fazenda Correguinho, próspera na criação de gado e lavouras, bem como no fabrico de produtos agrícolas de largo consumo.


Entreposto na Sesmaria da Ponte Alta
Comerciante, estabeleceu um entreposto na Ponte Alta, que era passagem obrigatória de mercadorias de São Paulo destinado a região e a Goiás. Tornou-se um verdadeiro potentado.


Partido liberal
Foi líder do partido liberal, ocupando diversos cargos nas esferas do poder em Uberaba.


Coronel da Guarda Nacional

Serviço militar 
Alferes


Deputado provincial
Deputado provincial em uma legislatura


Título de nobreza 


Oficial da Ordem da Rosa

Residência; 
Uberaba, Minas Gerais, Brasil
Instalou-se


Serviço militar:

Paraguay
Na área militar, foi alferes e coronel da Guarda Nacional, tendo participação importante na Guerra do Paraguai


Fonte: Documentos e Certidões e publicações no Arquivo Público Mineiro, Arquivo Público de Uberaba, Arquivo Nacional, Jornal Gazeta de Uberaba

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Rua Dr. José de Souza Prata

Conheça o Patrono da Sua Rua


Dr. José de Souza Prata - Foto - Acervo de Família.

Rua Dr. José de Souza Prata

Nome: José de Souza Prata ★1897 †1962   


Bairro: São Benedito CEP.: 38.045-190        

 

Naturalidade: Ouro Preto – MG

Filiação: Carlos Simões Prata e Maria Antonieta de Souza Prata

Casado com: Nadir Cruvinel Borges Prata (3 filhos)

Profissão: Advogado

Participação da Comunidade: Formado pela Faculdade de Direito da Universidade do Brasil, Rio de Janeiro, exerceu os cargos de Promotor de Justiça, Delegado e Juiz Municipal da Comarca de Sacramento e Uberaba. Deixando a magistratura, abriu escritório de advocacia em Uberaba, distinguindo-se logo como profissional de altas qualidades e impondo-se imediatamente ao apreço de seus colegas e clientes pela sua consciência jurídica esclarecida, sólida cultura e elevada idoneidade moral. Foi professor da Escola Normal Oficial e pertencia ao corpo docente da Faculdade de Direito do Triângulo Mineiro e Faculdade de Direito de Franca – SP, sendo um dos professores fundadores, prestando a estes estabelecimentos de ensino superior até  o fim de sua existência os mais apreciáveis serviços. Exerceu também cargos eletivos  na vida várias instituições uberabenses, inclusive na Presidência da Sociedade Rural do Triângulo Mineiro, hoje ABCZ, sendo um dos fundadores. Durante a sua administração foi erguido o edifício na Rua Manoel Borges que lhe serviu de sede  por longos anos. Varias vezes diretor do Jockey Club de Uberaba; Provedor da Santa Casa de Misericórdia: Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção de Uberaba. Militou na imprensa local durante muitos anos, como comentarista sagaz e cronista, sendo um de seus colaboradores efetivos, contribuindo para maior projeção dos nossos jornais e elevação  de seu conceito cultural.

A preocupação de servir foi a tônica de sua personalidade e dinamizou diversos setores na vida de Uberaba.

”A memória é que constrói a História”

(Jacques Le Goff)

Criação e Coordenação de Dorival Luiz Cicci.

Fonte: Documentos e Certidões em poder da família e publicações no Jornal Lavoura e Comércio. Publicado em 15 de outubro de 1999.

Pesquisa: Familiares e amigos. 

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