sexta-feira, 3 de março de 2017

Choperia do Mário

     
Interior da Choperia - Foto Antônio Carlos Prata.


Interior da Choperia



                Equipe de profissionais da Choperia           


Curiosidades

A Choperia do Mário separou alguns artigos, curiosidades e imagens sobre vários assuntos do nosso cotidiano.

Entenda de Chopp

Alguns Bares que fizeram a história de Uberaba

Real Academia do Chopp


Bar da Viúva - Vó Maria - Um exemplo de vida


Teve seu início por volta de 1930 como “Confeitaria Vasques”, administrada pelo Sr. Felipe Vasques e sua esposa Maria Ponticcelli Vasques. Na década de 50, com a doença e falecimento do Sr. Felipe, aos 40 anos de idade, sua esposa, conhecida como dona Maria, começou a fazer pizzas e salgados. Como era muito conhecida, os amigos começaram a se referir à Confeitaria como “o bar da viúva do Felipe”, designação que se restringiu, mais tarde, à “Bar da Viúva”. Seus filhos Felipe e Gilberto continuaram ao lado da mãe por mais 40 anos, até o seu falecimento em 1989. O bar ainda manteve as portas abertas até meados de 1994. Além das famosas pizzas, o tradicional chope da Antárctica também era servido.

Dona Maria, a Viúva, sempre morou na casa de sua filha France e seu esposo Hélio, que residiam a duas quadras do bar da Viúva. A proximidade dos locais na Rua Artur Machado facilitava a constante presença da pequena senhora em seu estabelecimento. Seja na cozinha, com as mãos na massa, ou atrás do balcão, administrando o bar, ela se revezava  com os filhos Felipe e Gilberto, cotidianamente.

Dona Maria era incansável: ia para o bar antes das 6 da manhã, não se importando se estava chovendo, fazendo frio, etc.. Fazia as pizzas de manhã até à tarde, tomava banho - nas dependências do próprio bar -, trocava de roupa e  ia para o caixa, lá ficando até às 19:00 horas, nos dias em que Felipe assumia o comando, e até às 22:00 horas, nos dias  do Gilberto. Chegando em casa, ainda fazia crochê até a meia-noite, sempre sorridente, calada e serena. Religiosamente dona Maria seguia sua rotina.

Nem mesma uma erisipela na perna a segurava na cama. Ao acordar pela manhã, como diariamente saía de casa sem fazer barulho algum, sua filha teve, por orientação médica que dar um sonífero à noite, disfarçadamente, para ela perder a hora no dia seguinte e ficar de repouso absoluto. A incansável e sábia senhora foi ludibriada por apenas dois dias: logo descobriu os planos da cuidadosa família sobre o sonífero e não mais o tomou.

A vida da matriarca foi dedicada à família e ao trabalho, e permanece guardada na lembrança dos antigos moradores de Uberaba como a Dona Maria do “Bar da Viúva”, assim como sua inconfundível massa e sabores das pizzas.

Receita da massa de Pizza da Dona Maria.
Ao indagar a filha France sobre a receita da massa, ela disse que a Vó falava que não tinha segredos e a receita era:

"Um tanto de farinha, um tanto de óleo, ovos, um pouco de água, sovar a massa até dar o ponto.... deixar a massa descansar....crescer... cortar e enformar." Pode!!!

Mário Molinar

Endereço: R. Artur Machado, 851 - Centro, Uberaba - MG, 38010-020

Telefone (34) 3332-7671





História de Uberaba

quinta-feira, 2 de março de 2017

Jarbas Leone Varanda com Antuza Ferreira


Fotos raras de Jarbas Leone Varanda com Antuza Ferreira (médium surda-muda), 2 Amigos de confiança de Chico Xavier. Fotos tiradas na casa de Antuza - rua Monte Alverne.


Jarbas Leone Varanda e Antuza Ferreira.
Foto: Autoria desconhecida


Jarbas Leone Varanda e Antuza Ferreira.
Foto: Autoria desconhecida 


Jarbas Leone Varanda e Antuza Ferreir.a.
Foto: Autoria desconhecida 


Homem é o Ruy


Num programa da Rádio Nacional, nos áureos tempos do rádio, um humorista elogiava algum político. E o interlocutor retrucava: “Homem é o Ruy!”, referindo-se ao escritor baiano Ruy Barbosa de Oliveira (1849-1923).


Filho de João José Barbosa de Oliveira e Maria Adélia Barbosa de Oliveira, esse político, diplomata, advogado, orador, jurista, jornalista e poliglota foi cognominado “O Águia de Haia” por sua atuação na II Conferência da Paz, em Haia, em que permitiu à plateia optar pela língua em que ele discursaria.

Foi, por diversos mandatos, deputado pela Bahia e também senador. Combativo na causa abolicionista, preferiu o caminho da honestidade, ao enfrentar os senhores de escravos.

Fundou a Academia Brasileira de Letras, que possui quarenta membros, seguindo modelo da Academia Francesa de Letras. (Tendo ambas como modelo, Edson Prata, José Mendonça e monsenhor Juvenal Arduini fundaram nossa Academia de Letras do Triângulo Mineiro.)

Um parágrafo de um dos discursos de Ruy Barbosa é um convite à reflexão: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”

Homem foi o Ruy. Seu texto continua atual: parece tê-lo escrito como um cidadão que observa, hoje, o comportamento de alguns dos homens públicos brasileiros. Urge que a Justiça brasileira atue, de forma exemplar, para transformar definitivamente esse quadro.

17 de novembro de 2015

Homem é o Ruy
Membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

Histórias e Memórias


Sinto-me extremamente honrado por estar nesta casa de ensino e diante de alunos do curso de História, cujo Diretório Acadêmico tem como patrono Orlando Ferreira, o Doca, nosso mais aguerrido escritor. Assim, no dia 17/11/2015, saudei aos participantes do VI Seminário de História da Universidade Federal do Triângulo Mineiro.


Jorge Alberto Nabut, Guido Bilharinho e eu passamos pelo crivo da instituição para coordenarmos mesa-redonda sobre “Histórias e Memórias de Uberaba”. Jorge dissertou com propriedade sobre seus livros: “Paisagem provincial”, “Geografia da Palavra”, “Livro das Chuvas” e “Corredor dos Boiadeiros”. Guido, usando sua maestria, voltou ao passado e discorreu sobre sua obra: “Uberaba, Dois Séculos de História”, de 1800 até 2007. A mim coube explanar sobre o que tenho escrito.

Perfilando-me aos dois confrades sinto o quanto é grande a minha responsabilidade para cumprir com o meu dever de uberabense, que é o de preservar a nossa memória. Sem ela, a memória, ficamos sem rumo e não chegaremos a lugar nenhum. Reforcei em mim esta conclusão, ouvindo universitários e professores naquele memorável encontro.

Fiquei feliz quando soube que a minha escrita, muitas vezes enfocando pessoas valorosas e fatos locais ou regionais, me referendou para que o convite fosse a mim formulado. “Somos abridores de caminhos para a história”, frisou o professor Wagner da Silva Teixeira, coordenador do evento.

Concordo com o mestre.

Brindei aos participantes com o seguinte fato histórico: Dr. José Rodrigues de Resende, então acadêmico de Direito no ano de 1953, na Revista do Estudante - Ano I/jul – número 2, pág. 17, no artigo “Academia de Letras”, conclamou pela primeira vez aos nossos intelectuais de então: “Todos os triangulinos precisam empreender uma destemida campanha em prol da formação de uma sociedade que trabalhe unida e harmoniosamente, em busca de uma academia de letras para esta próspera e acessível zona mineira”.

Ficou lançada a ideia de se criar nossa Academia de Letras do Triângulo Mineiro.

Nove anos depois – 15/11/1962 – nasceu a ALTM pelas mãos de José Mendonça, Juvenal Arduini, Edson Prata e outros intelectuais.

27 de novembro de 2015

João Eurípedes Sabino

E por falar em Uberaba, 197


Talvez pelo fato de ter nascido na Rua do Carmo, nas redondezas do Mercado Municipal, considero esta região, de especial encanto e beleza, o símbolo histórico, cultural e arquitetônico de Uberaba. Integra esse cenário a faculdade de medicina, hoje UFTM, palco de memoráveis encontros e momentos de grandeza da vida acadêmica de nossa cidade, abastecida durante décadas pelo saudoso Bar do Mil Réis. Morro acima encontra-se o majestoso Colégio Nossa Senhora das Dores, que continua a educar e com certeza está na lembrança de várias gerações que por ali passaram e nos remetem ao tempo da escola das irmãs dominicanas, exclusiva para o sexo feminino, e dos irmãos maristas do Diocesano, para o sexo masculino. Aliada ao colégio das “freiras”, como era carinhosamente chamado, vem a bela capela, com sua íngreme escadaria. Dentro da nave, o silêncio estrondoso nos revela a importância de reverenciar o passado para dele depreender o que somos, cultuar nossa origem, perpetuando-a pelo tempo. Do outro lado, Santa Rita e São Domingos. Ela, barroca de inestimável conteúdo e forma, abençoa-nos desde os primórdios do nosso arraial. Hoje é o Museu de Arte Sacra, que reúne paramentos, imagens, vestes, mobiliário que dão o sentido histórico da Cúria Metropolitana. Com um fôlego a mais alcançamos a Igreja São Domingos, comparável às mais suntuosas obras góticas europeias, com um detalhe especial: edificada com pedra tapiocanga. Por ali havia a presença ativa dos dominicanos, congregando para refletir a formação cristã e humanista, características eloquentes da ordem. No centro desse invejável complexo situa-se o tradicional Mercado Municipal, com sua maturidade secular, sobrevivendo em meio a tantas inovações de consumo. Consegue firmar-se exatamente por preservar a essência de origem, o vínculo informal e estreito entre “freguês” e dono da “venda”. Neste espírito de pouco requinte e de agradável conforto humano, com uma boa “roda de prosa”, não é apenas um local de compras, mas, sobretudo, um espaço de convivência intensa, principalmente aos domingos, dos que aqui residem e daqueles que vêm visitar seus familiares. São tantas passagens pitorescas e peculiaridades das várias genealogias que aqui proliferaram e hoje se espalham em profusão. São inúmeras gerações que tão bem souberam acolher novos conterrâneos e estabelecer elos de amizade e de sangue. Essa, a meu ver, é a principal e mais importante qualidade de Uberaba em seus 197 anos de vida. Parabéns!


Luiz Cláudio dos Reis Campos

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Tamareiras Park Hotel - Uberaba

Tamareiras Park Hotel
                                                                                             
 História 

                                                                                                     
Em plena Era do Zebu, um grande agropecuarista Mineiro, então amigo particular de Getúlio Vargas, constrói em Uberaba sua residência, entregando o projeto arquitetônico à um renomado austríaco.

Construída em estilo Mouro-Florentino, com material importado, vitrais alemães, pisos e azulejos portugueses, espelhos de cristal francês, e lustres de alabastro, colunas, escadarias e corrimão em mármore Carrara, a casa se tornou rapidamente uma atração na região do Triângulo Mineiro e em todo o Brasil.

Em 1985 um empresário uberabense adquiriu o imóvel, e deu início a construção do TAMAREIRAS PARK HOTEL, tomando o cuidado de manter a casa e suas características intactas. O prédio do Hotel possui 10 pavimentos, seguindo o mesmo estilo Mouro-Florentino da casa, e foi concluído em 1989.

O nome "TAMAREIRAS PARK HOTEL" advém do fato das tamareiras trazidas do Oriente em 1941, permanecerem no jardim até os dias atuais.

O TAMAREIRAS PARK HOTEL tornou-se atração turística em Uberaba, sendo ponto de parada obrigatória, aos que visitam a cidade, para lazer ou negócios.

O TAMAREIRAS PARK HOTEL possui 130 unidades habitacionais, que proporcionam conforto e tranquilidade aos nossos hóspedes.


Endereço: Rua Olegário Maciel, 187 - Centro - Uberaba - Minas Gerais.



Telefones:

(34) 3318-8500 (Geral)

(34) 3318-8600 (Fax)  

Site:http://www.tamareiras.com.br/

TV Uberaba canal 5

TV Uberaba canal 5


Inaugurada em julho de 1972, a TV Uberaba começava as operações comerciais ocupando o canal 5, pertencia aos Diários Associados, a emissora gerava programação local e retransmitia o sinal da TV Tupi canal 4 de São Paulo via enlace de micro-ondas, com a extinção da Rede Tupi em julho de 1980, a TV Uberaba passa a retransmitir o sinal da REI (rede de emissoras independentes) que transmitia o sinal da TV Record canal 7 de São Paulo, em 1983, passa a retransmitir o sinal da também extinta Rede Manchete, e em 1990, é vendida passando a ocupar o canal 7 e a chamar-se TV Regional...

(Luiz Marxsen)

MINHA CIDADE


MINHA CIDADE 

( a propósito do pseudo aniversário de fundação de Uberaba )...

Perguntaram-me o por quê esse amor por Uberaba. –“Não sei”, respondi.-“Minha cidade é como se não fosse só minha.É ínfima doçura e me dá vontade de chorar como uma criança dormindo em sonhos e fantasias”... É a minha Uberaba , minha cidade, meu chão, minha paixão. Fora daqui, sou peixe fora ‘água, sinto-me no exílio e choro de saudade da terra amada. Se insistirem perguntar ,direi:- “-não sei a razão. Extrapola sentimento”. Confesso-lhes , não sei mesmo. Minha Uberaba , isso sim, eu sei: é a minha terra santa, sagrada terrinha, minha cidade, quase a minha Pátria !”.
Uberaba para mim é a luz, o sol, o sal,a água, o vento, a brisa, o vento que se tornam mais azuis quando os vejo, os sinto, esqueço as mágoas, longas e penosas mágoas, traições, ingratidões, maldades, maledicências, deslealdades, covardias...

Uberaba é a minha terra-mãe, que tenho vontade de beijar-lhe os olhos, passar as mãos nos seus longos e lisos cabelos, acariciar seu rosto sofrido, às vezes, em prantos de tantas maldades de seus filhos naturais e ou adotivos; mudar as cores do seu vestido, tão roto e mal tratado... 
Uberaba sem meias e sem sapatos, ruas esburacadas, praças mal iluminadas, trânsito conturbado, segurança tão insegura, doentes sem assistência, porque tanta pobreza, minha querida Uberaba !... e agora “aquela humilhante cerca na principal avenida da cidade!...

Mas, amo-a tanto,minha Uberaba, tanto, tanto... Mesmo que não tivesse Pátria, Estado, teria a minha cidade: eu que nasci do ventre de minha mãe, não do vento que assopra, de onde vou e nem venho, mas permaneço com o tempo sofrido e sôfrego.. Eu, elemento de ação, têmpera e temperamento , tenho pensamento,vontade,pois não vivo ao léo, já que tenho espaço, minha casa, minha família, meu lar, minha cidade !...

Apesar de todos os pesares, tenho fé, coragem, dogma e vontade de servir a minha cidade, mesmo ouvindo coisas que não precisava ouvir, lendo e vendo coisas tão desnecessárias...
Uberaba minha fonte de doces desejos ,de mel que entranha nos meus lábios, cidade amada !
Mal de esperança em futuro brilhante mesmo contra a vontade daqueles que a traem, aproveitam da sua misericórdia e bondade, ainda que machucado, ofendido, criticado, esqueço tudo. Fico calado, cego, mudo (nem sempre), estropiado, ainda assim, sempre defenderei “cara a cara”, “peito a peito”, “frente a frente”, poemas de glórias, horizonte sem fim, fé inabalável, tal qual o poeta “ príncipe dos jornalistas triangulinos”, Quintiliano Jardim, “Uberaba, não sei das duas quero mais
Se a Uberaba das minhas brincadeiras de criança
Ou a Uberaba dos meus dias outonais”...
Estou recolhido ao meu bloco...Entro em recesso. Até 4ª.feira de “cinzas”. “Marquez do Cassú”

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Amigos do MAS e MADA

MAS-Museu de Arte Sacra de Uberaba 

Alicerçada na fé e na religiosidade do povo, Uberaba sempre foi referência na região do Triângulo Mineiro. Sob a proteção de Santo Antônio e São Sebastião, seus padroeiros de fundação, a cidade cresceu e se expandiu para outras devoções como: Nossa Senhora da Abadia, São Domingos, São Benedito, São José, entre outros. Hoje o MAS-Museu de Arte Sacra de Uberaba apresenta a exposição “SANTOS DE DEVOÇÃO” na tentativa de reunir imagens onde fé e religião se mesclam e se misturam, para comemorar os 197 anos de fundação da cidade.

UBERABA 197 ANOS



Eventos Comemorativos

PROGRAMAÇÃO

02/03/2017

 17h: Abertura Oficial, pelo Prefeito Paulo Piau.

17h30: Lançamento dos Selos Comemorativos dos 35 Anos da FCU

 Local: Galeria de Arte Raquel Machado, Casa da Cultura

 Casa da Cultura- Praça Rui Barbosa, nº 356. 


  
19h30: Abertura da Mostra Fotográfica Retratos de Uberaba – um breve                    olhar sobre a cidade, de Francisco Marques Reis.

20h: Homenagem a musicistas uberabenses

Local: Centro de Cultura José Maria Barra -SESI/Minas- UberabaPraça Frei Eugênio
  Apresentação da Orquestra Municipal e Orquestra de Viola da Fundação Cultural de Uberaba no Teatro do SESI. Horário: 20h

Homenagem a compositores e intérpretes nascidos ou que aqui viveram e deram sua contribuição para a cultura musical em Uberaba: Alberto Frateschi, Mário Palmério, Joubert de Carvalho e Rigoleto de Martino.

08h30 às 12h30 - UBERABA EU TE AMO - Evento Evangélico
Local: Praça da Bíblia, perto do Piscinão.


05, 12,19 e 26/03

11h às 14h: Domingo na Concha - Uberaba Canta

Músicos e bandas de Uberaba prestam suas homenagens aos compositores e intérpretes uberabenses a Música Popular Brasileira.  

    
02/03 a 31/03

Exposições e Mostras

 Mostra Raízes de Uberaba - artesanato, objetos e símbolos da cultura popular em Uberaba: Catira, Congados e Moçambique, Afoxé e Vilões, Folias de Reis, Capoeira, Hip Hop.

 Local: Galeria de Arte Raquel Machado, Casa da Cultura Casa da Cultura-
    Praça Rui Barbosa, nº 356. 

  Horário de funcionamento: 8h às 17:30h


Mostra Fotográfica Exposição: Imagens de Uberaba

 Fotos antigas da cidade e documentos manuscritos do século XIX

Local: Superintendência do Arquivo Público de Uberaba, Praça Dr. José Pereira Rebouças, 650 - Boa Vista.

Horário de funcionamento: 09h às 17h

Exposição Entre Memórias e Histórias - Memorial Chico Xavier
AV. João XXIII nº 2011, Parque das Américas
.
Posters de bens tombados e registrados do Patrimônio Histórico e Cultural de Uberaba

Mostra do acervo do Museu de Arte Decorativa
Local: MADA - Rua Maria de Lourdes Melo Coli, nº 100, Residencial Abel Reis.
Horário de funcionamento: 13h às 18h

Exposição: Santos de Devoção - Imagens dos santos padroeiros dos bairros de Uberaba.
Local: Museu de Arte Sacra/Igreja de Santa Rita, Praça Manoel Terra – Centro.
Aberta ao público: de 09h às 17h30min 



Exposição Orixás de Devoção – a herança da religiosidade de matriz africana em Uberaba. 
LocalGaleria de Arte Anatê/ Biblioteca Municipal -, Rua Alaor Prata, nº 317
Horário: 2 de março – de 09 a 16 h; de segunda a sexta: de 8h às 21 h; sábados: de 8h às 16h30min.

03, 10, 17, 24 e 31/03
                                         Apresentações culturais na Praça Rui Barbosa.

Dia: 03/03 – Apresentação do grupo de Hip Hop -  rimas alusivas aos 197 anos de Uberaba.
Dia: 10/03 – Apresentação do Grupo de Catira Tradições de Minas de Wosley Torquato e da Companhia de Reis Divina Santa Estrela – Capitão: Eurípedes Miguel de Morais.
Dia17/03 – Apresentação do Grupo de Moçambique Zumbi dos Palmares - Capitão: José Reinaldo e apresentação do grupo de Capoeira Águias 2000.
Dia: 24 /03 – Apresentação da Escola de Viola da Fundação Cultural sob a regência do professor José Nicodemos.
Dia: 31/03 – Apresentação do grupo Bumba meu Boi “Trancilim” da Tenda Tambores de Mina, Casa na Cruzada de Xangô. Direção: Mãe Ana Lúcia de Benedito na Cruzada de Xangô.
 Essas exposições deverão permanecer abertas ao público no período de 02/03 a 31/03 com visitas guiadas para professores e para os alunos.

Marcelo Augusto Teodoro de Andrade
Presidente Adjunto da Fundação Cultural de Uberaba

Antônio Carlos Marques
Presidente da Fundação Cultural

A “ PROVIDÊNCIA ‘ DO PREFEITO...


A decantada fermentação do caldo de cana, caiana ou baiana, aliada a outras fermentações, conseguiu, há séculos, criar a mais tradicional bebida dos brasileiros: a famosa “caninha” ou no português comum, a aguardente, a cachaça. O que se conhece de nomes, apelidos para o caldo de cana fermentado,daria um novo dicionário “Aurélio”...Birita, maluca, sai de baixo, “aquela”, donzela, “branquinha”, “da boa”, “esquenta peito”, “ que passarinho não bebe”, a infinidade de nomes que se dá à cachaça, é incontável.

Os alambiques existentes na região dariam para contar histórias, muitas histórias, da famosa pinga boa fabricada na sagrada terrinha. Lembro-me de uma “tacada só”, rótulos famosos e garrafas e mais garrafas, derrubaram muitos “pinguços”.A “Chora Rita”, do Sebastião Borges, a “Pinga do Lalau”, a do “Rocha”, cujo dono ao vender o produto, experimentava uma dose... no fim da tarde, já viu, né?. A pinga do “Nenzinho”, lá pelos lados do “Cachimbo”, do “Silvio”, no Chuá, a “Famosa”, com o rosto da Carla Perez, além de outras marcas e aquelas sem marca, que fizeram a alegria dos colecionadores do produto. Uma delas, deixou saudade, a do “Barbudo”.Na “Capelinha do Barreiro”, o alambique famoso era do Álfio Borges, cujo apelido deu nome à cachaça:”pinga do Negrão” e a inevitável dúbia pergunta:-“Você já tomou a do Negrão?”- “Saltei de banda”, era a resposta imediata. “Segura o Tombo”, de Paracatu (MG),faz sucesso até hoje,embora se saiba que as cachaças mais famosas do Brasil, são fabricadas no norte se Minas, em Salinas. Uma garrafa de “Havana”, exportada para o mundo inteiro, custa em torno de 500 reais!

Existem também aquelas marcas jocosas, de sentido duplo, como, por exemplo, “Mate o véio”,”Nabundinha”,”Amansa corno”, “Atrás do saco”, “Vi o Adão” e uma infinidade de rótulos que faz a alegria dos colecionadores. Uma cachaça de Salinas, muito admirada pelos nossos lados, apreciada pelos degustadores da bebedinha, tem um nome sugestivo e é encontrada em bares, mercearias e supermercados, é a “Providência”. E o porque da fama? perguntam.

Contam os mais antigos que, ao final da década de 50, do século passado, o prefeito da terrinha, era um médico famoso, honestíssimo,professor universitário super querido, figura humana inatacável, cujo nome, por obsequioso respeito, prefiro omitir. Lembram os seus amigos ( e adversários políticos também), que, toda vez que recebia em audiência, o Chefe do Executivo terminava a“prosa”, deixava super alegre o munícipe:

-“Fique tranqüilo, não se preocupe, vou tomar, rapidamente, uma providência”.
Era sair o visitante , garboso e faceiro, o nosso Prefeito tirava da gaveta, à esquerda da sua mesa de trabalho a garrafa e sorvia, gostosamente, um gole da caninha “Providência”...
Quase final de semana, carnaval, máscaras são colocadas (ou retiradas?).Até amanhã.”Marquez do Cassú”

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

ZÉ PEREIRA

Semana do carnaval,não é isso? Vou lembrar alguns lances de carnavais passados aqui na terrinha. Não vivi os áureos tempos dos grandes corsos, das “baratinhas” carregando as moçoilas lindas da pequena cidade, profusão de lança-perfumes, confetes e serpentinas à rodo, colorindo as principais ruas e avenidas da provinciana e sempre acolhedora Uberaba, de alegria, canto, euforia e a natural confraternização que só uma festa popular como carnaval, pode atrair. Uberaba era pólo de tudo.Do comércio, da indústria, da pecuária, das escolas, da saúde, do progresso e o principal, a liderança regional !Tudo tinha aqui na Santa terrinha...

Os carnavais do inicio da década de 60, século passado, a “Banda da Maria Giriza”,atração do nosso carnaval de rua, a “entrada dos roceiros” e do “Zé Pereira”, antecedendo os festejos momescos, era a “pulsação” certa de como iriam transcorrer os folguedos carnavalescos...

Roil Cussi, “Perigoso”, Caio “Guarda”, Reynildo Chaves Mendes que nos deixou outro dia, Joel Lóes, lideravam ,preparavam e organizavam com carinho incomum, a entrada do “Zé Pereira”, com aquelas máscaras satíricas, “pierrots”, “arlequins” e “colombinas”, os palhaços, homens vestidos com roupas de mulher e no melhor estilo, antecediam os bailes nos clubes sociais...

A banda do Langerton, enxertada com músicos do Batalhão, os caminhões alugados, a relação dos foliões entregue ao “Dr.Delegado” para aprovação, a casa do “Caio Guarda”, quartel-general preparada para receber a moçada, o “ponche-amigo”( mistura de cachaça, rum, guaraná e um pouco de groselha para dar cor), a turma chegando, bebericando, o vestir de roupas espalhafatosas, aguardando apenas a ordem do Bolão e do Reynildo, para subir na carroceria dos dois caminhões de foliões e o outro com a boa banda, tocando, com alegria esfusiante, as marchinhas carnavalescas. Da rua Santo Antônio, que fazia fundos para a rua São Miguel ( o puteiro da cidade...)a “mulherada” ficava de olho naquele bando de homens casados ou quase, a esconder o rosto com feias máscaras, esbaldando a alegria reprimida. Chegando à rua Vigário Silva, a primeira parada ,infalível, era à frente do “Lavoura e Comércio”.Dalí, à pé, sambando de qualquer jeito, para a praça Rui Barbosa, era questão de segundos...A “choferama” da praça, entrava na farra. Na esquina da Artur Machado, Farah Zaidan, dono do “Indubrasil”, sabia para quem vender a primeira cervejinha.A descida na Artur Machado, era apoteótica !Segunda parada era no “Marabá”, do Renatinho Frateschi, que sabia, de antemão, quem se ocultava debaixo daquelas horrendas máscaras, vestidos na canela cabeluda, suvaco que era pêlo só e seios enormes recheados de pano, algodão e tudo mais que tivesse pela frente à ornar aqueles sutiãs desajeitados...A “marcha” não parava. Próxima parada:”Bar da Viúva”...Gilberto e Felipinho Vasques, sabiam prá quem vender...Semana de animação e alegria sadia. Um “código de ética” era, rigidamente, obedecido pelos foliões: delatar nomes de companheiro era expulsão da “roda”. Sem lamento.

Dias maravilhosos antecipavam os carnavais dos clubes,Tenis,Jockey,Sirio,Associação, Grêmio. Ponte Preta e Lange. Eram quatro as “saídas”:sexta e sábado da semana pré-carnaval e sexta e sábado de carnaval. Começava às 4 da tarde e só terminava quando algum companheiro , gostando da brincadeira, resolvia ficar na “São Miguel”, mostrando às inquilinas das casas, os seus “dotes femininos”... Saudações carnavalescas do ex-folião “Marquez do Cassú”...

P.S. – Segundo soube, este ano, o Carnaval na terrinha amada, começa na Quarta-feira de Cinzas...


Luiz Gonzaga de Oliveira

Teatro Municipal Vera Cruz

 Teatro Municipal Vera Cruz ,em 1948. Foto:Autoria desconhecida


 (Foto:Arquivo do teatro)

 (Foto:Arquivo do teatro)



O Teatro


O Teatro Municipal Vera Cruz completou 66 anos no dia 17 de junho, recebe vários espetáculos, e é um dos bens históricos mais queridos e importantes da nossa cidade. O Teatro Municipal Vera Cruz está preparado para receber estes shows, depois da reforma realizada em 2013 para adequá-lo às normas de segurança contra antipânico e incêndio, garantindo, assim, a segurança do público.


Histórico


O Cine Vera Cruz foi inaugurado no dia 19 de junho de 1948, graças a empreendimento da Companhia Cinematográfica São Luiz, proprietária dos cines São Luiz, Metrópole e Royal e presidida, na época, por Orlando Rodrigues da Cunha. Com a construção, Uberaba recebeu um dos mais significativos monumentos arquitetônicos. A inauguração do Cine Vera Cruz foi com a exibição do filme Festa Brava e duas películas complementares infantis, um o Concerto do Gato e uma desenho da Metro premiado com Oscar em 1947, em sistema tecnocolor (alta tecnologia para aqueles tempos).

A arquitetura moderna e arrojada é do arquiteto Taddeu Guizio e a fiscalização da construção foi feita por Jaime de Barros e Nicácio Pedro Gonçalves Vidal. Em art decó, com acesso centralizado valorizando a esquina, predominância de cheios sobre vazios, articulações de volume geometrizados e sucessão de superfícies curvas. Os desenhos simples, definidos por linhas sempre muito precisas e os ornatos geométricos ou representações estilizadas de padrões naturais são aspectos do edifício. Localizado na rua São Benedito, 290, bairro São Benedito, o espaço é um dos marcos culturais da cidade. Tombado pelo Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico de Uberaba (Conphau) em 2006, o teatro tem espaço para 940 pessoas.

Na década de 50 a sala foi pioneira ao utilizar o recurso Cinemascope, que é uma tela de exibição em tamanho maior e aparelhagem sonora mais potente.

Apesar de o prédio ter sofrido alterações, grande parte da obra permaneceu como o original. Na década de 70 o prédio passou por transformação do cinema em teatro, instalação de ar condicionado e fechamento de janelas laterais, substituição das poltronas de madeira e reforma dos dois banheiros, e tornando-se a principal casa de apresentações de teatro e concertos musicais de renome nacional, sendo inserido na rota dos grandes espetáculos do Brasil.

A partir de 1981, o cinema foi transformado em Cine Teatro Vera Cruz e passou a ser palco de peças teatrais, espetáculos de dança e shows com artistas locais e de renome nacional.

No final da década de 1990 surgem salas de projeção mais modernas e bem equipadas, instaladas em shoppings onde há uma variedade de opções concentradas no mesmo local, facilidade de acesso e mais segurança. Esse fator, somado à popularização das TVs por assinatura, levaram as grandes salas de exibição à decadência, inclusive com Vera Cruz.

Em julho de 2006, o Vera Cruz foi adquirido pela Prefeitura de Uberaba, quando houve reformas, como no telhado, troca do forro, instalação de iluminação, projetor e sonorização, aquisição de novas cortinas, reformas do piso, das paredes entre outros. Também foi construído calçadão do lado de fora do teatro, com bancos e iluminação especial, de onde saem três rampas de acesso para pessoas portadoras de necessidades especiais. No dia 14 de dezembro de 2007 foi reinaugurado, com o novo nome de “Teatro Municipal Vera Cruz”, passando a receber eventos de diversas tendências culturais.

Em 2011 o Teatro Municipal Vera Cruz recebeu outras melhorias, dentre elas a modernização do sistema elétrico, reparo das cadeiras do teatro e instalação de modernos equipamentos de ar condicionado. O investimento deu mais conforto ao público e tornou o teatro um dos melhores da região. No total foram investidos cerca de R$ 400 mil para reforma e aquisição de equipamentos para o Vera Cruz.

Segurança – Apesar das reformas, não foram feitas medidas para cumprir normas de segurança, e a presidente da Fundação Cultural, Sumayra Oliveira, decidiu pelo fechamento preventivo do espaço para realizar as adequações necessárias. A medida foi realizada após se detectar que o Teatro Municipal Vera Cruz funcionava sem alvará desde a reinauguração, em 2009. O Corpo de Bombeiros realizou vistoria à época e notificou a Prefeitura sobre o risco de incêndio, mas o teatro continuou em funcionamento sem executar projetos de prevenção a incêndio e pânico exigidos pelo Corpo de Bombeiros. O projeto de prevenção de incêndio para o teatro foi aprovado pelo Corpo de Bombeiros no dia 28 de maio de 2009 e após prazo para adequações, o órgão realizou vistoria no local em fevereiro de 2010 e constatou irregularidades, inclusive a não-execução do projeto preventivo e instalação de hidrante. Também foi detectado comprometimento nos suportes de iluminação e na estrutura que sustenta os aparelhos de ar-condicionado do teatro.

A Fundação Cultural então adequou o Teatro Vera Cruz às normas de segurança contra antipânico e incêndio, com investimento de R$ 80.598,58, garantindo, com isso, a integridade e comodidade do público.

Dentre as intervenções feitas no Vera Cruz para garantir a segurança do público estão a implantação de reservatório de combate e prevenção de incêndio de 15 mil litros com uma moto bomba de 15 CV, dois hidrantes internos e um externo de recalque; instalação de uma central de alarme de incêndio, de luminárias de emergência, barras anti-pânico nas saídas de emergência, de guarda-corpo no mezanino na galeria superior, de corrimões de acesso aos camarins, revisão e instalação de novos extintores de incêndio. As saídas também foram adequadas com sinalização e setas fluorescentes, aberta outra saída de emergência e alarme para incêndios, com portas adaptadas, enfim um sistema moderno com todas as adequações necessárias.

Na véspera de completar 65 anos, no dia 17 de junho o Vera Cruz foi entregue à comunidade com apresentações do espetáculo da Turma da Mônica, do Maurício de Souza, “Era uma vez uma Floresta”, para alunos das escolas públicas de Uberaba. Desta vez com o alvará de funcionamento, garantindo a segurança de todos.

O prefeito Paulo Piau destacou, na reabertura, a ousadia que foi fechar o espaço e fazer as mudanças e lembrou que novas intervenções serão realizadas. “Temos outros projetos em andamento, junto ao Ministério da Cultura e à Secretaria de Estado de Cultura para melhorar mais o local, como uma iluminação mais moderna. Este já é um dos melhores espaços culturais de Uberaba e vai ficar melhor ainda”, ressaltou o prefeito.

A presidente da Fundação, Sumayra Oliveira, destacou a importância das adequações dos itens de segurança. “Tive esta atitude audaciosa e fizemos todas as adequações, sinalizações e agora existe no Teatro Municipal Vera Cruz um sistema moderno, com portas adaptadas, setas, extintores, reservatório, enfim todas as adequações solicitadas pelos bombeiros. Isso mostra a preocupação que esta administração tem para com a população. Agora podemos receber adultos e crianças, por isso decidimos inaugurar com espetáculo para o público infantil e para marcar os 65 anos de inauguração do Cine Teatro Vera Cruz, no dia 19 de junho.”

Regulamentação de uso do Cine Teatro Municipal Vera Cruz

Desde outubro de 2009 o Cine Teatro Municipal Vera Cruz desenvolveu uma política de trabalho para abertura de espaço à comunidade para realização de eventos voltados a área cultural.

Todas as solicitações de uso do Vera Cruz deverão ser realizadas através do preenchimento de um requerimento formal, disponível no site da Fundação Cultural e no próprio Cine Teatro, conforme especificado no Decreto Municipal Nº 784/2009.

As regras, procedimentos e condições para utilização do espaço físico e das instalações do “Cine Teatro Municipal Vera Cruz” obedecerão ao disposto neste Decreto.

Os requerimentos deverão ser encaminhados ao escritório do Cine Teatro Municipal Vera Cruz, onde passarão por uma análise e posteriormente encaminhados à Fundação Cultural de Uberaba. Os pedidos serão analisados e respondidos no prazo de cinco (5) dias úteis.

O uso do “Teatro Municipal Vera Cruz” será avaliado conforme a natureza do evento e a disponibilidade da agenda do teatro, desde que os eventos sejam espetáculos de natureza artística e cultural, conforme termos dos arts. 3º a 5º, da Lei nº 10.185, de 2007, e suas posteriores alterações.


Fonte - Fundação Cultural de Uberaba

Igreja de Santa Rita - Museu de Arte Sacra


Igreja Santa Rita de Cássia - Foto - Antônio Carlos Prata


A Igreja Santa Rita de Cássia foi construída no centro de Uberaba, local onde teve início o povoamento da cidade de Uberaba. Alguns historiadores relatam que a igreja foi construída em Uberaba, no ano de 1854, e tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1939. Atualmente dentro da igreja se encontra instalado o Museu de Arte Sacra, sendo que contem um riquíssimo acervo cultural composto de peças barrocas dos séculos XVIII e XIX, neste acervo existem também peças doadas pela Cúria Metropolitana contendo vestes sacras, estandartes de procissões como paramentos, alfaias, imagens e mobiliário.

Um grande destaque do acervo é um conjunto de Casula feito com tecido bordado com linha e fios de outro que são originários da França do começo do século XX. Outra peça muito importante para o acervo e a escultura em madeira policromada de Santa Rita de Cássia ou Santa Rita das Causas Impossíveis para os devotos, sendo esta a única imagem que existe da capela original, mas no ano de 2003 a imagem foi restaurada com suas características originais.

Os historiadores relatam que o período que mais houve prosperidade para a cidade de  Uberaba foi  no século XIX, entre os anos de 1820 a 1859. Estudiosos relatam que nesta época que a cidade de Uberaba alcançou os privilégios que uma cidade precisa ter para se tornar uma cidade, desta época existia um comércio muito forte e o desenvolvimento acontecia gradativamente vigiado pelos padroeiros São Sebastião e Santo Antônio, a fé do povo se expandiu e mais uma capela foi erigida, dedicada a Santa Rita das Causas Impossíveis.

Cândido Justiniano da Lira Gama, devoto que era de Santa Rita, e em cumprimento de uma promessa para se livrar do vício da bebida, mandou construir em 1854 a pequena capelinha em louvor a Santa.

Conta a tradição que no final do século XX (1980), nas escadas desta igreja, apaixonaram-se, perdidamente, um paulistano e uma tocantinense, da cidade de Peixe, desde então, outros namorados igualmente apaixonados, ali, nos mesmas escadas, esperam o aparecimento da lua, pretendendo reviver aquele inesquecível paixão.

A igreja teve que passar por um processo de reforma que foi realizado pela Casa do Artesão, com incentivos da Vale Fertilizantes (então Fosfertil), Valmont, Souza Cruz e Cemig, por meio da Lei Rouanet. O orçamento total do projeto de restauração do prédio foi de aproximadamente R$ 770 mil. O responsável pela exposição é o coordenador do Museu de Arte Sacra, o artista plástico Hélio Siqueira, funcionário público municipal e considerado como um artista de múltiplas manifestações. Desde seu surgimento a igrejinha de Santa Rita se tornou ponto obrigatório de visitação e ao longo de sua história serviu de inspiração para fotógrafos, poetas e pintores do Brasil e do Mundo. A igreja é o único prédio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural em todo o Triângulo Mineiro.

No seu exterior, a igreja não possui muros ou cercas e totalmente aberto e decorada com um jardim composto por gramado e várias plantas e árvores como coqueiros. No interior da Igreja de Santa Rita é composto de uma decoração muito antiga conservando as propriedades originais de decoração. Existem várias imagens e vestimentas que compõe a decoração da igreja, conjunto de relíquias, castiçais, ostensórios, conjuntos de casula romana e um belo altar contendo a imagem da Santa Rita de Cássia para adoração dos devotos.

Pesquisa: Hélio Siqueira

Auxiliar de Ação Cultural: Adriana Cristina Silva e Ozana Soares Durão

Museu de Arte Decorativa (Mada)

 

Museu de Arte Decorativa (Mada) 

O Museu

O Museu de Arte Decorativa (Mada) está instalado na Casa José Maria dos Reis e conta com uma programação anual de eventos e exposições culturais que contempla vários seguimentos das artes visuais. O museu conta com um acervo de mais de 100 peças dedicado à memória da casa, objetos, e costumes da família,  com o intuito de guardar parte importante do patrimônio cultural da cidade de Uberaba. Entre as peças estão móveis, porcelanas inglesa da década de 20, pinturas, uma biblioteca e objetos de decoração, com destaque para a coleção de obras do artista Reis Júnior composta por pinturas, desenhos e afrescos.

Voltado para a cultura da família brasileira o Mada aborda diversos segmentos relacionados ao cotidiano da família, entre eles a arquitetura, mobiliário, artes plásticas e decorativas. A obra de Reis Júnior, ex-proprietário do local onde se encontra o Museu constitui a parte principal do acervo do Mada. A primeira obra a integrar o acervo foi sua grande tela "Retirada da Laguna". No interior do museu a sala de jantar exibe uma réplica da Santa Ceia, de Leonardo da Vinci e um barrado de estilo "art déco", ambos devidamente restaurados.

Casa José Maria dos Reis, considerado último marco rural da malha urbana no Alto Estados Unidos, em direção às saídas para outras cidades, em passado remoto, a Chácara Eucaliptos, de José Maria dos Reis, teve sede construída em 1916. Atualmente, está ligada ao centro da cidade de Uberaba, que se atinge em cinco minutos, a veículo motor. É presente dos descendentes de seu fundador à comunidade cultural de Uberaba, através da neta, Niobe Hussar dos Reis Batista e seu esposo Evaldo dos Santos Batista, que a doaram ao município em 24 de agosto de 2000. Com recursos necessários para restauração da edificação, o Museu de Arte Decorativa (Mada) ocupa esta que é denominada Casa José Maria dos Reis e está disponível para eventos e exposições culturais.

Voltado para a cultura da família brasileira e triangulina – pretendendo discutir diversos seguimentos relacionados ao cotidiano da família, entre eles arquitetura, mobiliário, artes plásticas, artes decorativas e utilitárias. O Museu quer também locar as manifestações da cultura popular – entre elas a tecelagem manual que é uma das produções mais ricas e tradicionais do povo do Triângulo Mineiro – e rediscutir a importância das famílias na ocupação do Sertão Mineiro nos séculos XIX e XX.

A primeira exposição iniciada dia 22 de abril de 2002, com obras do artista plástico Reis Junior, foi um resgate da memória do próprio espaço museológico que hoje possui um significativo acervo de obras desse artista, entre eles o retrato de sua mãe Artemira de Souza Reis e de seu pai José Maria dos Reis. Depois vieram várias outras mostras de grande relevância para o cenário cultural de Uberaba, entre elas “Art Nouveau Transição”, “O Mobiliário na Coleção Beatriz e Mário Pimenta Camargo”, “José Duarte de Aguiar – Arquiteto de Referências”, “O Arquiteto dos Casulos” do artista Paulo Miranda, “Desenhos e Pinturas de Eugênio Paccelli”, “Colecionadores” e mais recentemente a mostra “Objetos de Cerâmica” com esculturas e objetos utilitários de várias regiões do Brasil.

O Museu de Arte Decorativa conta ainda com um acervo de mais de 100 peças entre móveis, porcelanas, pinturas e objetos de decoração.




José Maria dos Reis


(Uberaba, 24 de setembro de 1877 – 24 de março de 1934, Uberaba)

Filho de Fidélis Gonçalves dos Reis e Escolástica Guilhermina dos Reis, José Maria dos Reis nasceu em Uberaba, em 24 de setembro de 1877. Frequentou a Escola Normal, retirando-se da escola para trabalhar no balcão. Com o irmão Fidélis Reis montou pequeno comércio de gêneros do país. Matriculado no Instituto Zootécnico de Uberaba, formou-se engenheiro agrônomo em 1899. Ainda nos bancos escolares, fundou a Revista Agrícola, iniciando sua atividade jornalística.

Atuou como redator, colaborador, diretor e fundador de revistas e jornais, entre os quais A Revista Agrícola, A Sentinela, Gazeta de Uberaba, Lavoura e Comércio, O Município, Revista de Uberaba, Jornal do Triângulo, A Separação, Brasil Central, La Hacienda, A Tribuna, O Araguari, O Jornal do Comércio (de Uberaba), A Rural, O Civilista. Lembramos que O Jornal do Comércio e A Rural foram de sua propriedade.

Atuou em numerosas campanhas, quase sempre ao lado da oposição: Campanha Civilista, com Rui Barbosa; Reação Republicana, com Nilo Peçanha; Aliança Liberal, com Antônio Carlos. Ingressou no Partido Republicano e participou ativamente das lutas políticas locais. Elegeu-se vereador à Câmara Municipal (1908 – 1912) e deputado estadual.

Fundou e dirigiu a Fazenda Modelo de Seleção; obteve do Governo a fundação do “Instituto Agrícola Borges Sampaio” (ensino profissional rural); desenvolveu campanha pelo reflorestamento dos chapadões, com o cultivo de eucaliptos; organizou e dirigiu a chácara “Nova Granja”, criando um empório de gado indiano.

Fundou em Uberlândia uma fábrica de tecidos, depois vendida para Uberaba. Para a mesma cidade conseguiu do Governo a criação de uma “Fábrica de Sementes”. Dedicou-se à agrimensura, demarcando fazendas. Por volta de 1916 construiu a “Vila Eucaliptos”, residência de sua família e onde se instala a “Casa José Maria dos Reis”.

Casou-se em 1900, com D. Artemira de Sousa Reis, com quem teve 15 filhos: Suzana Reis Pereira, Sarah Reis, Milo Reis, Silas Reis, José Maria dos Reis Júnior, Abel Reis, Celuta Reis, Artemira dos Reis Carvalho, Ecolástica Reis, Maria José dos Reis, Ana dos Reis Campos, Sofia dos Reis Oliveira, Eva Reis Bakô, Márcia dos Reis Vieira da Silva e Inocência Reis.



Reis Júnior


(Uberaba, 1903 – 1985 Rio de Janeiro)

Pintor, desenhista, historiador, crítico e professor de arte. No Rio de Janeiro, frequentou, entre 1919 e 1922, a antiga Escola Nacional de Belas Artes, onde recebeu orientação de Modesto Brocos, em desenho, e Rodolfo Amoedo, em pintura.

Preferiu, então, seguir um caminho de orientação artística independente, realizando em 1923 sua primeira exposição individual, no Palace Hotel (Rio); nessa mostra figurava uma obra de grandes dimensões, A Retirada da Laguna, encomendada pela Câmara Municipal de Uberaba (hoje, integrando o acervo da “Casa José Maria dos Reis”). No mesmo ano executou paineis e cartões para vitrais destinados ao Teatro e Cassino Parque Balneário de Santos.

Depois de novas exposições, em São Paulo (1924 e 1927) e Belo Horizonte (1928), foi nomeado professor de desenho da Escola Normal de Uberaba (Escola Estadual Castelo Branco). Em 1930 executou paineis para o Teatro de Poços de Caldas.

Em viagem pela Europa, como bolsista, nessa mesma época passou logo em seguida a atuar como enviado especial dos Diários Associados, nos quais colaborou durante alguns anos como crítico de arte.

Publicou, em 1944, a História da Pintura no Brasil, livro de amplo âmbito e mais de trezentas ilustrações; outra obra de sua autoria é a biografia crítica de Osvaldo Goeldi (com quem conviveu durante muitos anos), editada em 1966. Lecionou história da arte no Instituto de Belas Artes (Rio).
No campo da pintura dedicou-se preferentemente ao retrato (embora trabalhasse também com a paisagem); entre os que pintou destacam-se os de Antônio Carlos Ribeiro de Andrade, de Carlos Drummond de Andrade e Augusto Frederico Schmidt. (Roberto Pontual in Dicionário de Artes Plásticas no Brasil, 1969).

Acrescente-se a estes dados a publicação do livro Belmiro de Almeida 1858 – 1935, editado pela Pinakotheke, Rio de Janeiro, 1984.


Fonte - Fundação Cultural de Uberaba


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Cidade de Uberaba



domingo, 19 de fevereiro de 2017

Santuário da Medalha Milagrosa (1949)


Primeiro  Mosteiro na rua Gonçalves Dias, em 1951 



Segundo Mosteiro na rua Afonso Rato, e definitivamente em 1961
Neste prédio, teve início, o Culto da Novena da Medalha Milagrosa Uberaba 




Mosteiro e Santuário em construção, 1959 



Santuário Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, em construção 


D.Alexandre Gonçalves do Amaral, então bispo de Uberaba 


Trasladação das Irmãs Concepcionistas Enclausuradas para o novo Mosteiro
 da Medalha Milagrosa.


 Santuário Nossa Senhora da Medalha Milagrosa - década:1960 



 Santuário Nossa Senhora da Medalha Milagrosa - Foto:Antonio Carlos Prata


      
  Interior  do Santuário Nossa Senhora da Medalha Milagrosa - Foto: Antonio Carlos Prata




A história do Santuário da Medalha Milagrosa confunde-se com a historia do clero e do povo católico uberabense e indubitavelmente com a própria caminhada na fé das irmãs concepcionistas. Desta forma, o início desta memória vai até o século XV na Espanha, onde uma jovem chamada Dona Beatriz da Silva, de origem lusitana e nobre se recolhe em vida monástica após perseguições sofridas na corte castelhana. Transcorridos os trâmites eclesiásticos, em 1498 o Papa Inocêncio II através da Bula Inter Universal autorizou o funcionamento da Ordem da Imaculada Conceição – OIC. Esta ordem, que possui no silêncio adorante e na experiência contemplativa marcas indeléveis de sua identidade religiosa, nos exemplos da virem Maria e de Santa Beatriz inspirações para o seguimento a Jesus Cristo chegou a Uberaba – no Planalto Central  do Brasil  - em junho de 1949.Ainda que estivessem separadas por milhas daquele primeiro mosteiro em Toledo e séculos e séculos daquelas primeiras irmãs que ouviram o chamado de Cristo na pessoa de Santa Beatriz, as irmãs que chegaram a Uberaba estavam àquelas unidas através de uma profunda e ininterrupta historia de amor a Deus.

    Tendo chegado em junho de 1949,sob a condução de Madre Maria Virginia do Nascimento, as irmãs concepcionistas fixaram-se em dois endereços distintos antes de,finalmente,se mudarem para onde, ainda hoje, se encontram localizadas. Primeiro formaram o Mosteiro na Rua Gonçalves Dias, em 1951 mudaram-se para Rua Afonso Rato e definitivamente em 1961  o Mosteiro foi estabelecido na Rua Medalha Milagrosa e desde 1955 tem se rezado a Novena Perpétua de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, infundindo esta devoção mariana tão presente em nossa Igreja Particular através da gerações.

    Os leigos tiveram papel central no desenvolvimento material e espiritual do  Santuário, visto que contribuíram desde o princípio seja com a realização de festas e campanhas seja na participação piedosas nas santas missas e novena. Lembramos de forma particular o dr.Nicolau Laterza e o sr. Orlando Bruno, respectivamente autor do projeto arquitetônico e presidente da Comissão Construtora do Santuário; o Prof. Djalma Alvarenga de Oliveira, fundador e entusiasta da Novena Perpétua, as sras.Arethusa Fernandes Brasil e Esperança Ribeiro Borges, respectivamente responsáveis pela Comissão Feminina Pró-Construção e difusora da devoção à  Medalha Milagrosa através do Correio Católico e   da extinta radio PRE-5.

    Quanto à participação do clero, destacamos a figura sempre altiva de D.Alexandre Gonçalves do Amaral, então bispo de Uberaba e incentivador constate da presença religiosa no território arquidiocesano; também haveria de proclamar Nossa Senhora da Medalha Milagrosa como rainha da diocese de Uberaba. Foram Capelães e reitores das irmãs concepcionistas:Mons.Genésio Borges (1955 a 1994),D.Benedito de Ulhôa Vieira (1997 a 2005) – na condição de arcebispo emérito – tendo sido auxiliado por Pe. Sebastião  Ribeiro (2002 a 2003) e Pe.Roberto Oliveira (2004) na condição de pró-reitores,Pe.Geraldo Maia (2005 a 2007) e atualmente o Reitor é Pe.Ricardo Fidélis. O Mosteiro da Imaculada Conceição, da Divina Providência e de São Jose é atualmente  conduzido pela Abadessa Madre Maria dos Anjos do  Santíssimo Sacramento – OIC.




Fonte:  “Preservando a Memória “da Irmã Maria  Antônia de Alencar – OIC.”Memoria da Arquidiocese de Uberaba “de Pe.Thomaz de Aquino Prata.



Vitor Lacerda